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APOSTILA
BRIGADISTA ORGÂNICO
ÍNDICE
4. Anexos
4.2. C IT 12 CBMMG – Questionário de Avaliação de Brigadista .....................................74
5. Bibliografia ...................................................................................................................75
Nota do Autor:
Reservado todos os direitos
Proibido a duplicação ou reprodução
desta obra, sem autorização por escrito do
BRIGADA: Centro de Treinamento em Formação e Requalificação Profissional
Avenida Dom Pedro II, 99, SL 01, Centro - São Lourenço/MG. Tel: (35) 3331 7717 Wpp: (35) 99165 9922
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4
1.1 INTRODUÇÃO
A vida na terra seria impossível sem os benefícios do fogo. A sociedade pouco ou nada pode fazer
sem ele, o fogo pode ser um dos maiores inimigos da humanidade com sua ação destrutiva quando escapa
ao controle. Um pequeno descuido pode levar a uma grande catástrofe. Inúmeros incêndios ocorrem todo
ano resultando em grandes perdas de vida e patrimônio, paralisando empresas e regiões.
A existência de pessoal treinado e competente na prevenção usando adequadamente os equipamentos e
prestar um socorro adequado é essencial para que prejuízos não sejam aumentados em decorrência de
falta de conhecimentos próprios de primeiros socorros e de prevenção e combate a incêndio. O treinamento
na prevenção de incêndios e primeiros socorros eliminarão o desconhecido, significando pronta e efetiva
ação do pessoal da BRIGADA, caso deparem com um sinistro.
1.1.2 Objetivo
Contribuir para que a edificação esteja eficazmente protegida contra riscos de incêndio;
Evitar que um sinistro, após sua iniciação, tome proporções maiores;
Fornecer informações seguras aos Bombeiros sobre a origem do incêndio e auxiliá-los no combate;
Prestar os primeiros socorros até a chagada do serviço de atendimento especializado;
Promover as ações de abandono do local sinistrado.
1.2.1.2 Do Líder
Responsável pelo desempenho da equipe;
Pela quantidade e qualidade do serviço;
Pela segurança da equipe;
Pela determinação das rotas de segurança;
Pelos treinamentos.
1.2.1.3 Do Brigadista
Executar os trabalhos com qualidade e segurança e zelar pela segurança de seus componentes.
1.2.1.4 Do Logístico
É responsável pela manutenção dos equipamentos da equipe e pelo suprimento das necessidades
durante os trabalhos.
1.3.2 Incêndio - É o fogo fora de controle, pode causar danos à vida e ao patrimônio. Para que não sejamos
surpreendidos, inesperadamente, com a voracidade das chamas destruidoras, torna-se necessário o
conhecimento de suas características e de como saber dominá-lo.
1.3.3 Triângulo do Fogo: Compõem o triângulo do fogo três elementos básicos que são o Combustível
(material), o Comburente (oxigênio) e o Calor (agente ígneo).
Além do triângulo de fogo, temos também o tetraedro de fogo que, além de incluir combustível,
comburente e calor, também considera a reação em cadeia, pois para o fogo se manter aceso é necessário
que a chama forneça calor suficiente para continuar a queima do combustível.
1.3.6.3 Ponto de ignição: Temperatura mínima em que um combustível se inflama pelo simples contato com
o oxigênio, atinge-se um ponto no qual o combustível exposto ao ar, entra em combustão sem que haja
fonte externa de calor.
1.4.2 Convecção: O calor se propaga nos líquidos e/ou gases aquecidos devido ao movimento ascendente
de massas aquecidas, por diferença de densidade.
Exemplo: Propagação de incêndios em edifícios, onde os gases aquecidos deslocam para andares
superiores.
1.4.3 Radiação: O calor independe de um meio físico para se propagar. Nessa forma o calor se propaga
através das ondas caloríficas.
São aqueles ocorridos em materiais sólidos comuns. Queimam em razão da área (superfície) e da
profundidade.
Características: Deixam resíduos, tais como as cinzas e carvão.
Exemplo: Papel, madeira, tecidos, etc.
Características: Para sua extinção devem ser usados agentes extintores especiais.
Exemplo: Incêndios em ligas de magnésio, selênio, antimônio, lítio, potássio, alumínio fragmentado, zinco,
titânio, sódio, zircônio etc.
Fazer a manutenção periódica na parte elétrica e nos equipamentos que forem necessários para
evitar o atrito entre as peças ou os desgastes das mesmas;
Não faça ligações elétricas improvisadas, chame um eletricista qualificado;
Cuidado com uso de velas, lampiões, fogos de artifícios, produtos químicos, etc.;
1.7.4 Extinção Química. (Quebra da Reação): Consiste em interromper a reação química através de
agentes químicos especiais. Exigem, para sua extinção, agentes extintores que se funde em contato com
metais combustíveis, interferindo na reação em cadeia, tais como substâncias halogenadas e pós-especiais
à base de grafita, cloreto de bário, monofosfato de amônia, e outros. Isso ocorre porque o oxigênio
(comburente) deixa de reagir com os gases combustíveis. Essa reação só ocorre quando há chamas
visíveis.
1.8.1 Água
É agente extintor mais abundante na natureza. Age principalmente por resfriamento, devido a sua
propriedade de absorver grande quantidade de calor. Atua também por abafamento (dependendo da forma
como é utilizada, podendo ser aplicada em diversos tipos de jato, como: neblinado, neblina e compacto).
Em razão da existência de sais minerais em sua composição química, a água conduz eletricidade e seu
usuário, em presença de materiais energizados, pode sofrer choque elétrico. Quando a água é utilizada no
combate ao fogo em líquidos inflamáveis, há o risco de ocorrer transbordamento do líquido que está
queimando, aumentando, assim, a área do incêndio. É o agente extintor "universal". A sua abundância e as
suas características de emprego, sob diversas formas, possibilitam a sua aplicação em inúmeros materiais
combustíveis.
1.8.2 Espuma
A espuma pode ser química ou mecânica conforme o seu processo de formação. A espuma química resulta
da reação entre as soluções aquosas de sulfato de alumínio e bicarbonato de sódio, e a mecânica é
produzida pelo batimento da água, LGE (líquido gerador de espuma) e ar. A rigor, a espuma é mais uma
das formas de aplicação da água, pois se constitui de um aglomerado de bolhas de ar envoltas por película
de água. Mais leve que todos os líquidos inflamáveis, é utilizada para extinguir incêndios por abafamento e,
por conter água, possui uma ação secundária de resfriamento.
Pó BC – nesta categoria está o tipo de pó mais comum e conhecido, o PQS ou Pó Químico Seco. Os
extintores de PQS para classe B e C utilizam os agentes extintores bicarbonato de sódio, bicarbonato de
potássio, cloreto de potássio, tratados com um estearato a fim de torná-los anti-higroscópios e de fácil
descarga.
Pó D – usado especificamente na classe D de incêndio, sendo a sua composição variada, pois cada metal
pirofórico terá um agente especifico, tendo por base a grafita misturada com cloretos e carbonetos. São
também denominados de Pós Químicos Especiais - PQEsp.
1.9.1.1 Cabeça
Os EPI’s precisam proteger o crânio, os olhos, a face e a nuca das lesões que podem ser ocasionadas por
impactos de materiais, partículas, respingos ou vapores de produtos químicos e de radiações luminosas.
a) Capacetes de bombeiro
b) Óculos de proteção
b) Pés
Os EPI’s visam proteger contra lesões ocasionadas de origem mecânica (quedas de materiais), agentes
químicos, térmicos e objetos perfurantes ou cortantes.
Existem extintores manuais e sobre rodas, especialmente construídos para a extinção de um incêndio em
sua fase inicial; são estudados para um uso bastante rápido e, por isso, são indispensáveis mesmo onde
existem meios completos de proteção contra o fogo, como sprinkler ou hidrantes.
Devem ser colocados em locais bem visíveis, de fácil acesso e que não tenham possibilidades de ficarem
fora do alcance dos operadores devido à obstrução de qualquer espécie.
Sua localização deverá ser bem assinalada para que seja possível divisá-lo prontamente.
Onde houver extintores, deve existir bom número de pessoas familiarizadas com o seu uso e pelo menos
uma que conheça, suficientemente, a sua manutenção.
O extintor como qualquer equipamento de incêndio, deve ter local fixo nas condições supra e identificado
com o aparelho de onde só sairá segundo as três hipóteses:
- Para exercício;
- Para manutenção;
- Para uso no caso de princípio de incêndio.
Os extintores, de maneira geral, recebem o nome do agente extintor que empregam.
A pressão para o funcionamento dos extintores é obtida, mais usualmente, da forma pressurizada.
Pressurizados propriamente ditos, quando o próprio agente extintor é submetido à pressão ou quando o
agente fica permanentemente pressurizado por um gás de pressurização.
Com cilindro de gás (pressão injetada), quando o agente extintor e o gás de pressurização estão em
recipientes separados.
1.10.1.1 Manutenção
Nível 1:
Limpeza de componentes;
Reaperto de componentes;
Colocação do quadro de instruções;
Substituição de componentes que não estejam submetidos à pressão.
Nível 2:
Desmontagem do equipamento;
Verificação de carga;
Limpeza de todos componentes;
Verificação das partes internas;
Regulagem, verificação e fixação dos componentes rosqueados;
Colocação de lacre e pintura.
Nível 3:
Teste hidrostático: (A cada 5 anos, ao constatar fadiga no material, se o aparelho sofrer avaria
mecânica).
Revisão geral
Êxito no emprego dos extintores dependerá de:
Fabricação de acordo com as normas técnicas (ABNT);
Distribuição apropriada dos aparelhos;
Inspeção periódica da área a proteger;
Manutenção adequada e eficiente;
Pessoal habilitado no manuseio correto.
TIPOS DE EXTINTORES
CO2 Solução de
Espuma
Gás Água Pó Químico
Química Acetato de
carbônico.
Potássio
A
Queima em
Sim
superfície e Sim Sim Não indicado
Sim Ótimo
profundidad Pouco Pouco
Razoável Encharca e
e: madeira, Eficiente Eficiente
resfria
papel, pano,
etc.
CLASSE DE INCÊNDIO
B Sim, Bom.
Queima em Não é eficaz
Não
superfície: SIM para álcool e SIM
Contra Não indicado
Gasolina, BOM acetona ÓTIMO
indicado
óleo, tinta,
etc.
C Sim, Sim, Bom
Não. Não.
Em Ótimo Mas pode Não indicado
Conduz Conduz
equipament Não deixam estragar o
eletricidade eletricidade
os elétricos. resíduos equipamento
D NÃO. Sim
Em metais CONTRA INDICADO. Mas com Não indicado
Não apaga e pode aumentar o fogo restrições
K
Óleos e Não Sim
Gorduras Essa classe tem seu agente específico. ÓTIMO
Abafamento e Abafamento e Resfriamento
Efeito Resfriamento resfriamento resfriamento Abafamento e
saponificação
4. Abra o registro lento e gradualmente. Se houver duas pessoas, esse trabalho será feito pela que não
estiver de posse do esguicho.
5. Estenda a mangueira protegendo-se como for possível e dirija o jato para a base do fogo. Não esquecer
quanto à forma do jato, sólido, chuveiro ou neblina.
É um dispositivo existente em redes hidráulicas no interior de indústrias. Esse tipo de hidrante é utilizado
com água da Reserva Técnica de Incêndio (RTI), do Sistema Hidráulico Preventivo (SHP) da empresa.
1.11.2 Mangueiras
São condutores flexíveis, utilizados para conduzir a água sob pressão da fonte de suprimento ao local onde
deve ser lançada. Flexível, pois permite o seu manuseio para todos os lados, resistindo a pressões
elevadas.
As mangueiras podem ser de 1 ½” ou 38 milímetros, e de 2 ½” ou de 63 milímetros, de acordo com a
especificação no projeto contra incêndio e pânico. São constituídas de fibra de tecido vegetal (algodão,
linho, etc.) ou de tecido sintético (poliéster), dependendo da natureza de ocupação da edificação. Possuem
um revestimento interno de borracha, a fim de suportar a pressões hidrostáticas e hidrodinâmicas,
oferecidas pelo SHP.
1.11.2.2 Esguichos
São peças metálicas, conectadas nas extremidades das mangueiras, destinadas a dirigir e dar forma ao jato
d’água.
1.12.1.1 Endereçável
É composto de equipamentos apropriados e de alta tecnologia que realizam o gerenciamento, supervisão e
sinalização precisa ponto a ponto do sistema, proporcionando fácil interpretação das informações
registradas pela central de alarme no exato momento da ocorrência do sinistro, e garante segurança e
confiabilidade além de permitir maior precisão na detecção de um eventual foco de incêndio.
Este sistema possui uma rede de detectores de calor e fumaça e botoeiras de alarme, interligados à uma
central de detecção. No caso da ocorrência de um princípio de incêndio, o sensor que o detectou, envia
uma mensagem para a central que imediatamente aciona o alarme e mostra no painel o ponto exato da
ocorrência. Esta central possui a vantagem de que, se por qualquer motivo, um ponto apresentar defeito ou
ocorrer uma perda em determinada secção, não compromete nenhum outro trecho do sistema.
1.12.1.2 Convencional
Da mesma maneira que o sistema endereçável, este sistema possui sensores e botoeira ligados a uma
central, só que em vez de mostrar o ponto exato de uma ocorrência, mostra apenas a área à que está
ligado.
Se, por qualquer motivo houver o seccionamento de uma parte da rede, toda a rede após a parte
seccionada não funcionará. Existe ainda sistemas de detecção interligados à sistemas de combate a
incêndios automáticos, que quando detectam a presença de fumaça ou calor, acionam sistemas de
supressão de gás carbônico ou heptafluoropropano, que é um gás ecologicamente limpo.
Estes gases inundam o ambiente a ser protegido extinguindo o incêndio, mas são recomendados para
ambientes onde não existe a permanência de pessoas pois são asfixiantes simples.
Quando utilizados em áreas onde existe pessoas devem possuir um sistema de retardamento, a fim de que
do acionamento do alarme até seu disparo, as pessoas tenham tempo de se evadirem.
Os principais tipos de sistemas, de acordo com a fonte de energia, são: conjunto de blocos autônomos,
sistema centralizado com baterias e sistema centralizado com grupo moto gerador.
Proceder ao abandono total ou parcial da área de risco as pessoas, quando necessário, removendo para
local seguro, onde deverão permanecer até a definição final.
A ordem de abandono deverá ser determinada pelo responsável máximo pela brigada, devendo dar início
pelos locais sinistrados, os setores superiores a estes, os setores próximos e os locais de maiores riscos.
Não ficar na frente de pessoas em pânico, se não puder acalmá-las, evite-as, se possível avisar um
Brigadista;
Nunca voltar para apanhar objetos;
Ao sair de um lugar, fechar as portas e janelas sem trancá-las;
Não se afastar dos outros e não parar nos andares;
Levar consigo os visitantes que estiverem em seu local de trabalho;
Sapatos de salto alto devem ser retirados;
Não acender ou apagar luzes, principalmente se sentir cheiro de gás;
Deixar a rua e as entradas livres para a ação dos bombeiros e do pessoal do socorro médico;
Evacuação de pessoas com mobilidade motora reduzida que se deslocam em cadeira de rodas:
Ofereça-se para ajudar ou acompanhar.
Caso a pessoa não consiga sair do edifício autonomamente, acompanhe até à zona da caixa de
escadas mais próxima ou outra área de segurança e peça-lhe que aguarde pelos elementos das
equipes de emergência.
Após deixar o edifício, informe imediatamente a equipe interna de resposta e de emergência do local
onde a pessoa se encontra.
Não tente transportar pelas escadas pois pode colocar em risco a sua segurança e a segurança da
pessoa. Essa tarefa deverá ser executada por pessoal especializado e qualificado.
Durante o trajeto até à saída do edifício, vá informando dos locais por onde passam, descrevendo a
localização dos obstáculos ou pessoas presentes. Lembre-se de mencionar escadas, portas,
corredores estreitos, rampas ou quaisquer outros obstáculos presentes no percurso.
Não use palavras sem contexto como “aqui” ou “acolá”. Empregue palavras simples e concretas
como por exemplo “esquerda”, “direita”, “em frente”, “a dois metros”.
Quando estiver fora do edifício, esclareça a pessoa sobre o local em que se encontram e questione
se necessita de algum tipo de ajuda.
Assegure-se que a pessoa fica sempre acompanhada até que seja declarado o fim da emergência,
evitando deixá-la sem assistência em locais, por ela, desconhecidos. Se for o caso, certifique-se
que o cão guia esteja sempre com o/a dono/a, em todos os momentos.
2.I - INTRODUÇÃO
Os primeiros socorros referem-se ao atendimento temporário e imediato de uma pessoa que está ferida ou
adoeceu repentinamente. Também podem envolver o atendimento em casa quando não se pode ter acesso
a uma equipe de resgate ou enquanto a equipe especializada não chega. Trata-se de procedimentos de
urgência, os quais devem ser aplicados a vítimas de acidentes, mal súbito ou em perigo de vida, com o
intuito de manter sinais vitais. Os procedimentos não substituem o médico, o enfermeiro ou a equipe
técnica. Na verdade, um dos principais fundamentos dos primeiros socorros é a obtenção de assistência
médica em todos os casos de lesão grave. O socorro tende a ser prestado sempre que a vítima não tem
condições de cuidar de si própria, recebendo um primeiro atendimento e logo acionando-se o atendimento
especializado.
Se não puder falar, se coloque atrás da vítima e posicione as mãos para as manobras em J.
Obs:
A mão deverá ser em punho, devendo a outra mão firmar a primeira.
Repita os passos anteriores até a desobstrução, inconsciência, ou até a chegada de socorro adequado.
Se não respira e persiste a obstrução, repita os passos anteriores, caso permaneça inicie RCP.
Caso a vítima não respire, mas tem circulação efetue o ciclo respiratório usando uma barreira artificial.
Se não conseguir (o tórax não se elevar), repita a liberação das vias aéreas e as ventilações.
Bebê Engasgado
Verifique inconsciência.
Vire o bebê de barriga para cima, visualize a linha dos mamilos e coloque dois dedos no externo,
abaixo desta linha e efetue 5 compressões.
Se não respira e persiste a obstrução, repita os passos anteriores, até a desobstrução ou até a chegada
de socorro adequado. Se estiver inconsciente inicie RCP.
• CRIANÇA de 1 a 8 anos USE UMA MÃO PARA COMPRESSÃO NUMA FREQUÊNCIA DE 100 A
120 PM A 5 CM
• BEBÊ de 0 a 1 ano USE DOIS DEDOS PARA COMPRESSÃO NUMA FREQUÊNCIA DE 100 A 120
PM A 4 CM
- Cheque a responsividade da vítima tocando em seu ombro e chamando, acione o SEM caso não haja
resposta e rapidamente cheque se respira normalmente. [A]
- Se não respira, inicie as 30 compressões torácicas [B]
- Após as 30, abra as vias aéreas [C]
- E realize as 2 respirações de resgate com expansão visível de tórax [D]
O local da compressão torácica é achado colocando a mão dois dedos acima do Apêndice Xifoide,
terço inferior do tórax ou linha dos mamilos.
As mãos devem ser sobrepostas, dedos entrelaçados e somente uma das mãos em contato com o
osso esterno.
As compressões fazem com que o sangue circule, substituindo assim o trabalho que seria feito pelo
coração.
Tipos de Desfibrilador
• Desfibriladores internos: são implantados cirurgicamente como aparelhos de marca-passo. Os
choques são aplicados na superfície do coração, obrigatoriamente são automáticos e apenas
indicados por médicos.
• Desfibriladores externos: as pás entram em contato com a superfície do tórax do paciente. Podem
ser de três tipos: manuais, e semiautomáticos e totalmente automáticos (DEA).
Análise do Ritmo
Os DEA possuem um microprocessador que realiza a análise de características múltiplas do
eletrocardiograma do paciente. A sensibilidade e especificidade destes aparelhos são altas. Os erros que
ocorreram com a utilização dos DEA podem ser atribuídos na maior parte dos casos a falha do operador.
O DEA analisa o ritmo várias vezes em poucos segundos e se várias destas análises demonstrarem a
presença de um ritmo “desfibrilável” de PCR (fibrilação e taquicardia ventricular), o aparelho carregará seu
capacitor e recomendará a seu operador a execução do choque através de mensagem visual ou sonora.
Interrupção da RCP
As normas da “American Heart Association” utilizadas em quase todos os serviços médicos ensinam que a
RCP não deve ser interrompida por mais de 5 segundos. A utilização do desfibrilador semiautomático é uma
das poucas situações em que estas normas não se aplicam. A interrupção da RCP é contrabalançada pelos
efeitos benéficos da desfibrilação precoce. O tempo entre a ativação do modo de análise do DEA e a 1a
desfibrilação é em média de 10 a 15 segundos.
Vantagens do DEA
• Aumentar o número de pessoas aptas a realizar a desfibrilação.
• Tornar a desfibrilação mais precoce no ambiente pré-hospitalar.
• Aumentar a sobrevivência de vítimas com fibrilação ventricular.
• Diminuir a necessidade de treinamento de pessoal em técnicas de suporte avançado de vida.
Desfibrilação Semiautomática
Todos os aparelhos podem ser utilizados seguindo passos simples.
• Determinar que o paciente está em PCR.
• Efetuar RCP até que o aparelho esteja pronto para operar.
• Socorro com 2 socorristas: um efetua a RCP e o outro prepara o DEA.
• Socorro com 1 socorrista: determinar a inconsciência e ausência de respiração, chamar por ajuda
(193 ou 192), iniciar a RCP e aprontar o DEA.
Operação do DEA
1. Colocar o aparelho se possível próximo ao ouvido esquerdo da vítima.
2. Realizar de preferência os procedimentos do lado esquerdo do paciente.
3. Ligar o aparelho.
4. Conectar pás adesivas ao tórax do paciente uma na borda esternal superior direita e a outra no ápice
cardíaco.
5. Cessar toda a movimentação no paciente.
6. O socorrista deve solicitar em voz alta “Afaste-se do paciente”.
7. Pressionar o botão de análise do ritmo.
8. Seguir a mensagem gravada do aparelho.
9. Caso o aparelho indique o choque o operador deve pressionar o botão e o DEA efetuará a descarga de
200 J(bifásico) ou 360 (monofásico). Após o 1º choque não palpar pulso, reiniciar a RCP completa por 2
minutos e rechecar no DEA o ritmo e desfibrilar se indicado e assim sucessivamente quantas vezes for
necessária. O DEA faz automaticamente a carga de seu capacitor caso o choque esteja indicado.
10.Caso após uma das análises de ritmo a mensagem do desfibrilador seja “choque não indicado” palpar o
pulso carotídeo por 5 segundos reiniciando a RCP por 2 minutos se ele estiver ausente.
Se o pulso estiver presente avaliar a ventilação do paciente, iniciando respirações artificiais se necessário
ou apenas a administração de O2 suplementar.
o marca-passo está aplicando choque no momento do atendimento espere cerca de 30 a 60 segundos para
conectar as pás.
Adesivos de medicação transcutânea como para tratamento de reposição hormonal, com medicação anti-
hipertensiva, de nicotina, analgésicos, nitroglicerina e outros, as pás do DEA não devem ser colocadas
diretamente sobre o adesivo porque podem transferir a energia e provocar queimaduras, retire o adesivo,
limpe e seque a superfície a ser colocada a pá.
Artefatos de movimento como respiração agônica, RCP, ambulância em movimento, prancha em
movimento, posicionamento da vítima e outros podem interferir na leitura, o DEA deverá estar parado
posicionado próximo a orelha esquerda do paciente e o paciente não deverá ser tocado no momento da
análise.
Se o paciente tem pelos em excesso no tórax isso evitará um contato firme na pele e aumenta a resistência
e impedância torácica, use os barbeadores descartáveis e faça a limpeza do local permitindo a aderência
das pás.
- Pode, desde que coloque as pás acima ou sob e não sobre o marca passo se este estiver ao lado direito
do peito.
Posso colocar os eletrodos em cima de algum osso?
- Não.
Sinais de choque:
- Ansiedade, inquietação, irritabilidade.
- Alteração de consciência.
- Frequência cardíaca acelerada.
- Respiração rápida.
- Pele pálida, úmida e fria.
2.7 HEMORRAGIA
Hemorragia é a perda se sangue do sistema circulatório, devido à ruptura dos vasos sanguíneos, sendo que
a gravidade é medida pela quantidade e rapidez que o sangue é extravasado/perdido.
2.7.1 Sangramentos
Os sangramentos / hemorragias podem ser classificados como externos ou internos ou ainda conforme os
vasos que foram lesados, a saber:
2.7.1.1 Sangramento capilar: os capilares sanguíneos são vasos de pequeno diâmetro, que quando lesados
promovem um sangramento lento. O próprio organismo, através do mecanismo de coagulação resolve o
sangramento, sendo rara a perda de quantidade importante de sangue nesta situação.
2.7.1.2 Sangramento venoso: ocorre em ferimentos mais profundos, com lesão de veias. O sangramento é
de cor vermelho escuro e fluxo contínuo. O socorrista precisa controlar este sangramento, de acordo com o
protocolo a seguir e chamar o Serviço de Emergências Médicas.
2.7.1.3 Sangramento arterial: o rompimento de uma artéria ocasiona a hemorragia mais grave. O sangue é
de cor vermelho vivo, mais claro e jorra em pulsos, coincidindo com os batimentos cardíacos. Se a artéria
lesada for de grande calibre, poderá levar a vítima à morte em poucos minutos. Este tipo de hemorragia
consiste numa emergência perigosa e precisa de atendimento imediato. Chame o Serviço de Emergências
Médicas, sem perder tempo.
Considerações gerais:
- Se houver objeto penetrado, NÃO o retire, pois pode haver risco de piorar o sangramento.
- Se a primeira bandagem/pano ficar ensopada, NÃO a retire. Coloque outra bandagem por cima da inicial
e continue a comprimir.
- Uma vez controlado o sangramento, passe uma bandagem por cima, fixando-a com um nó no local da
ferida. Verifique o pulso após fixar a bandagem
- Em ferimentos extensos e profundos, controlar a hemorragia usando compressas e, se for o caso,
torniquete.
- E procurar um médico imediatamente:
- Se os ferimentos forem nos membros superiores ou inferiores e com grande hemorragia, e caso não seja
controlado com pressão direta ou um curativo compressivo, aplicar o torniquete.
- Modo de preparar o torniquete: Amarrar uma tira de pano acima do ferimento e colocar um pedaço de
madeira no meio do nó.
- Torcer o pedaço de madeira até parar o sangramento, anotar a hora no torniquete e levar o paciente para
o hospital entre 120 e 150 minutos
- Uma vez feito o torniquete, deverá ser deixado no local até o tratamento definitivo no hospital mais
próximo.
Primeiros Socorros:
- Previna o choque.
- Monitore o vômito.
- Coloque gelo na área traumatizada. Coloque um pano entre a pele e o saco de gelo ou em separado,
mas próximo.
- Chame o Serviço de Emergências Médicas.
2.8 FRATURAS
2.8.1 Distensão muscular, contusão e entorse.
Todo trauma no sistema músculo-esquelético deve ter atendimento imediato. Deve-se evitar todo e qualquer
movimento desnecessário.
Um primeiro atendimento adequado pode reduzir o traumatismo e acelerar a recuperação. Se você estiver
em dúvida quanto à gravidade do trauma, trate-o como sendo uma fratura ou luxação.
Tipos de traumatismos:
Distensão muscular - Ocorre quando o grupo muscular é exigido além dos limites de extensão,
resultando numa distensão das fibras musculares.
Contusão muscular - Resultado de um traumatismo ou batida diretamente no músculo.
Entorse - Ocorre quando uma articulação sofre uma torção, mantendo, no entanto seu alinhamento, ou
seja, não há desvios. É a separação MOMENTÂNEA das superfícies ósseas ao nível da articulação, com
comprometimento apenas ligamentar.
Manifestação:
- Dor intensa a movimentação;
- Edema no local;
- Perda da mobilidade local;
- Deformidade da articulação.
Frio - coloque gelo no local, logo após o trauma, mas proteja a pele.
Utilize bolsas apropriadas ou gelo químico. A cada 20 minutos, deixe a área sem resfriamento por 40
minutos.
Compressão - use compressas elásticas para comprimir a região. Tenha cuidado para não apertar
demasiadamente (verifique pulso e coloração nas extremidades).
Repouso - Mantenha o membro afetado em repouso e elevado acima do coração, se possível (desde que
não haja suspeita de lesão de coluna vertebral). Esta manobra visa controlar o sangramento interno.
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47
Sinais e sintomas:
Deformidades no local.
Inchaço e palidez da pele.
Crepitação.
Dor local.
Incapacidade de movimentar a área atingida.
Exposição óssea (fraturas expostas).
Ausência de pulso e/ou alteração de sensibilidade nas extremidades.
Use sempre uma tala rígida ou semirrígida. (Tábuas, revistas, galhos ou uma parte paralela do próprio
corpo). Amarre a tala selecionada acima e abaixo da área traumatizada (NUNCA amarre a tala direto no
local traumatizado e não aperte muito a ponto de restringir a circulação no local).
Se o trauma for no ombro ou braços, use uma tipoia para elevar ou aproximar a área imobilizada,
diminuir o sangramento interno e proporcionar conforto à vítima.
Após colocar a tala, verifique a área abaixo da imobilização, sentindo o pulso e observando a coloração
e a sensibilidade da pele.
Se for uma fratura exposta, não toque na área exposta nem tente colocar o osso no local. Apenas
controle o sangramento e cubra área com um pano estéril ou limpo.
Sempre faça os procedimentos para evitar o choque. Lembre-se que o choque pode colocar a vítima em
risco de vida. Recorde sempre os sinais e sintomas de choque, para promover os cuidados específicos
adequados.
Acidente automobilístico.
Atropelamento.
Politraumatismos.
Cubra as vísceras com curativo oclusivo embebido em soro fisiológico, cobrindo este com plástico
estéril ou papel alumínio;
Não remova objetos empalados;
Procure socorro adequado.
Em caso de mutilação, o pedaço amputado deverá ser colocado dentro de saco plástico, sem
nada dentro, devendo este saco ser colocado dentro do gelo
2.10 QUEIMADURAS
Lesão no tecido de revestimento do corpo, causada por agentes térmicos, químicos, radioativos ou
elétricos. Uma queimadura pode destruir total ou parcialmente a pele e seus anexos e até atingir camadas
mais profundas.
Térmicos Químicos
Radioativos Elétricos
Classificação de 1º Grau
Classificação de 2º Grau
Formação de bolhas.
Classificação de 3º Grau
Porcentagens Adulto
- Cabeça e pescoço: 9%
- Tronco: 36%
- Cada braço: 9%
- Cada perna: 18%
- Região do períneo: 1%
Porcentagens Criança
- Cabeça e pescoço: 18%
- Tronco: 36%
- Cada braço: 9%
- Cada perna: 13,5%
- Região do períneo: 1%
Porcentagens bebê
- Cabeça e pescoço: 18%
- Tronco: 36%
- Cada braço: 9%
- Cada perna: 13,5%
- Região do períneo: 1%
O risco de vida está mais relacionado com a extensão do que com a profundidade, devido ao (choque e
infecção).
Conduta:
• Prevenir o estado de choque;
• Controlar a dor;
• Evitar infecções na área queimada (envolvendo com papel alumínio ou plástico estéril).
• Apagar o fogo da vítima com água, rolando-a no chão ou cobrindo-a com um cobertor (em
direção aos pés);
• Verifique nível de consciência, vias aéreas, respiração e circulação (especial atenção para VAS
em queimados de face);
• Não passar nada no local, não furar bolhas e cuidado com a infecção;
• Retirar partes de roupas não queimadas e as queimadas aderidas ao local, deveremos recortar
em volta;
• Retirar adornos (pulseiras, anéis, relógios, etc.)
• Estabelecer extensão e profundidade das queimaduras;
2.11.1 Sincope
Perda temporária da consciência.
- Verifique o nível de consciência. Se inconsciente, chame o Serviço de Emergências Médicas e promova o
Suporte Básico de Vida (SBV).
- Se a respiração e a circulação estiverem normais, coloque a vítima deitada com os membros superiores
ligeiramente elevados ou na posição de conforto. Verifique se o Serviço de Emergências Médicas está a
caminho. Tranquilize a vítima. Monitore os sinais vitais.
2.11.2 Convulsão
As convulsões são resultantes de uma alteração na atividade elétrica do cérebro, decorrente de várias
condições (epilepsia, traumas, febre, infecção e doenças cerebrais).
Podem variar desde simples ausências (“brancos”) até vigorosas contrações musculares, involuntárias,
incontroláveis e com liberação de esfíncteres urinário e fecal.
De uma maneira geral, as convulsões duram alguns minutos e as vítimas se recuperam sem sequelas.
Primeiros socorros em convulsões:
1. Afaste qualquer objeto que possa ferir a vítima durante uma convulsão.
2. NÃO segure ou restrinja a vítima, NEM coloque algo na sua boca.
3. Tente proteger a cabeça da vítima com cobertores ou travesseiros.
4. Após a convulsão, coloque a vítima em posição de conforto, evitando o engasgo/aspiração.
5. Afaste os curiosos, deixe a vítima descansar após a crise. Conforte-a com palavras de apoio, ofereça
suporte psicológico necessário.
6. Chame o Serviço de Emergências Médicas se:
- Existir dúvida em relação à causa da convulsão.
- A convulsão for longa ou se ocorrer várias vezes em curto espaço de tempo.
- A vítima estiver grávida.
- A vítima não recobrar a consciência.
- A convulsão ocorrer quando a vítima estiver na água.
- Existir trauma associado.
2.11.3 AVC
O acidente vascular cerebral (AVC), conhecido popularmente como derrame cerebral, pode ser de dois
tipos:
a) Acidente Vascular Isquêmico – falta de circulação numa área do cérebro provocada por obstrução de
uma ou mais artérias por ateromas, trombose ou embolia. Ocorre, em geral, em pessoas mais velhas, com
diabetes, colesterol elevado, hipertensão arterial, problemas vasculares e fumantes.
b) Acidente Vascular Hemorrágico – sangramento cerebral provocado pelo rompimento de uma artéria ou
vaso sanguíneo, em virtude de hipertensão arterial, problemas na coagulação do sangue, traumatismos.
Pode ocorrer em pessoas mais jovens e a evolução é mais grave.
Sintomas do AVC
Algumas vezes, esses sintomas podem ser transitórios – ataque isquêmico transitório (AIT). Nem por isso
deixam de exigir cuidados médicos imediatos.
Fatores de risco
Os fatores de risco para AVC são os mesmos que provocam ataques cardíacos:
- Hipertensão arterial;
- Colesterol elevado;
- Fumo;
- Diabetes;
- Histórico familiar;
- Ingestão de álcool;
- Vida sedentária;
- Excesso de peso;
- Estresse.
Tratamento
Acidente vascular cerebral é uma emergência médica. O paciente deve ser encaminhado imediatamente
para atendimento hospitalar. Trombolíticos e anticoagulantes podem diminuir a extensão dos danos. A
cirurgia pode ser indicada para retirar o coágulo ou êmbolo (endarterectomia), aliviar a pressão cerebral ou
revascularizar veias ou artérias comprometidas. Infelizmente, células cerebrais não se regeneram nem há
tratamento que possa recuperá-las. No entanto, existem recursos terapêuticos capazes de ajudar a
restaurar funções, movimentos e fala. Quanto antes forem aplicados, melhores serão os resultados.
Recomendações
2.11.4 Dispneia
Dispneia também chamada de falta de ar é um sintoma no qual a pessoa tem dificuldade em respirar,
normalmente com a sensação de respiração incompleta, muitas vezes acompanhada de opressão torácica
e mal estar. É um sintoma comum a um grande número de doenças, em especial na área
da cardiologia e pneumologia. Exemplos são as afecções pulmonares, as lesões no bulbo raquidiano ou as
obstruções da laringe, etc.
Quando a pressão fica descontrolada, o coração é o órgão mais afetado. Como a circulação está
prejudicada pelo aperto nas artérias coronárias, ele não recebe sangue e oxigenação suficientes, um
quadro que leva ao sofrimento do músculo cardíaco, podendo ocasionar o infarto.
Além do derrame, a pressão alta provoca uma série de pequenas obstruções e hemorragias no cérebro. Ao
longo do tempo, esses episódios destroem os neurônios, o quadro é denominado demência vascular e leva
à perda de memória.
Os rins também deixam de filtrar o sangue a contento quando a hipertensão se instala por muito tempo, e
essa falha pode provocar insuficiência renal.
A pressão alta interfere ainda nos vasos que irrigam a retina, tecido no fundo do olho crucial para captação
das imagens. É por isso que alguns hipertensos relatam sofrer de visão embaçada.
Sinais e sintomas
A hipertensão é uma doença silenciosa. Se os sintomas abaixo surgirem, provavelmente ela já estará em
fase mais avançada. O ideal, portanto, é detectá-la com exames.
Dor de cabeça
Falta de ar
Visão borrada
Zumbido no ouvido
Tontura
Dores no peito
Fatores de risco
Histórico familiar: filhos de pais hipertensos têm um risco 30% maior de ter pressão alta
Idade: a partir dos 60 anos de idade, as artérias perdem a flexibilidade
Etnia: a doença é mais prevalente na população negra e asiática
Obesidade
Poluição
Estresse
Sono irregular
Menopausa: a queda dos hormônios femininos danifica as artérias
Excesso de bebida alcoólica
Tabagismo
Alto consumo de sal
Sedentarismo
Diabetes
Doenças renais
Apneia do sono
Hipertireoidismo
A prevenção
Um estilo de vida saudável influencia muito aqui. Dar um basta no sedentarismo, especialmente se valendo
de atividades aeróbicas, como correr e nadar, induz a liberação óxido nítrico, substância vasodilatadora.
Com as artérias relaxadas, a tendência é a pressão se manter mais baixa.
2.11.5.2 Hipotensão
A manutenção da pressão sanguínea é essencial. A pressão deve ser suficientemente alta, para
que oxigênio e nutrientes sejam fornecidos a todas as células do corpo e para que sejam removidos os
produtos metabólicos.
A pressão arterial baixa (hipotensão) é a pressão arterial baixa o suficiente para produzir sintomas,
geralmente inferior a 90/60 mmHg.
Causas mais comuns: Calor (as artérias tendem a ficar dilatadas e, por isso, o sangue tem mais espaço
para circular exercendo menos pressão nas paredes dos vasos); mudança brusca de posição; desidratação
(diminui o volume do sangue); acidentes circulatórios.
Sintomas: tontura, sudorese, enjoo, escurecimento da visão, sensação de fraqueza e desmaio.
O que fazer: Ir a um lugar arejado, sentar-se e colocar a cabeça entre as pernas, ou deitar-se com as
pernas levantadas. Os sintomas são inespecíficos e se se mantiverem, procure um médico.
- Transporte a vítima rapidamente para um Serviço de Emergências Médicas que possua UTI coronariana.
2.11.7 Diabetes
A pessoa diabética pode ter uma emergência pôr variação na taxa de açúcar no sangue. Esta variação
pode ser para uma quantidade maior (hiperglicemia) ou menor (hipoglicemia) que o normal. Geralmente o
socorrista não consegue diferenciar qual das duas situações estará acontecendo. A hipoglicemia é muito
pior para o organismo da vítima do que a hiperglicemia. Assim sendo, na dúvida e com a vítima consciente,
o socorrista sempre deverá oferecer açúcar à vítima. Se a emergência for por hiperglicemia, a quantidade
oferecida não vai alterar o quadro, porém se for de hipoglicemia, esta quantidade poderá salvar a vida da
vítima.
2.11.8 Desmaio
O desmaio acontece quando você perde a consciência por um curto período de tempo. O termo médico
para o desmaio é síncope. Um desmaio geralmente dura de alguns segundos a alguns minutos.
Em alguns casos, o desmaio é precedido por sensações como vertigem, tontura, fraqueza e náuseas. Uma
recuperação completa geralmente leva apenas alguns minutos após o desmaio. Se não houver nenhuma
condição médica subjacente causando-lhe a desmaiar, o tratamento não é necessariamente obrigatório.
Na maioria das vezes, os desmaios não indicam doenças graves. Mas, em algumas situações, ele pode ser
um sintoma de um problema de saúde sério. De qualquer forma, os desmaios devem ser motivo para uma
consulta médica, principalmente se acontecem episódios recorrentes, mais de uma vez por mês.
O que fazer
2.11.9 Coma
Estado de inconsciência do qual a pessoa não pode ser despertada.
A manutenção da consciência depende de dois componentes neurológicos importantes: o córtex, a matéria
cinzenta cerebral da camada mais externa do cérebro, e o sistema de ativação reticular
ascendente (SARA).
A consciência é o estado de alerta que permite ao indivíduo a percepção de si e do meio. Alterações da
consciência são definidas como quantitativas e qualitativas. Alterações qualitativas modificam o conteúdo da
consciência, como delírios, alucinações e perturbações que não afetam o estado de alerta.
Alterações quantitativas, também conhecidas como nível de consciência, variam em um continuum entre o
coma e o estado de alerta normal. Neste continuum descrevem-se o alerta, letárgico, estuporoso e o
comatoso. Alerta é o indivíduo no estado de despertar normal. Estuporoso é o indivíduo irresponsivo, que
pode ser desperto por estímulo vigoroso, e o comatoso é o estado vegetativo do qual o indivíduo não pode
ser desperto mediante estimulação externa. Letárgico é o estado de lentificação psicomotor intermediário
entre o estupor e o alerta.
Causas
O Coma é causado pela perturbação grave do funcionamento cerebral devido a traumas crânio-encefálicos,
acidentes vasculares cerebrais, tumores, distúrbios metabólicos, envenenamentos ou asfixia.
Avaliação do coma
A avaliação do coma é de suma importância. Em situações de emergência ou de coma de instalação, a
avaliação súbita permite ao médico basear suas medidas terapêuticas em protocolos de tratamento e saber
da evolução do quadro pela piora ou melhora do estado de coma. A profundidade do coma pode ser
classificada por diversas escalas onde o avaliador através de uma padronização de exame quantifica o grau
do coma, desde uma leve confusão mental até o coma profundo. Uma das escalas mais utilizadas no
mundo é a Escala de Coma de Glasgow.
RESPOSTA MOTORA
Obedece a comandos 6 É capaz de executar movimentos mediante solicitação verbal,
pontos do tipo aperte minha mão, levante a perna, mova o pé, etc...
Movimento inapropriado à 5 Consegue localizar a região onde está sendo estimulado
dor pontos dolorosamente e tenta remover a mão do examinador para
impedi-lo
Retira à dor 4 Localiza o estímulo doloroso e tenta escapar dele, retirando a
pontos região estimulada
Flexão anormal 3 Ao ser estimulado flexiona as extremidades superiores e
pontos estende as extremidades inferiores assumindo a atitude de
decorticação
Extensão anormal 2 Ao ser estimulado, estende as extremidades superiores e
pontos inferiores assumindo a chamada atitude de descerebração
Ausência de resposta 1 ponto
Resultado:
3 a 6 = Coma profundo; (85% de probabilidade de morte; estado vegetativo)
7 a 10 = Coma intermediário;
11 a 14 = Coma leve;
15 = Normalidade.
2.11.10 Epilepsia
É uma alteração temporária e reversível do funcionamento do cérebro, que não tenha sido causada por
febre, drogas ou distúrbios metabólicos e se expressa por crises epilépticas repetidas. Epilepsia é um
distúrbio comum a várias doenças. Na verdade, é uma síndrome, ou seja, um conjunto de sinais e sintomas
que caracterizam determinada condição e indicam que, por algum motivo, um agrupamento de células
cerebrais se comporta de maneira hiperexcitável.
Isso pode gerar manifestações clínicas, ou seja, crises epiléticas parciais (se os sinais elétricos estão
desorganizados em apenas um dos hemisférios cerebrais), ou totais (se essa desorganização ocorrer nos
dois hemisférios). Na grande maioria dos casos, as crises desaparecem espontaneamente, mas a tendência
é que se repitam de tempos em tempos.
Sintomas de Epilepsia
As crises epilépticas podem se manifestar de diferentes maneiras:
A crise convulsiva é a forma mais conhecida pelas pessoas e é identificada como "ataque epiléptico". Nesse
tipo de crise a pessoa pode cair ao chão, apresentar contrações musculares em todo o corpo, mordedura da
língua, salivação intensa, respiração ofegante e, às vezes, até urinar.
A crise do tipo "ausência" é conhecida como "desligamentos". A pessoa fica com o olhar fixo, perde contato
com o meio por alguns segundos. Por ser de curtíssima duração, muitas vezes não é percebida pelos
familiares e/ou professores.
Há um tipo de crise que se manifesta como se a pessoa estivesse "alerta" mas não tem controle de seus
atos, fazendo movimentos automaticamente. Durante esses movimentos automáticos involuntários, a
pessoa pode ficar mastigando, falando de modo incompreensível ou andando sem direção definida. Em
geral, a pessoa não se recorda do que aconteceu quando a crise termina. Esta é chamada de crise parcial
complexa.
Existem outros tipos de crises que podem provocar quedas ao solo sem nenhum movimento ou contrações
ou, então, ter percepções visuais ou auditivas estranhas ou, ainda, alterações transitórias da memória.
Tratamento de Epilepsia
O tratamento das epilepsias é feito através de medicamentos que evitam as descargas elétricas cerebrais
anormais, que são a origem das crises epilépticas.
emergência também analisa os acidentes humanos que acontecem em consequência das falhas pessoais
resultado da distração, falta de atenção e concentração nos detalhes.
♦ Toda vítima que apresentar lesão de coluna tem que ser transportado em decúbito dorsal, sobre superfície
plana e rígida (prancha), ou em último caso, em bandeja de braços – não é admissível pensarmos em
transportar pessoas com TRM utilizando material que permita flexibilidade, desestabilizando a coluna.
♦ O sentido do transporte, com vítimas deitadas, sempre que possível, deverá ser craniocaudal – isso irá
prevenir a possibilidade de ocorrência de lesões nas articulações, principalmente em ombros. Para evitar
aumento da P.I.C. (pressão intracraniana) quando levarmos vítimas em plano inclinado para baixo, o
sentido será invertido, e os pés irão à frente.
♦ Se durante o transporte de uma pessoa ocorrer PCR, todos os procedimentos são interrompidos, para que
seja iniciada a manobra de RCP
♦ A regra de prioridade mostra que a Parada Cardiorrespiratória será sempre uma prioridade, portanto, se
ocorrida durante um transporte, todos os procedimentos serão interrompidos e a reanimação
cardiopulmonar será realizada.
Tem a função de alertar para áreas e materiais com potencial de risco de incêndio, explosão,
choques elétricos e contaminação por produtos perigosos.
Ex: Risco de choque, risco de incêndio, etc.
Tem a função de indicar as rotas de saída e ações necessárias para o seu acesso.
Ex: para sair, para descer, saída a direita, a esquerda, para cima ou para baixo.
3.7 EQUIPAMENTOS
ANEXO
C IT 12 CBMMG – Questionário de Avaliação de Brigadista
ANEXO C IT 12 CBMMG
QUESTIONÁRIO DE AVALIAÇÃO DE BRIGADISTA
O presente questionário deve ser aplicado durante a realização das vistorias, aos integrantes da brigada de incêndio que constam
no atestado fornecido.
O Bombeiro vistoriador deve assinalar CERTO, quando a resposta estiver correta e ERRADA, quando o Brigadista errar ou não
responder.
As perguntas devem estar limitadas aos sistemas de proteção contra incêndio existente na edificação.
BIBLIOGRAFIA
MINAS GERAIS. Lei Estadual n. 22839/2018 de 05/01/2018 - Dispõe sobre a prática de atividades
da área de competência do Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais por voluntários,
profissionais e instituições civis e dá outras providências.
CBMMG. Instrução Técnica n. 12/2019, 2ª Edição – Brigada de Incêndio.
_______. PORTARIA n. 33/2018 – Regulamenta o art. 7 da Lei Estadual n. 22839 de 05/01/2018,
que Dispõe sobre a prática de atividades da área de competência do Corpo de Bombeiros Militar
de Minas Gerais por voluntários, profissionais e instituições civis e dá outras providências.
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