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NOVÍSSIMO CINEMA BRASILEIRO

2016
de 22 de fevereiro a 13 de março de 2016

Retomando seu olhar investigativo sobre a produção nacional


contemporânea, a mostra NOVÍSSIMO CINEMA BRASILEIRO chega à sua 5ª
edição. Com 17 filmes, sendo 2 pré-estreias e ainda com 4 debates com
realizadoras, realizadores e críticas, a mostra reúne uma seleção de filmes que
propõe reflexões sobre a situação e os rumos do cinema nacional.
Novamente, o CINUSP se lança ao desafio de buscar reconhecer
tendências do cinema brasileiro recente, sem ignorar os acúmulos das últimas
décadas. Vinte anos após o boom da Retomada, a questão da diversidade não
aparece mais como um dado novo: filmes pequenos, médios e grandes foram
realizados; as formas de financiamento também permanecem diversas, com
produções independentes, filmes de coletivos, coproduções internacionais,
parcerias com a Globo Filmes e outras grandes produtoras etc. Com relação às
escolhas estéticas e dramáticas, há os filmes que suspendem a narrativa, que
negam o drama em privilégio da sensação, perambulação ou contemplação;
mas também filmes de narrativa clássica, comédia, horror. Persiste também,
muitas vezes, o descompasso entre ano de produção e de lançamento dos
filmes, dada a falta de integração entre setores de produção, distribuição e
exibição no Brasil, sendo ilustrativo o caso hiperbólico de Chatô – O rei do
Brasil cuja produção teve início em 1994 e foi lançado somente em 2015.
A conexão dos filmes com os debates do ano corrente, a partir de como
foram apresentados e aceitos pelo público e pela crítica, é determinante para
indicar o que teve maior relevância no cenário cinematográfico nacional. A
relação entre o quanto um filme se contamina do debate político de seu tempo
e, por outro lado, o quanto ele o estimula ou aprofunda é uma questão
relevante que se coloca. E, em 2015, quem esteve à frente desse debate foram
as mulheres.
A representatividade feminina na sociedade esteve no centro das
discussões durante o ano, sucederam em diversas ocasiões públicas,
ocuparam as redes sociais. Notadamente, ela também se manifestou nas
produções e nos debates acerca do cinema brasileiro. Não somente a respeito
das mulheres personagens, que protagonizam grande parte dos filmes dessa
curadoria, mas também a respeito das diretoras, das atrizes, das fotógrafas,
montadoras, roteiristas, produtoras etc. Em números absolutos a participação
feminina na direção do cinema nacional deixa bastante a desejar,
representando apenas 14,8% dos filmes em 2015, de acordo com dados
divulgados pela ANCINE. Houve, entretanto, um aumento de 1,6% na
participação em relação ao ano anterior. Além disso, muitos destes títulos
tiveram grande relevância na crítica e um bom desempenho no mercado, que
fez das diretoras mulheres responsáveis por 20% da bilheteria nacional. Ou
seja,  filmes dirigidos por mulheres tiveram, em média, um resultado de público
44% maior do que o dos homens
Que horas ela volta?, escrito e dirigido por Anna Muylaert, tornou-se
protagonista deste debate, por diversos motivos, entre eles sua potente
narrativa que transita entre o drama e a comédia e que retoma temas caros ao
cinema brasileiro, como a estrutura de classes e as mudanças sociais, sua bem
sucedida carreira em festivais internacionais e a presença de mulheres como
condutoras tanto da narrativa como da equipe técnica do filme — diretora,
diretora de fotografia, técnica de som, montadora, entre outras. A mostra
realizará uma sessão especial seguida de debate com a diretora para
conversar com o público sobre essas questões.
Aproveitando-se do debate politico sobre o aborto presente e intenso no
momento de seu lançamento, Olmo e a gaivota, de Petra Costa e Lea Glob
apostou em uma divulgação ostensiva e polêmica relacionando-o ao tema.
Curiosamente o filme não trata diretamente de aborto, sendo sua principal
questão a gravidez de uma atriz. Seguindo a tendência de hibridização entre
documentário e ficção, o filme mescla cenas reais com encenações de
situações do dia-a-dia vividas pelas personagens. Alinhado com essa mesma
tendência está O Touro, longa-metragem de estreia da diretora Larissa
Figueiredo, que aborda temas que extrapolam o cotidiano documental e
alcançam a fantasia, o mito e o sincretismo religioso.
O espaço cavado pelas mulheres resulta em filmes tão diversos entre si
quanto o são as realizadoras por trás de cada projeto. A misteriosa morte de
Pérola trabalha com a tensão entre o cinema de horror e a diluição dos
elementos de gênero, numa narrativa que é antes atmosférica que dramática,
mas que funciona como produto (assustador) final. Realizado por Guto Parente
e Ticiana Augusto Lima, sob a égide do coletivo cearense Alumbramento, traz
uma protagonista feminina encarnada pela própria Ticiana, que assina também
a direção de arte e o figurino do filme.
Califórnia, primeiro longa de ficção de Marina Person, formada em
Cinema na USP, é mais uma obra em que uma diretora se lança a contar a
história de uma personagem feminina, neste caso, uma adolescente de 17
anos em processo de autodescobrimento, carregado de influências musicais da
juventude dos anos 80. Uma das sessões do filme contará com a presença da
diretora e dos atores para uma conversa com o público.
O documentário Cativas — presas pelo coração, aposta em uma
abordagem que transita entre o kitsch e o afetuoso, ao acompanhar de perto o
cotidiano de visitas e saudades de namoradas, esposas e companheiras de
presidiários. O filme foi montado por Jordana Berg, e além deste título, a
mostra contará com mais dois de seus trabalhos: Eduardo Coutinho, 7 de
outubro, dirigido por Carlos Nader, e Últimas conversas, do próprio Eduardo
Coutinho, de quem Jordana foi importante colaboradora, tendo editado 8 de
seus filmes. As duas sessões compõem uma homenagem a Coutinho, falecido
em 2014, contando ainda com debate com Jordana Berg.
A presença feminina gera desdobramentos também em produções não
protagonizadas por mulheres. Casa grande, de Fellipe Barbosa, ainda que se
centre em um protagonista masculino, traz personagens femininas que
“roubam a cena”, sendo que tanto a empregada quanto a namorada do
protagonista sacodem o mundo masculino ordenado, questionando
explicitamente seus privilégios ou exercendo sobre ele uma influência
transformadora, com relação a gênero e sexualidade, mas também a raça e
classe.
Beira-mar, de Filipe Matzembacher e Marcio Reolon, é um drama de
amadurecimento que também passa pelo questionamento da “masculinidade”
(ou: heterossexualidade masculina), ao abordar o microuniverso de dois
amigos que ecoam tensão homoerótica. Esse mesmo questionamento de
estereótipos
de gênero ganha outros contornos no premiado Boi Neon. No ambiente da
vaquejada, marcado pelo machismo, papéis tradicionais se complexificam com
bastante naturalidade a partir da perspectiva do peão Iremar, que sonha ser
estilista, e de Galega, mãe solteira e motorista do caminhão do grupo de
vaqueiros. A Seita, longa de estreia de André Antônio, do coletivo Surto &
Deslumbramento, também põe em crise os papéis de gênero, situando suas
personagens afeminadas numa Recife futurista, vazia, recortada de referências
pop.
Mas seria essa presença feminina promotora de algum tipo de mudança
real? Visando aprofundar a questão realizaremos debate com a pesquisadora e
crítica Ilana Feldman e com a professora e pesquisadora Esther Hamburger
após sessão especial do filme Loucas pra casar, maior bilheteria do cinema
nacional em 2015. Demonstrativo de uma enorme aceitação de protagonistas
femininas pelo público, além das esperadas gags, o filme traz uma reviravolta
no final, chacoalhando um pouco as próprias bases pelas quais ele constrói
seu humor. Daí se expõem possíveis novidades nos paradigmas de
representação, os quais perpassam toda curadoria.
Além dos títulos de nossa programação regular, a mostra contará ainda
com as pré-estreias dos filmes Garoto, mais recente realização de Julio
Bressane; Ato, atalho e vento, filme de Marcelo Masagão que reúne num
apurado trabalho de montagem trechos de 143 filmes, em sessão seguida de
debate com o diretor.

Boas Sessões!

PROGRAMAÇÃO:

22/02 | segunda

CIDADE UNIVERSITÁRIA

16h00 QUE HORAS ELA VOLTA?

19h00 A MISTERIOSA MORTE DE PÉROLA

23/02 | terça

CIDADE UNIVERSITÁRIA

16h00 O TOURO

19h00 EDUARDO COUTINHO, 7 DE OUTUBRO


24/02 | quarta

CIDADE UNIVERSITÁRIA

16h00 BEIRA-MAR

19h00 A SEITA

25/02 | quinta

CIDADE UNIVERSITÁRIA

16h00 OLMO E A GAIVOTA

19h00 CALIFÓRNIA + DEBATE COM MARINA PERSON E ATORES

26/02 | sexta

CIDADE UNIVERSITÁRIA

16h00 OBRA

19h00 BOI NEON

MARIA ANTÔNIA

20h00 A SEITA

27/02 | sábado

MARIA ANTÔNIA

18h00 EDUARDO COUTINHO, 7 DE OUTUBRO

20h00 ÚLTIMAS CONVERSAS

28/02 | domingo

MARIA ANTÔNIA

18h00 CATIVAS

20h00 OBRA

29/02 | segunda

CIDADE UNIVERSITÁRIA

16h00 OBRA

19h00 LOUCAS PRA CASAR + DEBATE COM A CRÍTICA


01/03 | terça

CIDADE UNIVERSITÁRIA

16h00 CATIVAS

19h00 BEIRA-MAR

02/03 | quarta

CIDADE UNIVERSITÁRIA

16h00 EDUARDO COUTINHO, 7 DE OUTUBRO

19h00 ÚLTIMAS CONVERSAS + DEBATE COM JORDANA BERG

03/03 | quinta

CIDADE UNIVERSITÁRIA

16h00 BOI NEON

19h00 GAROTO

04/03 | sexta

CIDADE UNIVERSITÁRIA

16h00 CASA GRANDE

19h00 OLMO E A GAIVOTA

MARIA ANTÔNIA

20h00 BEIRA-MAR

05/03 | sábado

MARIA ANTÔNIA

18h00 CALIFÓRNIA

20h00 O TOURO

06/03 | domingo

MARIA ANTÔNIA

18h00 QUE HORAS ELA VOLTA


20h00 A MISTERIOSA MORTE DE PÉROLA

07/03 | segunda

CIDADE UNIVERSITÁRIA

16h00 CALIFÓRNIA

19h00 CASA GRANDE

08/03 | terça

CIDADE UNIVERSITÁRIA

16h00 A SEITA

19h00 ATO, ATALHO e VENTO

09/03 | quarta

CIDADE UNIVERSITÁRIA

16h00 A MISTERIOSA MORTE DE PÉROLA

19h00 OBRA

10/03 | quinta

CIDADE UNIVERSITÁRIA

16h00 CATIVAS

19h00 QUE HORAS ELA VOLTA? + DEBATE COM ANNA MUYLAERT

11/03 | sexta

CIDADE UNIVERSITÁRIA

16h00 ÚLTIMAS CONVERSAS

19h00 O TOURO

MARIA ANTÔNIA

20h00 QUE HORAS ELA VOLTA?

12/03 | sábado

MARIA ANTÔNIA
18h00 O OLMO E A GAIVOTA

20h00 BOI NEON

13/03 | domingo

MARIA ANTÔNIA

18h00 ÚLTIMAS CONVERSAS

20h00 CASA GRANDE

SINOPSES:

Beira Mar

Brasil, 2015, cor, 83’


direção: Filipe Matzembacher, Marcio Reolon
elenco: Mateus Almada, Maurício José Barcellos, Elisa Brites
equipe: Manuela Falcão (direção de arte)
sinopse: Martin precisa visitar parentes distantes, no litoral gaúcho, em busca de um
documento para seu pai. Tomaz aceita acompanhá-lo nessa jornada, aproveitando a
oportunidade para se reaproximar do amigo. Alternando entre distrações corriqueiras, reflexões
sobre suas vidas e sua amizade, os garotos se abrigam em uma casa de vidro, à beira de um
mar frio e revolto.
Exibido na mostra fórum do 65º Festival de Berlim.
classificação indicativa: 14 anos
cid. universitária: qua 24fev 16h00 | ter 1mar 19h00

Boi Neon
Brasil/ Uruguai/ Holanda, 2015, cor, 104’
direção: Gabriel Mascaro
elenco: Juliano Cazarré, Maeve Jinkings, Alyne Santana, Carlos Pessoa, Vinícius de Oliveira
equipe: Rachel Ellis (produção), Maira Mesquita (direção de arte)
sinopse: Nos bastidores das Vaquejadas, Iremar e um grupo de vaqueiros preparam os bois
antes de solta-los na arena. O cotidiano é intenso e visceral, mas a recente industrialização e o
polo de confecção de roupas na região do semiárido nordestino inspiram novas ambições em
Iremar.
Prêmio especial da mostra horizontes no 72º Festival de Veneza, menção honrosa no 40º
Festival internacional de Toronto (TIFF) e vencedor de 4 prêmios no Festival do Rio 2015.
classificação indicativa: 16 anos
cid. universitária: sex 26fev 19h00| ter 03mar 16h00
maria antônia: sab 12mar 20h00
Califórnia

Brasil, 2015, cor, 91’


direção: Marina Person
elenco: Clara Gallo, Caio Blat, Caio Horowicz
equipe: Mariana Veríssimo (corroteirista), Flora Dias (direção de fotografia), Ana Mara Abreu
(direção de arte)
sinopse: Início dos anos 1980. Estela é uma adolescente que vive os conflitos típicos da idade,
de identidade, amizade e amor. Ela tem um ídolo, o tio Carlos, jornalista musical que vive nos
Estados Unidos. E o maior sonho da menina é visitá-lo na Califórnia, durante as férias. Os
planos dela vão por água abaixo, no entanto, quando ela descobre que é ele quem está
voltando para o Brasil, magro, debilitado por consequência de uma doença sobre a qual a
medicina apenas começava a se debruçar.
Seleção oficial do Festival de Roterdã 2016.
classificação indicativa: 12 anos
cid. universitária: qui 25fev 19h00| seg 07mar 16h00
maria antônia: sab 05mar 18h00

Casa Grande

Brasil, 2015, cor, 115’


direção: Felipe Barbosa
elenco: Thales Cavalcanti, Marcello Novaes, Suzana Pires
sinopse: Jean é um adolescente rico que luta para escapar da superproteção dos pais,
secretamente falidos. Enquanto a casa cai, os empregados têm que enfrentar suas inevitáveis
demissões, e Jean tem que confrontar as contradições da casa grande.
Seleção oficial do Festival de Roterdã. Prêmio ABRACCINE na Mostra Internacional de Cinema
de São Paulo. Júri popular – Melhor longa-metragem de ficção no Festival do Rio.
classificação indicativa: 14 anos
cid. universitária: sex 4mar 16h00| seg 07mar 19h00
maria antônia: dom 13mar 20h00

Cativas - presas pelo coração

Brasil, 2013, cor, 77’


direção: Joana Nin
equipe: Karen Sztajnberg (corroteirista e montadgem), Iafa Britz (produção), Nina Galanternicka
(montagem), Ana Paula Cardoso (direção de arte)
sinopse: A história de sete mulheres livres que se mantêm cativas em nome do amor.
Apaixonadas por presidiários, elas vivem as limitações do relacionamento e a esperança de um
dia constituir uma família do lado de fora.
Menção honrosa – documentário- Júri oficial Festival do Rio
classificação indicativa: 12 anos
cid. universitária: ter 1mar 16h00| qui 10mar 16h00
maria antônia: dom 28fev 18h00

Loucas Pra Casar

Brasil, 2015, cor, 108’


direção: Roberto Santucci
elenco: Ingrid Guimarães, Tatá Werneck, Suzana Pires
equipe: Mayra Lucas (produção), Danyelle Espinelli (direção de arte)
sinopse: Malu, Lúcia e Maria encontraram o homem ideal e planejam se casar. Até que elas
descobrem que esse homem, na verdade, é o mesmo: Samuel, que vinha mantendo um
namoro com todas elas nos últimos anos. As três terão que decidir se vão disputar entre si pela
exclusividade ou unir-se pela vingança.
classificação indicativa: 14 anos
cid. universitária: seg 29fev 19h00

A Misteriosa Morte de Pérola (inédito)

Brasil/ França, 2014, cor, 62’


direção: Guto Parente
elenco: Ticiana Augusto Lima e Guto Parente
equipe: Ticiana Augusto Lima (produção, direção de arte, codireção de fotografia e som)
sinopse: Pérola se muda para uma pequena cidade na França, para estudar em uma escola de
arte. Vivendo sozinha em um apartamento antigo e sombrio, Pérola sente os efeitos de um
tempo que passa pesado e mordaz, sendo cada vez mais tomada por nostalgia e medo,
solidão e pavor, a um ponto onde fantasia e realidade perdem suas fronteiras.
Seleção oficial do Festival de Roterdã, AFI Fest, Mostra Tiradentes 2015 e Festival Latino-
Americano de Cinema de São Paulo 2015.
classificação indicativa: 12 anos
cid. universitária: seg 22fev 19h00| qua 09fev 16h
maria antônia: dom 06 mar 20h00

Obra

Brasil, 2014, P&B, 80’


direção: Gregório Graziosi
elenco: Irandhir Santos, Lola Peploe, Júlio Andrade
equipe: Zita Carvalhosa (produtora)
sinopse: Na populosa Cidade de São Paulo, um jovem arquiteto envolvido na construção de
seu primeiro grande projeto testemunha a descoberta de um cemitério clandestino no terreno
que pertence a seus ancestrais. Questionando seu passado e origens, ele entra em conflito
com sua consciência, herança familiar e com a memória da cidade que retorna à superfície.
Seleção oficial Festival Internacional de Toronto (TIFF). Festival de Roterdã, Mostra Tiradentes
e Vencedor do prêmio da crítica e melhor fotografia no festival do Rio 2014
classificação indicativa: 12 anos
cid. universitária: sex 26fev 16h00|seg 29fev 16h00| qua 09mar 19h00
maria antônia: dom 28fev 20h00

O Olmo e a Gaivota
Brasil/ Dinamarca/ França/ Portugal/ Suíça, 2014, cor, 82’
direção: Petra Costa e Lea Glob
elenco: Olivia Corsini, Sergio Nicolai
equipe: Petra Costa e Lea Glob (direção e roteiro), Tina Baz (montagem), Marina Meliande
(montagem), Cecile Chagnaud (desenho de som)
sinopse: Olívia é uma atriz que está ensaiando a peça "A Gaivota", de Anton Tchekov, quando
descobre que está grávida. Enquanto a produção avança, o bebê dentro dela cresce e um
acidente a afasta da montagem, que tem seu companheiro como protagonista. De repouso em
casa por semanas, ela lida com as bruscas mudanças em sua rotina, seu corpo e sua vida em
geral.
Seleção oficial do Festival de Locarno, Festival Internacional e Documentário de Amsterdam,
Prêmio do Júri – documentário – Festival do rio 2015.
classificação indicativa: 12 anos
cid. universitária: qui 25fev 16h00| sex 4fev 19h00
maria antônia: sab 12 mar 18h00

Que Horas Ela Volta?

Brasil, 2015, cor, 114’


direção: Anna Muylaert
elenco: Regina Casé, Camila Márdila, Lourenço Mutarelli
equipe: Anna Muylaert (roteirista), Cláudia Buschel (produção executiva), Barbara Alvarez
(direção de fotografia), Karen Harley (montagem), Patricia Faria (direção de elenco)
sinopse: A pernambucana Val se mudou para São Paulo a fim de dar melhores condições de
vida para sua filha Jéssica. Com muito receio, ela deixou a menina no interior de Pernambuco
para ser babá de Fabinho, morando integralmente na casa de seus patrões. Treze anos depois,
quando o menino vai prestar vestibular, Jéssica lhe telefona, pedindo ajuda para ir à São Paulo,
no intuito de prestar a mesma prova. Os chefes de Val recebem a menina de braços abertos,
só que quando ela deixa de seguir certo protocolo, circulando livremente, como não deveria, a
situação se complica.
Grande Prêmio de Júri e Prêmio Especial de Júri pela Atuação (Regina Casé e Camila
Márdila), Prêmio do Público na Mostra panorama – Festival de Berlim, Trféu APCA Melhor
Filme e Melhor Atriz (Regina Casé).
classificação indicativa: 14 anos
cid. universitária: seg 22fev 16h00| qui 10fev 19h00
maria antônia: sex 11mar 20h00

O Touro (inédito)

Brasil, 2015, cor, 78’


direção: Larissa Figueiredo
elenco: Joana Verona
sinopse: Joana é uma jovem portuguesa que vai à Ilha de Lençóis, no Nordeste brasileiro, onde
os habitantes acreditam ser descendentes de dom Sebastião, desaparecido no século XVI e
hoje vive na ilha em forma de Touro mágico.
Seleção oficial 44º Festival de Roterdã.
classificação indicativa: livre
cid. universitária: ter 23mar 16h00| sex 11mar 19h00
maria antônia: sab 05mar 20h00

Homenagem a Eduardo Coutinho

Eduardo Coutinho, 7 de outubro

Brasil, 2014, cor, 72’


direção: Carlos Nader
sinopse: Uma entrevista, uma tarde, uma locação, um único personagem. Partindo das “prisões
que libertam” no documentário Coutiniano, é a vez de inverter o jogo e ver o maior
entrevistador do cinema brasileiro em frente às câmeras. “Eduardo Coutinho, 7 de outubro” é
um documentário que coloca o cineasta diante de sua própria equipe para uma entrevista
conduzida por Carlos Nader.
classificação indicativa: 12 anos
cid. universitária: qua 2mar 16h00|
maria antônia: sab 27fev 18h00

Últimas conversas

Brasil, 2014, cor, 85’


direção: Eduardo Coutinho
equipe: Valéria Ferro (direção de som), Maria Carlota Bruno (produção executiva)
sinopse: A partir de entrevistas feitas com jovens estudantes realizadas pelo cineasta Eduardo
Coutinho antes de sua morte (em fevereiro de 2014), o filme busca entender como pensam,
como sonham e como vivem os adolescentes de hoje. O material foi editado por sua parceira
de longa data, a montadora Jordana Berg, e a versão final é assinada por João Moreira Salles.
classificação indicativa: 12 anos
cid. universitária: qua 2mar 19h00| sex 11mar 16h00
maria antônia: sab 27fev 20h00| dom 3mar 18h00

A Seita

Brasil, 2015, cor, 70’


direção: André Antônio
elenco: Pedro Neves, Júlio Emílio, Felipe Araújo
equipe: Dora Amorim (produção)
sinopse: No ano de 2040, os mais ricos migraram da terra para colônias espaciais. Um homem
decide sair das colônias e voltar a viver no Recife, onde ele descobrirá novos rumos e a
existência da Seita.
classificação indicativa: 14 anos
cid. universitária: qua 24fev 19h00| ter 8mar 16h00
maria antônia: sex 26fev 20h00

PRÉ ESTREIAS

Garoto

Brasil, 2015, cor, 76’


direção: Júlio Bressane
elenco: Marjorie Estiano, Gabriel Leone, Josie Antello
equipe: Rosa Dias (corroteirista)
sinopse: Inspirado no conto O Assassino Desinteressado Bill Harrigan, do escritor argentino
Jorge Luis Borges, o filme acompanha um jovem casal que se encontra em um lugar
encantado, onde experimentam uma aventura amorosa e espiritual. Tudo muda quando o
rapaz, inesperadamente, comete um crime que conduz os dois à separação. No entanto, uma
série de eventos inquietantes os reunirá mais uma vez. O filme integra o programa Tela
Brilhadora.
classificação indicativa: livre
cid. universitária: qui 3mar 19h00

Ato, Atalho e Vento

Brasil, 2015, cor, 75’


direção: Marcelo Masagão
sinopse: A partir de ideias propostas no livro "O Mal-estar na Civilização", de Sigmund Freud, o
diretor Marcelo Masagão faz uma colagem utilizando cenas de 143 filmes produzidos nos
quatro cantos do planeta.
classificação indicativa: 14 anos
cid. universitária: ter 8mar 19h00

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