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1
Postgraduate Program in Programs Management and Health Services, Universidade Ceuma
(UNICEUMA), São Luís (MA), Brazil
2
São Domingos Hospital, São Luís, MA, Brazil
3
Department of Physical Therapy, Universidade Ceuma (UNICEUMA), São Luís (MA),
Brazil
4
Postgraduate Program in Odontology, Universidade Ceuma (UNICEUMA), São Luís (MA),
Brazil
5
Postgraduate Program in Environment, Universidade Ceuma (UNICEUMA), São Luís
(MA), Brazil
Corresponding author:
Daniela Bassi-Dibai. Universidade Ceuma, Pós-Graduação em Gestão de Programas e
Serviços de Saúde, Rua Josué Montello, 1, Jardim Renascença, CEP 65075-120, São Luís,
MA, Brasil. Telefone: +559832144277. E-mail: danielabassifisio@gmail.com
3 MÉTODO
3 RESULTADOS
A coleta de dados ocorreu em duas etapas entre o período de julho de 2018 a janeiro
de 2019 e surgiu após o registro da observação participante no diário de campo entre os meses
de outubro de 2018 a dezembro de 2018. A saturação teórica foi evidenciada na trigésima
segunda entrevista, de um montante final de cinquenta e dois enfermeiros. Foi realizada a
análise temática a partir de três etapas: pré análise, exploração do material ou codificação e
tratamento dos resultados obtidos ou interpretação. O projeto de pesquisa foi aprovado pelo
Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade CEUMA com o número de parecer para
garantir o anonimato dos sujeitos, identificamos as falas pela letra “D” para lembrar
Delirium, seguidos do número 1 aos 32, que compreende o total de entrevistados, na ordem
em que foram entrevistados.
Através da análise dos dados empíricos coletados foi possível formar três grandes
categorias: A primeira categoria falta de conhecimento dos profissionais, que subdivide-se
em: Formação acadêmica; Dificuldade quanto ao diagnóstico diferencial de Delírio e
Delirium; e Falta de conhecimento quanto às etapas da Escala CAM-ICU. A segunda
categoria - Dificuldade de colaboração dos pacientes. E, como terceira categoria - Ausência
do setor educação continuada.
4 DISCUSSÕES
Formação Acadêmica
A primeira vez que ouvi sobre Delirium foi dentro da UTI. Durante a
faculdade no módulo de terapia intensiva esse assunto nunca foi falado. E só
pude entender do que se tratava quando fiz a pós-graduação em UTI, que a
professora foi explicar o motivo da ocorrência e como era tratado (D, 13).
Percebemos a existência de uma lacuna entre o ensino ofertado pelas faculdades e/ou
Universidades, em comparação ao que é atualmente vivenciado no ambiente de trabalho. Não
é incomum o diálogo, por parte dos profissionais recém formados, quanto ao despreparo
vivenciado ao assumirem pacientes crîticos. Pois, estes nåo conseguem colocar em prática os
conhecimentos adquiridos durante a graduação. Hoje, os enfermeiros assumem um papel
importante de liderança com sua equipe, e quando estes não se sentem capacitados o
suficiente, isso repercute negativamente no seu papel como líder assistencial.
Grande parte dessa fragilidade em relação ao ensino deve-se ao fato de que muitos
profissionais que assumem o cargo na docência não possuem experiência profissional em UTI
ou os que possuem estão a longos anos afastados da prática clínica. O que acarreta no déficit
de conhecimento, ou seja, os assuntos apresentados em sala de aula apresentam-se defasados
frente ao que é vivenciado na prática. Já na pós graduação o cenário é diferente, pois os
professores que ministram as aulas em sua grande maioria ainda estão inseridos na
assistência. Portanto conseguem contextualizar com o cenário atual englobando todos os
assuntos pertinentes a esta área específica.
Foi possível também evidenciar que o cenário acadêmico ainda possui muitas
fragilidades a serem corrigidas. O número de cursos de graduação em enfermagem se torna
cada vez mais crescente, o que exige profissionais com capacitação adequada para
desempenhar o papel de educador. Frente a isso, como alguns dos grandes desafios a serem
enfrentados a respeito da prática acadêmica, podemos citar: o aprimoramento do sistema
formador; a validação da identidade docente em sobreposição à função assistencial; o
reprocessamento da atuação profissional tendo na pesquisa a mediadora das novas relações de
atuação rumo às grandes mudanças que vêm ocorrendo na dinâmica de trabalho (IDE, 2001).
Apesar de serem palavras com uma certa semelhança, sabemos que ambas possuem
etiologias diferentes. Quando trouxemos esse questionamento para os enfermeiros
entrevistados, pudemos evidenciar através dos discursos dos sujeitos que, o desconhecimento
sobre a diferença entre delírio e delirium, levava-os a pensar que se tratava da mesma doença.
Porém, ao estudarem sobre o assunto ou orientados por outros profissionais mais experientes.
Estes conseguiam compreender que ambas as doenças possuíam etiologias diferentes, apesar
de nomes sonoramente semelhantes. Como é possível evidenciar através da fala dos seguintes
entrevistados:
A primeira vez que vi um paciente apresentando diálogo confuso pensei que
estivesse delirando, mas imaginei que fosse devido alguma medicação.
Quando minha preceptora me abordou, ela falou que aquilo poderia ser
Delirium. Daí ela foi me explicar o que era Delirium, e porque tínhamos que
aplicar a escala (D, 17).
Bom. Eu sabia que delírio tinha a ver com paciente psiquiátrico, pois já
tinha visto na cadeira de psiquiatria na faculdade. Mas, é engraçado como o
paciente não fala coisa com coisa, e nos levar a pensar mesmo que pode se
tratar de um quadro psiquiátrico. Nunca, jamais, eu pensaria em Delirium.
Só hoje, depois de muito aprendizado eu consigo diferenciar uma coisa da
outra (D, 7).
Hoje eu tenho pleno conhecimento da diferença entre os dois”. Mas, quando
eu cheguei no serviço, que coincidentemente foi à época da implantação do
protocolo de prevenção de Delirium, era muito comum às pessoas acharem
que o paciente estava evoluindo com um quadro psiquiátrico. E era muito
doido. Hoje, eu sei que o Delirium é uma alteração química cerebral, o que
não tem nada a ver com delírio (D, 15).
Foi uma das primeiras coisas que minha preceptora me ensinou, pois na
época estava rolando um estudo sobre Delirium no hospital. O coordenador
cobrava muito das preceptoras que ensinassem isso para todos os
enfermeiros (D, 4).
O que podemos perceber através deste relato é que mesmo com as orientações e
treinamentos a respeito da aplicação da escala, os sujeitos ainda relatam insegurança e
dúvidas. E, quando associamos a isso a ausência de conhecimento sobre o assunto temos um
agravo do sentimento de insegurança vivenciado por esses profissionais. O que pode
atrapalhar ainda mais na detecção do diagnóstico de Delirium.
Os enfermeiros mais antigos do hospital, uma espécie de staff, não possuíam
dificuldade na aplicação da escala CAM-ICU. Então, sempre eram
chamados pelos enfermeiros mais novos no serviço para acompanhá-los
durante a aplicação da escala. Era notável, que eles se sentiam mais
confiante na presença desses enfermeiros, e como eram ensinados após a
aplicação da escala. Alguns enfermeiros faziam correções da aplicação na
beira leito, porém outros chamavam os mesmos num local reservado para
apontamento das falhas (DC).
Como uma das dificuldades também apontadas pelos sujeitos entrevistados estå a
colaboração dos pacientes. Sendo, mais frequente naqueles pacientes em ventilação mecânica.
Pois, nem sempre os pacientes eram colaborativos o suficiente para dar prosseguimento às
etapas da escala. Como segue no relato a seguir:
A minha maior dificuldade é aplicar nos pacientes em ventilação mecânica,
que estão agitados e não conseguem entender os comandos que tento
repassar. Mesmo eu sabendo que ali já está configurando um delirium
hiperativo (D, 9).
É sabido que os pacientes de Terapia Intensiva que se encontram em ventilação
mecânica necessitam utilizar sedoanalgesia, seja por infusão contínua ou bólus. Porém, é
incomum que estes passem mais de 2 dias em uso de sedoanalgesia, a não ser que o paciente
tenha indicação clínica de utilização, como nos casos de neurocirurgias ou doença respiratória
aguda grave.
Na descrição abaixo do diário de campo, observamos três enfermeiros aplicando a
escala em três turnos diferentes. Segue relato descritivo do diário de campo do turno
matutino:
Foi desligado a sedoanalgesia do paciente e este se encontrava no leito
agitado, sem obedecer aos comandos da enfermeira. Trata-se de um
paciente com idade superior a 65 anos. Enfermeira do leito discute o caso
com médico assistente sobre a possibilidade de tratar-se de um quadro de
Delirium, decidindo então aplicar a escala. Na etapa de avaliação de
atenção, enfermeira não consegue a colaboração do paciente para dar
continuidade à escala. O mesmo evolui com quadro de agitação
psicomotora perigosa com risco de arrancar dispositivos, médico opta por
seda-lo novamente. Quando cronometramos o tempo do início da decisão de
avaliação até o término, obteve uma duração de 45 minutos (DC, Matutino).
Esta descrição é típica nos pacientes em que é realizado o despertar diário, ou seja,
desligado a sedoanalgesia contínua. Esse paciente que está despertando de um período de
sedação provavelmente apresentava um quadro de desorientação. Mas, na descrição acima o
avaliador não se atentou a outros causas da agitação, como por exemplo a dor. A literatura
recomenda que antes de avaliarmos delirium precisamos descartar outras causas. Ou seja, no
caso acima não conseguimos evidenciar outras avaliações. Por esse motivo não houve sucesso
na colaboração do paciente e logo foi optado por sedá-lo.
Quando questionados quanto a aplicação da escala nos pacientes em ar ambiente.
Estes relataram maior facilidade quando comparados aos pacientes em ventilação mecânica,
pois os pacientes eram mais colaborativos. No relato a seguir um dos sujeitos entrevistados
consegue descrever tal afirmação:
Nos pacientes em ar ambiente é bem mais fácil aplicar aquela parte que o
paciente tem que apertar as mãos todas as vezes que escutar a vogal a. Ele
consegue interagir comigo melhor. Mas, quando estou com pacientes em
ventilação mecânica que preciso avaliar essa mesma ação é muito mais
difícil. Pois, precisamos repetir várias vezes para o paciente entender e não
temos todo esse tempo para ficar ali aplicando (D, 16).
Porém a dúvida que fica através de ambos os relatos é se a dificuldade de aplicação
da escala em pacientes na ventilação mecânica se trata pelo fato dos pacientes não
conseguirem se comunicar. Ou se o avaliador não estimula o paciente suficientemente para
conseguir aplicar a escala. Não é incomum hoje em UTI termos pacientes acordados e
colaborativos na ventilação mecânica, que inclusive conseguem se comunicar através de papel
e caneta. Quando questionados quanto à confiabilidade da escala os entrevistados relataram
que acreditavam que fosse eficiente no diagnóstico dos casos de Delirium, apesar de não
terem se aprofundado no assunto através de discussão de artigos científicos. Como relatado a
seguir:
Por trabalhar em um serviço que o coordenador médico só aceita utilização
de protocolos confiáveis. Acredito que essa escala seja realmente fidedigna
apesar de não conhecer profundamente sobre o assunto, caso contrário não
estaria aqui dentro da UTI sendo amplamente utilizada (D, 28).
Com certeza é uma escala confiável. Fiz parte do estudo do serviço sobre
Delirium e ao gerenciarmos esse protocolo, conseguimos identificar vários
casos de Delirium. E o quanto o subdiagnóstico é deletério aos pacientes
que recebem alta da UTI. Acredito que devemos trabalhar melhor na
capacitação do enfermeiro (D, 17).
Quanto aos profissionais com tempo de serviço inferior a cinco anos podemos
perceber a diferença entre a implementação do protocolo e a manutenção. Em que, muitas das
vezes os enfermeiros supervisores que eram responsáveis pela parte educacional, não
possuíam tempo suficiente para ensinar os mais recentes, pois assim como os demais estes
também desempenhavam papel assistencial na beira de leito. E isso, é evidenciado em várias
falas dos sujeitos entrevistados.
A primeira vez que fui aplicar a escala após o ensinamento lá naquela
primeira semana de ambientação da UTI foi muito confusa. Eu chamei a
enfermeira supervisora para me ajudar, mas ela não podia demorar muito,
porque também estava com pacientes graves. Então, ela que acabou
aplicando a escala e eu fiquei ali só observando. Não houve um tempo de
aprendizagem suficiente para que de fato eu possa ter compreendido. Eu sei
que ela não fez por mal, mas e a complexidade do serviço que não nos
permite aprender na beira do leito (D, 13).
Quando fui aplicar a escala pela segunda vez, ainda não me senti segura,
fui chamar minha preceptora, porém ela não foi muito receptiva. Então
preferi chamar minha colega do Trainee e ali juntas fomos entendendo a
escala. Demoramos bastante até o paciente colaborar com a gente (D, 10).
Acho que agora como não é mais cobrado pela coordenação do serviço as
pessoas ensinam meio que de qualquer jeito. E quando vamos aplicar nos
pacientes estamos cheias de dúvida, nem os supervisores recentes sabem de
fato aplicar. Não me senti amparada em nenhum momento (D, 12).
Podemos perceber que há fragilidades durante os treinamentos dos profissionais
quanto à aplicação da escala, e que esse nåo ocorre de maneira uniforme. Acarretando em
preocupação quanto a veracidade das avaliações realizadas por esses enfermeiros. Pois, é
frequente o discurso, que na ausência do enfermeiro supervisor e/ou experiente, a busca de
ajuda dos colegas que também apresentam as mesmas dificuldades.
No diário de campo também observamos que é inviável o enfermeiro supervisor ser o
responsável pelo treinamento dos profissionais, uma vez que também possuem
responsabilidades assistenciais. Outro ponto relatado pelos enfermeiros é que todos os
treinamentos eram realizados no turno de trabalho, e que devido a dinâmica do ambiente, isso
gerava certa preocupação. Pois, ficavam ansiosos com medo de não terminarem suas
atividades dentro do seu turno (6 horas, 12 horas) pelo fato de estarem no treinamento. Então,
muitos não conseguiam focar sua atenção, pois queriam que logo encerrasse para retornar às
atividades laborais.
Enfermeira Trainee recém-admitida como enfermeira assistencial aborda a
enfermeira supervisora do plantão para ajuda na aplicação da escala.
Porém, enfermeira supervisora informa que não poderá ir naquele
momento, pois está com um paciente grave. Ela designa ajuda para outra
enfermeira do plantão que apesar de não ser supervisora tem bastante
experiência (DC).
A grande maioria dos enfermeiros que estão inseridos hoje nas UTIs do estudo
passaram por um Programa Trainee, em que eram admitidos somente aqueles que atendiam
critérios estabelecidos como, por exemplo: tempo de formação inferior a 2 anos do edital. A
primeira etapa de seleção consistia na aplicação de prova teórica e a segunda etapa análise do
currículo e entrevista. A equipe costuma falar que os enfermeiros que mais se destacavam no
desenvolviam o DNA do serviço. Esse programa consistia em oito meses de prática com
teoria, em que eram realizadas aulas semanais sobre temas relevantes da Terapia Intensiva
voltados para enfermagem.
Também participavam ativamente de protocolos clínicos do serviço e de rounds
clínicos multiprofissionais. Quando havia à saída de algum profissional, seja por desligamento
da empresa, os enfermeiros trainees que mais se destacavam eram admitidos para o quadro
assistencial, assumindo então uma escala de serviço dentro da UTI, sem ter finalizado o
programa.
Nunca tinha ouvido falar sobre Delirium durante a graduação, porém após
ficar com um paciente com quadro de Delirium, minha preceptora me
explicou do que se tratava e me ajudou a aplicar a escala. Quando cheguei
em casa me aprofundei no assunto e entendi a importância de um
diagnóstico precoce durante a internação em UTI (D, 9).
Porém, quando falamos dos enfermeiros que foram contratados fora do programa
trainee, a dinâmica ocorria de maneira diferente. Geralmente esses enfermeiros passavam
sessenta dias em treinamento com enfermeiros supervisores que eram designados pela
Coordenação de Enfermagem da UTI. Devido à complexidade do serviço e a urgência em
logo irem para assistência, esses enfermeiros acabavam desviando sua atenção em aprender a
rotina de serviço. Os enfermeiros supervisores também eram mais objetivos no treinamento
devido o curto espaço de tempo, além de que esses enfermeiros em treinamento já possuíam
experiência em UTI, então conheciam o ambiente de Terapia Intensiva. Porém, muitos desses
enfermeiros não estavam habituados com uma rotina de trabalho pautado em protocolos.
Por se tratar de um hospital com acreditação nacional e internacional, todas as práticas
eram baseadas em protocolos clínicos que despendem tempo para aplicá-los. Então, os
enfermeiros supervisores que eram os responsáveis pela parte educacional acabavam por não
atender a demanda.
A primeira vez que tive contato com a escala de Delirium foi dentro do São
Domingos. Até então nas UTIs que trabalhei não é cobrado da enfermagem
a aplicação dessa escala. Algumas escalas como a RASS nós aplicamos, mas
não nessa complexidade como aqui no serviço. Quando me explicaram a
escala eu não consegui assimilar muito bem, porque é outra realidade de
cuidado quando comparado ao serviço em que trabalho (D, 17).
5 CONCLUSÃO
6 RELEVÂNCIA CLÍNICA
Quando temos uma doença como o delirium sendo responsável pelo aumento do
tempo de internação, seja em UTI ou enfermaria, aumento da mortalidade e desenvolvimento
de disfunção cognitiva grave. Se torna imprescindível a avaliação diária dos pacientes quanto
ao surgimento ou nåo da doença. Porém, quando nåo temos profissionais treinados e
conhecedores do tema, isso gera um alarme aos gestores desses setores.
Nåo é de hoje que sabemos que existe uma grande lacuna ao que é ensinado na
graduação para o que é vivenciado no ambiente clínico. E essa discrepância de assuntos acaba
por gerar consequências, em que cada vez mais recebemos profissionais recém formados
despreparados para adentrar ao mercado de trabalho. Fazendo total diferença, negativamente,
durante a aplicação de uma escala que irá definir quais condutas deveremos tomar frente ao
diagnóstico obtido.
A finalidade deste trabalho foi evidenciar através dos discursos dos sujeitos
entrevistados que a falta de conhecimento a respeito do delirium ainda está presente no
ambiente de UTI. Que as dificuldades a respeito da aplicação da escala CAM-ICU, na
verdade é bem mais complexo, o que merece uma atenção redobrada do setor de educação
continuada. E, que os treinamentos devem ser mais intensificados aos profissionais do serviço
devendo incluir também sobre a escala RASS, que mostrou-se como um dos grandes
dificultadores do diagnóstico.
Portanto, pesquisar sobre delirium e as vivências dos profissionais quantos as
dificuldades da aplicação se mostra importante. Nåo só pelos danos causados aos pacientes,
jovens e idosos, mas também pelo custo hospitalar e desenvolvimento e capacitação dos
profissionais que compõem hoje o setor UTI.
Tabela 1: Perfil Sociodemográfico dos enfermeiros de Terapia Intensiva entrevistados. São
Luís, MA, 2020.