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Crédito Habitação: O que é e como se calcula a taxa de

esforço?
Já se questionou do porquê das instituições financeiras pedirem os seus
comprovativos de IRS e os recibos de vencimento?
Quando pede um crédito à habitação, estes são documentos necessários
para o banco conseguir calcular a sua taxa de esforço e decidir se
concedem, ou não, o crédito pedido.

Estes documentos traduzem o histórico de consumo dos clientes e, assim,


conseguem perceber se o empréstimo será um encargo demasiado elevado
para o consumidor, evitando-se futuras situações de sobre-endividamento
em caso de alterações inesperadas no contexto económico das famílias,
como situações de desemprego ou de doença prolongada.

A taxa de esforço é uma medida de análise do risco de crédito que


relaciona o valor das prestações bancárias (prestação do crédito habitação,
crédito automóvel, crédito pessoal, cartões de crédito) com os rendimentos
do agregado familiar.

A taxa de esforço calcula-se segundo a fórmula:

Taxa de esforço = (Encargos financeiros mensais / Rendimento) x 100

Analisemos o caso do João e da Maria, um casal de 27 anos que, em


conjunto, tem um rendimento líquido de 1.700€. Juntos, estão a pagar um
crédito habitação no valor de 400€ mensais, bem como um encargo mensal
de 80€ associado a um cartão de crédito. No entanto, gostariam de pedir um
crédito para mobiliário e decoração.

Será possível? Calculemos a taxa de esforço.

Soma dos encargos financeiros mensais: 400 + 80 = 480€

Rendimento líquido total do agregado: 1.700€

Taxa de esforço: (480/1.700) x 100 = 28,24%

O casal tem atualmente uma taxa de esforço de cerca de 28,2%, o que se


traduz num valor comportável e aceitável face ao rendimento que aufere.
Esta taxa não deverá ser superior a 33%, ou seja, um terço do rendimento
total do agregado familiar. É importante, ainda, reforçar que cada caso é
um caso e por vezes podem existir exceções.

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