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Joinville
2013/1
JOÃO BRUNO BERNARDO DE DEUS
Joinville
2013/1
JOÃO BRUNO BERNARDO DE DEUS
Prof.
Dedico a conclusão desta etapa da minha vida
representada neste trabalho à minha família e
principalmente a Deus que me deu forças o
suficiente para alcançar mais um objetivo e com a
certeza que sua bondade não pára por aqui, pois Ela
não tem fim.
AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente a DEUS, pelos “puxões de orelha” e pelas suas boas mãos
que sempre me ajudaram a levantar, erguer a cabeça e continuar nas batalhas
sempre com mais força e determinação, à minha FAMÍLIA, pilar fundamental e
estrutura do meu ser, que nunca me deixou desanimar deste objetivo que não era e
nem nunca foi apenas meu, pois somos uma família unida e o sonho de um é o
sonho de todos e aos companheiros da vida, aos bons, verdadeiros e sempre
presentes AMIGOS, apoiando sempre com palavras de incentivo e momentos de
descontração.
“Sou um técnico, mas tenho técnica só dentro da
técnica. Fora disso sou doido, com todo o direito a sê-lo”.
Fernando Pessoa
RESUMO
Since the advent of power plants and substations was necessary monitoring system,
which was initially given by the synoptic panels that showed few signs of status that
aided the operation and maintenance of plants. With the need for the development of
protection systems in power substations was discovered IEDs and communication
protocols for the power system. These new elements turned conventional systems in
SAS equipped with digital technologies capable of transmitting information quickly
and efficiently, able to guarantee the security of systems, increased speed in data
transmission and cost reduction mainly deployment and maintenance. This paper
aims to present the application of open protocol called DNP3 who came to fulfill this
need of the energy market, as well as Modbus and IEC 60870-5-101 and IEC 61850
that have similar purpose and will also be in this paper in a theoretical way
Keywords: Substation, SAS, IEC 61850, Protection Relays, IED, DNP3, Modbus,
IEC 60870-101, IEC 61850.
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
1. INTRODUÇÃO..................................................................................................... 17
1.1 TEMA..............................................................................................................19
1.2 DELIMITAÇÃO DO TEMA ..............................................................................19
1.3 PROBLEMATIZAÇÃO ....................................................................................19
1.4 OBJETIVO GERAL.........................................................................................19
1.5 OBJETIVO ESPECÍFICO ...............................................................................19
1.6 HIPÓTESES ...................................................................................................20
1.7 JUSTIFICATIVA DO TRABALHO...................................................................20
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA........................................................................... 21
2.1 SUBESTAÇÕES DE ENERGIA......................................................................21
2.2 SISTEMAS DE AUTOMAÇÃO PARA SUBESTAÇÕES (SAS) ......................22
2.3 RELÉS DE PROTEÇÃO.................................................................................24
2.3.1 IED (Inteligent Eletronic Device).....................................................................25
2.4 SISTEMAS SCADA ........................................................................................26
2.4.1 Funcionalidades de um Sistema de SCADA ..................................................28
2.5 SISTEMAS DE COMUNICAÇÃO ...................................................................29
2.6 PROTOCOLOS DE COMUNICAÇÃO.................................................................... 30
2.7 MODELO OSI/ ISO.................................................................................................... 32
2.8 PROTOCOLOS DE COMUNICAÇÃO EM SUBESTAÇÕES DE ENERGIA.... 34
2.8.1 Modbus...........................................................................................................34
2.8.2 IEC 60870-5-101 ............................................................................................36
2.8.3 DNP3 ..............................................................................................................39
2.8.4 IEC 61850.......................................................................................................41
2.8.4.1 Dados Estruturados................................................................................................ 42
2.8.4.2 Linguagem SCL ...................................................................................................... 44
2.8.4.3 Mapeamento de Serviços Abstratos.................................................................... 46
3 DESENVOLVIMENTO EXPERIMENTAL ............................................................ 50
3.1 SISTEMA PROPOSTO...................................................................................50
3.2 RELÉ INTELIGENTE – SEL 751A..................................................................51
3.2.1 Software AcSELerator Quickset .....................................................................52
3.2.1.1 Desenvolvimento de uma nova aplicação .......................................................... 52
3.2.1.2 Desenvolvimento da Lógica do Sistema............................................................. 56
3.2.1.3 Falhas e Trips do Sistema..................................................................................... 60
3.2.1.4 Configuração da Comunicação DNP3 ................................................................ 62
3.2.1.5 Comunicação Visual do Sistema.......................................................................... 67
3.2.1.6 Transmissão do Programa .................................................................................... 71
3.3.1 Configuração do Driver DNP3 ........................................................................76
3.3.2 Desenvolvimento da Etapa Gráfica ................................................................84
3.4 FUNCIONAMENTO DO SISTEMA .................................................................91
4 CRONOGRAMA .................................................................................................. 93
5 CONCLUSÃO ...................................................................................................... 95
REFERÊNCIAS......................................................................................................... 96
ANEXOS ................................................................................................................... 99
17
1. INTRODUÇÃO
1.1 TEMA
1.3 PROBLEMATIZAÇÃO
1.6 HIPÓTESES
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Com o advento dos sistemas digitais estas funções e outras funções são
realizadas de modo diferente, utilizando equipamentos microprocessados e lógicas
estabelecidas através de softwares. Não significando que os sistemas digitais
trouxeram apenas novas funções, mas principalmente que modificaram a forma de
serem executadas (MIRANDA, 2009).
Conforme se observa na Figura 3, nota-se claramente a diminuição da
quantidade de equipamentos necessários para executar as mesmas funções de
forma mais eficiente e segura.
Figura 6 – Exemplo de Interface gráfica de uma Subestação de Energia – Tela Arquitetura de Rede.
Figura 7 – Exemplo de Interface gráfica de uma Subestação de Energia – Tela Unifilar Geral.
Modelo da rede:
o Origem / Destino.
o Publisher / Subscriber (Publicador/Assinante).
2.8.1 Modbus
2.8.3 DNP3
A norma foi dividida em 10 partes, onde cada uma delas define cada uma de
suas terminologias, definições, características e funcionalidades sob as diretrizes do
padrão internacional, conforme apresentada na Figura 14 (SANTOS, 2005).
Com o estudo sobre a norma é possível admitir que a IEC 61850 é muito mais
do que um protocolo de comunicação entre dispositivos, é uma solução completa e
detalhada para a automação de subestações de energia. Os principais conceitos
trabalhados pela IEC 61850 são: Dados Estruturados, Linguagem SCL e
Mapeamento de Serviços Abstratos para Protocolos.
Existem quatro tipos diferentes de extensões dos arquivos SCL, cujas quais
foram desenvolvidas com o intuito de diferenciar os tipos de dados transmitidos entre
os dispositivos de rede. Na Figura 17 se pode verificar de modo didático como cada
parte da linguagem atua no sistema.
Tabela 5 - Combinação de Serviços dos protocolos, padrão IEC 61850 parte 8.1
A ou T Serviço Serviço
Camada do Time
Cliente/Serv. Cliente/Serv. SV GOOSE GSEE
Profile Modelo OSI Sync
(OSI) (TCP/IP)
Aplicação X X X X X X
A
Apresentação X X X X X
Sessão X X X
Transporte X X X X
Rede X X X X
T
Enlace X X X X X X
Fisica X X X X X X
Fonte: Adaptação de MIRANDA (2009)
3 DESENVOLVIMENTO EXPERIMENTAL
Inicialmente foi necessário elaborar o diagrama unifilar para que, dessa forma,
o sistema fosse desenvolvido e simulado conforme uma situação real de uma
subestação de energia automatizada.
51
Após definido qual relé será utilizado e sabendo-se como navegar entre as
telas de configuração é possível dar início efetivamente à programação do que se
deseja que o IED execute no sistema proposto. Neste documento será apresentado
e comentado somente os valores e informações que foram alterados ou que
influenciam diretamente ao funcionamento do sistema, caso não seja informado os
valores apresentados são Default do equipamento ou não influenciam no seu
desempenho nesta situação.
Inicialmente na aba Set e sub-aba Main foram alteradas as características
básicas do relé, como apresentado na Figura 27:
É necessário habilitar as lógicas que estarão sendo utilizadas, como pode ser
verificado na Figura 28 somente foram utilizadas as funções ELAT – SELogic Latch,
para as tags retentivas, e ESV – SELogic Variables/Timers, lógicas booleanas.
Na aba SELogic Variables and Timers, Figura 29, é onde são realizadas as
combinações de operadores e valores booleanos, resultando em um valor digital
desejado. Sabendo-se disso foi desenvolvida a lógica de operação do sistema que
são os comandos de abre e fecha seccionadora e disjuntor.
Remoto, ligada pela operação “AND” ao RB06 – Remote Bit 06 que está relacionado
internamente ao comando de abrir seccionadora.
Para que os valores permaneçam no estado desejado é preciso que sejam
retentivos, neste caso é necessário utilizar a função SELogic Latch Bits. Como pode
ser observado na Figura 30 é possível notar que o comando de trip representado por
R_TRIG RB05, que é a rampa de subida do sinal de RB05, além disso, as
informações dos SVs utilizados foram transformadas em retentivas.
Na aba Trip and Close Logic, apresentada na Figura 31, é definido quais são
os motivos que farão com que o sistema entre em falha (Trip).
TDURD – Minimum Trip Time: Foi determinado que para que ocorra o Trip no
sistema é necessário que se complete ao menos 0,5 segundos em situação
crítica;
CFD – Close Failure Time Delay: Neste campo segundo o manual deve ser
preenchido de acordo com o maior tempo de falha definido mais uma margem
de segurança, seguindo essa recomendação do manual foi estabelecido um
tempo de 1 segundo para atuação do Trip;
TR – Trip: As informações deste campo são as que efetivamente irão gerar a
falha para proteger o sistema. São elas: 27P1T (Subtensão) ou 59P1T
(Sobretensão) ou R_TRIG RB10 (Rampa de subida do Remote Bit 10). As
funções 27 e 59, seguem a tabela ANSI que se encontra no Anexo 2.
ULTRIP – Unlatch Trip: É a função que faz com que o sistema saia da
situação de Trip. Foi estabelecida a negação do que foi definido no campo TR
– Trip, ou seja, quando estiver normalizado o Trip é desativado.
61
Selecionando o DNP Map 1 abre as opções dos tipos de dados que o relé irá
trocar com o supervisório, o primeiro deles é campo Binary Inputs, Figura 37, que
podem ser interpretadas como entradas digitais, ou os valores que serão apenas
lidos no SCADA.
Active Connection Type: Define qual será o meio de comunicação com o relé,
neste caso foi selecionada a porta Serial.
Device: Selecionar qual é a porta serial a ser utilizada, neste exemplo foi
escolhida a COM4, onde se encontra o cabo de comunicação SEL.
Data Speed: Definição do Baudrate (velocidade de comunicação) entre os
equipamentos.
Level One Password: Senha de nível um de acesso às configurações do relé,
segundo manual a senha default é “OTTER”.
Level Two Password: Senha de nível dois de acesso às configurações do
relé, segundo manual a senha default é “TAIL”.
Após selecionar irá surgir um pop-up informando que o software está tentando
estabelecer uma conexão com o relé, Figura 50.
Depois de inserido o driver irá surgir um pop-up que deve ser configurado
como ele deve se comportar. A Figura 56 apresenta como deve ser a configuração
DNP para este sistema, sendo as informações principais o Default Slave Address
que é o endereço do dispositivo que se deseja comunicar na rede, e o Master
Address que é o endereço do mestre da rede no caso o SCADA, ou como é dito no
relé é o equipamento a quem o relé deve se reportar. Esses endereços devem
coincidir com os endereços configurados no IED nos campos DNPADR e REPADR1
respectivamente, conforme a Figura 35.
Na sequência deve ser definido qual o meio físico que será realizada a
comunicação entre a estação SCADA e o relé SEL 751-A. A opção selecionada do
Physical Layer foi a Serial conforme o projetado e apresentado na Figura 57.
79
Dessa forma é possível criar as tags de comunicação de acordo com o que foi
desenvolvido e utilizado no relé, Figura 59, sendo que a nomenclatura é dada de
80
Sabendo que os dados que se deseja ler são valores de entradas analógicas
com ponto flutuante, pode-se então definir quais serão as informações a serem
colocados na configuração do driver.
Para um melhor compreendimento da estruturação do driver foi retirado do
Anexo 1 uma parte onde é encontrada a função desejada, conforme mostrado na
Tabela 7, nela é possível retirar os dados necessários para o parâmetro N2 e N3 do
driver DNP.
Sabendo que está sendo trabalhado com saídas digitais e fazendo uso
novamente da tabela de comunicação do driver DNP, apresentada completa no
Anexo 1, tem-se que a configuração necessária deve ser executada conforme está
sendo indicado na Tabela 9.
como, por exemplo, no frontal do relé. As animações que podem ser visualizadas no
diagrama unifilar são na chave seccionadora, disjuntor, LEDs e display. A Tabela 10
mostra como foi representada as imagens, possuindo diferentes cores conforme seu
estado ou função de acordo com os valores das tags associadas.
Nos LEDs foi utilizada outra técnica de animação, pois como é necessário
somente a troca de cor de acordo com o valor de um tag foi escolhida a propriedade
ForegroudColor, necessitando de uma conexão do tipo digital, na qual é selecionada
qual cor e nível lógico deve haver essa troca, Figura 65.
uma tag demo do tipo onda quadrada e ajustado o tempo de oscilação para que
ficasse coerente com o real, a Figura 67 mostra como ficou a configuração desta tag.
Além disso, é possível também fazer com que essa alternância de telas pare
caso se deseje analisar melhor alguma das telas. Os botões para realizar esta
função, Figura 68, estão associados conforme apresentado na Figura 69.
Para as leituras analógicas foram utilizados objetos do tipo display, Figura 76,
nos quais foram associadas à propriedade value as tags correspondentes à tensão e
frequência, como apresentado na Figura 77.
Por fim foi desenvolvido um botão “Emergência”, Figura 79, com o intuito de
gerar um trip simulando uma situação de risco que necessite proteção dos
equipamentos.
4 CRONOGRAMA
Desenvolvimento da
X X
Fundamentação Teórica
Correções e Atualizações X
Elaboração da apresentação X
Apresentação TCC1 X
Elaboração da aplicação no
X X X
Supervisório Elipse E3
Desenvolvimento da Lógica do
X X
relé SEL 751A
Montagem do sistema X
94
Finalização do Trabalho X
Correções e Atualizações X
Apresentação do TCC2 X
95
5 CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
CAMINHA, Amadeu C.. Introdução à proteção dos sistemas elétricos, 11. ed.
São Paulo, Blucher, 1977.
CURTIS, K. A DNP Protocol Primer. Technical Report. DNP Users Group. Canadá,
2000.
DNP, Basic four document set: Subset Definitions, Data Link Layer, Transport
Functions, Data Object Library. Project Documentation. DNP Users Group,
Canadá, 1997.
WONG G. et al.. Concept and first implementation of IEC 61850. Paris ID: B5-
110, Cigré, 2004.
99
ANEXOS
Nr Denominação
1 Elemento Principal
2 Relé de partida/ fechamento temporizado
3 Relé de verificação ou intertravamento
4 Contator principal
5 Dispositivo de desligamento
6 Disjuntor de partida
7 Relé de taxa de variação
8 Dispositivo de desconexão de controle de energia
9 Dispositivo de reversão
10 Chave de sequência unitária
11 Dispositivo multifunção
12 Dispositivo de sobrevelocidade
13 Dispositivo de rotação síncrona
14 Dispositivo de subvelocidade
15 Dispositivo de ajuste ou comparação de velocidade ou frequência
16 Reservado para futura aplicação
17 Chave de derivação ou descarga
18 Dispositivo de aceleração ou desaceleração
19 Contator de transição partida-marcha
20 Válvula operada elétricamente
21 Relé de distância
22 Disjuntor equalizador
23 Dispositivo de controle de temperatura
24 Relé de sobreexcitação ou Volts por Hertz
25 Relé de verificação de Sincronismo ou Sincronização
26 Dispositivo térmico do equipamento
27 Relé de subtensão
28 Detetor de chama
29 Contator de isolamento
30 Relé anunciador
31 Dispositivo de excitação
32 Relé direcional de potência
33 Chave de posicionamento
34 Dispositivo master de sequência
35 Dispositivo para operação das escovas ou curto-circuitar anéis coletores
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