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Versão 1  

         
 1.B                          
 2.B                          
 3.C                          
 4.B                          
 5.A                          
 6.C                          
 7.B                          
 8.D                        
 9.C                        
 10.                         

Grupo II

1. Aceitava-se uma das seguintes frases interrogativas:


   -  O que é a filosofia?
    - O que caracteriza a filosofia?
    - O que caracteriza a interrogação filosófica?
    - O que é que caracteriza a atitude filosófica?

2. A filosofia é uma atividade crítica/ um saber crítico (“A face


positiva e a face negativa da atitude filosófica constituem o que
chamamos atitude crítica e pensamento crítico”).

3.  Argumento 1 – “A primeira característica da atitude filosófica


é negativa – é um dizer não ao senso comum”;
     Argumento 2 – A atitude filosófica é interrogativa (“A
segunda característica da atitude filosófica é positiva, isto é,
uma interrogação sobre o que são as coisas, as ideias, os
factos, as situações, os comportamentos, os valores, nós
mesmos (...)”;
    Argumento 3 – A filosofia começa com o reconhecimento da
ignorância (“A filosofia (...) começa por dizer que não sabemos
o que imaginávamos saber).
As repostas dadas a seguir servem apenas para ilustrar o que
se pedia no enunciado, não são respostas modelo, ou seja, são
possíveis respostas diferentes que obedeçam às instruções do
enunciado das questões.

4. O texto defende que a Filosofia é um saber crítico: por um


lado, pressupõe uma ruptura com o senso comum "(a atitude
filosófica) é um dizer não ao senso comum". Por outro lado,
assenta no reconhecimento da ignorância e no questionamento
sobre o que somos e sobre a realidade.
Há muitas questões que podemos colocar, no sentido de
clarificar esta tese:
Em primeiro lugar, em relação à ruptura com o senso comum:
em que é que consiste esta ruptura? O senso comum é um
saber totalmente desprovido de sentido? Poderá haver verdade
no senso comum?
O problema não está no senso comum, mas na forma como o
encaramos: para vivermos a nossa vida quotidiana precisamos
do senso comum, na medida em que ele nos dá informações
básicas sobre o mundo em que vivemos, sobre como
funcionam as coisas e os processos necessários à nossa vida
(como utilizar a energia elétrica, abrir as portas, como nos
orientarmos no espaço, etc.), sem essas informações não
conseguiríamos levar uma vida 'normal'.
Contudo, se não saírmos desse nível de conhecimento, muito
superficial, acabamos por viver numa ignorância que nos
aprisiona, isto porque a realidade é muito mais complexa do
que podemos imaginar à primeira vista e, também, porque o
sentido da nossa vida depende do que acreditamos acerca de
nós próprios e da realidade. Se vivermos mergulhados em
preconceitos nunca poderemos ter uma compreensão profunda
e abrangente sobre tudo (o universo, a vida, nós próprios...). É
aqui que temos que romper com o senso comum: libertando-
nos de preconceitos e assumindo que só através da razão (do
questionamento e da argumentação) poderemos compreender
o sentido disto tudo...
Nem tudo no senso comum é falso, mas se não tivermos uma
atitude crítica em relação a ele, nunca poderemos, por assim
dizer, separar 'o trigo do joio', a verdade da falsidade. E isso só
acontece se desenvolvermos a nossa Razão, se nos tornarmos
capazes de colocar questões cada vez mais profundas que nos
permitam alcançar respostas cada vez mais bem
fundamentadas. É aqui que intervém o reconhecimento da
nossa ignorância, sem ele acabamos por achar que o nosso
conhecimento é suficiente e, nesse caso, o mundo, para nós,
resume-se à 'caverna' das nossas ilusões.

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