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Centro de Treinamento Brigada Mota Limitada Curso de Brigadista Orgânico – Módulo Intermediário

APOSTILA

BRIGADISTA ORGÂNICO

BRIGADA: Centro de Treinamento em Formação e Requalificação Profissional


Avenida Dom Pedro II, 99, SL 01, Centro - São Lourenço/MG. Tel: (35) 3331 7717 Wpp: (35) 99165 9922
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ÍNDICE

MÓDULO 1 - Prevenção e Combate à Incêndio


1.1. Introdução....................................................................................................................04
1.2. Responsabilidades do Brigadista - Aspectos legais....................................................04
1.3. Teoria do fogo..............................................................................................................05
1.4. Propagação do fogo.....................................................................................................07
1.5. Classes de Incêndio.....................................................................................................07
1.6. Prevenção de Incêndio................................................................................................09
1.7. Métodos de extinção de Incêndio................................................................................10
1.8. Agentes Extintores de Incêndio...................................................................................11
1.9. EPI...............................................................................................................................12
1.10. Equipamentos de Combate à Incêndio (extintores)...................................................15
1.11. Equipamentos de Combate à Incêndio (hidrantes)....................................................18
1.12. Equipamentos de detecção, alarme e comunicação.................................................23
1.13. Abandono de área.....................................................................................................26
1.14. Pessoas com mobilidade reduzida............................................................................27

MÓDULO 2 - Primeiros Socorros


2.1. Introdução....................................................................................................................28
2.2. Análise do paciente......................................................................................................29
2.3. Vias aéreas..................................................................................................................30
2.4. RCP.............................................................................................................................36
2.5. AED/DEA.....................................................................................................................39
2.6. Estado de choque........................................................................................................43
2.7. Hemorragia..................................................................................................................44
2.8. Fraturas........................................................................................................................46
2.9. Ferimentos..................................................................................................................49
2.10. Queimaduras.............................................................................................................53
2.11. Emergências clínicas.................................................................................................56
2.12. Psicologia em Emergências.......................................................................................66
2.13. Movimentação, Remoção e Transporte de Vítimas...................................................67

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MÓDULO 3 - Sinalização de Emergência


3.1. Sinalização e Iluminação de Emergência....................................................................68
3.2. Sinalização Básica.......................................................................................................68
3.3. Sinalização Complementar..........................................................................................69
3.4. Aplicação de Sinalização.............................................................................................70
3.5. Iluminação de Emergência..........................................................................................71
3.6. Saída de Emergência..................................................................................................72
3.7. Equipamentos..............................................................................................................72

4. Anexos
4.2. C IT 12 CBMMG – Questionário de Avaliação de Brigadista .....................................74

5. Bibliografia ...................................................................................................................75

Nota do Autor:
Reservado todos os direitos
Proibido a duplicação ou reprodução
desta obra, sem autorização por escrito do
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MÓDULO 1 – PREVENÇÃO E COMBATE À INCÊNDIO

1.1 INTRODUÇÃO
A vida na terra seria impossível sem os benefícios do fogo. A sociedade pouco ou nada pode fazer
sem ele, o fogo pode ser um dos maiores inimigos da humanidade com sua ação destrutiva quando escapa
ao controle. Um pequeno descuido pode levar a uma grande catástrofe. Inúmeros incêndios ocorrem todo
ano resultando em grandes perdas de vida e patrimônio, paralisando empresas e regiões.
A existência de pessoal treinado e competente na prevenção usando adequadamente os equipamentos e
prestar um socorro adequado é essencial para que prejuízos não sejam aumentados em decorrência de
falta de conhecimentos próprios de primeiros socorros e de prevenção e combate a incêndio. O treinamento
na prevenção de incêndios e primeiros socorros eliminarão o desconhecido, significando pronta e efetiva
ação do pessoal da BRIGADA, caso deparem com um sinistro.

1.1.1 Brigada de Incêndio


É um grupo organizado de pessoas voluntárias ou não, treinadas e capacitadas para atuar na prevenção,
abandono de local sinistrado, combate a um princípio de incêndio e prestar os primeiros socorros, dentro de
uma área previamente estabelecida.

1.1.2 Objetivo
 Contribuir para que a edificação esteja eficazmente protegida contra riscos de incêndio;
 Evitar que um sinistro, após sua iniciação, tome proporções maiores;
 Fornecer informações seguras aos Bombeiros sobre a origem do incêndio e auxiliá-los no combate;
 Prestar os primeiros socorros até a chagada do serviço de atendimento especializado;
 Promover as ações de abandono do local sinistrado.

1.2 ASPECTOS LEGAIS


Fundamentação na NBR 14276/2007 da ABNT e Instrução Técnica nr 12 – 2 ª Edição do CBMMG.
1.2.1 Responsabilidade do Brigadista
Cumprir com dedicação e segurança os itens atribuídos a Brigada em conformidade com a legislação
vigente.
1.2.1.1 Do Coordenador
 Determinar funções para os líderes;
 Solicitar apoio logístico;
 Solicitar recursos humanos e materiais;
 Fiscalizar as atividades dos Brigadistas;
 É responsável pelas decisões dentro da brigada;
 Estudo de situação durante o sinistro;
 Decidir pela tática a ser empregada;
 Pelas reuniões da brigada;
 Pelo controle da brigada;
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1.2.1.2 Do Líder
 Responsável pelo desempenho da equipe;
 Pela quantidade e qualidade do serviço;
 Pela segurança da equipe;
 Pela determinação das rotas de segurança;
 Pelos treinamentos.
1.2.1.3 Do Brigadista
 Executar os trabalhos com qualidade e segurança e zelar pela segurança de seus componentes.
1.2.1.4 Do Logístico
 É responsável pela manutenção dos equipamentos da equipe e pelo suprimento das necessidades
durante os trabalhos.

1.3 TEORIA DO FOGO


1.3.1 Fogo - É uma reação química que se processa em alta velocidade, com liberação de energia sob a
forma de luz e calor. Ele é desejado, sob controle e utilizado.
É o resultado de um combustível reagindo com o oxigênio submetido à ação de um agente ígneo.
(LAVOISIER-1777) é, portanto, a teoria do triângulo do fogo (combustão). Essa teoria é, até hoje, de
fundamental importância, tanto para os estudos da prevenção quanto para combate a incêndio.
Obs: Inicia-se por um processo endotérmico, passando a exotérmico, através da reação em cadeia.

1.3.2 Incêndio - É o fogo fora de controle, pode causar danos à vida e ao patrimônio. Para que não sejamos
surpreendidos, inesperadamente, com a voracidade das chamas destruidoras, torna-se necessário o
conhecimento de suas características e de como saber dominá-lo.

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1.3.3 Triângulo do Fogo: Compõem o triângulo do fogo três elementos básicos que são o Combustível
(material), o Comburente (oxigênio) e o Calor (agente ígneo).
Além do triângulo de fogo, temos também o tetraedro de fogo que, além de incluir combustível,
comburente e calor, também considera a reação em cadeia, pois para o fogo se manter aceso é necessário
que a chama forneça calor suficiente para continuar a queima do combustível.

1.3.4 Elementos Essenciais do fogo


1.3.4.1 Combustível: É a matéria sujeita a transformação, é o elemento que serve de campo de propagação.
Podem ser sólidos, líquidos ou gasosos.
1.3.4.2 Comburente: Representado pelo oxigênio, possibilita vida às chamas e intensifica a combustão.
1.3.4.3 Calor (Agente Ígneo): Forma de energia gerada da transformação de outra energia através de
processos físicos ou químicos
1.3.4.4 Reação em cadeia: A reação em cadeia torna a queima autossustentável. O calor irradiado das
chamas atinge o combustível e este é decomposto em partículas menores, que se combina com o oxigênio
e queimam, irradiando outra vez calor para o combustível, formando um ciclo constante.

1.3.5 Efeitos do calor


 Elevação da temperatura;
 Aumento do volume;
 Mudança do estado físico da matéria;
 Mudança do estado químico da matéria;
 Efeitos fisiológicos;

1.3.6 Pontos de temperatura


1.3.6.1 Ponto de fulgor: Temperatura mínima em que um combustível começa a emanar vapores
inflamáveis; que expostos a uma fonte de calor se inflamam, todavia, retirada à fonte de calor as chamas se
extinguem.
1.3.6.2 Ponto de combustão: Temperatura mínima em que um combustível emana vapores inflamáveis, em
quantidade suficientemente capaz de manter a combustão, mesmo depois da retirada da fonte de calor, que
iniciou o processo.

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1.3.6.3 Ponto de ignição: Temperatura mínima em que um combustível se inflama pelo simples contato com
o oxigênio, atinge-se um ponto no qual o combustível exposto ao ar, entra em combustão sem que haja
fonte externa de calor.

1.4 PROPAGAÇÃO DO FOGO


O Calor se propaga por: Condução, Convecção, Radiação.
1.4.1 Condução: O calor se propaga de molécula para molécula, de corpo a corpo.
Exemplo: O calor se propagando em uma barra metálica aquecida.

1.4.2 Convecção: O calor se propaga nos líquidos e/ou gases aquecidos devido ao movimento ascendente
de massas aquecidas, por diferença de densidade.
Exemplo: Propagação de incêndios em edifícios, onde os gases aquecidos deslocam para andares
superiores.

1.4.3 Radiação: O calor independe de um meio físico para se propagar. Nessa forma o calor se propaga
através das ondas caloríficas.

1.5 CLASSES DE INCÊNDIOS


Os incêndios podem ser:
1.5.1 Classe “A”

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São aqueles ocorridos em materiais sólidos comuns. Queimam em razão da área (superfície) e da
profundidade.
Características: Deixam resíduos, tais como as cinzas e carvão.
Exemplo: Papel, madeira, tecidos, etc.

1.5.2 Classe “B”


São aqueles que ocorrem em líquidos pastosos e/ou gases inflamáveis. Queimam em razão da área
(superfície).
Característica: Não deixam resíduos.
Um fenômeno que pode ocorrer nos incêndios em líquidos inflamáveis, trazendo consequências danosas, é
o BLEVE, sendo que seu maior perigo é o arremesso de pedaços do recipiente em todas as direções, com
grande deslocamento de ar.
Deve-se estar atento para que não haja o transbordamento do líquido, visando evitar a possibilidade de
ocorrer o fenômeno conhecido como BOIL OVER.
Exemplo: Gasolina, diesel, álcool, GLP, etc.

1.5.3 Classe “C” ·


São os que envolvem aparelhos elétricos energizados. Devendo sempre desligar a fonte de energia
elétrica.
Características: Alto risco de vida.
Exemplo: Fios energizados, tomadas, etc.

1.5.4 Classe “D”


Incêndio envolvendo metais combustíveis pirofóricos (magnésio, selênio, zinco, cobre, etc.). É caracterizado
pela queima em altas temperaturas e por reagir com agentes extintores comuns (principalmente os que
contenham água).

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Características: Para sua extinção devem ser usados agentes extintores especiais.
Exemplo: Incêndios em ligas de magnésio, selênio, antimônio, lítio, potássio, alumínio fragmentado, zinco,
titânio, sódio, zircônio etc.

1.5.5 Classe “K”


Incêndios que envolvem meios usados para cozinhar, como óleo de cozinha, gordura e a banha.
Produto que requer um agente adequado.
Exemplo: Cozinhas

1.6 PREVENÇÃO DE INCÊNDIO


1.6.1 Métodos Preventivos
São métodos utilizados a fim de evitar um princípio de incêndio.

 Fazer a manutenção periódica na parte elétrica e nos equipamentos que forem necessários para
evitar o atrito entre as peças ou os desgastes das mesmas;
 Não faça ligações elétricas improvisadas, chame um eletricista qualificado;

 Nunca use tomadas defeituosas;

 Não sobrecarregar a rede elétrica, evitar o uso do benjamim e extensões de má qualidade;

 Desligue o equipamento elétrico diretamente da tomada, principalmente em caso de viagem;

 Não guarde equipamento elétrico sem antes resfriar;

 Não substitua fusível por arame;

 Evite acumulo de lixo ou entulho combustível;

 Não guarde combustíveis líquidos ou gasosos em excesso ou em locais sem ventilação;

 Utilize os cinzeiros para apagar os cigarros;

 Respeite as placas de proibido fumar;

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 Cuidado para não dormir com o cigarro acesso;

 Cuidado com uso de velas, lampiões, fogos de artifícios, produtos químicos, etc.;

 Manter o material de combate à incêndio sempre em boas condições, de acordo com o


planejamento ou necessidade de cada empresa.

 Dar treinamento a todos os colaboradores direcionado à prevenção e combate a incêndios.

1.7 MÉTODOS DE EXTINÇÃO DE INCÊNDIOS


Os incêndios podem ser extintos por:
Resfriamento; Abafamento; Isolamento; Extinção Química (Quebra da Reação).

1.7.1 Resfriamento: Consiste na retirada de calor do combustível incendiado.


Exemplo: O melhor agente de absorção do calor é a água.

1.7.2 Abafamento: Consiste na extinção de um incêndio pela retirada do oxigênio.


Exemplo: Pessoas abafadas com cobertores.

1.7.3 Isolamento (retirada de material): Consiste na diminuição do campo de propagação do incêndio.


Exemplo: Pela retirada de materiais que possam se inflamar (não inflamados).

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1.7.4 Extinção Química. (Quebra da Reação): Consiste em interromper a reação química através de
agentes químicos especiais. Exigem, para sua extinção, agentes extintores que se funde em contato com
metais combustíveis, interferindo na reação em cadeia, tais como substâncias halogenadas e pós-especiais
à base de grafita, cloreto de bário, monofosfato de amônia, e outros. Isso ocorre porque o oxigênio
(comburente) deixa de reagir com os gases combustíveis. Essa reação só ocorre quando há chamas
visíveis.

1.8 AGENTES EXTINTORES DE INCÊNDIO


São substâncias que empregadas contra o fogo, atuarão cancelando a ação de um dos elementos do
quadrado do fogo. Trataremos apenas dos agentes extintores mais comuns, que são utilizados em
aparelhos extintores.

1.8.1 Água
É agente extintor mais abundante na natureza. Age principalmente por resfriamento, devido a sua
propriedade de absorver grande quantidade de calor. Atua também por abafamento (dependendo da forma
como é utilizada, podendo ser aplicada em diversos tipos de jato, como: neblinado, neblina e compacto).
Em razão da existência de sais minerais em sua composição química, a água conduz eletricidade e seu
usuário, em presença de materiais energizados, pode sofrer choque elétrico. Quando a água é utilizada no
combate ao fogo em líquidos inflamáveis, há o risco de ocorrer transbordamento do líquido que está
queimando, aumentando, assim, a área do incêndio. É o agente extintor "universal". A sua abundância e as
suas características de emprego, sob diversas formas, possibilitam a sua aplicação em inúmeros materiais
combustíveis.

1.8.2 Espuma
A espuma pode ser química ou mecânica conforme o seu processo de formação. A espuma química resulta
da reação entre as soluções aquosas de sulfato de alumínio e bicarbonato de sódio, e a mecânica é
produzida pelo batimento da água, LGE (líquido gerador de espuma) e ar. A rigor, a espuma é mais uma
das formas de aplicação da água, pois se constitui de um aglomerado de bolhas de ar envoltas por película
de água. Mais leve que todos os líquidos inflamáveis, é utilizada para extinguir incêndios por abafamento e,
por conter água, possui uma ação secundária de resfriamento.

1.8.3 Pó Químico Seco (PQS)


Os Pós Químicos Secos são substâncias constituídas de bicarbonato de sódio, bicarbonato de potássio ou
cloreto de potássio, que, pulverizadas, formam uma nuvem de pó sobre o fogo, extinguindo-o por quebra da
reação em cadeia e por abafamento. O pó deve receber um tratamento anti-higroscópico para não
umedecer, evitando assim a solidificação no interior do aparelho. Os pós são classificados conforme a sua
correspondência com as classes de incêndios, a que se destinam a combater, conforme as seguintes
categorias:
Pó ABC – composto a base de fosfato de amônio ou fosfato de monoamônico, sendo chamado de
triclássico, pois atua nas classes A, B e C.

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Pó BC – nesta categoria está o tipo de pó mais comum e conhecido, o PQS ou Pó Químico Seco. Os
extintores de PQS para classe B e C utilizam os agentes extintores bicarbonato de sódio, bicarbonato de
potássio, cloreto de potássio, tratados com um estearato a fim de torná-los anti-higroscópios e de fácil
descarga.
Pó D – usado especificamente na classe D de incêndio, sendo a sua composição variada, pois cada metal
pirofórico terá um agente especifico, tendo por base a grafita misturada com cloretos e carbonetos. São
também denominados de Pós Químicos Especiais - PQEsp.

1.8.4 Gás Carbônico (CO2)


Também conhecido como dióxido de carbono ou CO2, é um gás mais denso (mais pesado) que o ar, sem
cor, sem cheiro. É um agente extintor limpo, não condutor de eletricidade, não tóxico, mas asfixiante. Age
principalmente por abafamento, tendo secundariamente ação de resfriamento. Por não deixar resíduos, nem
ser corrosivo, é um agente extintor apropriado para combater incêndios em equipamentos elétricos e
eletrônicos sensíveis (centrais telefônicas e computadores). O grande inconveniente deste tipo de agente
extintor é o risco de queimaduras por parte do operador, pois ao ser liberado para a atmosfera, a expansão
do gás pode gerar temperaturas da ordem de – 70 ºC na proximidade do difusor do extintor.

1.8.5 Compostos Halogenados


São compostos químicos formados por elementos halogênios (flúor, cloro, bromo e iodo). Esses compostos
atuam na quebra da reação em cadeia devido às suas propriedades específicas e, de forma secundária, por
abafamento. Assim como o CO2, os compostos halogenados se dissipam com facilidade em locais abertos,
perdendo seu poder de extinção. No entanto, apesar da sua comprovada eficiência, a comercialização
deste produto é proibida por razões de ordem ambiental (destrói a camada de ozônio).

1.8.6 Gases Inertes


Os gases inertes contêm elementos químicos como o Argônio, Hélio, Neônio e dióxido de carbono. Este tipo
de agente extintor não é normalmente utilizado em extintores portáteis de incêndio, mas sim em instalações
fixas para proteger, por exemplo, salas de computadores e outros riscos semelhantes. A sua eficiência é
relativamente baixa porque geralmente são necessárias grandes quantidades de gás para proteção de
espaços relativamente pequenos, que devem ser estanques para não permitir a dispersão do agente
extintor para o exterior.

1.9 EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL – EPI


Considera-se Equipamento de Proteção Individual (EPI), todo material de uso individual, com o objetivo de
proteger a integridade física do brigadista, sendo obrigação da empresa fornecer o EPI, de acordo com a
NR 06 do Ministério do Trabalho.

1.9.1 Tipos de EPI


Os materiais utilizados como EPI possuem formatos diferentes, pois precisam proteger as mais variadas
partes do corpo, como por exemplo: a cabeça, o tronco e os membros.

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1.9.1.1 Cabeça
Os EPI’s precisam proteger o crânio, os olhos, a face e a nuca das lesões que podem ser ocasionadas por
impactos de materiais, partículas, respingos ou vapores de produtos químicos e de radiações luminosas.
a) Capacetes de bombeiro

b) Óculos de proteção

1.9.1.2 Tronco e extensão dos membros


Os EPI’s destinados a proteção do tronco e extensão dos membros, visam proteger o brigadista contra
objetos escoriantes, abrasivos, cortantes ou perfurantes, além de proteger também do calor excessivo,
irradiado pelas chamas.
Roupas de aproximação

1.9.1.3 Mãos e pés


a) Mãos
Os EPI’s visam proteger contra a ação de objetos cortantes, abrasivos, corrosivos, alergênicos, além de
produtos graxos e derivados de petróleo.

b) Pés

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Os EPI’s visam proteger contra lesões ocasionadas de origem mecânica (quedas de materiais), agentes
químicos, térmicos e objetos perfurantes ou cortantes.

1.9.2 Equipamento de Proteção Respiratória – EPR


Estes equipamentos requerem atenção especial, pois são eles que permitem ao brigadista trabalhar em
locais saturados com fumaça, com baixa concentração de O2 e muitas vezes com temperaturas elevadas. É
importante ressaltar que a não utilização destes aparelhos pode ter consequências sérias e até mesmo
levar a morte.

1.9.2.1 Aparelhos de proteção respiratória


Buscam anular o comportamento do ambiente sobre o sistema respiratório, mediante proteção limitada
(quando utilizados aparelhos filtrantes ou autônomos de pressão negativa).

a) Máscara contra gases (aparelho filtrante)


Consiste em uma máscara de borracha adaptável ao rosto, contendo um filtro que elimina os agentes
nocivos. Vale lembrar que as máscaras possuem especificações que precisam ser atendidas, para que a
saúde do brigadista esteja de fato protegida.

b) Aparelho de respiração com linha de ar


Equipamento composto de peças facial de borracha, adaptável ao rosto, que recebe ar fresco de fora do
ambiente através de uma mangueira. Este aparelho permite permanecer mais tempo no ambiente, mas
dificulta a movimentação, por causa da mangueira que pode vir a ficar presa nos escombros, entre
máquinas etc.

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c) Equipamento de proteção respiratória autônoma


As máscaras autônomas são respiradores independentes que fornecem ar respirável para o usuário através
de cilindros de ar.

1.10 EQUIPAMENTOS DE COMBATE A INCÊNDIO

1.10.1 Extintores e Acessórios


Os extintores de incêndio são aparelhos de primeiros socorros de utilização imediata, necessários à
proteção contra incêndios de qualquer local, contendo o tipo apropriado do agente extintor para o fácil
combate a incêndio, ainda na sua origem.

Existem extintores manuais e sobre rodas, especialmente construídos para a extinção de um incêndio em
sua fase inicial; são estudados para um uso bastante rápido e, por isso, são indispensáveis mesmo onde
existem meios completos de proteção contra o fogo, como sprinkler ou hidrantes.

Devem ser colocados em locais bem visíveis, de fácil acesso e que não tenham possibilidades de ficarem
fora do alcance dos operadores devido à obstrução de qualquer espécie.
Sua localização deverá ser bem assinalada para que seja possível divisá-lo prontamente.
Onde houver extintores, deve existir bom número de pessoas familiarizadas com o seu uso e pelo menos
uma que conheça, suficientemente, a sua manutenção.

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O extintor como qualquer equipamento de incêndio, deve ter local fixo nas condições supra e identificado
com o aparelho de onde só sairá segundo as três hipóteses:
- Para exercício;
- Para manutenção;
- Para uso no caso de princípio de incêndio.
Os extintores, de maneira geral, recebem o nome do agente extintor que empregam.
A pressão para o funcionamento dos extintores é obtida, mais usualmente, da forma pressurizada.
Pressurizados propriamente ditos, quando o próprio agente extintor é submetido à pressão ou quando o
agente fica permanentemente pressurizado por um gás de pressurização.
Com cilindro de gás (pressão injetada), quando o agente extintor e o gás de pressurização estão em
recipientes separados.

1.10.1.1 Manutenção
Nível 1:
 Limpeza de componentes;
 Reaperto de componentes;
 Colocação do quadro de instruções;
 Substituição de componentes que não estejam submetidos à pressão.
Nível 2:
 Desmontagem do equipamento;
 Verificação de carga;
 Limpeza de todos componentes;
 Verificação das partes internas;
 Regulagem, verificação e fixação dos componentes rosqueados;
 Colocação de lacre e pintura.
Nível 3:
 Teste hidrostático: (A cada 5 anos, ao constatar fadiga no material, se o aparelho sofrer avaria
mecânica).
 Revisão geral
Êxito no emprego dos extintores dependerá de:
 Fabricação de acordo com as normas técnicas (ABNT);
 Distribuição apropriada dos aparelhos;
 Inspeção periódica da área a proteger;
 Manutenção adequada e eficiente;
 Pessoal habilitado no manuseio correto.

1.10.2 Manejo dos Extintores Portáteis


1.10.2.1 Extintores Pressurizados:
 Retire o extintor de seu suporte;
 Com o extintor no chão retire a trava do gatilho e remova a mangueira de seu suporte;

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 Segure o extintor em uma das mãos e a mangueira na outra;


 Conduza-o segurando pela alça até próximo ao local do fogo;
 Aproxime-se do fogo a favor do vento;
 Direcione a mangueira para a base do fogo e acione o gatilho, fazendo o movimento de varredura.
1.10.2.2 Extintores pressurizáveis:
 Proceder da mesma forma que nos extintores pressurizados, porém deve-se abrir o registro do cilindro
auxiliar de pressurização e não puxar a trava do gatilho.
1.10.2.3 Extintor de Espuma Química:
 Remover o extintor do suporte;
 Conduzi-lo próximo ao fogo e virá-lo de cabeça para baixo;
 Manter-se atrás do aparelho para proteger-se do fogo;
 Direcionar o jato para o foco do incêndio, em caso de incêndio em tanques deve-se direcionar o jato
para a parede do tanque para que a forme uma camada de espuma sobre o combustível.

1.10.2.3 QUADRO RESUMO DE EMPREGO DOS EXTINTORES

CARACTERÍSTICAS E USO DE EXTINTORES

TIPOS DE EXTINTORES

CO2 Solução de
Espuma
Gás Água Pó Químico
Química Acetato de
carbônico.
Potássio
A
Queima em
Sim
superfície e Sim Sim Não indicado
Sim Ótimo
profundidad Pouco Pouco
Razoável Encharca e
e: madeira, Eficiente Eficiente
resfria
papel, pano,
etc.
CLASSE DE INCÊNDIO

B Sim, Bom.
Queima em Não é eficaz
Não
superfície: SIM para álcool e SIM
Contra Não indicado
Gasolina, BOM acetona ÓTIMO
indicado
óleo, tinta,
etc.
C Sim, Sim, Bom
Não. Não.
Em Ótimo Mas pode Não indicado
Conduz Conduz
equipament Não deixam estragar o
eletricidade eletricidade
os elétricos. resíduos equipamento
D NÃO. Sim
Em metais CONTRA INDICADO. Mas com Não indicado
Não apaga e pode aumentar o fogo restrições

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K
Óleos e Não Sim
Gorduras Essa classe tem seu agente específico. ÓTIMO
Abafamento e Abafamento e Resfriamento
Efeito Resfriamento resfriamento resfriamento Abafamento e
saponificação

Alcance do 6 kg 10 litros 10 litros 4 kg 10kg


jato 1 a 2 mts 9 a 12 mts 9 a 12 mts 1,8 a 4,5 mts 2 a 3 mts

Tempo de 6 Kg 10 litros 10 litros 4 kg 10kg


descarga 30 seg 60 seg 60 seg 10 a 16 seg 90 seg

1.10.3 Equipamentos de Combate a Incêndio


1.10.3.1 Extintor de Incêndio
1.10.3.1.1 Vantagens
 Pequeno porte
 Fácil manuseio
 Custo razoável
 Fácil localização
1.10.3.1.2 Limitações
 Quantidade de agentes extintora
 Agente específico
 Distância de segurança

1.11 EQUIPAMENTOS DE COMBATE A INCÊNDIO

1.11.1 Hidrantes, Mangueiras e Acessórios


1.11.1.1 Hidrantes
São dispositivos existentes em redes hidráulicas que possibilitam a captação de água para emprego nos
serviços de bombeiros, principalmente no combate a incêndio. Esse tipo de material hidráulico depende da
presença do homem para a utilização da água no combate ao fogo. É a principal instalação fixa de água, de
funcionamento manual.

1.11.1.2 Hidrante Interno


É aquele constituído de uma tomada de água com dispositivo de manobra e localizado no interior da
edificação. São instalados a uma altura compreendida entre 1,00 a 1,50 metros do piso acabado.
Deve ser instalado no interior de um abrigo que contenha mangueira e esguicho com requinte e apresente
em sua fachada a palavra incêndio.

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Os hidrantes só devem ser usados em duas condições:


- Para combate ao incêndio;
- Para treinamento
Jamais use para lavar carro, aguar jardins, limpeza de casas e outros fins.

1.11.1.3. Manejo com Hidrante


A utilização é simples:
1. Abra a tampa do abrigo

2. Retire a mangueira e desenvolva

3. Acople a mangueira no hidrante e no esguicho

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4. Abra o registro lento e gradualmente. Se houver duas pessoas, esse trabalho será feito pela que não
estiver de posse do esguicho.

5. Estenda a mangueira protegendo-se como for possível e dirija o jato para a base do fogo. Não esquecer
quanto à forma do jato, sólido, chuveiro ou neblina.

1.11.1.4 Hidrante de Coluna Urbano – Tipo “Barbará”


Esse tipo de hidrante é encontrado comumente nas ruas e avenidas. Sua abertura é feita através de um
registro de gaveta, cujo comando é colocado ao lado do hidrante.

1.11.1.5 Hidrante Industrial

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É um dispositivo existente em redes hidráulicas no interior de indústrias. Esse tipo de hidrante é utilizado
com água da Reserva Técnica de Incêndio (RTI), do Sistema Hidráulico Preventivo (SHP) da empresa.

1.11.1.6 Hidrante de Parede - HP


Dispositivo que integra o Sistema Hidráulico Preventivo (SHP) das edificações. Localizado no interior das
caixas de incêndio ou abrigos, poderá ser utilizado nas operações de combate a incêndio pelo Corpo de
Bombeiros, brigada de incêndio e ocupantes da edificação que possuam treinamento específico.
Obrigatoriamente, as caixas de incêndio deverão possuir: 01 esguicho, 01 chave de mangueira e
mangueiras de incêndio, conforme o projeto da edificação.

1.11.1.7 Hidrante de Recalque


É aquele que situado no passeio público, permite o abastecimento da canalização do edifício ou fábrica por
fonte externa. Inspecione-o sempre e o mantenha desobstruído, limpo e em condição de uso.
Dispositivo do SHP, normalmente encontrado em frente às edificações. Esse hidrante é utilizado pelos
bombeiros para pressurizar e alimentar o sistema hidráulico preventivo, possibilitando assim que todos os
hidrantes de parede tenham água com pressão suficiente para o combate ao fogo.
Esse sistema também pode ser utilizado para abastecer as viaturas do Corpo de Bombeiros, em casos de
extrema necessidade onde não existam hidrantes de coluna nas proximidades.

1.11.2 Mangueiras

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São condutores flexíveis, utilizados para conduzir a água sob pressão da fonte de suprimento ao local onde
deve ser lançada. Flexível, pois permite o seu manuseio para todos os lados, resistindo a pressões
elevadas.
As mangueiras podem ser de 1 ½” ou 38 milímetros, e de 2 ½” ou de 63 milímetros, de acordo com a
especificação no projeto contra incêndio e pânico. São constituídas de fibra de tecido vegetal (algodão,
linho, etc.) ou de tecido sintético (poliéster), dependendo da natureza de ocupação da edificação. Possuem
um revestimento interno de borracha, a fim de suportar a pressões hidrostáticas e hidrodinâmicas,
oferecidas pelo SHP.

1.11.2.1 Cuidados com as Mangueiras


A mangueira é um dos equipamentos mais importantes no combate a incêndio e, geralmente, são utilizadas
em situações desfavoráveis, por isso deve ser dispensado um tratamento cuidadoso em seu emprego
antes, durante e depois do uso.

a) Cuidados antes do uso


• Armazenar em local arejado, livre de mofo e umidade, protegida da incidência direta dos raios solares;
• Periodicamente recondicionar as mangueiras para evitar a formação de quebras;
• Conservar o forro com talco e as uniões com grafite, evitando o uso de óleos ou graxa.
b) Cuidados durante o uso
• Evitar arrastá-las sobre bordas cortantes, materiais em altas temperaturas ou corrosivos;
• Não permitir a passagem de veículos sobre as mangueiras, esteja cheia ou vazia;
• Evitar pancadas e arrastamento das juntas de união, pois poderá danificar o acoplamento.
c) Cuidados após o uso
• Fazer rigorosa inspeção visual, separando as danificadas;
• As mangueiras sujas deverão ser lavadas com água e sabão, utilizando para isso vassoura com cerdas
macias;
• Depois de lavadas, as mangueiras devem ser colocadas para secar em local de sombra, se possível,
penduradas pelo meio (para escorrer toda a água do seu interior), e acondicioná-la em local adequado
(quando possível, retornar para o hidrante de parede).

1.11.2.2 Esguichos

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São peças metálicas, conectadas nas extremidades das mangueiras, destinadas a dirigir e dar forma ao jato
d’água.

1.11.2.2.1 Esguicho Agulheta


É um tipo de esguicho simples, considerado comum, encontrado em algumas edificações por conta da
aprovação antiga do seu projeto de prevenção contra incêndio e pânico. Esse esguicho só produz jato
compacto, não possui controle de vazão e está sendo substituído pelos esguichos reguláveis.

1.11.2.2.2 Esguicho Regulável


Equipamento que permite a produção de jato compacto, neblinado, neblina e controle de vazão. Os jatos
neblinado e neblina são formados pelo desvio da água, que em sua trajetória choca-se com um disco que
se localiza na saída da água. Os esguichos reguláveis podem ser encontrados para juntas de 1 ½” e 2 ½” e
possuem a mesma construção com tamanhos diferentes.

1.11.2.2.3 Chave de Mangueira


Ferramenta utilizada para facilitar o acoplamento ou desacoplamento de juntas de união das mangueiras.
Versátil, uma vez que a mesma ferramenta pode ser utilizada em juntas de 1 ½” e 2 ½”.

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1.12 EQUIPAMENTOS DE DETECÇÃO, ALARME E COMUNICAÇÃO


1.12.1 Sistemas de Detecção e Alarme

1.12.1.1 Endereçável
É composto de equipamentos apropriados e de alta tecnologia que realizam o gerenciamento, supervisão e
sinalização precisa ponto a ponto do sistema, proporcionando fácil interpretação das informações
registradas pela central de alarme no exato momento da ocorrência do sinistro, e garante segurança e
confiabilidade além de permitir maior precisão na detecção de um eventual foco de incêndio.
Este sistema possui uma rede de detectores de calor e fumaça e botoeiras de alarme, interligados à uma
central de detecção. No caso da ocorrência de um princípio de incêndio, o sensor que o detectou, envia
uma mensagem para a central que imediatamente aciona o alarme e mostra no painel o ponto exato da
ocorrência. Esta central possui a vantagem de que, se por qualquer motivo, um ponto apresentar defeito ou
ocorrer uma perda em determinada secção, não compromete nenhum outro trecho do sistema.

1.12.1.2 Convencional
Da mesma maneira que o sistema endereçável, este sistema possui sensores e botoeira ligados a uma
central, só que em vez de mostrar o ponto exato de uma ocorrência, mostra apenas a área à que está
ligado.
Se, por qualquer motivo houver o seccionamento de uma parte da rede, toda a rede após a parte
seccionada não funcionará. Existe ainda sistemas de detecção interligados à sistemas de combate a
incêndios automáticos, que quando detectam a presença de fumaça ou calor, acionam sistemas de
supressão de gás carbônico ou heptafluoropropano, que é um gás ecologicamente limpo.
Estes gases inundam o ambiente a ser protegido extinguindo o incêndio, mas são recomendados para
ambientes onde não existe a permanência de pessoas pois são asfixiantes simples.
Quando utilizados em áreas onde existe pessoas devem possuir um sistema de retardamento, a fim de que
do acionamento do alarme até seu disparo, as pessoas tenham tempo de se evadirem.

1.12.2 Sistemas de Comunicação


Um bom sistema de comunicação interno é fundamental para que o combate à sinistros seja realizado
eficientemente, este sistema deve prever desde o acionamento de brigadistas e Coordenador de
Emergências fora da empresa até pessoal de diretoria e gerentes de área. Deve haver também um sistema
capaz de avisar as pessoas o mais rapidamente possível, para que as ações apropriadas, possam ser
desenvolvidas, como a evacuação de uma área ou do prédio como um todo.

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1.12.3 Sistema de Iluminação de Emergência


O Sistema de Iluminação de Emergência é o conjunto de componentes que, em funcionamento, proporciona
a iluminação suficiente e adequada para permitir a saída fácil e segura do público para o exterior, no caso
de interrupção da alimentação normal, como também proporciona a execução das manobras de interesse
da segurança e intervenção de socorro.
Esse sistema é obrigatório nas áreas comuns das edificações, sendo elas: corredores, escadas, elevadores,
saídas de emergência etc.

Os principais tipos de sistemas, de acordo com a fonte de energia, são: conjunto de blocos autônomos,
sistema centralizado com baterias e sistema centralizado com grupo moto gerador.

1.12.3.1 Conjunto de Blocos Autônomos


São aparelhos de iluminação de emergência constituídos de um único invólucro adequado, contendo
lâmpadas incandescentes, fluorescentes ou similares, de fonte de energia com carregador e controles de
supervisão e de sensor de falha na tensão alternada, dispositivo necessário para colocá-lo em
funcionamento, no caso de interrupção de alimentação da rede elétrica da concessionária ou na falta de
uma iluminação adequada.

1.12.3.2 Sistema Centralizado com Baterias


Circuito carregador com recarga automática, de modo a garantir a autonomia do sistema de iluminação de
emergência. O sistema centralizado de iluminação de emergência com baterias não pode ser utilizado para
alimentar quaisquer outros circuitos ou equipamentos.

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1.12.3.3 Grupo Moto-Gerador


O grupo moto-gerador deve incorporar todos os dispositivos adicionais que garantam seu arranque
automático após a falta de energia da concessionária prestadora do serviço de iluminação, no máximo, em
12 segundos.
A quantidade de combustível armazenada deve assegurar o funcionamento no tempo de autonomia do
sistema de iluminação de emergência garantido, incluindo o consumo nos arranques periódicos essenciais
e os testes de manutenção preventivos e corretivos e, estar distribuída de forma a minimizar o risco
existente de inflamação no(s) ambiente(s) onde estejam armazenados, de acordo com as exigências dos
órgãos competentes.

1.13 ABANDONO DE ÁREA


Devemos responder as seguintes perguntas:
 Quais são as saídas de emergências?
 Existe área de refúgio na edificação ou empresa?
 Há comunicação com outras edificações?
 Há pessoas com dificuldades de locomoção?
 Há pontos fixos para ancoragem de cordas?
 A escada mecânica disponível na Fração de Bombeiros mais próximo alcança todos os
pavimentos?
 As rotas de fuga possuem iluminação de emergência?
 As rotas de fuga são sinalizadas?

Proceder ao abandono total ou parcial da área de risco as pessoas, quando necessário, removendo para
local seguro, onde deverão permanecer até a definição final.
A ordem de abandono deverá ser determinada pelo responsável máximo pela brigada, devendo dar início
pelos locais sinistrados, os setores superiores a estes, os setores próximos e os locais de maiores riscos.

Recomendações gerais para abandono de área


 Manter a calma e caminhar em ordem;
 Não correr, não empurrar, não gritar e não fazer algazarras;

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 Não ficar na frente de pessoas em pânico, se não puder acalmá-las, evite-as, se possível avisar um
Brigadista;
 Nunca voltar para apanhar objetos;
 Ao sair de um lugar, fechar as portas e janelas sem trancá-las;
 Não se afastar dos outros e não parar nos andares;
 Levar consigo os visitantes que estiverem em seu local de trabalho;
 Sapatos de salto alto devem ser retirados;
 Não acender ou apagar luzes, principalmente se sentir cheiro de gás;
 Deixar a rua e as entradas livres para a ação dos bombeiros e do pessoal do socorro médico;

1.14 PESSOAS COM MOBILIDADE REDUZIDA


Evacuação de pessoas com mobilidade reduzida, mas capazes de caminhar de forma
independente, com ou sem uso de muletas ou outras ajudas técnicas:
 Ofereça-se para ajudar ou acompanhar.
 Siga as instruções dos elementos da equipe de evacuação.
 Poderá ser aconselhável aguardar algum tempo até que os acessos para o exterior estejam mais
desimpedidos ou com menos pessoas, evitando empurrões ou quedas.
 Certifique-se que as ajudas técnicas (muletas, andarilhos, etc) estejam sempre ao alcance de quem
delas necessita.
 Provavelmente a pessoa poderá subir ou descer escadas sem auxílio. Contudo, caminhe ao lado
para prestar algum tipo de assistência, se necessário.

Evacuação de pessoas com mobilidade motora reduzida que se deslocam em cadeira de rodas:
 Ofereça-se para ajudar ou acompanhar.
 Caso a pessoa não consiga sair do edifício autonomamente, acompanhe até à zona da caixa de
escadas mais próxima ou outra área de segurança e peça-lhe que aguarde pelos elementos das
equipes de emergência.
 Após deixar o edifício, informe imediatamente a equipe interna de resposta e de emergência do local
onde a pessoa se encontra.
 Não tente transportar pelas escadas pois pode colocar em risco a sua segurança e a segurança da
pessoa. Essa tarefa deverá ser executada por pessoal especializado e qualificado.

Evacuação de pessoas cegas:


 Anuncie a sua presença, dizendo o seu nome.
 Informe a pessoa da natureza da emergência e ofereça ajuda.
 Nunca agarre o braço da pessoa que está a ajudar. Ofereça o seu braço ou ombro como guia de
orientação. A pessoa caminhará um passo atrás de si, guiando-se pelos movimentos do seu corpo.
 Se passar por um corredor ou lugar estreito, coloque a mão da pessoa nas suas costas.

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 Durante o trajeto até à saída do edifício, vá informando dos locais por onde passam, descrevendo a
localização dos obstáculos ou pessoas presentes. Lembre-se de mencionar escadas, portas,
corredores estreitos, rampas ou quaisquer outros obstáculos presentes no percurso.
 Não use palavras sem contexto como “aqui” ou “acolá”. Empregue palavras simples e concretas
como por exemplo “esquerda”, “direita”, “em frente”, “a dois metros”.
 Quando estiver fora do edifício, esclareça a pessoa sobre o local em que se encontram e questione
se necessita de algum tipo de ajuda.
 Assegure-se que a pessoa fica sempre acompanhada até que seja declarado o fim da emergência,
evitando deixá-la sem assistência em locais, por ela, desconhecidos. Se for o caso, certifique-se
que o cão guia esteja sempre com o/a dono/a, em todos os momentos.

Evacuação de pessoas com surdez e/ou dificuldade de comunicação:


 Tente obter a atenção da pessoa por contato visual. Se necessário toque no braço ou no ombro.
 Fique de frente para a pessoa e certifique-se que o seu rosto está iluminado.
 Fale pausadamente e com clareza utilizando palavras simples para que seja fácil a leitura labial.
Não grite.
 Utilize a linguagem corporal e gestos. Verifique se a pessoa compreendeu a mensagem de
emergência e o que deverá fazer. Se necessário, escreva num papel uma nota curta e clara, como
por exemplo, “Alarme de incêndio! Saía pela entrada principal! Aguarde no ponto de encontro”.
 Se não for possível entender o que a pessoa disse, peça-lhe para repetir ou escrever.
 Dê instruções visuais para indicar o percurso mais seguro, apontando para a iluminação de
emergência de saída. Se a pessoa está acompanhada por um/a intérprete de língua gestual, dirija-
se sempre para a pessoa com limitação auditiva.
 Ofereça-se para acompanhar.

MÓDULO 2 – PRIMEIROS SOCORROS

2.I - INTRODUÇÃO
Os primeiros socorros referem-se ao atendimento temporário e imediato de uma pessoa que está ferida ou
adoeceu repentinamente. Também podem envolver o atendimento em casa quando não se pode ter acesso
a uma equipe de resgate ou enquanto a equipe especializada não chega. Trata-se de procedimentos de
urgência, os quais devem ser aplicados a vítimas de acidentes, mal súbito ou em perigo de vida, com o
intuito de manter sinais vitais. Os procedimentos não substituem o médico, o enfermeiro ou a equipe
técnica. Na verdade, um dos principais fundamentos dos primeiros socorros é a obtenção de assistência
médica em todos os casos de lesão grave. O socorro tende a ser prestado sempre que a vítima não tem
condições de cuidar de si própria, recebendo um primeiro atendimento e logo acionando-se o atendimento
especializado.

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2.1.1 ATENDIMENTO INICIAL


 Cheque a segurança do local;
 Use o EPI necessário e adequado;
 Cheque responsividade da vítima e se não houver acione o SEM (Serviço de Emergência Médica)
192 / 193;
 Se necessário proceda o CAB (compressões, vias aéreas, respiração) e
 Use o DEA (Desfibrilador Externo Automático) se disponível ou logo que possível.

2.1.2 AVALIAÇÃO DA CENA


 Tão logo o socorrista tenha verificado o ocorrido e solicitado o socorro especializado, deve começar
a cuidar da vítima, fazendo a avaliação do cenário que o envolve.
 Se o local for seguro, então seu trabalho fica facilitado. Caso o local não seja seguro, deverá
controlar este, e até mesmo removendo o paciente deste local se não tiver como torná-lo seguro.
 Se for possível, o local deve ser controlado, tornando-o seguro através de cordão de isolamento, ou
mesmo controlando outros fatores de risco existente no local.

 Assim os cuidados para a vítima poderão ser iniciados.

 Use o EPI necessário e adequado.

2.2 ANÁLISE DO PACIENTE


2.2.1 Exame - Anterior ao atendimento
- Consiste em relacionar a vítima ao acidente;
- Relato de testemunhas e
- Verificar se é necessário apoio de pessoal e/ou de material.

2.2.2 Exame Objetivo - Verificar CAB


- Verifique o nível de consciência.
- Verifique circulação, com o controle de grandes hemorragias; verifique pulso, em criança e adulto na
artéria carótida; no bebe, na arterial braquial (perto das axilas). Sempre avalie grandes hemorragias.
- Verifique Respiração; ajoelhe junto à vítima, e observe se a mesma transmite algum movimento no
abdômen e expansão na caixa torácica.
- Vias aéreas, abrir com o controle da coluna em caso de trauma, se a vítima estiver inconsciente, ou não se
conhece o mecanismo da lesão, deveremos usar um método de abertura de vias aéreas que não agrave a
possível lesão na coluna.

2.2.3 Como verificar o nível de consciência


Verifique se a vítima está:
- (A) Alerta
- (V) Responde a estímulos verbais
- (D) Responde a estímulos dolorosos
- (N) Não responde

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2.2.4 Análise Secundária


- Relacione a vítima com o acidente;
- Queixa principal do paciente;
- Histórico médico da vítima;
(S) Sinais e sintomas;
(A) Alergias;
(M) Medicamento que faz uso;
(P) Problemas médicos anteriores;
(U) Última alimentação oral e
(M) Mecanismo da lesão.
- Relato de testemunhas.

2.2.5 Como fazer o exame detalhado


- Exponha o corpo da vítima;
- Examine da cabeça aos pés;
- Consiste no exame completo da vítima, comparando um lado com outro, procurando possíveis
deformidades, ou outro sinal anormal;
- A imobilização da cabeça deverá ser feita manualmente;
- Exame das pupilas;
- Verifique a saída de liquor e/ou sangue pelo nariz e/ou ouvidos;
- Verifique a presença de objetos estranhos e/ou secreções na boca;
- Apalpe a cabeça da vítima, procurando por hematomas, deformidades e ferimentos;
- Examine o pescoço, verificando o alinhamento da traqueia e da coluna, além de possíveis ferimentos;
- Após o exame da região do pescoço, deverá ser colocado o colar cervical;
- Examine o tórax da vítima, observe a respiração (movimentos e expansão do tórax);
- Examine o tórax procurando ferimentos, seguimentos soltos, deformidades ou qualquer anormalidade;
- Apalpe o abdome, procurando por áreas mais enrijecidas, com hematomas, ferimentos e deformidades;
- Examine a bacia, verificando se existe dor, crepitação ou rangido;
- Examine membros inferiores procurando por ferimentos, deformidades e por fraturas;
- Verifique pulso distal e perfusão capilar;
- Verifique possíveis deformidades e hematomas na coluna quando for fazer o rolamento para transportar a
vítima na prancha longa;
- Se a vítima estiver consciente, verifique sensibilidade e resposta motora, além do pulso distal e perfusão
capilar e
- Examine os membros superiores procurando por ferimentos, deformidades e por fraturas.

2.3 VIAS AÉREAS


2.3.1 Obstrução Respiratória
2.3.1.1 Vítima Consciente Engasgada
 Pergunte para a vítima: “Você pode falar”?

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31

 Se não puder falar, se coloque atrás da vítima e posicione as mãos para as manobras em J.

 Efetue repetidas compressões no abdome, se adulto ou criança, até a desobstrução, ou ficar


inconsciente ou até a chegada de socorro adequado.

Obs:
 A mão deverá ser em punho, devendo a outra mão firmar a primeira.

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 Em gestante ou obeso, efetue as compressões no osso Esterno.

Repita os passos anteriores até a desobstrução, inconsciência, ou até a chegada de socorro adequado.

Vítima Inconsciente Engasgada


 Verifique a inconsciência.

 Se a vítima estiver inconsciente, abra as Vias aéreas e verifique a Respiração.

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 Após a manobra, tente visualizar e remover o objeto estranho.

Se não respira e persiste a obstrução, repita os passos anteriores, caso permaneça inicie RCP.

 Caso a vítima não respire, mas tem circulação efetue o ciclo respiratório usando uma barreira artificial.

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 Se não conseguir (o tórax não se elevar), repita a liberação das vias aéreas e as ventilações.

 Se o ar não passar, partiremos para as manobras de RCP

Bebê Engasgado
 Verifique inconsciência.

 Abra as vias aéreas e verifique a respiração e circulação.

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Nos casos de bebê consciente:


 Se não respira, efetue as compressões abaixo da linha dos mamilos, seguido dos tapas nas costas.
 Se o ar não passa (o tórax não se eleva), repita as ações.
 Segure o bebê em suas mãos.
 Vire o bebê de bruços e efetue 05 pancadas entre as escápulas do bebê.

 Vire o bebê de barriga para cima, visualize a linha dos mamilos e coloque dois dedos no externo,
abaixo desta linha e efetue 5 compressões.

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 Após as manobras, tente visualizar e retirar o objeto estranho.

Se não respira e persiste a obstrução, repita os passos anteriores, até a desobstrução ou até a chegada
de socorro adequado. Se estiver inconsciente inicie RCP.

2.4 RCP – REANIMAÇÃO CARDIOPULMONAR


Segurança do Local (gerenciamento de acidentes)
Uso do EPI – equipamento de proteção individual
• ADULTO acima de 8 anos USE AS DUAS MÃOS PARA COMPRESSÃO NUMA FREQUÊNCIA DE
100 A 120 PM A 5 CM

• CRIANÇA de 1 a 8 anos USE UMA MÃO PARA COMPRESSÃO NUMA FREQUÊNCIA DE 100 A
120 PM A 5 CM

• BEBÊ de 0 a 1 ano USE DOIS DEDOS PARA COMPRESSÃO NUMA FREQUÊNCIA DE 100 A 120
PM A 4 CM

[B] [C] [D]


[D]
[A]
A]

- Cheque a responsividade da vítima tocando em seu ombro e chamando, acione o SEM caso não haja
resposta e rapidamente cheque se respira normalmente. [A]
- Se não respira, inicie as 30 compressões torácicas [B]
- Após as 30, abra as vias aéreas [C]
- E realize as 2 respirações de resgate com expansão visível de tórax [D]

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Utilize o DEA logo que disponível


No caso de um profissional da área de saúde após checar a responsividade e acionar o resgate cheque
pulso, se não há, inicie as compressões e respirações.

Parada Cardiorrespiratória (PCR)


Adultos, criança e bebê.
- Se a vítima não tem pulso, então ela apresenta um quadro de Parada Cardiorrespiratória:

 Ache o local da compressão torácica externa.

 O local da compressão torácica é achado colocando a mão dois dedos acima do Apêndice Xifoide,
terço inferior do tórax ou linha dos mamilos.

 As mãos devem ser sobrepostas, dedos entrelaçados e somente uma das mãos em contato com o
osso esterno.

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 As compressões fazem com que o sangue circule, substituindo assim o trabalho que seria feito pelo
coração.

 Sincronismo das ventilações e compressão torácica externas:


Vítima adulta, quando atendida por somente 1 ou 2 socorristas = o sincronismo será de 30 compressões
torácicas externas e 2 insuflações (30 x 02), verifique o pulso a cada 2 min revezando o provedor.

A criança e o bebê quando atendida por 02 socorristas, o sincronismo será de 15 compressões e 02


insuflações, verificando o pulso a cada 2 minutos com o revezamento do provedor.
A criança e o bebê, quando for atendida por 01 socorrista, o sincronismo será de 30 compressões e 02
ventilações, igual ao procedimento usado para o adulto, verificando o pulso a cada 2 minutos com o
revezamento do provedor.

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2.5 AED / DEA


Desfibrilação - É a aplicação de um choque controlado visando à reversão de uma arritmia cardíaca
associada a PCR (fibrilação ventricular ou taquicardia ventricular). A desfibrilação era uma habilidade
reservada a médicos ou profissional treinados em suporte avançado de vida. Com a invenção dos DEA
atualmente ela é efetuada por pessoal treinado em BLS e leigos com um mínimo de treinamento. Não há
necessidade de treinamento específico em reconhecimento e tratamento de arritmias para operação do
DEA.
Princípios da Desfibrilação Precoce
• O ritmo mais frequente em PCR em adultos é a FV.
• O tratamento mais efetivo da FV é a desfibrilação.
• A efetividade de desfibrilar diminui rapidamente com o tempo.

Tipos de Desfibrilador
• Desfibriladores internos: são implantados cirurgicamente como aparelhos de marca-passo. Os
choques são aplicados na superfície do coração, obrigatoriamente são automáticos e apenas
indicados por médicos.
• Desfibriladores externos: as pás entram em contato com a superfície do tórax do paciente. Podem
ser de três tipos: manuais, e semiautomáticos e totalmente automáticos (DEA).

Desfibriladores Externos Automáticos (DEA)


São equipamentos de desfibrilação dotados de um microprocessador que realiza a análise do ritmo. Os
aparelhos totalmente automáticos após serem ligados e conectados ao paciente não exigem mais a
interferência humana (em desuso pelo risco) enquanto que os semiautomáticos recomendam ao operador
que dispare o choque. Os aparelhos semiautomáticos são considerados mais seguros, pois não existe o
risco do choque ser aplicado com pessoal em contato com a vítima a não ser por erro do operador. Neste
capítulo mencionaremos apenas os desfibriladores semiautomáticos (DEA).

Análise do Ritmo
Os DEA possuem um microprocessador que realiza a análise de características múltiplas do
eletrocardiograma do paciente. A sensibilidade e especificidade destes aparelhos são altas. Os erros que
ocorreram com a utilização dos DEA podem ser atribuídos na maior parte dos casos a falha do operador.

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O DEA analisa o ritmo várias vezes em poucos segundos e se várias destas análises demonstrarem a
presença de um ritmo “desfibrilável” de PCR (fibrilação e taquicardia ventricular), o aparelho carregará seu
capacitor e recomendará a seu operador a execução do choque através de mensagem visual ou sonora.

Interferência com a análise do DEA


• Transmissão de mensagens de rádio a menos de 2 m do aparelho.
• Movimentação do paciente durante seu transporte ou manobras de RCP, podem interromper a
análise do ritmo.
• Respiração agônica ou convulsões.

Interrupção da RCP
As normas da “American Heart Association” utilizadas em quase todos os serviços médicos ensinam que a
RCP não deve ser interrompida por mais de 5 segundos. A utilização do desfibrilador semiautomático é uma
das poucas situações em que estas normas não se aplicam. A interrupção da RCP é contrabalançada pelos
efeitos benéficos da desfibrilação precoce. O tempo entre a ativação do modo de análise do DEA e a 1a
desfibrilação é em média de 10 a 15 segundos.

Vantagens do DEA
• Aumentar o número de pessoas aptas a realizar a desfibrilação.
• Tornar a desfibrilação mais precoce no ambiente pré-hospitalar.
• Aumentar a sobrevivência de vítimas com fibrilação ventricular.
• Diminuir a necessidade de treinamento de pessoal em técnicas de suporte avançado de vida.

Desfibrilação Semiautomática
Todos os aparelhos podem ser utilizados seguindo passos simples.
• Determinar que o paciente está em PCR.
• Efetuar RCP até que o aparelho esteja pronto para operar.
• Socorro com 2 socorristas: um efetua a RCP e o outro prepara o DEA.
• Socorro com 1 socorrista: determinar a inconsciência e ausência de respiração, chamar por ajuda
(193 ou 192), iniciar a RCP e aprontar o DEA.

Operação do DEA
1. Colocar o aparelho se possível próximo ao ouvido esquerdo da vítima.
2. Realizar de preferência os procedimentos do lado esquerdo do paciente.
3. Ligar o aparelho.
4. Conectar pás adesivas ao tórax do paciente uma na borda esternal superior direita e a outra no ápice
cardíaco.
5. Cessar toda a movimentação no paciente.
6. O socorrista deve solicitar em voz alta “Afaste-se do paciente”.
7. Pressionar o botão de análise do ritmo.
8. Seguir a mensagem gravada do aparelho.

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9. Caso o aparelho indique o choque o operador deve pressionar o botão e o DEA efetuará a descarga de
200 J(bifásico) ou 360 (monofásico). Após o 1º choque não palpar pulso, reiniciar a RCP completa por 2
minutos e rechecar no DEA o ritmo e desfibrilar se indicado e assim sucessivamente quantas vezes for
necessária. O DEA faz automaticamente a carga de seu capacitor caso o choque esteja indicado.
10.Caso após uma das análises de ritmo a mensagem do desfibrilador seja “choque não indicado” palpar o
pulso carotídeo por 5 segundos reiniciando a RCP por 2 minutos se ele estiver ausente.
Se o pulso estiver presente avaliar a ventilação do paciente, iniciando respirações artificiais se necessário
ou apenas a administração de O2 suplementar.

Medidas de Segurança no Uso do DEA


* Os DEA devem ser conectados ao paciente somente quando o mesmo estiver inconsciente, apneico e
sem pulso.
* A RCP e o transporte do paciente devem ser interrompidos. Existem casos de choques efetuados a
pacientes com arritmias não associadas a PCR, mas estas são falhas do operador e não do aparelho.
* Após a ativação do modo de análise do DEA nenhum socorrista pode permanecer em contato com o
paciente para evitar erros na análise do ritmo e sua eletrocussão acidental. Sempre que for ativado o modo
de análise o socorrista deve dizer em voz alta “Afaste-se do paciente”.
* Os desfibriladores semiautomáticos podem ser utilizados com pá pediátrica em crianças menores que 8
anos, embora raramente estas têm PCR em fibrilação ventricular. Caso a PA pediátrica não esteja
disponível utilize a pá de um adulto.
* Os socorristas devem seguir as normas de manutenção do aparelho deixando-o permanentemente pronto
para o uso.

Chegada de Médico Socorrista ao Local


Após a chegada de socorro médico avançado ao local os socorristas devem fazer um sumário dos
procedimentos efetuados e passar o comando da situação para o médico.

Uso do DEA (desfibrilador externo automático)


Definição
É um aparelho altamente sofisticado e confiável, que permite aplicar um choque elétrico controlado a
qualquer paciente de qualquer idade, com o objetivo de reverter uma FV (fibrilação ventricular) ou uma
TVSP (taquicardia ventricular sem pulso). O DEA conecta-se com os cabos de conexão, estes com as pás
autoadesivas e estas com o tórax da vítima. Deve ser usado para tratar pacientes que pareçam estar sendo
vítimas de parada cardíaca súbita e que não reagem quando sacudidas, não respiram e não tossem.

Cuidados no uso do DEA


A água é uma boa condutora de eletricidade. Afaste o paciente da água e sempre seque o tórax antes de
conectar as pás.
Marcapassos implantados aplicam choques de baixa energia. Caso identifique um no paciente não coloque
as pás em cima, mas cerca de 2,5 cm de distância para baixo, de lado ou para cima, mas caso perceba que

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o marca-passo está aplicando choque no momento do atendimento espere cerca de 30 a 60 segundos para
conectar as pás.
Adesivos de medicação transcutânea como para tratamento de reposição hormonal, com medicação anti-
hipertensiva, de nicotina, analgésicos, nitroglicerina e outros, as pás do DEA não devem ser colocadas
diretamente sobre o adesivo porque podem transferir a energia e provocar queimaduras, retire o adesivo,
limpe e seque a superfície a ser colocada a pá.
Artefatos de movimento como respiração agônica, RCP, ambulância em movimento, prancha em
movimento, posicionamento da vítima e outros podem interferir na leitura, o DEA deverá estar parado
posicionado próximo a orelha esquerda do paciente e o paciente não deverá ser tocado no momento da
análise.
Se o paciente tem pelos em excesso no tórax isso evitará um contato firme na pele e aumenta a resistência
e impedância torácica, use os barbeadores descartáveis e faça a limpeza do local permitindo a aderência
das pás.

Posso usar o DEA em pacientes com adesivo de medicação transcutânea?


- Pode, deve-se tirar o adesivo e limpar com pano seco o local e instalar as pás.

Posso usar em vítima no assoalho de alumínio de ônibus?


- Pode, a vítima sempre deverá estar em local seguro para uso do equipamento e o socorrista não deverá
perder tempo pois para cada 1 minuto a chance de sobrevida cai em 10% em média.

Posso usar em jogador de futebol suado?


- Pode, desde que seque o tórax e o local de instalação das pás.

E vítima com piercing no mamilo do peito?


- Se for possível tirar sem perder tempo e desde que não faça lesão na vítima tudo bem, se não for possível
tirar rapidamente, pode-se usar o DEA sem problemas.

E vítima com piercing na cicatriz umbilical?


- Pode usar sem problema, não pode usar se tiver correntinha no pescoço, tem que tirar.

Posso usar na ambulância em movimento?


- O DEA é para ser utilizado parado, artefatos em movimento acusam fibrilação ventricular ou taquicardia
ventricular sem pulso e o aparelho irá indicar choque, alguns modelos atuais existem sensores que acusam
e descartam estes tipos de artefatos de movimento, mas a prioridade do DEA será de seu uso parado.

Posso usar durante transporte na prancha longa?


- Não.

Posso usar em vítima com marca passo implantado?

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- Pode, desde que coloque as pás acima ou sob e não sobre o marca passo se este estiver ao lado direito
do peito.
Posso colocar os eletrodos em cima de algum osso?
- Não.

Os eletrodos com pás autoadesivas são descartáveis?


- Segundo recomendação dos fabricantes de DEAs, o gel utilizado para condução da energia elétrica só
cumpre seu objetivo na primeira utilização, depois disso tanto a cola das pás como o gel condutor além de
perderem a validade, a garantia de uso e seu objetivo, causam danos ao queimarem superficialmente a pele
da vítima e não conduzirem corretamente a onda bifásica de eletrodo para eletrodo.

Posso usar o DEA em crianças menores de 8 anos (ou 25Kg)?


- Pode, o DEA faz leitura e utiliza o choque de 2 a 3 joules por Kg de peso sendo em média 3 choques de
170 joules em adultos e 3 de 140 joules em criança, em média, tendo variação de vítima para vítima.

Posso usar em mulheres grávidas e mulheres com peito de silicone?


- Pode, normalmente

Posso usar em homens com peito cabeludo?


- Não, dentro da bolsa do DEA existe giletes para raspar os pelos a fim de diminuir a impedância torácica e
aumentar a área de contato.

Posso usar em vítima molhada, mas fora d’água?


- A vítima poderá estar em cima de uma poça d’água, mas se o tórax estiver seco, pode usar sem problema.

2.6 ESTADO DE CHOQUE


Choque é uma condição na qual o sistema circulatório não consegue manter um fluxo sanguíneo adequado
para os órgãos. Quando os órgãos não recebem a quantidade adequada de sangue, eles passam a não
desempenhar suas funções normais. Num pequeno traumatismo, o organismo irá compensar o choque e
voltará ao normal. Num traumatismo maior, o organismo não consegue se recuperar, e o choque pode
evoluir para consequências mais sérias, chegando até a morte da vítima, se não for corrigido
adequadamente.
O socorrista deve aprender a reconhecer os sinais do choque e tentar prevenir, dentro do possível sua
evolução.

Sinais de choque:
- Ansiedade, inquietação, irritabilidade.
- Alteração de consciência.
- Frequência cardíaca acelerada.
- Respiração rápida.
- Pele pálida, úmida e fria.

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- Olhos sem brilho, atordoamento.


- Fraqueza, sensação de desamparo.
- Sede e frio.
- Náuseas.

Primeiros socorros no choque:


- Mantenha a vítima deitada, se possível.
- Tente deixar a vítima confortável.
- Converse com a vítima tranquilizando-a. Isto irá diminuir sua tensão e ansiedade.
- Controle qualquer sangrento externo.
- Eleve as pernas numa altura de 20 cm, desde que não haja suspeita de traumatismo de coluna, crânio,
fraturas ou ataque cardíaco.
- Cubra a vítima, para manter a temperatura corpórea.
- Não ofereça à vítima nada para beber ou comer.
- Mantenha o ambiente livre, para a vítima poder respirar livremente.
- Se a vítima apresentar náuseas ou começar a vomitar, coloque-a virada no seu lado direito.
- Verifique se o Serviço de Emergências Médicas foi acionado.

2.7 HEMORRAGIA
Hemorragia é a perda se sangue do sistema circulatório, devido à ruptura dos vasos sanguíneos, sendo que
a gravidade é medida pela quantidade e rapidez que o sangue é extravasado/perdido.

2.7.1 Sangramentos
Os sangramentos / hemorragias podem ser classificados como externos ou internos ou ainda conforme os
vasos que foram lesados, a saber:

2.7.1.1 Sangramento capilar: os capilares sanguíneos são vasos de pequeno diâmetro, que quando lesados
promovem um sangramento lento. O próprio organismo, através do mecanismo de coagulação resolve o
sangramento, sendo rara a perda de quantidade importante de sangue nesta situação.

Primeiros socorros em ferimentos pequenos e com pouco sangramento:


a. Limpe o ferimento com soro fisiológico, mas sem fricção ou água e sabão se não tiver soro.
b. Proteja o ferimento com bandagem, gaze ou atadura para evitar contaminação.

2.7.1.2 Sangramento venoso: ocorre em ferimentos mais profundos, com lesão de veias. O sangramento é
de cor vermelho escuro e fluxo contínuo. O socorrista precisa controlar este sangramento, de acordo com o
protocolo a seguir e chamar o Serviço de Emergências Médicas.

2.7.1.3 Sangramento arterial: o rompimento de uma artéria ocasiona a hemorragia mais grave. O sangue é
de cor vermelho vivo, mais claro e jorra em pulsos, coincidindo com os batimentos cardíacos. Se a artéria
lesada for de grande calibre, poderá levar a vítima à morte em poucos minutos. Este tipo de hemorragia

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consiste numa emergência perigosa e precisa de atendimento imediato. Chame o Serviço de Emergências
Médicas, sem perder tempo.

2.7.1.4 Passos no controle da hemorragia:


2.7.1.4.1 Pressão direta
Comprima o local de sangramento, usando uma bandagem, gaze, atadura ou pano limpo. Proteja-se
usando luvas de látex, vinil ou nitrílica.

Considerações gerais:
- Se houver objeto penetrado, NÃO o retire, pois pode haver risco de piorar o sangramento.
- Se a primeira bandagem/pano ficar ensopada, NÃO a retire. Coloque outra bandagem por cima da inicial
e continue a comprimir.
- Uma vez controlado o sangramento, passe uma bandagem por cima, fixando-a com um nó no local da
ferida. Verifique o pulso após fixar a bandagem
- Em ferimentos extensos e profundos, controlar a hemorragia usando compressas e, se for o caso,
torniquete.
- E procurar um médico imediatamente:
- Se os ferimentos forem nos membros superiores ou inferiores e com grande hemorragia, e caso não seja
controlado com pressão direta ou um curativo compressivo, aplicar o torniquete.
- Modo de preparar o torniquete: Amarrar uma tira de pano acima do ferimento e colocar um pedaço de
madeira no meio do nó.
- Torcer o pedaço de madeira até parar o sangramento, anotar a hora no torniquete e levar o paciente para
o hospital entre 120 e 150 minutos
- Uma vez feito o torniquete, deverá ser deixado no local até o tratamento definitivo no hospital mais
próximo.

2.7.1.4.2 Hemorragias Internas


Sinais e sintomas:
- Perda de sangue pela boca, reto, vagina ou urina.
- Contusão abdominal.

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- Pulso rápido e fino.


- Pele úmida, fria e pálida.
- Náuseas e vômitos.
- Abdome ou tórax doloridos.

Primeiros Socorros:
- Previna o choque.
- Monitore o vômito.
- Coloque gelo na área traumatizada. Coloque um pano entre a pele e o saco de gelo ou em separado,
mas próximo.
- Chame o Serviço de Emergências Médicas.

2.8 FRATURAS
2.8.1 Distensão muscular, contusão e entorse.
Todo trauma no sistema músculo-esquelético deve ter atendimento imediato. Deve-se evitar todo e qualquer
movimento desnecessário.
Um primeiro atendimento adequado pode reduzir o traumatismo e acelerar a recuperação. Se você estiver
em dúvida quanto à gravidade do trauma, trate-o como sendo uma fratura ou luxação.

Tipos de traumatismos:
 Distensão muscular - Ocorre quando o grupo muscular é exigido além dos limites de extensão,
resultando numa distensão das fibras musculares.
 Contusão muscular - Resultado de um traumatismo ou batida diretamente no músculo.
 Entorse - Ocorre quando uma articulação sofre uma torção, mantendo, no entanto seu alinhamento, ou
seja, não há desvios. É a separação MOMENTÂNEA das superfícies ósseas ao nível da articulação, com
comprometimento apenas ligamentar.

Manifestação:
- Dor intensa a movimentação;
- Edema no local;
- Perda da mobilidade local;
- Deformidade da articulação.

Primeiros socorros para distensões, contusões musculares e entorses

Frio - coloque gelo no local, logo após o trauma, mas proteja a pele.
Utilize bolsas apropriadas ou gelo químico. A cada 20 minutos, deixe a área sem resfriamento por 40
minutos.
Compressão - use compressas elásticas para comprimir a região. Tenha cuidado para não apertar
demasiadamente (verifique pulso e coloração nas extremidades).
Repouso - Mantenha o membro afetado em repouso e elevado acima do coração, se possível (desde que
não haja suspeita de lesão de coluna vertebral). Esta manobra visa controlar o sangramento interno.
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2.8.2 Luxações e Fraturas


São traumatismos mais grave do sistema músculo esquelético e necessitam de um primeiro atendimento
adequado para não piorar a situação já instalada.
Fraturas – É uma ruptura total ou parcial da estrutura óssea (solução de continuidade no osso) podem ser
fechadas ou expostas, completa e incompleta.
Luxação - Deslocamento da extremidade de um osso ao nível de sua articulação. Ocorre o
comprometimento de vários componentes articulares, bem como estruturas locais. Pode ser aberta ou
fechada. A luxação é um traumatismo sofrido pelas articulações, deslocando-as do seu eixo, portanto
saindo do seu alinhamento normal (ocorrendo desvios).

Sinais e sintomas:
 Deformidades no local.
 Inchaço e palidez da pele.
 Crepitação.
 Dor local.
 Incapacidade de movimentar a área atingida.
 Exposição óssea (fraturas expostas).
 Ausência de pulso e/ou alteração de sensibilidade nas extremidades.

Primeiros socorros para luxações e fraturas:


1. Imobilize a área - Utilize travesseiros, casacos, cobertores, etc. A área atingida tem que ficar em
repouso.
2. Chame o Serviço de Emergências Médicas ou transporte a vítima para o hospital. Caso decida
transportar a vítima para o hospital, imobilize a área atingida com talas (veja adiante).
3. Cuidados para prevenir o choque.
4. Cuidados com os traumatismos secundários.

Informações para uma boa imobilização:


Uma boa imobilização da área afetada vai diminuir a dor, diminuir o sangramento interno e proteger o local
para não piorar o traumatismo já instalado.
A imobilização só deverá ser feita para transportar a vítima ou se o Serviço de Emergências Médicas for
demorar para chegar ao local do acidente. Caso contrário, o socorrista deverá esperar o atendimento
médico adequado.

Se necessário imobilizar com talas, siga estas sugestões:

 Use sempre uma tala rígida ou semirrígida. (Tábuas, revistas, galhos ou uma parte paralela do próprio
corpo). Amarre a tala selecionada acima e abaixo da área traumatizada (NUNCA amarre a tala direto no
local traumatizado e não aperte muito a ponto de restringir a circulação no local).

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 Se o trauma for no ombro ou braços, use uma tipoia para elevar ou aproximar a área imobilizada,
diminuir o sangramento interno e proporcionar conforto à vítima.
 Após colocar a tala, verifique a área abaixo da imobilização, sentindo o pulso e observando a coloração
e a sensibilidade da pele.

 Se for uma fratura exposta, não toque na área exposta nem tente colocar o osso no local. Apenas
controle o sangramento e cubra área com um pano estéril ou limpo.

 Se for colocar bandagem inicie de baixo para cima.


 Se houver suspeita de luxação, não tente reduzi-la (realinhar a articulação), evitando aumentar o
traumatismo da área afetada.

 Sempre faça os procedimentos para evitar o choque. Lembre-se que o choque pode colocar a vítima em
risco de vida. Recorde sempre os sinais e sintomas de choque, para promover os cuidados específicos
adequados.

2.8.3 Trauma de cabeça, pescoço e coluna


Os traumatismos cranianos, cervicais e de coluna, se não bem socorridos, poderão ocasionar sequelas
irreversíveis ou mesmo a morte.
SEMPRE SUSPEITE de traumatismo craniano ou de coluna quando a vítima sofreu:

 Acidente automobilístico.
 Atropelamento.

 Quedas de altura superiores à altura da vítima.

 Ferimentos penetrantes (arma de fogo, por exemplo).

 Contusões graves de cabeça e região da coluna.

 Acidente de mergulho (mergulhar de cabeça em locais rasos ou com pedras).

 Acidente com raio.

 Politraumatismos.

Sinais e sintomas que podem sugerir traumatismo craniano ou de coluna:


 Mudança do nível de consciência.
 Dificuldade em respirar.
 Impossibilidade de movimentar alguma parte do corpo.
 Dor de cabeça.
 Vômitos.
 Visão alterada.
 Perda de equilíbrio.
 Dormência nas mãos, pés e/ou dedos.
 Pupilas com diâmetros diferentes.

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Primeiros Socorros em traumatismos cranianos e coluna:


1. Imobilize o pescoço e a cabeça. Pare todo o movimento.
2. Mantenha as vias aéreas abertas.
3. Chame o Serviço de Emergências Médicas.
4. Cuide do choque.
OBSERVAÇÃO: É importante lembrar que NÃO SE DEVE MOVER A VÍTIMA do local do acidente antes da
chegada do Serviço de Emergências Médicas, a menos que existam fatores que ponham em risco a vida da
vítima e/ou do socorrista.
2.9 FERIMENTOS
Definição:
É o resultado da agressão sofrida pelas partes moles, produzindo lesão tecidual.
2.9.1 Ferimentos Especiais
2.9.1.1 Ferimento na Cabeça
 Procedimento semelhante a ferimentos em partes moles;
 Não tente limpar o ferimento, há perigo de aumentar a hemorragia;
 Não faça compressão com os dedos;
 Controle o sangramento com curativo limpo e pouca pressão;
 Procure socorro adequado.

2.9.1.2 Ferimento nos Olhos


 Não tente remover objetos da córnea;
 Não faça curativo compressivo;
 Não remova objetos empalados, estabilize-o;
 O curativo deve ser frouxo e nas duas vistas;
 Em queimaduras químicas, lave sempre, partindo do nariz para as extremidades, com água estéril
(5’ a 15´);

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2.9.1.3 Ferimento na Orelha


 Curativo ou bandagem, em caso de ferimento na orelha;
 Nunca feche o canal auditivo em caso de hemorragia;
 Saída de líquido claro e/ou sangue significa traumatismo crânio Encefálico;
 Procure socorro adequado.

2.9.1.4 Ferimento na Face


 Corrigir problemas respiratórios;
 Não esqueça da possibilidade de lesão na coluna;
 Use pressão suficiente para parar o sangramento;
 Retire corpos estranhos do ferimento da boca;
 Retire objetos empalados na bochecha, se penetrar na cavidade oral;
 Retire objetos empalados na face, caso esteja causando obstrução respiratória;
 Faça curativo;
 Procure socorro adequado.

2.9.1.5 Ferimento no Abdome


 Mantenha a vítima deitada;
 Mantenha suporte básico de vida;
 Fique alerta para vômito;
 Não toque e nem recoloque no lugar as vísceras;

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 Cubra as vísceras com curativo oclusivo embebido em soro fisiológico, cobrindo este com plástico
estéril ou papel alumínio;
 Não remova objetos empalados;
 Procure socorro adequado.

2.9.1.5 Ferimento na Região Genital


 Faça curativo compressivo e procure socorro adequado.

Em caso de mutilação, o pedaço amputado deverá ser colocado dentro de saco plástico, sem
nada dentro, devendo este saco ser colocado dentro do gelo

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2.9.1.6 Ferimento no Nariz


 Controle hemorragia;
 Em avulsão, coloque o retalho no local;
 Curativo.
Epistaxe (sangramento nasal)
 Coloque a vítima sentada.
 Deixe a cabeça ligeiramente inclinada para frente.
 Comprima as narinas por 5 a 10 Minutos.
 Procure socorro adequado.

2.9.1.7 Ferimento no Pescoço


 Mantenha o paciente calmo;
 Peça para a vítima respirar devagar e observe a respiração;
 Administre O2;
 Não se esqueça da possibilidade de trauma de coluna;
 Curativo oclusivo com uma compressa, devendo esta ser coberta com saco estéril ou papel
alumínio.
 Perigo de embolia traumática pelo ar;
 Não aplique pressão sobre as vias aéreas;
 Não aplique pressão dos dois lados ao mesmo tempo;
 Procure socorro adequado.

2.9.1.8 Ferimento no Tórax


 Mantenha a vítima deitada do lado da lesão;

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 Coloque curativo oclusivo preso em três lados;


 Administre O2;
 Aspire sangue e secreções caso necessário;
 Procure socorro adequado;

 Transporte sobre o lado ferido.

2.10 QUEIMADURAS
Lesão no tecido de revestimento do corpo, causada por agentes térmicos, químicos, radioativos ou
elétricos. Uma queimadura pode destruir total ou parcialmente a pele e seus anexos e até atingir camadas
mais profundas.

Térmicos Químicos

Radioativos Elétricos

 Classificação de 1º Grau

 Atinge somente a epiderme;

 Dor e vermelhidão local;

 Não apresenta bolhas.

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 Classificação de 2º Grau

 Atinge a Epiderme mais a derme;

 Dor e vermelhidão local mais intensa;

 Formação de bolhas.

 Classificação de 3º Grau

 Todas as camadas são atingidas (epiderme, derme, gordura, músculos e ossos);

 Pouca ou ausência de dor (destruição dos terminais nervosos);

 Área escurecida ou esbranquiçada.

Gravidade quanto a extensão


A)- Pequenas queimaduras
Menos de 10% da área corpórea.

B)- Grandes queimaduras

Mais de 10% da área corpórea.

Porcentagens Adulto
- Cabeça e pescoço: 9%
- Tronco: 36%
- Cada braço: 9%
- Cada perna: 18%
- Região do períneo: 1%

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Porcentagens Criança
- Cabeça e pescoço: 18%
- Tronco: 36%
- Cada braço: 9%
- Cada perna: 13,5%
- Região do períneo: 1%

Porcentagens bebê
- Cabeça e pescoço: 18%
- Tronco: 36%
- Cada braço: 9%
- Cada perna: 13,5%
- Região do períneo: 1%

São consideradas graves as seguintes queimaduras:


 Elétricas;
 Em Períneo;
 Com mais de 10% da área corpórea;
 Com lesão das vias aéreas.

O risco de vida está mais relacionado com a extensão do que com a profundidade, devido ao (choque e
infecção).

Conduta:
• Prevenir o estado de choque;
• Controlar a dor;
• Evitar infecções na área queimada (envolvendo com papel alumínio ou plástico estéril).
• Apagar o fogo da vítima com água, rolando-a no chão ou cobrindo-a com um cobertor (em
direção aos pés);
• Verifique nível de consciência, vias aéreas, respiração e circulação (especial atenção para VAS
em queimados de face);
• Não passar nada no local, não furar bolhas e cuidado com a infecção;
• Retirar partes de roupas não queimadas e as queimadas aderidas ao local, deveremos recortar
em volta;
• Retirar adornos (pulseiras, anéis, relógios, etc.)
• Estabelecer extensão e profundidade das queimaduras;

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• Cobrir regiões queimadas com plástico estéril ou papel alumínio;


• Quando em olhos, cobrir com gaze embebida em soro fisiológico as duas vistas.

Procedimentos em queimaduras químicas


• Verificar nível de consciência, liberar VAS, respiração, circulação e evitar choque;
• Retirar as roupas da vítima;
• Lavar com água ou soro, sem pressão ou fricção;
• Identificar o agente químico:
• Ácido lavar por 05 minutos
• Álcali lavar por 15 minutos
• Na dúvida, lavar por 15 minutos.
• Se for álcalis seco não lavar, retirar manualmente (Ex. soda cáustica)

2.11 EMERGÊNCIAS CLÍNICAS


Existem vários tipos de emergências clínicas. O socorrista não precisa saber exatamente qual a causa da
emergência, mas saber como realizar os primeiros socorros adequados. Se tiver dúvida, chame o Serviço
de Emergências Médicas.

Sinais e sintomas de emergências médicas/mal súbito:


- Palidez cutânea.
- Tremores de frio.
- Confusão mental.
- Náuseas ou vômitos.
- Diarreia.
- Dor de cabeça.
- Paralisia.
- Alteração na voz.
- Dificuldade em respirar.
- Tonturas.
- Dor ou pressão persistente.
- Mudança de consciência.

Primeiros socorros gerais para emergências clínicas:


- Deixe a pessoa confortável.
- Entreviste a vítima ou as pessoas próximas:
- Você tem alergia a algo?
- Toma algum medicamento?
- Quando e qual foi a sua última alimentação?
- Já apresentou este tipo de problema antes?
- Procure algum Alerta Médico (pulseiras, correntes, documentos, etc.).
- Tranquilize a vítima.

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- Verifique se há mudança no padrão respiratório e de consciência.


- Mantenha a vítima numa temperatura agradável, nem muito fria nem muito quente.
- Solicite apoio médico, se necessário.
- Se a vítima desmaiar, coloque-a deitada de costas, com as pernas elevadas +/- 20 cm. Se houver suspeita
de traumatismo craniano ou de coluna não eleve as pernas.
- Se a vítima vomitar, coloque-a em posição de conforto (lateral esquerda), evitando que a mesma aspire o
vômito.

2.11.1 Sincope
Perda temporária da consciência.
- Verifique o nível de consciência. Se inconsciente, chame o Serviço de Emergências Médicas e promova o
Suporte Básico de Vida (SBV).
- Se a respiração e a circulação estiverem normais, coloque a vítima deitada com os membros superiores
ligeiramente elevados ou na posição de conforto. Verifique se o Serviço de Emergências Médicas está a
caminho. Tranquilize a vítima. Monitore os sinais vitais.

2.11.2 Convulsão
As convulsões são resultantes de uma alteração na atividade elétrica do cérebro, decorrente de várias
condições (epilepsia, traumas, febre, infecção e doenças cerebrais).
Podem variar desde simples ausências (“brancos”) até vigorosas contrações musculares, involuntárias,
incontroláveis e com liberação de esfíncteres urinário e fecal.
De uma maneira geral, as convulsões duram alguns minutos e as vítimas se recuperam sem sequelas.
Primeiros socorros em convulsões:
1. Afaste qualquer objeto que possa ferir a vítima durante uma convulsão.
2. NÃO segure ou restrinja a vítima, NEM coloque algo na sua boca.
3. Tente proteger a cabeça da vítima com cobertores ou travesseiros.
4. Após a convulsão, coloque a vítima em posição de conforto, evitando o engasgo/aspiração.
5. Afaste os curiosos, deixe a vítima descansar após a crise. Conforte-a com palavras de apoio, ofereça
suporte psicológico necessário.
6. Chame o Serviço de Emergências Médicas se:
- Existir dúvida em relação à causa da convulsão.
- A convulsão for longa ou se ocorrer várias vezes em curto espaço de tempo.
- A vítima estiver grávida.
- A vítima não recobrar a consciência.
- A convulsão ocorrer quando a vítima estiver na água.
- Existir trauma associado.

2.11.3 AVC

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AVC (ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL) / AVE (ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO)

O acidente vascular cerebral (AVC), conhecido popularmente como derrame cerebral, pode ser de dois
tipos:

a) Acidente Vascular Isquêmico – falta de circulação numa área do cérebro provocada por obstrução de
uma ou mais artérias por ateromas, trombose ou embolia. Ocorre, em geral, em pessoas mais velhas, com
diabetes, colesterol elevado, hipertensão arterial, problemas vasculares e fumantes.

b) Acidente Vascular Hemorrágico – sangramento cerebral provocado pelo rompimento de uma artéria ou
vaso sanguíneo, em virtude de hipertensão arterial, problemas na coagulação do sangue, traumatismos.
Pode ocorrer em pessoas mais jovens e a evolução é mais grave.

Sintomas do AVC

a) Acidente Vascular Isquêmico

- Perda repentina da força muscular e/ou da visão;


- Dormência na face, braço ou perna;
- Dificuldade de comunicação oral (fala arrastada) e de compreensão;
- Tonturas;
- Formigamento num dos lados do corpo;
- Alterações da memória.

Algumas vezes, esses sintomas podem ser transitórios – ataque isquêmico transitório (AIT). Nem por isso
deixam de exigir cuidados médicos imediatos.

b) Acidente Vascular Hemorrágico

- Dor de cabeça repentina;


- Edema cerebral;
- Aumento da pressão intracraniana;
- Náuseas e vômitos;
- Déficits neurológicos semelhantes aos provocados pelo acidente vascular isquêmico.

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Fatores de risco

Os fatores de risco para AVC são os mesmos que provocam ataques cardíacos:

- Hipertensão arterial;
- Colesterol elevado;
- Fumo;
- Diabetes;
- Histórico familiar;
- Ingestão de álcool;
- Vida sedentária;
- Excesso de peso;
- Estresse.

Tratamento

Acidente vascular cerebral é uma emergência médica. O paciente deve ser encaminhado imediatamente
para atendimento hospitalar. Trombolíticos e anticoagulantes podem diminuir a extensão dos danos. A
cirurgia pode ser indicada para retirar o coágulo ou êmbolo (endarterectomia), aliviar a pressão cerebral ou
revascularizar veias ou artérias comprometidas. Infelizmente, células cerebrais não se regeneram nem há
tratamento que possa recuperá-las. No entanto, existem recursos terapêuticos capazes de ajudar a
restaurar funções, movimentos e fala. Quanto antes forem aplicados, melhores serão os resultados.

Recomendações

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- Controle a pressão arterial e o nível de açúcar no sangue. Hipertensos e diabéticos exigem


tratamento e precisam de acompanhamento médico permanente. Pessoas com pressão e glicemia
normais raramente têm derrames;
- Procure manter abaixo de 200 o índice do colesterol total. Às vezes, só se consegue esse equilíbrio
com medicamentos. Não os tome nem deixe de tomá-los por conta própria. Ouça sempre a
orientação de um médico;
- Adote uma dieta equilibrada, reduzindo a quantidade de açúcar, gordura, sal e bebidas alcoólicas;
- Não fume. Está provado que o cigarro é um fator de alto risco para acidentes vasculares;
- Estabeleça um programa regular de exercícios físicos. Faça caminhadas de 30 minutos
diariamente;
- Informe seu médico se em sua família houver casos doenças cardíacas e neurológicas como o
AVC;
- Procure distrair-se para reduzir o nível de estresse.

2.11.4 Dispneia

Dispneia também chamada de falta de ar é um sintoma no qual a pessoa tem dificuldade em respirar,
normalmente com a sensação de respiração incompleta, muitas vezes acompanhada de opressão torácica
e mal estar. É um sintoma comum a um grande número de doenças, em especial na área
da cardiologia e pneumologia. Exemplos são as afecções pulmonares, as lesões no bulbo raquidiano ou as
obstruções da laringe, etc.

2.11.5 Hiper e hipotensão


2.11.5.1 Hipertensão
A hipertensão arterial é o aumento anormal e por longo período da pressão que o sangue faz ao
circular pelas artérias do corpo. Não à toa, a doença também é chamada de pressão alta.
Para chegar a cada parte do organismo, o sangue bombeado a partir do coração exerce uma força natural
contra as paredes internas das artérias. Os vasos, por sua vez, oferecem certa resistência a essa
passagem. E é essa disputa que determina a pressão arterial.
A pressão varia ao longo do dia. Numa pessoa deitada, ela fica mais baixa. Quando nos movimentamos, os
valores sobem, porque o cérebro avisa que o corpo precisa de mais energia.
A pressão é apresentada em milímetros de mercúrio (mmHg). O indivíduo é considerado hipertenso quando
sua pressão fica maior ou igual a 14 por 9 na maior parte do tempo. A partir desse limite, o risco de
ocorrerem doenças cardiovasculares, renais é significativamente maior.
Para fazer a medição, é utilizado um aparelho chamado esfigmomanômetro, posicionado em volta do braço,
e um estetoscópio para ausculta o som do peito. O primeiro número é registrado no momento em que o
coração libera o sangue. Essa é a pressão sistólica, ou máxima, o recomendável é que não passe de 120
mmHg. O segundo valor é a pressão diastólica, ou mínima, o ideal é que fique em torno de 80 mmHg.

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Quando a pressão fica descontrolada, o coração é o órgão mais afetado. Como a circulação está
prejudicada pelo aperto nas artérias coronárias, ele não recebe sangue e oxigenação suficientes, um
quadro que leva ao sofrimento do músculo cardíaco, podendo ocasionar o infarto.
Além do derrame, a pressão alta provoca uma série de pequenas obstruções e hemorragias no cérebro. Ao
longo do tempo, esses episódios destroem os neurônios, o quadro é denominado demência vascular e leva
à perda de memória.
Os rins também deixam de filtrar o sangue a contento quando a hipertensão se instala por muito tempo, e
essa falha pode provocar insuficiência renal.
A pressão alta interfere ainda nos vasos que irrigam a retina, tecido no fundo do olho crucial para captação
das imagens. É por isso que alguns hipertensos relatam sofrer de visão embaçada.

Sinais e sintomas
A hipertensão é uma doença silenciosa. Se os sintomas abaixo surgirem, provavelmente ela já estará em
fase mais avançada. O ideal, portanto, é detectá-la com exames.
 Dor de cabeça
 Falta de ar
 Visão borrada
 Zumbido no ouvido
 Tontura
 Dores no peito

Fatores de risco
 Histórico familiar: filhos de pais hipertensos têm um risco 30% maior de ter pressão alta
 Idade: a partir dos 60 anos de idade, as artérias perdem a flexibilidade
 Etnia: a doença é mais prevalente na população negra e asiática
 Obesidade
 Poluição
 Estresse
 Sono irregular
 Menopausa: a queda dos hormônios femininos danifica as artérias
 Excesso de bebida alcoólica
 Tabagismo
 Alto consumo de sal
 Sedentarismo
 Diabetes
 Doenças renais
 Apneia do sono
 Hipertireoidismo

A prevenção

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Um estilo de vida saudável influencia muito aqui. Dar um basta no sedentarismo, especialmente se valendo
de atividades aeróbicas, como correr e nadar, induz a liberação óxido nítrico, substância vasodilatadora.
Com as artérias relaxadas, a tendência é a pressão se manter mais baixa.

2.11.5.2 Hipotensão
A manutenção da pressão sanguínea é essencial. A pressão deve ser suficientemente alta, para
que oxigênio e nutrientes sejam fornecidos a todas as células do corpo e para que sejam removidos os
produtos metabólicos.
A pressão arterial baixa (hipotensão) é a pressão arterial baixa o suficiente para produzir sintomas,
geralmente inferior a 90/60 mmHg.
Causas mais comuns: Calor (as artérias tendem a ficar dilatadas e, por isso, o sangue tem mais espaço
para circular exercendo menos pressão nas paredes dos vasos); mudança brusca de posição; desidratação
(diminui o volume do sangue); acidentes circulatórios.
Sintomas: tontura, sudorese, enjoo, escurecimento da visão, sensação de fraqueza e desmaio.
O que fazer: Ir a um lugar arejado, sentar-se e colocar a cabeça entre as pernas, ou deitar-se com as
pernas levantadas. Os sintomas são inespecíficos e se se mantiverem, procure um médico.

2.11.6 IAM – Infarto Agudo do Miocárdio


Angina Pectoris: é um sintoma comum em pessoas que sofrem de arteriosclerose. Ocorre quando a pessoa
faz exercícios além da sua capacidade física. Tem sintomas iguais aos do infarto do miocárdio, mas não
duram mais que 10 minutos. O tratamento pode ser feito com vasodilatadores. O socorrista pode apenas
ajudar a vítima a tomar um medicamento se for orientado por ela. O socorrista NUNCA pode fornecer
qualquer medicamento por iniciativa própria.

Infarto do miocárdio: é consequência da falta de irrigação sanguínea em alguma parte do coração. Os


sintomas e sinais perduram mais que 10 minutos.

Sinais e sintomas do infarto do miocárdio:


- Desconforto torácico.
- Dor ou pressão forte no peito por mais que 10 minutos.
- Dor irradiada para o pescoço, ombros e braços (normalmente o esquerdo).
- Náuseas, suor frio e/ou respiração curta.
- Pele úmida e pálida.

Primeiros socorros no ataque cardíaco:


- Convença a vítima, que ela pode estar tendo um infarto. As vítimas de infarto do miocárdio geralmente não
acreditam que isto possa estar acontecendo com elas.
- Pare toda a atividade da vítima. Coloque-a sentada ou deitada com o dorso ligeiramente elevado.
- Pergunte se a vítima toma algum medicamento nestas ocasiões. Caso afirmativo, ajude-a a tomar.
- Chame o Serviço de Emergências Médicas. Caso os sintomas não melhorem ou se o quadro piorar.

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- Transporte a vítima rapidamente para um Serviço de Emergências Médicas que possua UTI coronariana.

Fatores de risco que não podem ser mudados:


- Hereditariedade.
- Sexo masculino.
- Idade avançada.
Fatores de risco que podem ser mudados ou controlados:
- Tabagismo.
- Níveis altos de colesterol no sangue.
- Sedentarismo.
- Hipertensão arterial.
- Diabetes.
- Obesidade.
- Estresse

2.11.7 Diabetes
A pessoa diabética pode ter uma emergência pôr variação na taxa de açúcar no sangue. Esta variação
pode ser para uma quantidade maior (hiperglicemia) ou menor (hipoglicemia) que o normal. Geralmente o
socorrista não consegue diferenciar qual das duas situações estará acontecendo. A hipoglicemia é muito
pior para o organismo da vítima do que a hiperglicemia. Assim sendo, na dúvida e com a vítima consciente,
o socorrista sempre deverá oferecer açúcar à vítima. Se a emergência for por hiperglicemia, a quantidade
oferecida não vai alterar o quadro, porém se for de hipoglicemia, esta quantidade poderá salvar a vida da
vítima.

Primeiros socorros gerais numa emergência diabética:


- Verifique o grau de consciência da vítima, pergunte se toma medicação para diabete ou procure um Alerta
Médico.
- Se consciente, ofereça açúcar. Se inconsciente, chame o Serviço de Emergências Médicas e mantenha o
Suporte Básico de Vida (SBV).
- Se após a ingestão de açúcar a pessoa não apresentar melhora, chame o Serviço de Emergências
Médicas e mantenha o SBV.
- Se houve uma boa resposta à ingestão de açúcar, continue monitorando a vítima até que você tenha
certeza que está tudo bem e que a vítima tenha se recuperado totalmente dos sintomas apresentados.

2.11.8 Desmaio
O desmaio acontece quando você perde a consciência por um curto período de tempo. O termo médico
para o desmaio é síncope. Um desmaio geralmente dura de alguns segundos a alguns minutos.
Em alguns casos, o desmaio é precedido por sensações como vertigem, tontura, fraqueza e náuseas. Uma
recuperação completa geralmente leva apenas alguns minutos após o desmaio. Se não houver nenhuma
condição médica subjacente causando-lhe a desmaiar, o tratamento não é necessariamente obrigatório.

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Na maioria das vezes, os desmaios não indicam doenças graves. Mas, em algumas situações, ele pode ser
um sintoma de um problema de saúde sério. De qualquer forma, os desmaios devem ser motivo para uma
consulta médica, principalmente se acontecem episódios recorrentes, mais de uma vez por mês.

O que fazer

 Verifique o nível de consciência. Se inconsciente, chame o Serviço de Emergências Médicas e


promova o Suporte Básico de Vida (SBV).

 Se a respiração e a circulação estiverem normais, coloque a vítima deitada com os membros


superiores ligeiramente elevados ou na posição de conforto. Verifique se o Serviço de Emergências
Médicas está a caminho. Tranquilize a vítima. Monitore os sinais vitais.

O que NÃO fazer


 Não jogar água fria no rosto;
 Não oferecer álcool ou qualquer coisa para a pessoa cheirar;
 Não sacudir a vítima.

2.11.9 Coma
Estado de inconsciência do qual a pessoa não pode ser despertada.
A manutenção da consciência depende de dois componentes neurológicos importantes: o córtex, a matéria
cinzenta cerebral da camada mais externa do cérebro, e o sistema de ativação reticular
ascendente (SARA).
A consciência é o estado de alerta que permite ao indivíduo a percepção de si e do meio. Alterações da
consciência são definidas como quantitativas e qualitativas. Alterações qualitativas modificam o conteúdo da
consciência, como delírios, alucinações e perturbações que não afetam o estado de alerta.
Alterações quantitativas, também conhecidas como nível de consciência, variam em um continuum entre o
coma e o estado de alerta normal. Neste continuum descrevem-se o alerta, letárgico, estuporoso e o
comatoso. Alerta é o indivíduo no estado de despertar normal. Estuporoso é o indivíduo irresponsivo, que
pode ser desperto por estímulo vigoroso, e o comatoso é o estado vegetativo do qual o indivíduo não pode
ser desperto mediante estimulação externa. Letárgico é o estado de lentificação psicomotor intermediário
entre o estupor e o alerta.
Causas
O Coma é causado pela perturbação grave do funcionamento cerebral devido a traumas crânio-encefálicos,
acidentes vasculares cerebrais, tumores, distúrbios metabólicos, envenenamentos ou asfixia.
Avaliação do coma
A avaliação do coma é de suma importância. Em situações de emergência ou de coma de instalação, a
avaliação súbita permite ao médico basear suas medidas terapêuticas em protocolos de tratamento e saber
da evolução do quadro pela piora ou melhora do estado de coma. A profundidade do coma pode ser
classificada por diversas escalas onde o avaliador através de uma padronização de exame quantifica o grau
do coma, desde uma leve confusão mental até o coma profundo. Uma das escalas mais utilizadas no
mundo é a Escala de Coma de Glasgow.

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ESCALA DE COMA DE GLASGOW


ABERTURA OCULAR
Espontânea 4 pontos Olhos abertos espontaneamente com movimentos normais
À voz 3 pontos Olhos fechados que só se abrem mediante um estímulo verbal, não
necessariamente à ordem de “abra os olhos”.
À dor 2 pontos Olhos fechados que só se abrem mediante estímulo doloroso

Ausente 1 ponto Não abre os olhos


RESPOSTA VERBAL
Orientada 5 pontos Consegue descrever quem é, o que aconteceu, etc...
Confusa 4 pontos Responde às perguntas, mas não sabe descrever quem é, onde está
ou o que aconteceu
Palavras 3 pontos Diz palavras isoladas e sem sentido, não conseguindo formar frases
desconexas completas
Sons 2 pontos Não consegue sequer articular palavras, emitindo apenas murmúrios
ininteligíveis ou grunhidos
Ausente 1 ponto Não emite qualquer som vocal

RESPOSTA MOTORA
Obedece a comandos 6 É capaz de executar movimentos mediante solicitação verbal,
pontos do tipo aperte minha mão, levante a perna, mova o pé, etc...
Movimento inapropriado à 5 Consegue localizar a região onde está sendo estimulado
dor pontos dolorosamente e tenta remover a mão do examinador para
impedi-lo
Retira à dor 4 Localiza o estímulo doloroso e tenta escapar dele, retirando a
pontos região estimulada
Flexão anormal 3 Ao ser estimulado flexiona as extremidades superiores e
pontos estende as extremidades inferiores assumindo a atitude de
decorticação
Extensão anormal 2 Ao ser estimulado, estende as extremidades superiores e
pontos inferiores assumindo a chamada atitude de descerebração
Ausência de resposta 1 ponto

Resultado:
 3 a 6 = Coma profundo; (85% de probabilidade de morte; estado vegetativo)
 7 a 10 = Coma intermediário;
 11 a 14 = Coma leve;
 15 = Normalidade.

2.11.10 Epilepsia

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É uma alteração temporária e reversível do funcionamento do cérebro, que não tenha sido causada por
febre, drogas ou distúrbios metabólicos e se expressa por crises epilépticas repetidas. Epilepsia é um
distúrbio comum a várias doenças. Na verdade, é uma síndrome, ou seja, um conjunto de sinais e sintomas
que caracterizam determinada condição e indicam que, por algum motivo, um agrupamento de células
cerebrais se comporta de maneira hiperexcitável.
Isso pode gerar manifestações clínicas, ou seja, crises epiléticas parciais (se os sinais elétricos estão
desorganizados em apenas um dos hemisférios cerebrais), ou totais (se essa desorganização ocorrer nos
dois hemisférios). Na grande maioria dos casos, as crises desaparecem espontaneamente, mas a tendência
é que se repitam de tempos em tempos.
Sintomas de Epilepsia
As crises epilépticas podem se manifestar de diferentes maneiras:
A crise convulsiva é a forma mais conhecida pelas pessoas e é identificada como "ataque epiléptico". Nesse
tipo de crise a pessoa pode cair ao chão, apresentar contrações musculares em todo o corpo, mordedura da
língua, salivação intensa, respiração ofegante e, às vezes, até urinar.
A crise do tipo "ausência" é conhecida como "desligamentos". A pessoa fica com o olhar fixo, perde contato
com o meio por alguns segundos. Por ser de curtíssima duração, muitas vezes não é percebida pelos
familiares e/ou professores.
Há um tipo de crise que se manifesta como se a pessoa estivesse "alerta" mas não tem controle de seus
atos, fazendo movimentos automaticamente. Durante esses movimentos automáticos involuntários, a
pessoa pode ficar mastigando, falando de modo incompreensível ou andando sem direção definida. Em
geral, a pessoa não se recorda do que aconteceu quando a crise termina. Esta é chamada de crise parcial
complexa.
Existem outros tipos de crises que podem provocar quedas ao solo sem nenhum movimento ou contrações
ou, então, ter percepções visuais ou auditivas estranhas ou, ainda, alterações transitórias da memória.
Tratamento de Epilepsia
O tratamento das epilepsias é feito através de medicamentos que evitam as descargas elétricas cerebrais
anormais, que são a origem das crises epilépticas.

2.12 PSICOLOGIA EM EMERGÊNCIAS


A psicologia tem vários ramos de estudo porque a ciência do comportamento humano é muito complexa de
acordo com a própria complexidade do objeto de estudo desta ciência. Essa psicologia se refere aos
processos internos que se desenvolvem emocionalmente quando um sujeito se expõe a uma situação de
perigo evidente marcada pela voz de um alarme. Existem perigos totalmente naturais, por exemplo, uma
catástrofe natural deixa a pessoa vulnerável e transtornada. Diante de um perigo externo, a pessoa
experimenta uma série de pensamentos desagradáveis e sentimentos negativos de forma automática, pois
o poder do medo se somatiza ao físico.
Entretanto, o perigo também pode ser causado pelo próprio homem. Por exemplo, uma pessoa pode
colocar em risco a outras numa rodovia quando dirige sobre o efeito de álcool ou por conduzir com excesso
de velocidade. A psicologia da emergência mostra como, em certas ocasiões, pode ser mais decisiva a
atitude de uma pessoa diante de uma situação de perigo do que a própria situação. A psicologia da

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emergência também analisa os acidentes humanos que acontecem em consequência das falhas pessoais
resultado da distração, falta de atenção e concentração nos detalhes.

Figura: Apoio profissional em Psicologia da Emergência


Quando ocorre uma situação de emergência, é necessário contar com um grupo de profissionais que possa
agir com rapidez e evitar danos maiores. Por exemplo, quando ocorre uma catástrofe natural é essencial
contar com uma equipe psicológica especializada no tratamento de desastres para ajudar as pessoas a
assimilar a informação, transmitindo uma mensagem de forma assertiva e oferecendo apoio. Deste modo,
também é possível reduzir os efeitos do trauma.
A psicologia da emergência também explica que é muito importante contar com ferramentas adequadas
para atender as pessoas da melhor maneira. Por exemplo, em muitas escolas são realizadas simulações
para ensinar aos alunos sobre como deveriam atuar em caso de um incêndio e assim evacuar do edifício
em perfeita ordem e sem perigo.

2.13 MOVIMENTAÇÃO, REMOÇÃO E TRANSPORTE DE VÍTIMAS


♦ Transporte só passa a ser prioridade quando:
a – Não há mais nada a fazer no local.
b – Quando dele depender a vida da vítima.
c – Quando o local oferecer risco à vítima ou ao socorrista.
 Métodos de transporte poderão ser com: 1, 2, 3 ou mais executantes – não há técnicas de transporte
com mais de 3 pessoas por que o que ocorrerá será aumento de colaboradores, mas o método continuará
sendo o mesmo.
 Porém, nos casos de politraumatizados, somente transportamos em prancha rígida ou bandeja de
braços.
 Antes de iniciarmos o transporte, temos que verificar: peso, posição e lesões da vítima / percurso / local
onde se encontra / ajuda disponível.

Essas observações acima são particularmente verdadeiras nas ocorrências pré-hospitalares.

♦ Toda vítima que apresentar lesão de coluna tem que ser transportado em decúbito dorsal, sobre superfície
plana e rígida (prancha), ou em último caso, em bandeja de braços – não é admissível pensarmos em
transportar pessoas com TRM utilizando material que permita flexibilidade, desestabilizando a coluna.

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♦ O sentido do transporte, com vítimas deitadas, sempre que possível, deverá ser craniocaudal – isso irá
prevenir a possibilidade de ocorrência de lesões nas articulações, principalmente em ombros. Para evitar
aumento da P.I.C. (pressão intracraniana) quando levarmos vítimas em plano inclinado para baixo, o
sentido será invertido, e os pés irão à frente.
♦ Se durante o transporte de uma pessoa ocorrer PCR, todos os procedimentos são interrompidos, para que
seja iniciada a manobra de RCP
♦ A regra de prioridade mostra que a Parada Cardiorrespiratória será sempre uma prioridade, portanto, se
ocorrida durante um transporte, todos os procedimentos serão interrompidos e a reanimação
cardiopulmonar será realizada.

MÓDULO 3 – SINALIZAÇÃO DE EMERGÊNCIA

3. 1 SINALIZAÇÃO E ILUMINAÇÃO DE EMERGÊNCIA


Fornece uma mensagem geral de segurança obtida por uma combinação de cores e formas geométricas e
busca reduzir o risco de ocorrência de incêndio, alertando para os riscos potenciais e pânico.

3.2 SINALIZAÇÃO BÁSICA


3.2.1 Sinalização de Proibição
 Tem a função de proibir ações capazes de conduzir ao início do incêndio.
Ex: proibido fumar, proibido usar fogo, proibido utilizar água.

3.2.2 Sinalização de Alerta

 Tem a função de alertar para áreas e materiais com potencial de risco de incêndio, explosão,
choques elétricos e contaminação por produtos perigosos.
Ex: Risco de choque, risco de incêndio, etc.

3.2.3 Sinalização de Orientação e Salvamento

 Tem a função de indicar as rotas de saída e ações necessárias para o seu acesso.
Ex: para sair, para descer, saída a direita, a esquerda, para cima ou para baixo.

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3.2.4 Sinalização de Equipamentos

 Tem a função de indicar a localização e os tipos de equipamentos de proteção contra incêndio e


alarme disponível no local.
Ex: extintor de incêndio, hidrantes e alarme contra incêndio.

3.3 SINALIZAÇÃO COMPLEMENTAR


 Tem a finalidade de completar através de símbolos, mensagens escritas e faixas de cor a sinalização
básica.

3.3.1 Sinalização de rodapé

3.3.2 Indicação de lotação máxima

3.3.3 Indicação de sistema de proteção existente na edificação

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3.4 APLICAÇÃO DE SINALIZAÇÃO

3.4.1 Sinalização de rodapé e pavimento

3.4.2 Sinalização de porta

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3.4.3 Sinalização de porta, direção, rodapé e obstáculo

3.5 ILUMINAÇÃO DE EMERGÊNCIA


3.5.1 Objetivo
Tem como objetivo proporcionar iluminação adequada e suficiente a fim de permitir a saída fácil e segura
das pessoas para o exterior da edificação em caso de interrupção de energia da rede abastecedora.
Permite ainda o serviço de interesse da segurança contra incêndio e pânico das equipes de socorro.
Oferece condições da continuidade do trabalho nos locais onde não possa haver interrupção de iluminação.
Ex.: Hospitais, Bombeiros, Polícias, etc.

Trata-se de um conjunto de luminárias distribuído em quantidades suficientes para iluminar as escadas,


corredores, acessos, rotas de fuga. Os pontos oferecem um aclaramento suficiente e seguro. São
constituídos de material resistente ao calor no mínimo a 70 graus centígrados. Terão autonomia mínima de
uma hora. Aclaramento mínimo de 3 lux em hall, corredores e 5 lux nas escadas e rampas.

3.5.2 Bloco Autônomo de longo alcance

3.5.3 Bloco Autônomo de baixo alcance

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3.6 SAÍDA DE EMERGÊNCIA


Projetada para as edificações com critérios mínimos, para que a população ocupante possa abandoná-la
rapidamente em caso de incêndio ou pânico, tendo sua integridade protegida.
Permitir ainda o acesso seguro de equipes para combater as chamas e/ou retirada de pessoas do local.
Fazem parte das saídas de emergências
 Os acessos;
 Rotas horizontais;
 Escadas ou rampas;
 Descarga;
 As saídas de emergências são projetadas de acordo com a população da edificação.

3.6.1 Saídas de Emergência devidamente sinalizada

Obs: Sinalização em conformidade com a IT 12 do CBMMG e NBR 13434 da ANBT

3.7 EQUIPAMENTOS

3.7.1 Hidrante Interno 3.7 Extintor

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3.7.2 Hidrante de Recalque

ANEXO
C IT 12 CBMMG – Questionário de Avaliação de Brigadista

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ANEXO C IT 12 CBMMG
QUESTIONÁRIO DE AVALIAÇÃO DE BRIGADISTA

O presente questionário deve ser aplicado durante a realização das vistorias, aos integrantes da brigada de incêndio que constam
no atestado fornecido.
O Bombeiro vistoriador deve assinalar CERTO, quando a resposta estiver correta e ERRADA, quando o Brigadista errar ou não
responder.
As perguntas devem estar limitadas aos sistemas de proteção contra incêndio existente na edificação.

1 – Quantas escadas de segurança existem na edificação?


CERTO ( ) ERRADO ( )
2 – As portas corta-fogo de uma escada de segurança podem permanecer abertas?
CERTO ( ) ERRADO ( )
3 – Onde se localiza a central de alarme?
CERTO ( ) ERRADO ( )
4 – Onde se localiza a central de iluminação de emergência?
CERTO ( ) ERRADO ( )
5 – Onde se localiza a central de detecção de incêndio?
CERTO ( ) ERRADO ( )
6 – Solicitado para que apontasse um detector de incêndio instalado na edificação:
CERTO ( ) ERRADO ( )
7 – Solicitado para que apontasse um acionador manual do sistema de alarme instalado na edificação:
CERTO ( ) ERRADO ( )
8 – Qual a cor da tubulação do sistema de hidrantes?
CERTO ( ) ERRADO ( )
9 – Solicitado que demonstrasse a forma de acionamento de um hidrante existente na edificação:
CERTO ( ) ERRADO ( )
10 – Solicitado que demonstrasse a forma de funcionamento do sistema de espuma por meio de aparelho entre linhas, esguicho
proporcionador ou câmara de aplicação:
CERTO ( ) ERRADO ( )
11 – Cite três elementos que formam o tetraedro do fogo:
CERTO ( ) ERRADO ( )
12 – Quais são os métodos de extinção do fogo?
CERTO ( ) ERRADO ( )
13 – Qual o tipo de extintor existente na edificação ideal para combater incêndio classe A?
CERTO ( ) ERRADO ( )
14 – Qual o tipo de extintor existente na edificação ideal para combater incêndio classe B?
CERTO ( ) ERRADO ( )
15 – Qual o tipo de extintor existente na edificação ideal para combater incêndio classe C?
CERTO ( ) ERRADO ( )
16 – Solicitado que demonstrasse a forma de utilização de um extintor de incêndio existente na edificação:
CERTO ( ) ERRADO ( )
17 – Qual o telefone para acionamento do Corpo de Bombeiros?
CERTO ( ) ERRADO ( )
18 – Qual a sequência para análise primária de uma vítima?
CERTO ( ) ERRADO ( )
19 – Como deve ser a RCP em um adulto atendido por um único socorrista?
CERTO ( ) ERRADO ( )
20 – Onde se localiza a chave geral de energia elétrica da edificação?
CERTO ( ) ERRADO ( )
21- Perguntado sobre os procedimentos de teste do funcionamento do sistema de chuveiros automáticos:
CERTO ( ) ERRADO ( )
22- Qual o procedimento para se efetuar a troca de um bico de chuveiro automático?
CERTO ( ) ERRADO ( )
23- Como é o acionamento manual do sistema fixo de gás (CO2 ou outros)?
CERTO ( ) ERRADO ( )
Ocupação: _____________________End. _______________________________________________________
Nº Vistoria: _______________ Nº Proposta: ______________
Nome do avaliado (1) ___________________________________Nº de acertos____ ( ) aprovado ( ) reprovado
Nome do avaliado (2) ___________________________________Nº de acertos____ ( ) aprovado ( ) reprovado
Data: ____/____/_________
______________________________________________ _________________________________________________
Avaliado (1) Avaliado (2)
______________________________________________ _________________________________________________
Vistoriador (Avaliador) Testemunha

BIBLIOGRAFIA

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75

MINAS GERAIS. Lei Estadual n. 22839/2018 de 05/01/2018 - Dispõe sobre a prática de atividades
da área de competência do Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais por voluntários,
profissionais e instituições civis e dá outras providências.
CBMMG. Instrução Técnica n. 12/2019, 2ª Edição – Brigada de Incêndio.
_______. PORTARIA n. 33/2018 – Regulamenta o art. 7 da Lei Estadual n. 22839 de 05/01/2018,
que Dispõe sobre a prática de atividades da área de competência do Corpo de Bombeiros Militar
de Minas Gerais por voluntários, profissionais e instituições civis e dá outras providências.
PEREIRA, Áderson Guimarães. Segurança contra Incêndio – São Paulo. LTr, 2009.
SECCO, Cel. Orlando. Manual de Prevenção e Combate a Combate de Incêndio. 3.ed. volume II:
São Paulo, 1982.
PEREIRA, Áderson Guimarães; POPOVIC, Raphael Rodriguez. Tecnologia em segurança contra
incêndio. São Paulo: LTr, 2007.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 14276/2007: Programa de brigada
de incêndio. Rio de Janeiro, 2007.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 14277/2005: Instalações e
equipamentos para treinamento de combate a incêndio. Rio de Janeiro, 2005.
BRENTANO, Telmo. Instalações hidráulicas de combate a incêndios nas edificações. Porto
Alegre: EDIPUCRS, 2004.
BERGERON, David J. Primeiros Socorros. 2ªEd. São Paulo: Atheneu, 2007.
GOULD, J. A. Fisioterapia na Ortopedia e na Medicina do Esporte. 2 ed. São Paulo: Manole, 1993.
NORO, J. J. (Coordenador). Manual de Primeiros Socorros. São Paulo: Ática, 2000.
MARTINS, Major Felipe J. Adair. Manual do Socorro Básico de Emergência. 8 ed. Revisada. Belo
Horizonte: Feldar Editora, 2004.
OLIVEIRA, Beatriz F. M.; PAROLIN, Mônica K. F.; JUNIOR, Edson V. T. Trauma atendimento Pré-
Hospitalar. São Paulo: editora Atheneu, 2001.
American Heart Association. Suporte Básico de Vida para Profissionais de Saúde. São Paulo,
Prous Science, 2006.
HAFEN, B. Q.; KEITH, J. K., FRANDSEN, K. J. Primeiros Socorros para Estudantes. 7ed. São
Paulo: Manole, 2002.
FLEGEL, M. J. Primeiros Socorros no Esporte. São Paulo: Manole, 2002.
SILVEIRA, Elzio T.; MOULIN, Alexandre F. V. Socorros de Urgência em Atividades Físicas. 6 ed.
Distrito Federal, 2006.
FALCÃO, Luiz Fernando dos Reis. Primeiros Socorros. São Paulo: Martinari, 2010.

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