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Desse espaço mais amplo, deixe surgir a empatia por si mesmo, empatize com
a sua própria vontade de ser feliz, com o desejo de se livrar do sofrimento e da
ansiedade. Olhando um pouco para trás, pro seu passado recente, reconheça
os momentos em que você sentiu o impulso de servir a outra pessoa, de levar
uma vida plena de significado, de equilibrar a mente e de abrir o coração.
Essa não é uma prática narcisista, ela é sobre celebrar a virtude, onde quer
que ela esteja, e de ter gratidão. Essas são qualidades que trazem felicidade
pra nos, e pros que estão a nossa volta. É muito fácil e natural focar nos erros
e nos defeitos, vamos equilibrar este jogo, dedicando nossa atenção às
virtudes. Lembre-se que ao longo do nosso caminho, muitas pessoas nos
apoiaram, nos inspiraram, pense em tudo que essas pessoas te ensinaram e
também em como elas te ajudaram a nutrir estas mesmas qualidades em você.
Reflita sobre a bondade de todos esses seres com alegria e com gratidão. Eles
tiveram um papel essencial pra você ser quem é hoje, pra manifestar as
virtudes que manifesta hoje. Celebrar as nossas próprias virtudes é uma
maneira de honrar todas essas pessoas que nos inspiraram e nos ajudaram.
Deixe que a gratidão preencha seu coração neste momento.
Agora, visualize uma rede, unindo a sua gratidão à gratidão das pessoas que
estão fazendo esta prática com você. Permita-se sentir alegria e contentamento
pelas conquistas e realizações de cada um, pelas virtudes de cada um. Deixe-
se nutrir por este sentimento.
Nestes instantes finais, solte todas as imagens, sensações, solte ate mesmo a
alegria, deixe que sua consciência repouse e esteja apenas consciente de
estar consciente. Quando estiver se sentindo a vontade, pode abrir os olhos e
voltar gentilmente.
Fonte: Lojong