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Diogo Braga da
Costa Souza
S719e Souza, Diogo Braga da Costa.
Eletrotécnica [recurso eletrônico] / Diogo Braga da
Costa Souza, Rodrigo Rodrigues. – Porto Alegre :
SAGAH, 2017.
CDU 621.3
Introdução
Neste capítulo, você vai estudar a segurança em instalações elétricas, desta
vez envolvendo os procedimentos de aterramento (e suas vantagens), a
instalação de dispositivos de segurança e a etiquetagem.
Aterramento elétrico
O aterramento elétrico é a implantação de um cabo condutor que conecte
algumas partes do sistema elétrico à terra, para que essa energia seja dissi-
pada buscando o equilíbrio elétrico do sistema polifásico de alimentação ou
a proteção para equipamentos e seres vivos.
Aterramento funcional
Os aterramentos funcionais são aqueles que acontecem para o condutor
de neutro, que é o condutor que recebe corrente proveniente de cargas que
desequilibrem o sistema trifásico de alimentação. Como exemplo, ao utilizar
o aterramento funcional em um sistema monofásico, elevai limitar as sobre-
tensões monofásicas no sistema.
Aterramento de proteção
Os aterramentos de proteção servem para drenar as correntes que circulam
nas massas (carcaças) dos equipamentos, limitando o potencial presente nestas
partes. Isso proporciona uma maior segurança às pessoas que utilizam as
instalações e os equipamentos, pois evita centelhamentos que possam gerar
incêndios.
Quando um determinado equipamento elétrico está com seu sistema de
isolamento comprometido, tem início uma fuga de corrente entre as fases
de chegada de alimentação e a massa desse equipamento. Isso aumenta o
potencial da massa em equipamentos sem aterramento de proteção ao solo,
podendo ocasionar choques elétricos e fagulhas que provocam princípios de
incêndio (MAMEDE FILHO, 2012).
Aterramento de trabalho
O aterramento de trabalho, também denominado aterramento provisório, é feito
quando há a necessidade de bloqueio do maquinário. Após a desenergização
do sistema pelo seccionamento do dispositivo de proteção do equipamento,
o aterramento é realizado pela equipotencialização entre os três condutores
de fase e o condutor de proteção. Isso protege os trabalhadores quanto à
reenergização involuntária.
Quando o aterramento de trabalho é instalado e ocorre a reenergização
do sistema, há um curto-circuito entre as fases e o condutor de proteção,
drenando a energia das fases para a terra, a fim de que os trabalhadores em
contato com o circuito e os condutores não se acidentem. Após um pequeno
Figura 5. Esquema TT
Fonte: Associação Brasileira de Normas Técnicas (2004, p. 16).
Choques elétricos
Os choques elétricos acontecem quando uma corrente elétrica externa se soma
às correntes fisiológicas do corpo, alterando as funções do organismo. Quanto
maior for a intensidade da corrente que circula no corpo, maiores serão os
danos ocasionados (COTRIM, 2009). As alterações provocam:
Funcionamento do DR
O DR funciona pelo conceito de comparação entre as correntes entre os con-
dutores que levam energia à carga. Em um circuito sem fugas de corrente,
a resultante da somatória das correntes dos condutores que levam energia
à carga deve ser 0 A. O diagrama da Figura 7 representa a operação desse
dispositivo que, por meio de um transformador de corrente, detecta diferenças
das correntes que chegam até a carga e as que retornam. Neste dispositivo,
existe um botão “T” de teste, que força um valor de corrente a circular por
fora do circuito de detecção, desarmando o disjuntor.
Os DRs são dispositivos obrigatórios nas instalações para circuitos em locais que
contenham banheira ou chuveiro, circuitos que tenham tomadas em áreas externas
ou mesmo em áreas internas que possam alimentar equipamentos na externa, e
em circuitos para “áreas molhadas”, como cozinhas, copas-cozinha, áreas de serviço,
garagens, etc. (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2004).
Procedimento de bloqueio
Sempre que há o risco de acidentes elétricos, a norma NR10 regulamenta os
procedimentos para a segurança das instalações e das atividades. Entre eles
está o procedimento de bloqueio de equipamentos, cuja relevância está no fato
de garantir que uma atividade em um equipamento desenergizado seja feita
sem riscos de choques elétricos. Os seguintes passos são necessários para a
liberação do equipamento para trabalho, conforme o Ministério do Trabalho
e Emprego (BRASIL, 1978):
Para saber mais sobre outros procedimentos e exigências da norma vigente para
segurança em eletricidade, leia a NR 10 - SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES E SERVIÇOS
EM ELETRICIDADE (BRASIL, 1978).