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Filosofia – 11º ano

A RACIONALIDADE CIENTÍFICO-TECNOLÓGICA
CAPÍTULO 2
TEORIAS EXPLICATIVAS DO CONHECIMENTO

FICHA 1
O racionalismo cartesiano
Questões de escolha múltipla

1 — Identifique a afirmação verdadeira.


a) Descartes é cético porque parte da dúvida.
b) Descartes não é cético porque a dúvida é metódica.
c) Descartes é cético porque não procura a verdade e a encontra por acaso.
d) Descartes não é cético porque não consegue duvidar de tudo.

2 – Identifique a afirmação errada.


a) O principal problema de Descartes é o de encontrar a garantia de que o nosso
conhecimento é absolutamente seguro.
b) A condição necessária para que algo seja declarado conhecimento absolutamente
seguro é resistir completamente à dúvida.
c) Basta resistir à dúvida hiperbólica para que qualquer conhecimento seja declarado
absolutamente seguro.
d) O primeiro conhecimento absolutamente seguro é a existência do sujeito que tem
consciência de que os sentidos e o entendimento o podem enganar.

3– Identifique a afirmação errada.


a) A dúvida é hiperbólica porque a sua regra de aplicação é duvidar do que for
claramente duvidoso.
b) A dúvida tem graus de aplicação porque se exerce do mais fácil de pôr em causa para
o mais difícil de pôr em causa.
c) A dúvida é metódica porque segue a regra metódica que identifica o verdadeiro com
o absolutamente indubitável.
d) A dúvida é a forma de separar absolutamente o verdadeiro do falso.

4 – Identifique a afirmação errada.


a) Descartes usa a dúvida metódica para ver se há verdades acerca das quais não
possamos de modo algum estar errados.
b) A dúvida metódica é hiperbólica porque é despropositada.
c) A dúvida destina-se a mostrar que os céticos estão enganados, ou seja, que a
justificação das nossas crenças é possível.
d) A dúvida, separando o verdadeiro do falso de forma absoluta, vai mostrar que há uma
crença verdadeira que se autojustifica e que será o fundamento de todo o conhecimento.

5- Identifique a afirmação verdadeira:


a) O primeiro nível de aplicação da dúvida é aquele em que Descartes põe em causa a
existência de objetos sensíveis.
b) O primeiro nível de aplicação da dúvida é aquele em que Descartes reserva o título de
conhecimentos verdadeiros aos conhecimentos matemáticos.
c) O primeiro nível de aplicação da dúvida é aquele em que Descartes rejeita que o
conhecimento do mundo tenha uma base empírica.
d) O primeiro nível de aplicação da dúvida é aquele em que Descartes encontra um
fundamento absolutamente seguro para o saber.

6 - Identifique a afirmação verdadeira.


a) A concepção do método defendida por Descartes inspira-se na perspetiva empirista.
b) A concepção do método defendida por Descartes inspira-se num ideal de certeza
representado pelas matemáticas.
c) Por assim ser, as matemáticas serão um modelo de certeza nunca questionado.
d) É em nome de um ideal de certeza rigoroso que é característico das matemáticas que
Descartes critica o saber do seu tempo.

7 - Identifique a afirmação errada.


a) O segundo nível de aplicação da dúvida é aquele em que Descartes põe em causa as
informações dos sentidos sobre as propriedades dos objetos existentes.
b) Neste nível, Descartes torna a dúvida ainda mais excessiva e põe em causa algo que,
do ponto de vista do senso comum, não parece razoável questionar.
c) Ainda que muitíssimo improvável, não é impossível que, dada a dificuldade de
distinguir sonho de realidade, as imagens que tenho da realidade não correspondam a
nada real fora de mim.
d) Neste nível, Descartes mostra mais uma razão para desconfiar dos sentidos porque, se
a prova que temos da existência de realidades exteriores é a intensidade das sensações,
então entre sonho e realidade não há uma distinção absolutamente clara.

8 - Identifique a afirmação errada.


a) A aplicação da dúvida destina-se a minar os fundamentos nos quais muitas crenças
erradas se baseavam.
b) O seu carácter é propositadamente hiperbólico porque é preciso separar de forma
absolutamente clara o verdadeiro do falso.
c) Um conhecimento ou é absolutamente verdadeiro ou então é falso, pelo que aquilo
que, por pouco que seja, pareça duvidoso é descartado como falso.
d) O que Descartes mostrou foi que basear a nossa crença na existência do mundo físico
ou corpóreo nos sentidos nos conduz a duvidar dessa existência
e) Todas as afirmações são falsas.

9 – Identifique a afirmação verdadeira.


a) No terceiro nível de aplicação da dúvida, Descartes considera que verdades tão claras
como as matemáticas possam sofrer alguma suspeita de falsidade ou de incerteza.
b) No terceiro nível de aplicação da dúvida, Descartes considera que seguir as regras
fundamentais do raciocínio correto basta para que os resultados das nossas operações
intelectuais sejam corretos.
c) Neste nível a dúvida exerce-se num plano puramente intelectual porque nem os erros
dos sentidos nem o argumento dos sonhos podem fazer-nos duvidar de que, por
exemplo, 2 + 2 = 4.
d) Não temos razão para duvidar das verdades matemáticas porque o nosso
entendimento orientado por um método rigoroso é infalível.

10 - Identifique a afirmação errada.


a) O argumento de um hipotético Deus enganador ou perverso justifica-se porque era
necessária uma hipótese sumamente excessiva para pôr em causa proposições que o
entendimento considera naturalmente inquestionáveis.
b) O argumento de um hipotético Deus enganador ou perverso tem como função
transformar os resultados das operações do entendimento de verdadeiros em
provavelmente verdadeiros.
c) O argumento de um hipotético Deus enganador ou perverso corresponde a uma
radicalização da dúvida.
d) O argumento de um hipotético Deus enganador ou perverso – que Descartes
considera muito metafísico ou radical – destina-se a lançar a suspeita de que sempre que
faço cálculos e demonstrações matemáticas posso enganar-me por o meu entendimento
estar, sem eu o saber, a tomar o falso por verdadeiro e o verdadeiro por falso.

11 - Identifique a afirmação verdadeira.


a) Atingido o momento em que conseguiu pôr em causa todos os conhecimentos que
constituíam a base do saber do seu tempo, Descartes dá razão aos céticos.
b) Terminada a aplicação da dúvida, Descartes convence-se de que tudo é falso e nada é
verdadeiro.
c) Terminada a aplicação da dúvida, Descartes convence-se de que há uma proposição
que supera o teste da dúvida metódica/ hiperbólica.
d) Terminada a aplicação da dúvida, Descartes convence-se de que os argumentos
céticos anteriormente apresentados são invencíveis.

12 - Identifique a afirmação verdadeira.


a) O Cogito, abreviatura de «Penso, logo existo» é uma verdade indutiva.
b) O Cogito é uma proposição resultante de um raciocínio dedutivo.
c) O Cogito é uma certeza que se descobre por meio do raciocínio, mas não se infere de
outra proposição.
d) O Cogito é uma evidência racional que se impõe ao pensamento no próprio ato em
que este se exerce, mesmo que esse ato seja duvidar de que há proposições verdadeiras.

13 - Identifique a afirmação verdadeira.


a) O Cogito é uma ideia procedente da experiência.
b) O Cogito é uma proposição que só a hipótese de Deus nos enganar pode pôr em
causa.
c) O Cogito é uma verdade absolutamente evidente porque, sendo a dúvida implacável
na sua aplicação, o que lhe resiste tem de ser absolutamente verdadeiro.
d) A proposição Penso, logo existo é o suporte do ato de duvidar.

14 - Identifique a afirmação errada.


a) O Cogito é a crença básica que, não se deduzindo de nenhuma outra, constitui a
consequência lógica da premissa Tudo o que pensa existe.
b) O Cogito é o primeiro princípio do novo sistema do saber que Descartes quer
construir e nada mais é do que a razão desligada de qualquer referência à experiência
empírica e a conhecimentos estabelecidos sem radical análise crítica.
c) O Cogito corresponde à existência de um sujeito que nada conhece acerca dos objetos
e que, sem a ajuda da experiência, nada poderá conhecer.
d) O Cogito é uma verdade absoluta, mas não é um critério de verdade, porque é uma
crença que se descobre no momento em que duvidamos de tudo.

15 – Identifique a afirmação errada.


a) No momento em que Descartes não sabe se o mundo físico existe nem se o
entendimento é digno de confiança, só tem como seguro aquilo que a dúvida nunca
pôde pôr realmente em causa.
b) O sujeito é uma substância puramente pensante ou racional – é uma razão pura –
porque podemos duvidar da existência do que é corpóreo, mas não da existência da
mente.
c) A alma é realmente distinta do corpo porque, neste momento do percurso de
Descartes, é possível duvidar de que exista essa substância material a que se chama
corpo.
d) Só teremos a certeza de que a alma é realmente distinta do corpo quando afastarmos a
inquietante hipótese de que Deus é um génio maligno que se empenha em enganar-me.

16 - Identifique a afirmação errada.


a) O Cogito é uma proposição ou uma crença metafísica porque é uma proposição
absolutamente primeira.
b) O Cogito é um critério ou modelo de verdade porque toda e qualquer proposição que
se queira verdadeira terá de se impor com clareza e distinção absolutas.
c) A distinção alma-corpo é outra verdade fundamental do sistema do saber porque se
impõe no momento em que o sujeito pensante reflete sobre que tipo de existência é a
sua no momento em que duvida da existência quer de coisas sensíveis quer de objetos
inteligíveis. Podemos dizer que com o Cogito forma outro dos pilares do edifício do
conhecimento.
d) Se tenho a certeza de que existo, mesmo que mais nada exista, então sou um ser que
criou a sua própria existência.

17 - Identifique a afirmação errada.


a) Deus é o verdadeiro fundamento do conhecimento certo e seguro porque só ele possui
a verdade.
b) Deus é o verdadeiro fundamento do conhecimento certo e seguro porque só ele pode
garantir que não me engano quando penso clara e distintamente.
c) Deus é o verdadeiro fundamento do conhecimento certo e seguro porque, sendo
perfeito, não pode enganar-me quando penso clara e distintamente.
d) Não podemos estar certos mesmo das ideias mais simples apenas porque nos parecem
claras e distintas se não tivermos provado que Deus existe e é perfeito, não podendo,
portanto, ser confundido com uma entidade enganadora e maliciosa.

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