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AFO

Programação e Execução
Orçamentária e Financeira

SISTEMA DE ENSINO

Livro Eletrônico
AFO
Programação e Execução Orçamentária e Financeira
Manuel Piñon

Sumário
Apresentação. . .................................................................................................................................. 3
Programação e Execução Orçamentária e Financeira............................................................. 4
1. Planejamento e Programação Orçamentária e Financeira................................................. 4
1.1. Planejamento. . ............................................................................................................................ 4
1.2. Sistema de Planejamento e de Orçamento Federal (SPOF)............................................. 6
1.3. Programação Orçamentária e Financeira.......................................................................... 14
2. Execução Orçamentária e Financeira.................................................................................... 20
3. Sistema de Informações.. ......................................................................................................... 30
3.1. SIAFI.............................................................................................................................................31
3.2. Contas a Pagar e a Receber (CPR) ...................................................................................... 41
3.3. SIOP............................................................................................................................................ 43
Resumo............................................................................................................................................. 47
Mapas Mentais............................................................................................................................... 54
Questões Comentadas em Aula.................................................................................................. 59
Questões de Concurso...................................................................................................................61
Gabarito............................................................................................................................................ 78
Referências...................................................................................................................................... 79

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Programação e Execução Orçamentária e Financeira
Manuel Piñon

Apresentação
Olá, amigo(a) concurseiro(a)!
O nosso objetivo hoje nesta aula é conhecer um pouco mais acerca do Planejamento, in-
cluindo o SPOF – Sistema de Planejamento e Orçamento Federal, e da programação e execu-
ção orçamentária e financeira do Orçamento Público, passando pelo conhecimento dos princi-
pais Sistemas de Informações relacionados.

Execução Orçamentária
PPA
Planejamento

Programação Arrecadação
LDO
Financeira

Orçamento Reserva de Cronograma de


Dotação Desembolso

Empenhamento Liquidação
Eventos
Contábil

Prestação de Ordens de
Geração
Contas do TCE Pagamento

Integração

RH e Folha de Receitas Compras e Administração Controle


Patrimônio
Pagamentos Municipais Licitações de Materiais de Frotas

Como disse Thomas Edison: “Gênio é 1% inspiração e 99% transpiração”.


Então, vamos TRANSPIRAR, entendendo a teoria e depois resolvendo juntos muitas ques-
tões para fixarmos o que aprendemos.
Boa aula!

Prof. Manuel Piñon

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PROGRAMAÇÃO E EXECUÇÃO
ORÇAMENTÁRIA E FINANCEIRA
1. Planejamento e Programação Orçamentária e Financeira
1.1. Planejamento
Temos que ter em mente que, em última análise, o Planejamento e o Orçamento têm como
finalidade a realização dos Direitos Sociais previstos em nossa Constituição Federal, conforme
a figura a seguir:

Políticas Plano setoriais Programa

Plano Programas no
Direitos sociais Bens e serviços
Plurianual Orçamento públicos

o o
uiçã Plano regionais Programas a çã
tit al i z to
ns der eal irei
o
C Fe R od
d

Nesse contexto, a etapa do planejamento, que ocorre antes da execução, compreende a


fixação da despesa orçamentária, a descentralização/movimentação de créditos, a programa-
ção orçamentária e financeira e o processo de licitação e contratação.
Hoje vamos conhecer a programação orçamentária e financeira e a descentralização/mo-
vimentação de créditos e recursos.

DICA!
Não confundir a execução do orçamento com a execução da
despesa.
A descentralização do crédito orçamentário não é a execução
da despesa, mas, sim, o seu planejamento, que integra no ci-
clo orçamentário a fase de execução orçamentária.
Quando estudamos as fases da despesa isso fica claro.

A LOA é organizada na forma de créditos orçamentários, suas respectivas dotações orça-


mentárias. Assim, o crédito orçamentário é composto pelo conjunto de categorias classificató-
rias e contas que especificam as ações e operações autorizadas na LOA, enquanto a dotação é
o montante de recursos financeiros com que conta o crédito orçamentário. Em outras palavras,

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podemos dizer que para um crédito orçamentário temos uma dotação, que é o limite de recur-
so financeiro autorizado para aquele crédito.
A ideia básica é que as dotações são confiadas diretamente a um Órgão, cujo dirigente
é o titular da responsabilidade pela execução e que, por sua vez, é subdividido em Unidades
Orçamentárias, as quais são responsáveis pela execução das despesas. Já a fiscalização fica
a cargo de um órgão específico normalmente denominado órgão setorial de controle interno.
É importante ter em mente que os recursos orçamentários seguem o ciclo orçamentário
em sentido amplo, que abrange as etapas do planejamento ao controle, passando pela elabo-
ração e a própria execução da lei orçamentária anual.
Em verdade, o ciclo orçamentário, também chamado de processo orçamentário, pode ser
definido como um processo contínuo, dinâmico e flexível, por meio do qual se elaboram, apro-
vam, executam, controlam e avaliam os programas do setor público nos aspectos físico e finan-
ceiro. É o período de tempo em que se processam as atividades típicas do orçamento público.
Graficamente, o ciclo orçamentário tem a seguinte forma:

Planejamento

Controle Elaboração

Execução

Em apertada síntese, o planejamento reflete a tentativa do administrador público de rece-


ber e compreender corretamente as demandas da sociedade, estimar a capacidade de reco-
lhimento de recursos financeiros e alocar os recursos limitados às ações prioritárias. Numa
última etapa, o Poder Público fiscalizaria e controlaria os gastos efetuados a fim de verificar a
acuidade da programação.
A própria Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) destaca a importância da integração entre
o planejamento e a execução orçamentário-financeira ao estabelecer, no artigo 5º, que o pro-
jeto de lei orçamentária anual deve ser elaborado de forma compatível com o plano plurianual,
com a lei de diretrizes orçamentárias e com a própria LRF, e deverá conter, em anexo próprio,
demonstrativo da compatibilidade da programação dos orçamentos com os objetivos e metas
constantes do Anexo de Metas Fiscais.

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1.2. Sistema de Planejamento e de Orçamento Federal (SPOF)


Antes de adentrarmos no estudo do SPOF, veja uma síntese histórica do seu arcabouço
normativo:

Lei n. Decreto n. Constituição Decreto n. Lei n.


4.320/1964 71.353/1972 Federal 2.829/1998 10.180/2001

1964 1972 1988 1988 2001

Atividades de
planejamento, Sistemática
Inovação no
Normas Gerais orçamento e para ordenação
PPA para Criação do
para controle modernização do orçamento
aproximar Sistema de
de orçamentos da a partir de um
planejamento Planejamento
e balanços da administração planejamento
e gestão e Orçamento
União, estados e federal a partir de médio prazo:
com foco em Federal (SPOF)
municípios do Sistema de Plano Plurianual
resultados
Planejamento (PPA)
Federal

Em primeiro lugar é preciso que você saiba que as atividades do Poder Executivo Federal
estão organizadas sob a forma de sistemas organizacionais. Cada Sistema Organizacional
dispõe de um órgão Central e de pelo menos um sistema informatizado estruturante.
O SPOF, assim como os sistemas de administração financeira federal, de contabilidade
federal e de controle interno do Poder Executivo Federal são regulados e organizados pela Lei
n. 10.180/2001.

Sistema
Sistema
Órgão Central Informatizado
Organizacional
Utilizado Estruturante

SPOF Ministério da Economia SIOP

STN – Secretaria do Tesouro


Administração
Nacional que integra o SIAFI
Financeira
Ministério da Economia

STN – Secretaria do Tesouro


Contabilidade Nacional que integra o SIAFI
Ministério da Economia

CGU – Controladoria-Geral da
Controle Interno Usa todos os sistemas
União

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001. (CESPE/EBSERH/TECNÓLOGO/2018) Com relação aos fundamentos legais e aos con-


ceitos básicos do sistema de planejamento, orçamento e financeiro, julgue o item a seguir.
Cabe ao sistema de planejamento e de orçamento do governo federal fazer a gestão financeira
e orçamentária.

Tenha em mente que a Lei n. 10.180/2001 organiza e disciplina os Sistemas de Planejamento


e de Orçamento Federal, de Administração Financeira Federal, de Contabilidade Federal e de
Controle Interno do Poder Executivo Federal.
Na verdade, o sistema que faz a gestão financeira é o Sistema de Administração Financeira Fe-
deral, embora o Sistema de Planejamento e de Orçamento do governo Federal participe desse
processo com atividades de acompanhamento.
Vamos ver a definição de atos de gestão extraída da Lei Orgânica do Tribunal de Contas da
União (TCU) no que diz respeito à Responsabilização:

Ato de Gestão: Todo e qualquer ato administrativo que importe alteração de natureza orçamentá-
ria, financeira e patrimonial. São exemplos de atos de gestão: autorização para emissão de ordem
bancária; incorporação e desfazimento de bens; assinatura de contratos, convênios e instrumentos
congêneres; assinatura de ato de admissão e exoneração de servidor etc.

Dessa forma, as atividades de acompanhamento não são definidas pelo TCU como atos
de Gestão.
Confira, com grifos nossos, os principais trechos dessa norma que tratam do que foi abordado
na assertiva e sua correção.

Art. 2º O Sistema de Planejamento e de Orçamento Federal tem por finalidade:


I – formular o planejamento estratégico nacional;
II – formular planos nacionais, setoriais e regionais de desenvolvimento econômico e social;
III – formular o plano plurianual, as diretrizes orçamentárias e os orçamentos anuais;
IV – gerenciar o processo de planejamento e orçamento federal;
V – promover a articulação com os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, visando a compatibiliza-
ção de normas e tarefas afins aos diversos Sistemas, nos planos federal, estadual, distrital e municipal.

Art. 9º O Sistema de Administração Financeira Federal visa ao equilíbrio financeiro do Governo Fe-
deral, dentro dos limites da receita e despesa públicas.
Art. 10. O Sistema de Administração Financeira Federal compreende as atividades de programação
financeira da União, de administração de direitos e haveres, garantias e obrigações de responsabilidade
do Tesouro Nacional e de orientação técnico-normativa referente à execução orçamentária e financeira”.
Errado.

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Formular o Planejamento Estratégico Nacional

Nacional
Formular planos de desenvolvimento econômico e social
Setoriais (Poderes)
Regionais
PPA
FINALIDADE Formular Orçamento Anual
Diretrizes orçamentárias

Gerenciar o processo de planejamento e orçamento federal Estados

Promover articulação para compatibilização de normas e tarefas afins, entre: Municípios


DF

Sistema de Elaboração
Planos, programas e orçamentos
Acompanhamento
Planejamento e de
Avaliação
Orçamento Federal ATIVIDADES

Lei n. 10.180/2001 Estudos e pesquisas socioeconômicas

ME – Órgão Central
Ministérios
AGU
Órgãos setoriais: unidades de planejamento e orçamento
Vice-Presidência
INTEGRANTES
Casa Civil

Órgão específicos: vinculados ou subordinados ao órgão central

Do ponto de vista administrativo, o planejamento representaria a tentativa do administra-


dor público de receber e compreender corretamente as demandas da sociedade, estimar a
capacidade de recolhimento de recursos financeiros e alocar os recursos limitados às ações
prioritárias.
É importante registrar que o SPOF que tem o ME – Ministério da Economia (anteriormente
era o MPOG que foi absorvido pelo ME) – como órgão central, compreende as atividades de
elaboração, acompanhamento e avaliação de planos, programas e orçamentos, e de realização
de estudos e pesquisas socioeconômicas.
Além do órgão central, integram o sistema os órgãos setoriais, que são as unidades de
planejamento e orçamento dos Ministérios, da Advocacia-Geral da União, da Vice-Presidência
e da Casa Civil da Presidência da República, e os órgão específicos vinculados ao órgão central
do sistema.

O PULO DO GATO
O órgão setorial da Casa Civil da PR – Presidência da República – tem como área de atuação
todos os órgãos integrantes da PR, exceto nos casos previstos em legislação específica.

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Dessa forma, podemos dizer que integram o SPOF:


• 1. Órgão Central – Ministério da Economia;
• 2. Órgãos Setoriais – Unidades de Planejamento e Orçamento dos Ministérios, da AGU,
da Vice-Presidência da República e da Casa Civil da Presidência da República. São repre-
sentados pela figura do SPOA – Subsecretaria de Planejamento, Orçamento e Adminis-
tração. O órgão setorial atua como articulador no âmbito da sua estrutura e coordena o
processo de decisão no nível subsetorial, ou seja, no nível das Unidades Orçamentárias
(UOs);
• 3. Órgãos Específicos – vinculados ou subordinados ao órgão central, cuja missão com-
preenda atividades de planejamento e orçamento. Os Órgãos específicos são: SUPLAG
– Subsecretaria de Planejamento Governamental, SOF – Secretaria de Orçamento Fede-
ral e SEST – Secretaria de Coordenação e Governança de Empresas Estatais. É impor-
tante salientar que os órgãos setoriais e específicos se sujeitam à orientação normativa
e à supervisão técnica do Órgão Central do SPOF, sem prejuízo da subordinação do ór-
gão a que estiverem integrados. Podemos dizer, portanto, que hierarquicamente a SPOA
fica submetida ao ministro, mas tecnicamente e normativamente deve seguir as orien-
tações dos órgãos específicos. Ressalte-se ainda que as unidades de planejamento e
orçamento das entidades vinculadas e subordinadas aos Ministérios e Órgãos Setoriais
ficam sujeitas à orientação normativa e à supervisão técnica do Órgão Central do SPOF,
e também no que couber, do respectivo órgão setorial;

DICA!
As unidades de planejamento e orçamento dos Poderes Ju-
diciário e Legislativo e do MPU – Ministério Público da União
– também se sujeitam à supervisão técnica e à orientação nor-
mativa do órgão Central (atualmente o ME).

• 4. As UOs – Unidades Orçamentárias – atuam coordenando o processo de elaboração


da proposta orçamentária, de modo a integrar as unidades administrativas do órgão.
São responsáveis, entre outras atividades, pela apresentação da programação orçamen-
tária detalhada da despesa por programa, ação e subtítulo, bem como pela análise e
validação das propostas orçamentárias das unidades administrativas.

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Veja a seguir uma comparação das atribuições de uma unidade orçamentária e de um


órgão setorial:

Unidade Orçamentária Órgão Setorial

Atua nas Unidades Orçamentárias (nível


Atua nas Unidades Administrativas, subsetorial), analisando, validando,
analisando e validando as suas consolidando e formalizando a
propostas orçamentárias, fixando proposta orçamentária do órgão
limites. Apresentam a programação e as suas alterações. Estabelecem
orçamentária detalhada por programa, diretrizes setoriais. Fixa, de acordo
ação e subtítulo. Em termos de com as prioridades setoriais, os valores
diretrizes para a elaboração da proposta referenciais para apresentação das
orçamentária e de suas alterações fica propostas orçamentárias e dos limites
limitada à própria UO. de movimentação de empenho e de
pagamento de suas UOs.

Sistema de Planejamento e Orçamento Federal


ESTRUTURA DE FUNCIONAMENTO

Ministério da Economia (ME) Órgão Central

Unidades de Planejamento e Orça-


mento nos Min., AGU, VPR e CCPR
Órgão Setorial

Unidades com conjunto de serviços atri- Órgãos vinculados


butos ao órgão que tenha Unidades Órgãos
ou subordinados ao
dotação própria
Orçamentárias Específicos ME

No artigo 2º da Lei n. 10.180/2001 são dispostas as finalidades do Sistema de Planeja-


mento e de Orçamento Federal:
• Formular o planejamento estratégico nacional.
• Formular planos nacionais, setoriais e regionais de desenvolvimento econômico e social.
• Formular o plano plurianual, as diretrizes orçamentárias e os orçamentos anuais.
• Gerenciar o processo de planejamento e orçamento federal.
• Promover a articulação com os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, visando à
compatibilização de normas e tarefas afins aos diversos Sistemas, nos planos federal,
estadual, distrital e municipal.

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Compete às unidades responsáveis pelas atividades de planejamento:


• Elaborar e supervisionar a execução de planos e programas nacionais e setoriais de de-
senvolvimento econômico e social;
• Coordenar a elaboração do projeto de lei do PPA e o item “metas e prioridades” do pro-
jeto de lei da LDO e suas alterações, de modo a compatibilizar as propostas de todos os
órgãos, entidades e Poderes da Administração Pública Federal com os recursos dispo-
níveis e com os objetivos governamentais;
• Assegurar que as unidades administrativas responsáveis pela execução dos programas,
projetos e atividades da Administração Pública Federal mantenham rotinas de acompa-
nhamento e avaliação da sua programação;
• Acompanhar física e financeiramente os planos e os programas referidos nos itens aci-
ma, bem como avaliá-los, quanto à eficácia e à efetividade, com vistas a subsidiar o
processo de alocação de recursos públicos, a política de gastos e a coordenação das
ações do Governo;
• Manter sistema de informações relacionado a indicadores econômicos e sociais, assim
como mecanismos para desenvolver previsões e informação estratégica sobre tendên-
cias e mudanças no âmbito nacional e internacional;
• Analisar e avaliar os investimentos estratégicos do Governo, suas fontes de financia-
mento e sua articulação com os investimentos privados, bem como prestar o apoio ge-
rencial e institucional à sua implementação;
• Realizar estudos e pesquisas socioeconômicas e análises de políticas públicas;
• Estabelecer políticas e diretrizes gerais para a atuação das empresas estatais, as quais
são consideradas, para efeito deste item, as sociedades de economia mista, suas sub-
sidiárias e controladas e demais empresas em que a União, direta ou indiretamente,
detenha a maioria do capital social com direito a voto.

002. (CESPE/STJ/ANALISTA/2018) Acerca dos fundamentos de administração financeira e


orçamentária, julgue o item a seguir.
Se determinado órgão público elaborar um plano que envolva apenas sua área de atuação,
esse plano deverá ser submetido ao sistema de planejamento e de orçamento federal.

Essa é uma das Finalidades do Sistema de Planejamento e de Orçamento Federal. Confira na


Lei n. 10.180/2001, com grifos nossos:

Art. 2º O Sistema de Planejamento e de Orçamento Federal tem por finalidade:


I – formular o planejamento estratégico nacional;
II – formular planos nacionais, setoriais e regionais de desenvolvimento econômico e social;

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III – formular o plano plurianual, as diretrizes orçamentárias e os orçamentos anuais;


IV – gerenciar o processo de planejamento e orçamento federal;
V – promover a articulação com os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, visando a compati-
bilização de normas e tarefas afins aos diversos Sistemas, nos planos federal, estadual, distrital e
municipal.
Certo.

003. (CESPE/ABIN/OFICIAL/2018) No que se refere ao sistema integrado de planejamento e


orçamento, julgue o item a seguir.
O sistema integrado de planejamento e orçamento destina-se exclusivamente aos processos
de elaboração e acompanhamento da lei orçamentária anual.

Na verdade, o sistema integrado de planejamento e orçamento destina-se também à avaliação


dos orçamentos e realização de estudos e pesquisas socioeconômicas. Confira diretamente
na Lei n. 10.180/2001:

Art. 3º O Sistema de Planejamento e de Orçamento Federal compreende as atividades de elabora-


ção, acompanhamento e avaliação de planos, programas e orçamentos, e de realização de estudos
e pesquisas socioeconômicas.
Errado.

004. (CESPE/TRE-PI/ANALISTA/2016) Julgue:


O órgão setorial do sistema de planejamento e orçamento federal na Casa Civil da Presidência
da República atua em todos os órgãos integrantes da presidência da República, ressalvados
aqueles determinados em legislação específica.

De acordo com o artigo 4º, § 1º, da Lei n. 10.180/2001, o órgão setorial da Casa Civil da Presi-
dência da República tem como área de atuação todos os órgãos integrantes da Presidência da
República, ressalvados outros determinados em legislação específica.
Certo.

No âmbito do artigo 5º da Lei n. 10.180/2001, ganha força a autonomia administrativa e


financeira presente no artigo 99 da CF/1988, mas essa autonomia não é ilimitada. Confira:

Art. 5º Sem prejuízo das competências constitucionais e legais de outros Poderes, as unidades
responsáveis pelos seus orçamentos ficam sujeitas à orientação normativa do órgão central do
Sistema.

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Programação e Execução Orçamentária e Financeira
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005. (CESPE/STM/TÉCNICO/2018) Julgue o item que se segue, relativo ao Sistema de Plane-


jamento e de Orçamento Federal (SPOF) e aos créditos orçamentários adicionais.
Os órgãos integrantes do SPOF realizam o acompanhamento e a avaliação dos planos e pro-
gramas respectivos de todos os poderes e órgãos da administração pública federal.

A resposta está no artigo 6º da Lei n. 10.180 de 2001, que trata do Sistema de Planejamento e
de Orçamento Federal. Confira, com grifos nossos:

Art. 6º Sem prejuízo das competências constitucionais e legais de outros Poderes e órgãos da Ad-
ministração Pública Federal, os órgãos integrantes do Sistema de Planejamento e de Orçamento
Federal e as unidades responsáveis pelo planejamento e orçamento dos demais Poderes realizarão
o acompanhamento e a avaliação dos planos e programas respectivos”.
Errado.

Por seu turno, o artigo 8º da Lei n. 10.180/2001 dispõe acerca das competências do Siste-
ma de Planejamento e de Orçamento Federal no âmbito do ORÇAMENTO. Compete às unida-
des responsáveis pelas atividades de planejamento:
• 1. Coordenar, consolidar e supervisionar a elaboração dos projetos da lei de diretrizes
orçamentárias e da lei orçamentária da União, compreendendo os orçamentos fiscal, da
seguridade social e de investimento das empresas estatais;
• 2. Estabelecer normas e procedimentos necessários à elaboração e à implementação
dos orçamentos federais, harmonizando-os com o plano plurianual;
• 3. Realizar estudos e pesquisas concernentes ao desenvolvimento e ao aperfeiçoamen-
to do processo orçamentário federal;
• 4. Acompanhar e avaliar a execução orçamentária e financeira, sem prejuízo da compe-
tência atribuída a outros órgãos;
• 5. Estabelecer classificações orçamentárias, tendo em vista as necessidades de sua
harmonização com o planejamento e o controle;
• 6. Propor medidas que objetivem a consolidação das informações orçamentárias das
diversas esferas de governo.

Assim, a execução orçamentária deve estar atrelada a um processo eficaz de planejamen-


to e não deixa de ser um instrumento de políticas públicas.
Nesse sentido, em um contexto de recursos escassos e necessidades humanas ilimitadas,
ou seja, em ambiente de restrições, é fundamental otimizar o uso dos recursos por meio de
boas práticas de planejamento integradas ao acompanhamento e controle da execução finan-
ceiro-fiscal.
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Programação e Execução Orçamentária e Financeira
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Nessa toada, a integração do planejamento à execução orçamentário-financeira, em espe-


cial por meio da programação financeira de gastos e arrecadações, ganha enorme importância,
de modo a atender à necessidade de se controlar a execução financeira por meio de sistema
de informações como forma de incrementar a transparência pública.
As informações obtidas pela fiscalização e controle dos gastos públicos, nas quais estarão
destacadas as falhas e os méritos do planejamento vigente, irão orientar no planejamento para
o exercício subsequente.
No quadro seguinte, apresentamos a interface entre o SPOF e as empresas estatais depen-
dentes e não dependentes:

Empresa Estatal não Empresa Estatal


Características
Dependente Dependente

Orçamento Fiscal e
Orçamento Orçamento de Investimentos
Seguridade Social

Departamento de
Secretaria de Orçamento
Órgão Central Coordenação e Governança de
Federal – SOF
Empresas Estatais – DEST

Tanto a pública (Lei


Somente a privada (Lei n.
Contabilidade Aplicável n. 4.320/64) quanto a
6.404/76)
privada (Lei n. 6.404/76)

Somente as despesas de
investimento, de acordo com
Despesas Todas as despesas
a LDO. Despesas operacionais
são desconsideradas

Elaboração e alterações
Sistema utilizado para: orçamentárias: SIOP
Elaboração
Somente SIOP nas três fases
Execução
Alterações orçamentárias Execução orçamentária:
SIAFI

1.3. Programação Orçamentária e Financeira


Tenha em mente que a programação orçamentária e financeira nada mais é do que a adap-
tação do fluxo dos pagamentos ao fluxo dos recebimentos, de modo que a despesa fixada
seja “adaptada” ao resultado da arrecadação do ente.

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Nessa linha de raciocínio, a mencionada programação visa customizar a velocidade de


execução do orçamento ao fluxo de recursos financeiros, de modo a garantir a execução dos
programas anuais de trabalho, realizados por meio do Sistema Integrado de Administração
Financeira do Governo Federal (SIAFI), com base nas diretrizes e regras estabelecidas pela
legislação vigente.
O SIAFI é o principal instrumento de registro, acompanhamento e controle da execução
orçamentária, financeira e patrimonial do Governo Federal.
Guarde que as diretrizes gerais da programação financeira da despesa autorizada na LOA
são fixadas em Decreto.
Nesse contexto, merece menção destacada a previsão no artigo 47 da Lei n. 4.320/1964,
de que, logo depois de promulgada a LOA, baseada nos limites nela fixados, o Poder Executi-
vo deve aprovar um quadro de cotas trimestrais da despesa que cada unidade orçamentária
pode usar, sendo que essas cotas trimestrais podem ser modificadas durante o ano em fun-
ção, por exemplo, das oscilações na receita pública.

O PULO DO GATO
Quem aprova a LOA é o Poder Legislativo, mas é o Poder Executivo quem aprova o quadro
de cotas trimestrais, logo após a promulgação da LOA e com base nos limites nela fixados.
Assim, cabe ao Poder Executivo aprovar um quadro de cotas trimestrais da despesa que cada
unidade orçamentária fica autorizada a gastar.

O objetivo de se fixar essas cotas trimestrais é assegurar às unidades orçamentárias, tem-


pestivamente, recursos necessários e suficientes à melhor execução do seu programa anual
de trabalho, equilibrando a receita arrecadada e a despesa realizada para evitar eventuais insu-
ficiências de caixa.
Além disso, tenha mente que as cotas trimestrais podem ser alteradas durante o exercício,
mas, claro, respeitando o limite da dotação orçamentária.
Guarde ainda que, além dos créditos orçamentários previstos na LOA, a programação da
despesa orçamentária abarca ainda os créditos adicionais e as operações extraorçamentárias.

A LRF – Lei de Responsabilidade Fiscal melhorou ainda mais essa ferramenta orçamentária ao
determinar que a elaboração da programação financeira e do cronograma mensal de desem-
bolso ocorram no prazo de 30 dias após a publicação da LOA. Veja o seu artigo 8º da LRF com
grifos nossos:

Art. 8º Até trinta dias após a publicação dos orçamentos, nos termos em que dispuser a lei de di-
retrizes orçamentárias e observado o disposto na alínea c do inciso I do art. 4º, o Poder Executivo
estabelecerá a programação financeira e o cronograma de execução mensal de desembolso.

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Programação e Execução Orçamentária e Financeira
Manuel Piñon

Ainda nesse artigo, a LRF ordena que os recursos legalmente vinculados à finalidade espe-
cífica devem ser usados somente para atender ao objeto de sua vinculação, ainda que em exer-
cício diferente daquele em que ocorrer o ingresso. Mentalize recurso vinculado como sendo
aquele que possui destinação obrigatória a determinada despesa e, assim, a LRF dispõe que se
é recurso vinculado, continuará vinculado, ainda que em exercício financeiro diverso daquele
em que tenha ocorrido o ingresso.
Nessa pegada, após a LOA ter sido aprovada e sancionada, o Quadro de Detalhamento da
Despesa (QDD) será definido como sendo um instrumento que detalha, em nível operacional,
os subprojetos e subatividades constantes da lei orçamentária anual, especificando as Unida-
des Orçamentárias de cada órgão, fundo ou entidades dos orçamentos fiscal e da seguridade
social, especificando, para cada categoria, a fonte de recursos, a categoria econômica, o grupo
de despesa e a modalidade de aplicação.
Nesse sentido, a descentralização orçamentária é fundamental para a execução orça-
mentária. É importante guardar que Executar o Orçamento é, em verdade, arrecadar receitas e
realizar as despesas públicas nele previstas, seguindo aqueles três estágios da execução das
despesas previstos na Lei n. 4.320/1964: empenho, liquidação e pagamento.
Merece destaque a ferramenta usada para a limitação dos gastos do Governo Federal, o
famoso “Decreto de contingenciamento dos gastos”, que nada mais é do que o Decreto de
Programação Orçamentária e Financeira juntamente com a Portaria Interministerial que deta-
lha os valores autorizados para movimentação e empenho e para pagamentos no decorrer do
exercício, tendo como suporte legal além da Lei n. 4.320/1964 e da LRF, as LDOs de cada ano.

Programação Financeira

A Programação Financeira, realizada por meio do Decreto de Programação Financeira, para


que seja bem elaborada, exige profundo conhecimento técnico de finanças e do comportamento
da arrecadação dos tributos que compõem a receita, além, é claro, da própria estrutura do Estado.

 ROGRAMAÇÃO FINANCEIRA
P
Aprovação até 30 dias após a publicação dos orçamentos:
- metas bimestrais de arrecadação;
- programação financeira e o cronograma da execução mensal de
desembolso.
LRF: arts. 8º e 13, caput

É importante registrar ainda que, como a entrada das receitas arrecadadas dos contribuin-
tes nem sempre coincide, temporalmente, com as necessidades de realização de despesas
públicas, existe um conjunto de atividades que tem o objetivo de ajustar o ritmo da execução
do orçamento ao fluxo provável de entrada de recursos financeiros que vão assegurar a realização
dos programas anuais de trabalho e, consequentemente, impedir eventuais insuficiências de
tesouraria. A esse conjunto de atividades chamamos Programação Financeira.

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Programação e Execução Orçamentária e Financeira
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A seguir um resumo sistematizado da programação financeira:

Programação Financeira

Órgão central
ME Disposição dos recursos $ aos
órgãos setoriais em suas contas-
correntes do BB (S\A)
STN

COTA(OB) COTA(OB)

Órgão setorial
MIN. “A” MIN. “B” Sec. de Administração-Geral
REPASSE (OB)
Órgão Órgão dos Ministérios Civis e órgãos
Setorial Setorial equivalentes da PR e dos
Comandos Militares

*Transferência de recursos
SUB-REPASSE SUB-REPASSE
$ entre órgão de estruturas
(OB) (OB)
administrativas diferentes

MIN. “A” MIN. “B”


UG: UC ou UA
UG UG
Movimentação
interna de recursos $
realizado pela OSPF

É importante destacar que a programação financeira se realiza em três níveis distintos,


existindo uma hierarquia entre eles:
• Secretaria do Tesouro Nacional (STN), o órgão central;
• Subsecretarias de Planejamento, Orçamento e Administração (SPOAs) – ou equivalen-
tes, os chamados órgãos setoriais de programação financeira (OSPF);
• Unidades Gestoras Executoras (UG).

Nessa toada, podemos ver que quem realmente recebe a descentralização do órgão cen-
tral é o órgão setorial que pode descentralizar ainda para a UG, ou seja, quem realiza as des-
centralizações são o órgão central e o órgão setorial.

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A UG – Unidade Gestora – é uma UO – Unidade Orçamentária – ou uma UA – Unidade Ad-


ministrativa – investida do poder de gerir recursos orçamentários e financeiros, próprios ou
descentralizados.
A UO – Unidade Orçamentária – tem dotação consignada diretamente na LOA.
A UA – Unidade Administrativa – não tem dotação diretamente na LOA, sendo dependente,
portanto, de uma UO, que descentraliza o crédito para ela.

Após a LRF e seu foco nas metas fiscais e do maior controle sobre os gastos públicos,
tanto para equilibrar os orçamentos como para indicar transparência dos compromissos go-
vernamentais com a dívida pública, de modo a fomentar e manter expectativas claras e ob-
jetivas, a administração pública buscou melhor programar financeiramente a execução das
suas despesas.
Esse processo atende a dispositivos legais que exigem o pronto conhecimento e a corre-
ção das discrepâncias entre receita e despesas primárias, bem como monitora o cumprimento
das metas de resultado estabelecidas para determinado exercício, projetando ainda seu com-
portamento para os dois subsequentes.

006. (CESPE/TRE-PI/ANALISTA/2016) Julgue a assertiva:


A programação financeira é um instrumento que foi introduzido pela LRF.

Na verdade, já existia essa previsão no artigo 47 da Lei n. 4.320/1964.


A LRF apenas melhorou ainda mais essa ferramenta orçamentária ao determinar que a elabo-
ração da programação financeira e do cronograma mensal de desembolso ocorram no prazo
de 30 dias após a publicação da LOA.
Errado.

Na prática, a execução do orçamento deve estar atrelada ao real ingresso de recursos, ou


seja, quando os recursos financeiros vão ingressando nos cofres do governo, eles são libera-
dos para os órgãos setoriais das secretarias, baseado na programação financeira de cada um
deles, para a execução dos seus programas de trabalho.
Nessa pegada, acaba ficando a critério do Governo executar este ou aquele projeto, sem
obedecer a nenhuma hierarquia orçamentária.

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Programação e Execução Orçamentária e Financeira
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007. (CESPE/MPU/ANALISTA/2015) Julgue o item que se segue, a respeito do plano pluria-


nual (PPA).
A programação financeira tem o objetivo de ajustar o ritmo de execução do PPA ao fluxo pro-
vável de recursos financeiros, de modo a executar os programas de trabalho.

Na verdade, a Programação Financeira compreende um conjunto de atividades com o objetivo


de ajustar o ritmo de execução do orçamento ao fluxo provável de recursos financeiros.
Assim, por meio da programação financeira, garante-se a execução dos programas anuais de
trabalho, realizados por meio do SIAFI, com base nas diretrizes e regras estabelecidas pela
legislação vigente.
Não custa lembrar que depois da sanção presidencial à LOA, o Poder Executivo mediante de-
creto estabelece em até 30 dias a programação financeira e o cronograma de desembolso
mensal por órgãos, observadas as metas de resultados fiscais dispostas na LDO.
Guarde que a Programação Financeira se realiza em três níveis distintos, sendo a STN o seu
órgão central, contando ainda com a participação das Subsecretárias de Planejamento, Orça-
mento e Administração (ou equivalentes os órgãos setoriais – OSPF) e as Unidades Gestoras
Executoras (UGE).
Guarde ainda que é de competência da STN estabelecer as diretrizes para a elaboração e for-
mulação da programação financeira mensal e anual, bem como a adoção dos procedimentos
necessários à sua execução. Aos órgãos setoriais competem a consolidação das propostas
de programação financeira dos órgãos vinculados e a descentralização dos recursos financei-
ros recebidos do órgão central. Às Unidades Gestoras Executoras cabe a realização da despe-
sa pública nas suas três etapas, ou seja: o empenho, a liquidação e o pagamento.
Diante do exposto, podemos concluir que a questão está falsa ao afirmar que é para ajustar o
fluxo do PPA.
Errado.

É importante informar ainda que, como cada secretaria ou órgão tem um prazo determi-
nado para a elaboração de seu próprio cronograma de desembolsos, que reflete as saídas de
recursos financeiros, a Secretaria de Tesouro, ou correspondente Estadual, Distrital ou Munici-
pal, deve consolidar e aprovar toda a programação financeira de desembolso para o governo,
procurando ajustar as necessidades da execução do orçamento ao fluxo de caixa do Tesouro
(despesas e receitas), a fim de obter um fluxo de caixa mais de acordo com a política fiscal e
monetária do governo.
Todo esse processo, em realidade, ocorre dentro de sistema informatizado, sendo tarefa
de cada Unidade Gestora (UG) elaborar sua programação financeira e submetê-la ao seu ór-
gão setorial de programação.

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O órgão, por sua vez, deve consolidá-la e submetê-la ao órgão central de programação
financeira. Dessa forma, o sistema permite um acompanhamento preciso do cronograma de
desembolso dos recursos financeiros de cada UG e sua execução.
O cronograma de desembolso é parte da programação financeira de desembolso, já que
representa somente as despesas decorrentes da execução física dos projetos e atividades a
cargo dos ministérios ou órgãos, ou seja, espelha a necessidade de recursos financeiros para
pagamento dessas despesas.

O PULO DO GATO
Assim, podemos dizer que a programação financeira é mais abrangente do que o cronograma
de desembolso, pois ela engloba não só as despesas, mas também os ingressos de receitas
no caixa do Tesouro.

2. Execução Orçamentária e Financeira


É interessante que você se situe em que ponto do ciclo orçamentário nós estamos:

Lei de Diretrizes
Plano Plurianual (PPA)
Orçamentárias (LDO)

Planos nacionais, regionais


e setoriais

Controle de execução orçamentária Elaboração da proposta


e financeira orçamentária anual (LOA)

Discussão, votação e
Execução orçamentária e
aprovação da Lei Orçamentária
financeira
Anual

É fundamental guardar a ideia de que a execução orçamentária se completa com a exe-


cução financeira. Esta passa pela programação dos recursos financeiros de forma a garantir o
atendimento à demanda de recursos aos órgãos e entidades da Administração Pública direta
e indireta.
Sinteticamente falando, a execução orçamentária é a utilização das dotações dos créditos
consignados na LOA, enquanto a execução financeira é a utilização de recursos financeiros.

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 Obs.: tenha em mente que a etapa do planejamento, que antecede a etapa de execução orça-
mentária, abrange, de modo geral, a fixação da despesa orçamentária, a descentraliza-
ção/movimentação de créditos, a programação orçamentária e financeira e o proces-
so de licitação e contratação, sendo o nosso foco agora a programação orçamentária
e financeira e a descentralização/movimentação de créditos e recursos.

A correta gestão pública, pautada em uma execução orçamentária e financeira eficiente,


advém da integração coerente entre o que foi planejado e o que será realmente realizado. Sen-
do assim, não há que se falar na alocação de recurso sem ter o entendimento dos conceitos de
Plano Plurianual, Lei de Diretrizes Orçamentárias e Lei Orçamentária Anual.
A fim de se evitar o comprometimento de recursos orçamentários que poderiam ficar sem
o correspondente financeiro em virtude de frustração na arrecadação da receita, anualmente,
o Presidente da República tem publicado um decreto de contingenciamento, bloqueando recur-
sos, que passam a não estar disponíveis para empenho até segunda ordem.
Na prática, a execução orçamentária e a execução financeira ocorrem, concomitantemen-
te, por estarem atreladas uma a outra. Se existir orçamento e não houver o financeiro, não
poderá ocorrer a despesa.
De outra parte, pode haver recurso financeiro, mas não se poderá gastá-lo, caso não exista
disponibilidade orçamentária.
Visando estabelecer, de forma objetiva, inter-relacionamento entre a execução orçamentá-
ria e a execução financeira, existe forte integração entre as etapas que compõem os fluxos e
processos pertinentes.

ORÇAMENTÁRIO FINANCEIRO
Descentralização de Crédito Movimentação de Recurso

SOF STN
Cota

Desc. Externa Repasse

Ministério A Ministério B Ministério C Ministério A Ministério B Ministério C

Desc.
Desc. interna Repasse Sub-repasse
Externa

UG UG UG Entidade Entidade UG UG UG
Desc. interna Supervisionada Supervisionada Sub-repasse

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Do lado orçamentário, temos a descentralização de crédito; do financeiro, a movimentação de


recursos. Guarde: crédito para o lado orçamentário e recurso para o lado financeiro. O crédito é
orçamentário, é uma dotação ou autorização de gasto, e recurso é financeiro, dinheiro ou saldo
de disponibilidade bancária.

008. (CESPE/PGE-PE/ASSISTENTE/2019) Para limitar os gastos do governo, um dos meca-


nismos utilizados é a publicação de decreto que disponha sobre a programação orçamentária
e financeira bem como o cronograma mensal de desembolso. Acerca desse assunto, julgue o
item subsequente.
O ato pelo qual determinada unidade orçamentária ou administrativa transfere a outras unida-
des orçamentárias ou administrativas o poder de utilizar créditos que lhes tenham sido dota-
dos caracteriza o que se denomina descentralização de créditos.

A descentralização de créditos ocorre quando uma unidade orçamentária transfere a outras


unidades as dotações orçamentárias. Confira no MCASP, com grifos nossos:

As descentralizações de créditos orçamentários ocorrem quando for efetuada movimentação de


parte do orçamento, mantidas as classificações institucional, funcional, programática e econômica,
para que outras unidades administrativas possam executar a despesa orçamentária.
Certo.

Dessa forma, em nível federal, o Ministério do Planejamento (incorporado pelo ME – Minis-


tério da Economia), via Secretaria de Orçamento Federal (SOF) é o órgão central responsável
pelo orçamento, enquanto o Ministério da Fazenda (incorporado pelo ME), via Secretaria do
tesouro Nacional (STN) é o órgão central responsável pelo financeiro. Registre-se que tanto
os créditos orçamentários quanto os recursos financeiros podem ser movimentados entre uni-
dade gestoras.
Vale destacar que a movimentação de créditos do órgão central de orçamento para os ór-
gãos setoriais chama-se dotação, enquanto a movimentação de recursos do órgão central de
programação financeira para os órgãos setoriais é chamada cota.
A movimentação de crédito entre órgãos distintos denomina-se descentralização externa
ou destaque. Já a movimentação de recursos é conhecida como repasse.

009. (CESPE/CGM-JOÃO PESSOA/AUDITOR/2018) Acerca dos mecanismos de execução


do orçamento, julgue o item seguinte.

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O órgão público que precisar descentralizar dotações do seu orçamento para unidades gesto-
ras de outro órgão público deverá realizar um destaque.

Guarde que a movimentação de créditos orçamentários envolve os conceitos de dotação, pro-


visão e destaque.
No caso da dotação, que se refere ao montante de créditos autorizados, temos que ocorre a
provisão quando a descentralização de créditos é interna e o destaque quando a descentrali-
zação de créditos é externa (outro órgão).
Como na questão o órgão público precisa descentralizar dotações do seu orçamento para uni-
dades gestoras de outro órgão público, ele deve realizar um destaque.
Certo.

010. (CESPE/STJ/TÉCNICO/2018) Com relação à programação e à execução orçamentária e


financeira e ao acompanhamento da execução, julgue o item que se segue.
Define-se destaque como transferência de créditos entre unidades gestoras de um mesmo
órgão ou entidade.

Na verdade, o destaque é a transferência da dotação orçamentária de uma Unidade Orçamen-


tária para outra. A transferência do crédito entre duas Unidades Gestoras é uma provisão.
Errado.

A movimentação de crédito de um órgão para as unidades a ele vinculadas, bem como


entre elas, denomina-se descentralização interna ou provisão, ao passo que a movimentação
de recursos é chamada de sub-repasse.
Ministério da Economia/
Nível de Órgão Central Secretaria de Orçamento Federal

Dotação Dotação

Unidade Destaque
(UO)
Nível de Órgão Setorial Orçamentária (UO)

Provisão Provisão

Unidade Destaque
Nível de Unidade UG
Gestora (UG)
Executora

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Programação e Execução Orçamentária e Financeira
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Fluxo Financeiro

Cota STN Cota

Ministério X Ministério Y
Repasse
Unidade Orçamentária Unidade Orçamentária

Sub-repasse Sub-repasse

Ministério X Ministério Y
Unidade Orçamentária Repasse Unidade Orçamentária

011. (CESPE/MPU/ANALISTA/2015) Com relação às classificações e técnicas de execução


do orçamento público, julgue o item que se segue.
A transferência de créditos orçamentários de um órgão público a outro órgão que esteja em
ministério ou estrutura administrativa diferente deve ser feita por meio de repasse.

Guarde que quando a descentralização de créditos orçamentários envolver unidades gestoras de


um mesmo órgão, ou seja, quando tivermos uma descentralização interna, temos uma provisão.
Por outro lado, quando a descentralização de créditos orçamentários é realizada entre unida-
des gestoras de órgãos ou entidades de estrutura diferente, temos um destaque.
Errado.

Guarde que nas descentralizações de créditos orçamentários devem ser mantidas as clas-
sificações institucional, funcional, programática e econômica, para que outras unidades admi-
nistrativas executem a despesa orçamentária.

012. (CESPE/STJ/TÉCNICO/2018) Com relação à programação e à execução orçamentária e


financeira e ao acompanhamento da execução, julgue o item que se segue.
As dotações orçamentárias descentralizadas podem ser empregadas em programas de traba-
lho distintos do original, desde que autorizados por decreto.

Na verdade, guarde que nos casos de descentralizações orçamentária, os programas de traba-


lho são mantidos e é respeitada a classificação programática de origem.
Errado.

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013. (CESPE/STJ/ANALISTA/2018) Com relação às técnicas de execução financeira e orça-


mentária, julgue o item seguinte.
A descentralização de créditos orçamentários deve ser acompanhada da modificação da uni-
dade orçamentária na classificação institucional.

Na verdade, a descentralização de créditos orçamentários não altera a unidade orçamentária


na classificação institucional. Confira no MCASP, com grifos nossos:

Descentralizações de Créditos Orçamentários


As descentralizações de créditos orçamentários ocorrem quando for efetuada movimentação de
parte do orçamento, mantidas as classificações institucional, funcional, programática e econômica,
para que outras unidades administrativas possam executar a despesa orçamentária. As descen-
tralizações de créditos orçamentários não se confundem com transferências e transposição, pois:
a. Não modificam a programação ou o valor de suas dotações orçamentárias (créditos adicionais); e
b. Não alteram a unidade orçamentária (classificação institucional) detentora do crédito orçamen-
tário aprovado na lei orçamentária ou em créditos adicionais.
Errado.

Registre-se, ainda, que essas movimentações ocorrem em tempo real no âmbito do SIAFI.
Guarde, portanto, que a execução orçamentária pode ser definida simplesmente como a
utilização dos créditos consignados na Lei Orçamentária Anual (LOA), ou seja, a execução or-
çamentária é a utilização dos CRÉDITOS consignados no orçamento.
Por seu turno, a execução financeira, de modo distinto, representa a utilização de recursos
financeiros, visando atender à realização dos projetos e/ou atividades atribuídas às Unidades
Orçamentárias pelo Orçamento.
As etapas seguintes à publicação da LOA, à nível federal, devem estar em consonância
com as normas de execução orçamentária e de programação financeira da União.

Volto a destacar que após a LOA ter sido aprovada e sancionada, o Quadro de Detalhamento da
Despesa (QDD) será definido como sendo um instrumento que detalha, em nível operacional,
os subprojetos e subatividades constantes da LOA, especificando as Unidades Orçamentárias
de cada órgão, fundo ou entidades dos orçamentos fiscal e da seguridade social, especifican-
do, para cada categoria, a fonte de recursos, a categoria econômica, o grupo de despesa e a
modalidade de aplicação. É o ponto de partida para a execução orçamentária.

De acordo com a Portaria MPOG 42/1999, projeto é um instrumento de programação para


alcançar o objetivo de um programa, envolvendo um conjunto de operações, limitadas no tem-
po, das quais resulta um produto que concorre para a expansão ou o aperfeiçoamento da ação
de governo.
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Programação e Execução Orçamentária e Financeira
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Essa Portaria define como atividade um instrumento de programação para alcançar o obje-
tivo de um programa, envolvendo um conjunto de operações que se realizam de modo contínuo
e permanente, das quais resulta um produto necessário à manutenção da ação de governo.
Em termos de União, os valores previstos no Orçamento Público têm as informações orça-
mentárias, fornecidas pela Secretaria de Orçamento Federal, lançadas no SIAFI, por intermédio
da geração automática do documento Nota de Dotação (ND), criando-se, assim, o crédito orça-
mentário e, a partir daí, tem-se o início da execução orçamentária propriamente dita.
Nesse sentido, existe no SIAFI uma tabela que vincula cada unidade orçamentária exis-
tente no QDD com uma unidade gestora do SIAFI. Essa unidade gestora será responsável pela
descentralização e/ou pela execução desses créditos recebidos.
O SIAFEM, Sistema Integrado de Administração Financeira Para Estados e Municípios, por
sua vez, é um sistema desenvolvido pelo Serviço Federal de Processamento de Dados (SER-
PRO), baseado no SIAFI – Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal
– customizado para atender os estados e municípios.
É utilizado para otimizar e uniformizar a execução orçamentária, financeira, patrimonial e
contábil, de forma integrada, minimizando os custos, proporcionando maior transparência, efi-
ciência e eficácia na gestão dos recursos públicos, facilitando, assim, a apreciação de contas
do Governo pelos Órgãos de Controle Interno do Poder Executivo e de Controle Externo repre-
sentados pela Assembleia Legislativa e Tribunal de Contas.
Seguindo adiante, a próxima etapa é a do detalhamento do crédito orçamentário. Esse
procedimento normalmente é efetuado pela unidade gestora responsável pela supervisão fun-
cional dos atos de execução orçamentária. Existem quatro tipos de detalhamento de crédito no
SIAFI: de fonte de recursos (FR), de natureza da despesa (ND), de Unidade Gestora responsável
(UGR) e de plano interno (PI), formando em seguida a chamada “célula orçamentária”.
É importante guardar que executar o orçamento é, em verdade, realizar as despesas públi-
cas nele previstas, seguindo aqueles três estágios da execução das despesas previstos na Lei
n. 4.320/1964: empenho, liquidação e pagamento.
Não é demais reforçar que as dotações orçamentárias são classificadas de forma a explici-
tar o montante de recursos empregados nas principais atividades do Estado sob várias óticas.
Caso haja necessidade de criação de dotação ou complementação de dotações existen-
tes, pode-se abrir créditos adicionais, cuja iniciativa é sempre do Presidente da República, ain-
da que para os créditos que visem a atender os Poderes Legislativo e Judiciário, bem como o
Ministério Público da União.

Execução Financeira

A fase inicial da execução financeira ocorre por meio da programação financeira, adiante
comentada.

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Programação e Execução Orçamentária e Financeira
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Tenha em mente que a execução financeira representa o fluxo de recursos financeiros ne-
cessários à efetiva realização dos gastos dos recursos públicos para a realização dos progra-
mas de trabalho definidos, ou seja, a execução financeira representa a utilização dos recursos
financeiros para atender à realização dos projetos e atividades atribuídos a cada unidade.

O PULO DO GATO
É importante destacar que, em termos de execução financeira, quando falamos em recurso,
estamos falando de dinheiro ou saldo de disponibilidade bancária (enfoque da execução finan-
ceira), que tem sentido diferente do termo crédito, que é dotação ou autorização de gasto ou
sua descentralização (enfoque da execução orçamentária).

Lembrando que, nos termos da Lei n. 4.320/1964, o exercício financeiro é o tempo compre-
endido entre 1º de janeiro e 31 de dezembro de cada ano, no qual a administração promove a
execução orçamentária e demais fatos relacionados às variações qualitativas e quantitativas
que tocam os elementos patrimoniais da entidade ou órgão público.

A movimentação de recursos financeiros é feita de três formas: cota, repasse e sub-repasse.


• Cota: é a movimentação de recursos financeiros do órgão central para os setoriais de
programação financeira. Está relacionada com os créditos orçamentários e adicionais,
da perspectiva orçamentária;
• Repasse: é a movimentação de recursos financeiros dos órgãos setoriais de programa-
ção financeira para entidades da administração indireta e de entidades da administra-
ção indireta para órgãos da administração direta. Está relacionada com os destaques de
crédito (movimentação externa), da perspectiva orçamentária;
• Sub-repasse: é a movimentação de recursos financeiros entre unidades gestoras per-
tencentes ao mesmo ministério ou órgão. Está relacionada com a provisão de crédito
(movimentação interna), da perspectiva orçamentária.

Procedidas as demais fases em que as responsabilidades são compartilhadas, encerra-se


o último passo do estágio da despesa, que compreende o pagamento. Ele só será efetuado
quando ordenado após sua regular liquidação.
Quando falamos em dispêndio de recursos financeiros oriundos do Orçamento Geral da
União, é importante frisar que se faz exclusivamente por meio de Ordem Bancária (OB), via
Conta Única do Governo Federal, e se destina ao pagamento de compromissos, bem como à
transferência de recursos entre as Unidades Gestoras, tais como liberação de recursos para
fins de adiantamento, suprimento de fundos, cota, repasse, sub-repasse e afins.
Guarde, portanto, que a Ordem Bancária é o único documento de transferência de recur-
sos financeiros.

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Em contraste, do lado da entrada dos recursos financeiros, o seu ingresso acontece, nor-
malmente, quando o contribuinte efetua o pagamento de seus tributos por meio de DARF OU
DAE, junto à rede bancária, que deve efetuar o recolhimento dos recursos arrecadados, ao
BACEN, no prazo de um dia.
Atualmente, por meio do DARF ou DAE Eletrônico e da GRPS Eletrônica, os usuários do
sistema podem efetuar o recolhimento dos tributos federais e contribuições previdenciárias
diretamente à Conta Única, sem trânsito pela rede bancária.
Seguindo essa linha, uma vez tendo recursos em caixa, começa a fase de saída desses
recursos, para pagamentos diversos. O pagamento entre Unidades Gestoras ocorre mediante
a transferência de limite de saque, que é a disponibilidade financeira da UG on-line, existente
na Conta Única.
Ainda no âmbito da execução financeira, merece destaque a Conta Única do Tesouro Na-
cional, mantida no Banco Central do Brasil, que acolhe todas as disponibilidades financeiras
da União, inclusive fundos, de suas autarquias e fundações. Constitui importante instrumento
de controle das finanças públicas, uma vez que permite a racionalização da administração dos
recursos financeiros, reduzindo a pressão sobre a caixa do Tesouro, além de agilizar os proces-
sos de transferência e descentralização financeira e os pagamentos a terceiros.
O Decreto-Lei n. 200, de 25 de fevereiro de 1967, que promoveu a organização da Admi-
nistração Federal e estabeleceu as diretrizes para a Reforma Administrativa, determinou ao
Ministério da Fazenda (incorporado pelo ME – Ministério da Economia) que implementasse a
unificação dos recursos movimentados pelo Tesouro Nacional, através de seu Caixa Único no
agente financeiro da União, de forma a garantir maior economia operacional e racionalização
dos procedimentos relativos à execução da programação financeira de desembolso.
Tal determinação legal só foi integralmente cumprida com a promulgação da Constituição de
1988, quando todas as disponibilidades do Tesouro Nacional, existentes nos diversos agentes fi-
nanceiros, foram transferidas para o Banco Central do Brasil, em Conta Única centralizada, exercen-
do o Banco do Brasil a função de agente financeiro do Tesouro, sendo operacionalizada no SIAFI.

SIAFI
CONTA ÚNICA

RECOLHIMENTOS
GOVERNO EMPRESA
PAGAMENTOS

PAGAMENTOS/RECEBIMENTOS EXTERNOS

RECEBIMENTOS
ENTIDADES
BANCO
EXTERNAS
PAGAMENTOS

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Registre-se ainda que regras dispondo sobre a unificação dos recursos do Tesouro Nacio-
nal em Conta Única também foram estabelecidas pelo Decreto n. 93.872/86.
Ainda no âmbito da execução orçamentária e financeira, merece destaque a figura do Or-
denador de Despesas, que é aquela autoridade responsável pela emissão de empenho, auto-
rização de pagamento, suprimento ou dispêndio, conforme dispõe o § 1º do artigo n. 80 do
Decreto-Lei n. 200/1967.
Em outras palavras, o Ordenador de Despesas tem como atribuições movimentar créditos
orçamentários, empenhar despesa e efetuar pagamentos.
Trata-se de profissional com elevado nível de responsabilidade que exige capacitação em
áreas como administração financeira e orçamentária, licitações e contratos, obras, recursos
humanos, contabilidade pública, transparência, controle patrimonial etc.
Pode-se dizer ainda que o Ordenador de Despesas acaba por centralizar as decisões finais sobre
diversas áreas administrativas, exercendo um papel de liderança na gestão de uma entidade pública.
É interessante destacar que não existe o cargo “Ordenador de Despesas”, sendo esse papel
exercido, por exemplo, por um Diretor-Financeiro, um Diretor-Executivo ou até mesmo por um
Presidente de órgão ou entidade.
Entretanto, em função da natureza inerente a essa função, o Ordenador de Despesa é re-
gistrado com esse título no rol de responsáveis nos órgãos que gerem o sistema financeiro da
entidade e também nos Tribunais de Contas. Com entrada em vigor da LRF – Lei de Responsa-
bilidade Fiscal –, a importância do Ordenador de Despesas aumentou ainda mais.
Deve-se destacar ainda que o Ordenador de Despesas necessariamente precisar ser um
servidor público, seja ocupante de cargo público, titular de cargo de confiança com ou sem vín-
culo efetivo, ou mesmo empregado público, sendo, em regra, o responsável pelo recebimento,
verificação, guarda ou aplicação de dinheiros, valores e outros bens públicos, respondendo,
assim, pelos prejuízos que eventualmente acarretar à Fazenda pública.
É importante ressaltar que a atividade do Ordenador de Despesas guarda íntima relação
com o Princípio da Legalidade, pois boa parte do seu tempo deve ser gasto com a verificação
da existência ou não de norma que o autorize a proceder dessa ou daquela forma, de modo que
todas as despesas tenham respaldo na lei.
A LRF, com o objetivo de tornar efetiva a transparência das finanças públicas, tornou obri-
gatória, nos casos especificados, a chamada “Declaração do Ordenador de Despesa”, docu-
mento em que o ordenador de despesa declara que a despesa tem adequação orçamentária e
financeira com a LOA e compatibilidade com a LDO e com o PPA.
Uma das atividades mais importantes do Ordenador de Despesa ocorre na fase do empenho
da despesa, quando ele necessariamente precisa confirmar a existência de dotação orçamentá-
ria, necessária e suficiente. Existem situações em que existe a dotação orçamentária, mas ainda
não estão disponíveis os recursos financeiros para cumprir a obrigação, nesses casos ele precisa
fazer a adequação financeira, verificando a sua compatibilidade com a programação financeira.

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Merece destaque também o Decreto n. 8.180/2013, que dispõe sobre as normas relativas às
transferências de recursos da União mediante convênios e contratos de repasse, devendo ser objeto
de destaque as definições de Contrato de Repasse e de TED – Termo de Execução Descentralizada.
O contrato de repasse é um instrumento administrativo, de interesse recíproco, por meio
do qual a transferência dos recursos financeiros se processa por intermédio de instituição ou
agente financeiro público federal, que atua como mandatário da União.
O TED – Termo de Execução Descentralizada é um instrumento por meio do qual é ajus-
tada a descentralização de crédito entre órgãos e/ou entidades integrantes dos Orçamentos
Fiscal e da Seguridade Social da União, para execução de ações de interesse da unidade orça-
mentária descentralizadora e consecução do objeto previsto no programa de trabalho, respei-
tada fielmente a classificação funcional programática.
Em relação à celebração do TED, o mencionado Decreto determina que deve atender à
execução da descrição da ação orçamentária prevista no programa de trabalho e poderá ter as
seguintes finalidades:
• execução de programas, projetos e atividades de interesse recíproco, em regime de mú-
tua colaboração;
• realização de atividades específicas pela unidade descentralizada em benefício da uni-
dade descentralizadora dos recursos;
• execução de ações que se encontram organizadas em sistema e que são coordenadas
e supervisionadas por um órgão central; ou
• ressarcimento de despesas.

3. Sistema de Informações
No âmbito federal, existem alguns sistemas de informações fundamentais em nossa ges-
tão pública, conhecidos como sistemas estruturadores. Os principais são:
• SIAFI – Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal – tendo a
STN – Secretaria do Tesouro Nacional – como responsável, é usado para registro, acom-
panhamento e controle da execução orçamentária, financeira e patrimonial da União;
• SIOP – Sistema Integrado de Planejamento e Orçamento do Governo Federal – tendo a
SOF – Secretaria de Orçamento Federal – como responsável, resulta da integração dos
sistemas SIDOR e SIGPLAN e dos processos de Planejamento e Orçamento Federais;
• SIASG – Sistema Integrado de Administração de Serviços Gerais – tendo a Secretaria
de Logística e Tecnologia da Informação como responsável, funciona como um conjun-
to informatizado de ferramentas para operacionalizar internamente o funcionamento
sistêmico das atividades relacionadas ao SISG – Sistema de Serviços Gerais – como a
gestão de materiais, edificações públicas, veículos oficiais, comunicações administrati-
vas, licitações e contratos, com destaque para o SICAF – Subsistema de Cadastramento
Unificado de Fornecedores;
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• SIAPE – Sistema Integrado de Administração de Recursos Humanos – a Secretaria de


Recursos Humanos é a gestora deste sistema e órgão Central do Sistema de Pessoal
Civil da Administração Federal – SIPEC – tem mais de 30 anos de vida e surgiu da ne-
cessidade de o Governo Federal de saber o quanto era despendido com pagamento de
pessoal;
• SIAPA – Sistema Integrado de Administração Patrimonial – serve como ferramenta de
apoio à administração do patrimônio imobiliário da União, dos seus imóveis dominiais e
para integrar os procedimentos da SPU – Secretaria do Patrimônio da União.

A seguir podemos ver o papel ocupado pelo SIAFI e pelo SIOP no âmbito orçamentário e
financeiro, que serão os que iremos nos aprofundar para o nosso certame:

ORÇAMENTO SIOP

PAGAMENTO COMPRA

SIASG

LIQUIDAÇÃO CONTRATO

SIAFI EMPENHO

3.1. SIAFI
O Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal (SIAFI) é o sistema
de informações usado para fins de registro, acompanhamento e controle da execução orça-
mentária, financeira e patrimonial do Governo Federal.

SISTEMA SIAFI

SUBSISTEMAS

Controle de Haveres Administração Execução Orçamentária


e Obrigações: do Sistema: e Financeira:

- Administração
- Dívida Pública
do Sistema - Contábil
- Haveres
- Auditoria - Documentos do Siafi
- Controle
- Centro de Informação - Orçamentário e
- Operações Oficiais
- Conformidade Financeiro
de Crédito
- Manual

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Está no ar a versão web do SIAFI. A aplicação consiste no primeiro produto do projeto Novo
SIAFI, que está estruturado em fases e prevê a convivência do SIAFI Operacional e do novo SIA-
FI. As funcionalidades serão migradas gradualmente para a versão web do sistema, até que o
SIAFI Operacional seja totalmente descontinuado.
Podemos dizer que o SIAFI operacionaliza, ou melhor, viabiliza a centralização e a uniformi-
zação do processamento da execução orçamentária, em parceria com as unidades executoras
e setoriais, gerando integração dos procedimentos relativos à programação financeira, à con-
tabilidade e à Administração Financeira e Orçamentária.
Podemos dizer ainda que o SIAFI é um sistema informatizado que processa e controla, por
meio de terminais instalados em todo o território nacional, a execução orçamentária, financei-
ra, patrimonial e contábil dos órgãos da Administração Pública Direta federal, das autarquias,
fundações e empresas públicas federais e das sociedades de economia mista que estiverem
contempladas no Orçamento Fiscal e/ou no Orçamento da Seguridade Social da União.
O sistema pode ser utilizado pelas Entidades Públicas Federais, Estaduais e Municipais
apenas para receberem, pela Conta Única do Governo Federal, suas receitas (taxas de água,
energia elétrica, telefone etc.) e dos Órgãos que utilizam o sistema.
Muitas são as facilidades que o SIAFI oferece a toda Administração Pública que dele faz
uso, mas podemos dizer que essas facilidades foram desenvolvidas para registrar as informações
pertinentes às tarefas básicas da gestão pública federal dos recursos arrecadados legalmente
da sociedade que são a Execução Orçamentária, a Execução Financeira, a Programação Finan-
ceira e a Prestação de Contas consolidadas da União(antigo BGU).
Devemos destacar ainda que o SIAFI abarca as informações pertinentes às três tarefas
básicas da gestão pública federal dos recursos arrecadados legalmente da sociedade:
• execução orçamentária;
• execução financeira;
• elaboração das demonstrações contábeis consolidadas na prestação de contas anual
do Presidente da República, que substituiu o antigo BGU – Balanço Geral da União.

Cabe ao SIAFI, por exemplo, efetuar o controle dos saldos e a transferência de recursos
entre as UGs – Unidades Gestoras.

A UG – Unidade Gestora – é uma UO – Unidade Orçamentária ou uma UA – Unidade Adminis-


trativa investida do poder de gerir recursos orçamentários e financeiros, próprios ou descen-
tralizados.
A UO – Unidade Orçamentária – tem dotação consignada diretamente na LOA.
A UA – Unidade Administrativa – não tem dotação diretamente na LOA, sendo dependente,
portanto, de uma UO, que descentraliza o crédito para ela.

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O PULO DO GATO
Uma UG pode ser uma UA, cabendo ao SIAFI, nesse caso, controlar os saldos e a transferência
de recursos entre as UGs.

Nos primórdios, o SIAFI era usado apenas pelo Poder Executivo, mas hoje em dia é um sis-
tema informatizado que processa e controla, por meio de terminais instalados em todo o terri-
tório nacional, a execução orçamentária, financeira, patrimonial e contábil dos órgãos da Admi-
nistração Pública direta federal, das autarquias, fundações e empresas estatais dependentes.

Por meio de convênio ou de termo de cooperação técnica entre interessados e a STN – Secre-
taria do Tesouro Nacional – entidades de caráter privado também podem utilizar o SIAFI.

014. (CESPE/TCE-PR/AUDITOR/2016/ADAPTADA) Julgue a assertiva:


Como forma de garantir a segurança do sistema, as entidades de caráter privado estão impe-
didas de usar o SIAFI.

Na verdade, por meio de convênio ou de termo de cooperação técnica entre interessados e o


Tesouro Nacional, entidades de caráter privado também podem utilizar o SIAFI.
Errado.

Segundo o próprio site da STN – Secretaria do Tesouro Nacional – os objetivos do SIAFI


são os seguintes:

a) prover mecanismos adequados ao controle diário da execução orçamentária, financeira e patri-


monial aos órgãos da Administração Pública;
b) fornecer meios para agilizar a programação financeira, otimizando a utilização dos recursos do
Tesouro Nacional, através da unificação dos recursos de caixa do Governo Federal;
c) permitir que a contabilidade pública seja fonte segura e tempestiva de informações gerenciais
destinadas a todos os níveis da Administração Pública Federal;
d) padronizar métodos e rotinas de trabalho relativas à gestão dos recursos públicos, sem implicar
rigidez ou restrição a essa atividade, uma vez que ele permanece sob total controle do ordenador de
despesa de cada unidade gestora;
e) permitir o registro contábil dos balancetes dos estados e municípios e de suas supervisionadas;
f) permitir o controle da dívida interna e externa, bem como o das transferências negociadas;
g) integrar e compatibilizar as informações no âmbito do Governo Federal;
h) permitir o acompanhamento e a avaliação do uso dos recursos públicos; e
i) proporcionar a transparência dos gastos do Governo Federal.

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Ainda segundo o próprio site da STN, o SIAFI trouxe as seguintes vantagens para a Admi-
nistração Financeira, Orçamentária e Patrimonial Pública:
• Contabilidade: o gestor ganha rapidez na informação, qualidade e precisão em seu tra-
balho;
• Finanças: agilização da programação financeira, otimizando a utilização dos recursos
do Tesouro Nacional, por meio da unificação dos recursos de caixa do Governo Federal
na Conta Única no Banco Central;
• Orçamento: a execução orçamentária passou a ser realizada dentro do prazo e com
transparência, completamente integrada a execução patrimonial e financeira. Visão cla-
ra de quantos e quais são os gestores que executam o orçamento: são mais de 4.000
gestores cadastrados, que executam seus gastos através do sistema de forma on-line;
• Desconto na fonte de impostos: no momento do pagamento, já é recolhido o imposto
devido;
• Auditoria: facilidade na apuração de irregularidades com o dinheiro público;
• Transparência: detalhamento total do emprego dos gastos públicos disponível em rela-
tórios publicados no site.

Fim da multiplicidade de contas bancárias: os números da época indicavam 3.700 contas


bancárias e o registro de aproximadamente 9.000 documentos por dia. Com a implantação do
SIAFI, constatou-se que existiam em torno de 12.000 contas bancárias e se registravam em
média 33.000 documentos diariamente. Hoje 98% dos pagamentos são identificados de modo
instantâneo na Conta Única e 2% deles com uma defasagem de, no máximo, cinco dias.
Além disso, segundo a STN, o SIAFI apresenta ainda inúmeras vantagens que o distinguem
de outros sistemas em uso no âmbito do Governo Federal:
• Sistema disponível 100% do tempo e on-line;
• Sistema centralizado, o que permite a padronização de métodos e rotinas de trabalho;
• Interligação em todo o território nacional;
• Utilização por todos os órgãos da Administração Direta (poderes Executivo, Legislativo
e Judiciário);
• Utilização por grande parte da Administração Indireta;
• Integração periódica dos saldos contábeis das entidades que ainda não utilizam o SIAFI
para efeito de consolidação das informações econômico-financeiras do Governo Fede-
ral – à exceção das Sociedades de Economia Mista, que têm registrada apenas a par-
ticipação acionária do Governo – e para proporcionar transparência sobre o total dos
recursos movimentados.

Vamos conhecer agora os principais documentos do SIAFI.


Guarde que a entrada dos dados necessários à execução orçamentária, financeira e contá-
bil é efetuada usando os seguintes documentos.

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1. DARF ou DF – Documento de Arrecadação de Receitas Federais – DARF Eletrônico: é o


documento que permite registrar a arrecadação de receitas federais efetivadas pelos Órgãos e
Entidades, por meio de transferências de recursos intra-SIAFI entre a UG recolhedora e a Conta
Única do Tesouro Nacional.

2. GPS ou GP – Guia da Previdência Social – GPS Eletrônica: é o documento que permite


registrar o recolhimento das contribuições para a Seguridade Social por meio de transferências
de recursos intra-SIAFI entre a UG recolhedora e a Conta Única do Tesouro Nacional.
3. NC – Nota de Movimentação de Crédito: é o documento que permite registrar a movi-
mentação de créditos interna e externa e suas anulações.
4. ND – Nota de Dotação: é o documento que permite registrar as informações orçamentá-
rias elaboradas pela SOF, ou seja, dos créditos previstos na LOA. Também permite a inclusão
de créditos no orçamento não previstos inicialmente e o registro do desdobramento do plano
interno e do detalhamento da fonte de recursos. O plano interno é um instrumento de plane-
jamento e de acompanhamento da ação planejada, usado como forma de detalhamento do
projeto/atividade, de uso exclusivo de cada ministério/órgão.
5. NE – Nota de Empenho: é o documento que permite registrar as operações que envolvem
despesas orçamentárias realizadas pela Administração Pública Federal, ou seja, o comprome-
timento de despesa, seu reforço ou anulação, indicando o nome do credor, a especificação e
o valor da despesa, bem como a dedução desse valor do saldo da dotação própria. Emitida a
NE, torna-se o crédito empenhado e indisponível para nova aplicação. É, portanto, a forma de
comprometimento de recursos orçamentários diretamente dotados no orçamento ou recebi-
dos por meio de descentralização externa ou interna.

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6. NL – Nota de Lançamento por Evento: é o documento que permite registrar eventos con-
tábeis não vinculados a documentos específicos.

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7. NS – Nota de Lançamento de Sistema: é o documento que permite registrar eventos


contábeis de forma automática, como: acertos contábeis; extinção, incorporação, transferên-
cia e integração de saldos.
8. OB – Ordem Bancária: é o documento que permite registrar o pagamento de compro-
missos, bem como a transferência de recursos entre UGs, liberação de recursos para fins de
adiantamento (suprimento de fundos) e de transferências financeiras por meio de cota, repas-
se, sub-repasse e afins. Qualquer que seja a sua modalidade, a OB deverá conter no campo
conta corrente da UG emitente a expressão”ÚNICA” ou a conta bancária do agente financeiro
que a acatará.
9. PE – Pré-Empenho: é o documento que permite registrar créditos orçamentários pré-com-
promissados, para atender objetivos específicos, nos casos em que a despesa a ser realizada,
por suas características, cumpre etapas com intervalos de tempo desde a decisão administrati-
va até a efetivação da emissão da Nota de Empenho.
O SIAFI é um sistema de informações centralizado em Brasília, ligado por teleprocessamen-
to aos Órgãos do Governo Federal distribuídos no País e no exterior. Essa ligação, que é feita
pela rede de telecomunicações do SERPRO e também pela conexão a outras inúmeras redes
externas, é que garante o acesso ao sistema às quase 18 mil Unidades Gestoras ativas no SIAFI.
Para facilitar o trabalho de todas essas Unidades Gestoras, o SIAFI foi concebido para se
estruturar por exercícios: cada ano equivale a um sistema diferente, ou seja, a regra de for-
mação do nome do sistema é a sigla SIAFI acrescida de quatro dígitos referentes ao ano do
sistema que se deseja acessar: SIAFI2000, SIAFI2001,... SIAFI2019 etc.
Por sua vez, cada sistema está organizado por subsistemas – atualmente são 21 – e estes,
por módulos. Dentro de cada módulo estão agregadas inúmeras transações, que guardam entre si
características em comum. Nesse nível de transação é que são efetivamente executadas as
diversas operações do SIAFI, desde entrada de dados até consultas.
Um dos subsistemas do SIAFI mais importantes é o de contas a pagar e a receber – CPR,
que será estudado no tópico seguinte.
Existe uma forte preocupação com a segurança do sistema. Vamos conhecer agora seus
principais aspectos.
Um dos mecanismos mais importantes de segurança é o controle da habilitação e a iden-
tificação do usuário. Assim, para utilizar o SIAFI, os usuários são habilitados formalmente,
por meio do cadastramento de uma senha, quando são especificados os perfis e os níveis de
acesso de cada usuário.
Perfil é o conjunto de determinadas transações atribuídas a cada Operador, para atender às
necessidades de execução e consulta ao Sistema.
O nível de acesso determina o grau de inclusão de dados e a abrangência das consultas
feitas pelo usuário no sistema SIAFI. O usuário responde integralmente pelo uso do sistema
sob a sua senha e obriga-se a cumprir os requisitos de segurança instituídos pela STN, sujei-
tando-se às consequências das sanções penais ou administrativas cabíveis em decorrência
do mau uso.

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Assim, quando um usuário qualquer acessa o SIAFI, automaticamente são registrados o


seu CPF, a hora e de qual terminal foi feito o acesso. Essa medida tem o objetivo de monitorar
as ações danosas ou fraudulentas executadas utilizando-se o sistema. Da mesma forma, a
inclusão ou modificação de dados no sistema também são registradas com a identificação do
CPF, a hora e o nome do autor da operação.
Outro aspecto relevante em termos de segurança são os procedimentos para garantir a
integridade e a confiabilidade do SIAFI, que se referem aos dados oficiais e à imutabilidade dos
seus documentos. Assim, deve ser reconhecido como dado oficial o que for extraído do SIAFI
e autenticado pelo titular da unidade responsável ou pelo titular da STN, sendo que, após o re-
gistro do documento no sistema, não é mais possível a sua alteração. Nessa toada, são acom-
panhadas as modificações nos dados do sistema, sendo que, para a correção ou anulação de
um documento já registrado, é preciso a inclusão de novo documento para modificar o anterior.
A Conformidade de Registros de Gestão consiste na certificação diária dos registros dos
atos e fatos de execução orçamentária, financeira e patrimonial incluídos no SIAFI e da existên-
cia de documentos hábeis que comprovem as operações, de modo a verificar se os registros
dos atos e fatos de execução orçamentária, financeira e patrimonial efetuados pela Unidade
Gestora Executora foram realizado em observância às normas vigentes e também a existência
de documentação que suporte as operações registradas.
Além disso, guarde que a Conformidade dos Registros de Gestão serve como suporte ao
registro da Conformidade Contábil, servindo como um procedimento que atesta a conformidade
dos documentos emitidos no SIAFI com a documentação suporte, não se confundindo com a
análise da legalidade do ato, cuja responsabilidade é de quem o ordenou.
Tal procedimento de conferência pode ter como resultado uma das seguintes situações:
“sem restrição” ou “com restrição”.
Dizemos que o resultado é “sem restrição” quando a documentação, física ou eletrônica,
comprova os atos de gestão realizados, sendo que na forma eletrônica deve ter certificação
digital emitida no âmbito da ICP – Brasil – Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira.
Dizemos, por outro lado, que o resultado é com restrição quando:
• a documentação não comprovar de forma fidedigna os atos e fatos de gestão rea-
lizados;
• não existir documentação que dê suporte aos registros efetuados;
• o registro não espelhar os atos e fatos de gestão realizados, e não for corrigida pelo
responsável;
• ocorrerem registros não autorizados pelos responsáveis por atos e fatos de gestão.

A Conformidade Contábil dos atos e fatos da gestão orçamentária, financeira e patrimonial


consiste na certificação dos demonstrativos contábeis gerados pelo SIAFI, tendo como base

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os Princípios e Normas Contábeis aplicáveis ao setor público, o Plano de Contas da União, a


Conformidade dos Registros de Gestão, o Manual SIAFI, e outros instrumentos que subsidiem
o processo de análise realizada pelo responsável pelo seu registro.
A Conformidade Contábil também pode ser “sem ocorrência” ou “com ocorrência”.
Dizemos que o resultado é sem ocorrência quando observadas as seguintes situações,
cumulativamente:
• Ausência de inconsistências ou desequilíbrios nas Demonstrações Contábeis;
• As atividades fins do Órgão estiverem espelhadas nas Demonstrações Contábeis;
• Ausência de ocorrências nas transações >CONCONTIR, >CONINCONS e >CONINDBAL,
nos dados contábeis da UG, do órgão vinculado ou do órgão superior;
• Inexistência de contas contábeis com saldo invertido na transação BALANCETE, exceto
aquelas contas em que é permitida a inversão de saldo, cuja situação não representa,
propriamente, uma inconsistência;
• Ausência de restrições nos dias em que ocorreram lançamentos contábeis em que a UG
tenha registrado a Conformidade de Registros de Gestão;
• Ausência de inconsistências que comprometam a qualidade das informações contá-
beis, observadas as orientações, os instrumentos de análise disponíveis no SIAFI, outros
mecanismos que estejam à disposição do conformista e os esclarecimentos constan-
tes do Manual SIAFI.

Dizemos, por outro lado, que o resultado é com ocorrência quando ocorrer pelo menos
uma das seguintes situações:
• Inconsistências ou desequilíbrios apresentados nas Demonstrações Contábeis;
• As atividades fins do Órgão não estiverem espelhadas nas Demonstrações Contábeis;
• Existência de ocorrências nas transações >CONCONTIR, >CONINCONS e >CONINDBAL,
nos dados contábeis da UG, do órgão vinculado ou do órgão superior, ou ainda, ocorrên-
cias determinadas como passíveis desse registro pelo órgão central de contabilidade e/
ou por decisão do profissional em contabilidade responsável;
• Existência de contas contábeis com saldo invertido na transação >BALANCETE, exceto
aquelas contas em que é permitida a inversão de saldo, cuja situação não representa,
propriamente, uma inconsistência;
• Falta de registro no SIAFI ou a existência de restrições registradas na Conformidade de
Registros de Gestão, nos dias em que ocorreram lançamentos contábeis na UG;
• Existência de inconsistências que comprometam a qualidade das informações contá-
beis, observadas as orientações, os instrumentos de análise disponíveis no SIAFI, outros
mecanismos que estejam à disposição do conformista e os esclarecimentos constan-
tes do Manual SIAFI;

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• Falta de registro no SIAFI de situações, com devidos documentos comprobatórios que


se refiram a atos ou fatos incorridos na unidade ou órgão, comprometendo desta forma
a fidedignidade das demonstrações contábeis.

Plano de Contas

O SIAFI promove, de forma automática, os lançamentos contábeis correspondentes aos


registros dos atos e fatos praticados pelos gestores públicos quando do exercício de suas
atividades. Assim, foi possível utilizar a contabilidade como fonte de informações confiáveis e
instantâneas, pois os registros são lançados no mesmo momento em que os fatos ocorrem e
não é necessária a existência de um contador em cada Unidade Gestora para efetuar a classi-
ficação contábil de cada ato ou fato realizado.
A execução contábil relativa aos atos e fatos de gestão financeira, orçamentária e patri-
monial da União obedece ao Plano de Contas elaborado e mantido de acordo com os padrões
estabelecidos, tendo como partes integrantes a relação das contas agrupadas segundo suas
funções, a tabela de eventos (conjunto de todos os eventos existentes) e a indicação do meca-
nismo de débito e crédito de cada conta. Trata-se, portanto, de um conjunto das contas utilizá-
veis em toda a Administração Pública federal, organizadas e codificadas com o propósito de
sistematizar e uniformizar o registro contábil dos atos e fatos de gestão, e permitir a qualquer
momento, com precisão e clareza, a obtenção dos dados relativos ao patrimônio da União.
A estrutura básica do Plano de Contas da União em nível de classe/grupo consiste na se-
guinte disposição:

Passivo
Ativo
Circulante
Circulante
Exigível a longo prazo
Realizável a longo prazo
Resultado de exercícios futuros
Permanente
Patrimônio líquido
Compensado
Compensado

Receita
Despesa
Corrente
Corrente
De capital
De capital
Deduções da receita

Resultado aumentativo
Resultado diminutivo
do exercício
do exercício
Orçamentário
Orçamentário
Extraorçamentário
Extraorçamentário
Resultado apurado

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Como são numerosas as contas do Plano de Contas e muitos gestores públicos não têm
conhecimentos aprofundados sobre contabilidade pública, foi essencial que se criasse um
outro mecanismo dentro do SIAFI que pudesse facilitar o trabalho de registro dos atos e fatos
de gestão.
Assim surgiu o EVENTO, que é um código associado a cada tipo de ato ou fato que deva
ser registrado contabilmente pelo sistema e ao qual se associa, por sua vez, um roteiro con-
tábil, ou seja, uma lista das contas de débito e crédito que devam ser afetadas, de forma a que
todos os operadores do SIAFI possam efetuar lançamentos contábeis, ainda que absolutamen-
te nada saibam sobre contabilidade.

A tabela de eventos, que está sob a “batuta” da STN, é o instrumento utilizado pelas UGs – Unidades
Gestoras – para preenchimento das telas e/ou documentos de entrada no SIAFI. Serve para trans-
formar os atos e fatos administrativos rotineiros em registros contábeis automáticos.

Por fim, registre-se que, em termos de União, os valores previstos no Orçamento Público
têm as informações orçamentárias, fornecidas pela Secretaria de Orçamento Federal, lança-
das no SIAFI, por intermédio da geração automática do documento Nota de Dotação – ND,
criando-se assim o crédito orçamentário e, a partir daí, tem-se o início da execução orçamen-
tária propriamente dita.
Nesse sentido, existe no SIAFI uma tabela que vincula cada unidade orçamentária exis-
tente no QDD com uma unidade gestora do SIAFI. Essa unidade gestora será responsável pela
descentralização e/ou pela execução desses créditos recebidos.

3.2. Contas a Pagar e a Receber (CPR)


O CPR é um subsistema do SIAFI que faz parte do grupo Recursos Complementares com
Aplicação Específica.
A seguir, apresento alguns conceitos básicos presentes no manual do SIAFI acerca do CPR.
O CPR – Contas a Pagar e a Receber – é um subsistema do SIAFI-WEB que permite o geren-
ciamento de compromissos de pagamento e recebimento, a partir do registro dos documentos
que os originam, tais como notas fiscais, recibos, autorizações de diárias e suprimentos de
fundos. O CPR possibilita ainda a emissão automática das ordens bancárias e dos documen-
tos de recolhimento de tributos e contribuições correspondentes aos compromissos.
O CPR permite o cadastramento de contratos, notas fiscais, recibos e outros documentos
de origem, cuja contabilização é efetuada por eventos de sistema após o efetivo registro dos
documentos hábeis. Esses documentos geram compromissos de pagamento e de recebimen-
to que montarão o fluxo financeiro.
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As consultas, tanto ao fluxo de caixa como ao demonstrativo consolidado dos compromis-


sos, podem ser direcionadas por diversas chaves de seleção e classificação (fonte/categoria
de gasto, credor/devedor, UGR, Recurso, Natureza da Despesa, PTRES, Vinculação etc.) por
meio das transações DEMCOMP – Demonstrativo de Compromissos; e GERCOMP – Gerenciar
Compromissos. A partir da consulta ao demonstrativo dos compromissos, o usuário poderá
comandar os pagamentos e recebimentos, em modo “batch”(programado) ou on-line, gerando
automaticamente os documentos OB, NS, GPS ou DARF.

015. (CESPE/TCU/TÉCNICO/2015) Julgue a assertiva:


O CPR – Contas a Pagar e a Receber –, um subsistema do SIAFI, permite a geração automá-
tica de ordens bancárias e de documentos de recolhimento de tributos e contribuições que,
em conjunto com outros documentos, servirão para montar o fluxo financeiro de cada unida-
de gestora.

O CPR – Contas a Pagar e a Receber – é um subsistema do SIAFI que faz parte do grupo Re-
cursos Complementares com Aplicação Específica do SIAFI, de modo a otimizar o processo
de programação financeira dos órgãos e das entidades ligadas ao sistema, proporcionando
informações em nível analítico e gerencial do fluxo de caixa.
Na verdade, por meio do CPR podemos cadastrar contratos, notas fiscais, recibos e outros
documentos, cuja contabilização é efetuada por eventos de sistema.
Nessa esteira, esses documentos geram compromissos de pagamento e de recebimento que
compõem o fluxo de caixa montado pelo SIAFI.
Além disso, o CPR ainda permite a emissão automática das ordens bancárias e dos documen-
tos de recolhimento de tributos e contribuições correspondentes aos compromissos.
Certo.

Conceitos Básicos do CPR

Documento de origem: é o suporte documental que fornece ao gestor subsídios concretos,


tempestivos e suficientes para que ele proceda ao registro da informação patrimonial, financei-
ra ou orçamentária no Sistema.

Exemplo: nota fiscal, recibo de pagamento ou qualquer outro documento emitido pela unidade
ou pelo fornecedor, que será cadastrado no sistema.

Documento hábil: é o documento cadastrado no sistema que gera compromissos de pa-


gamento ou de recebimento, podendo ser de previsão (nota de empenho, contrato etc.) ou de
realização (nota fiscal, recibo, folha de pagamento etc.)
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Documento contábil: é o documento gerado pelo sistema a partir dos dados informados,
direta ou indiretamente, pelo gestor quando do registro da informação patrimonial, financeira
ou orçamentária no Sistema. Ao registrar as informações, o sistema gera o documento contábil
que contém os lançamentos contábeis nas respectivas contas contábeis a crédito ou a débito;
Ex: NS (Nota de Sistema); DF, DR (Documentos Contábeis gerados quando o gestor procede à
realização das retenções tributárias); OB (Documento Contábil gerado quando o gestor proce-
de, por exemplo, ao pagamento dos fornecedores) GR (Documento Contábil gerado quando o
gestor procede a recolhimentos diretamente à Conta Única via GRU).
Documento relacionado: é um documento hábil já incluído no sistema cujos dados forne-
cem suporte histórico documental para o documento que está sendo incluído ou alterado; ex.:
pode-se incluir um documento hábil de devolução de despesa (DD) que está relacionado com
um documento hábil que registrou a despesa.
Situação: é a indicação do fato que está sendo registrado quando do cadastramento do
documento hábil, determinando os eventos contábeis envolvidos. Ex.: a nota fiscal pode ter
situações de despesas com serviço, material, obras etc.
Dedução/encargos: corresponde às retenções de impostos e contribuições, bem como de
descontos, cujos valores serão deduzidos do valor do documento, ou encargos decorrentes da
emissão de documentos ficais.
UG pagadora/recebedora: é a unidade gestora responsável pelo pagamento/recebimento
dos compromissos gerados pelo documento hábil de realização, inclusive os decorrentes de
retenções/encargos.

 Obs.: o CPR permite que uma UG emita a nota de empenho, outra cadastre o documento e
uma terceira pague o compromisso. Quando as UG forem diferentes, os registros orça-
mentários sempre ocorrerão na UG do Empenho, o registro contábil da liquidação da
despesa sempre ocorrerá na UG emitente do documento hábil e, por fim, os registros
de pagamento sempre ocorrerão na UG Pagadora do compromisso.

Credor/devedor: identifica a entidade credora do compromisso, se documento de paga-


mento ou retenção/encargos, ou devedora, se documento de recebimento.
Compromissos: são os valores a pagar ou a receber gerados a partir do cadastramento de
um documento hábil, podendo ser também de previsão (anterior à liquidação) ou de realização
(já liquidado).

3.3. SIOP
O Sistema Integrado de Planejamento e Orçamento do Governo Federal (SIOP), surgiu com
a integração dos sistemas existentes até então no âmbito do Planejamento e Orçamento Fe-
derais denominados SIDOR e SIGPLAN, tendo como ideais a otimização de procedimentos, a
redução de custos, e a integração de informações fundamentais para a gestão pública, sendo
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de responsabilidade da SOF – Secretaria de Orçamento Federal –, órgão integrante do Ministé-


rio do Planejamento, Orçamento e Gestão (atual Ministério da Economia).
Destaque-se que SIOP integrou em um só sistema as funções do SIGPLAN – Sistema de In-
formações Gerenciais e de Planejamento (que era responsável pelo PPA) e do Sistema Integra-
do de Dados Orçamentários – SIDOR (que gerenciava o Orçamento – LOA), ou seja, por meio
do SIOP, os órgãos centrais, setoriais e as unidades orçamentárias do Governo Federal passa-
ram a ter um único sistema para alimentar e atualizar o cadastro de programas e ações, estan-
do sob a responsabilidade da SOF – MPOG (incorporado pelo Ministério da Economia – ME).
O SIOP é composto por módulos, que funcionam como subsistemas, sendo os mais impor-
tantes os seguintes.
SIOP Legis: serve como instrumento de consulta à legislação e aos documentos oficiais
publicados, como leis, decretos, portarias, instrumentos normativos, regulamentos, decisões,
declarações, comunicações e outros cujo assunto seja relacionado direta ou indiretamente ao
tema orçamento público.
SIOP Relatórios: fornece informações sobre o orçamento federal e as suas alterações e
execução no ano corrente e dados históricos de forma gerencial ou operacional, facilitando a
análise e o acompanhamento da execução orçamentária por meio de relatórios.
SIOP Gerencial-BI: funciona como uma ferramenta de consulta do tipo “Business Intelli-
gence – BI”, disponibilizando informações do Orçamento da União, suas alterações, a execu-
ção do ano corrente e restos a pagar etc.
SIOP Acesso Público: usando a base de dados do SIOP, fornece acesso a todos os cida-
dãos interessados nas informações sobre a Lei Orçamentária Anual – LOA – não sendo neces-
sário nenhum tipo de autenticação, autorização ou cadastro prévio.
Órgão central

Órgãos
setoriais

Unidades
orçamentárias

No que diz respeito ao aspecto qualitativo da LOA e do PPA, considerando o papel integra-
tivo entre PPA e LOA exercido pelo SIOP durante o ciclo orçamentário, vários “atores” atuam
em alguns de seus “momentos”, denominação essa usada para especificar cada etapa de sua
tramitação, conforme a seguir:
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• Momento inicial (carga original dos dados);


• Momento UO: unidade orçamentária;
• Momento OS: órgão setorial (liga a unidade orçamentária à SOF);
• Momento Órgão Central: (SOF, DEST e SPI);
• Momento controle de qualidade: (SOF, DEST e SPI).

No SIOP, temos um módulo denominado “alterações orçamentárias” usado para processar


os ajustes necessários ao orçamento durante a execução, como os ajustes classificatórios e
os decorrentes de créditos suplementares, créditos especiais e créditos extraordinários.
É importante deixar registrado que, de acordo com o MTO – Manual Técnico do Orçamento –
que orienta elaboração da proposta orçamentária, o sistema de informação a ser utilizado é o SIOP.
Nessa pegada, com base nos referenciais monetários, os órgãos setoriais detalham a pro-
posta orçamentária no SIOP, com a abertura dos limites de despesa no âmbito da estrutura
programática da despesa, com exceção do detalhamento da proposta orçamentária para as
despesas com sentenças/precatórios e com a parcela da dívida contratual, que não diz respeito
aos encargos financeiros da União, que é realizada diretamente pela SOF de forma centralizada.

016. (CESPE/TCE-PE/AUDITOR/2017) Com relação aos métodos de classificação e outros


conceitos técnicos da administração orçamentária, julgue o item que se segue.
Os códigos de identificação dos planos orçamentários podem ser modificados por meio do
Sistema Integrado de Planejamento e Orçamento (SIOP).

Em verdade, o MTO – Manual Técnico de Orçamento – definiu um “plano orçamentário” como


sendo a identificação orçamentária, de caráter apenas gerencial, já que não consta na LOA, que
faz a vinculação à ação orçamentária, para viabilizar a elaboração do orçamento e o acompa-
nhamento físico e financeiro da sua execução de modo mais detalhado que o previsto na LOA.
Nesse contexto, o código é a identificação alfanumérica de quatro posições, gerada automati-
camente pelo sistema SIOP, mas que pode ser modificado pelo usuário.
Certo.

Do ponto de vista quantitativo, a programação orçamentária realizada no SIOP tem a di-


mensão física e a dimensão financeira, sendo que a física define a quantidade de bens e ser-
viços a serem entregues e a financeira estima o montante necessário para o desenvolvimento
da ação orçamentária.
É interessante deixar registrada a existência de um módulo no SIOP denominado pleitos,
que é usado avaliar pressões sobre o orçamento futuro. Assim, cada pleito equivale à trami-
tação de um pedido de crédito encaminhado para SOF, permitindo seu acompanhamento em
tempo real.

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Existem também um módulo denominado receita que permite consulta à arrecadação, a


alocação das fontes de receitas, a projeção de cenários e de estimativas, a consolidação e
divulgação das previsões.
O SIOP também tem um módulo denominado LDO que permite a proposição, a avaliação e
a tramitação de emendas à LDO. Existem quatro tipos de emendas possíveis:
• Emenda Aditiva: propõe a inclusão de um novo dispositivo antes do dispositivo selecio-
nado;
• Emenda Modificativa: propõe a alteração do texto do dispositivo;
• Emenda Substitutiva: propõe a exclusão do dispositivo por inteiro e sua substituição por
outro;
• Emenda Supressiva: propõe a exclusão do dispositivo.

No que diz respeito ao suporte aos usuários do SIOP, é interessante registrar que existem
diversos canais como o Manual SIOP, os Vídeos Tutoriais, a aba de Perguntas Frequentes, o
Suporte por e-mail e atendimento por telefone.

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RESUMO
O SPOF – Sistema de Planejamento e Orçamento Federal –, que tem o Ministério do
Planejamento, Orçamento e Gestão como órgão central, é regulado e organizado pela Lei n.
10.180/2001 e compreende as atividades de elaboração, acompanhamento e avaliação de
planos, programas e orçamentos, e de realização de estudos e pesquisas socioeconômicas.
Integram o SPOF:
• Órgão Central – Ministério da Economia;
• Órgãos Setoriais – Unidades de Planejamento e Orçamento dos Ministérios, da AGU, da
Vice-Presidência da República e da Casa Civil da Presidência da República;
• Órgãos Específicos – vinculados ou subordinados ao órgão central, cuja missão com-
preenda atividades de planejamento e orçamento;
• UOs – Unidades Orçamentárias – atuam coordenando o processo de elaboração da pro-
posta orçamentária, de modo a integrar as unidades administrativas do órgão.
Formular o Planejamento Estratégico Nacional

Nacional
Formular planos de desenvolvimento econômico e social
Setoriais (Poderes)
Regionais
PPA
FINALIDADE Formular Orçamento Anual
Diretrizes orçamentárias

Gerenciar o processo de planejamento e orçamento federal Estados

Promover articulação para compatibilização de normas e tarefas afins, entre: Municípios


DF

Sistema de Elaboração
Planos, programas e orçamentos
Acompanhamento
Planejamento e de
Avaliação
Orçamento Federal ATIVIDADES

Lei n. 10.180/2001 Estudos e pesquisas socioeconômicas

ME – Órgão Central
Ministérios
AGU
Órgãos setoriais: unidades de planejamento e orçamento
Vice-Presidência
INTEGRANTES
Casa Civil

Órgão específicos: vinculados ou subordinados ao órgão central

A programação e a execução orçamentária e financeira devem estar atreladas a um pro-


cesso eficaz de planejamento e não deixa de ser um instrumento de políticas públicas.
A integração do planejamento à execução orçamentário-financeira deve ser realizada por
meio da programação financeira de gastos e arrecadações.

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A LOA é organizada na forma de créditos orçamentários e suas respectivas dotações orça-


mentárias. Assim, o crédito orçamentário é composto pelo conjunto de categorias classificató-
rias e contas que especificam as ações e operações autorizadas na LOA, enquanto a dotação é
o montante de recursos financeiros com que conta o crédito orçamentário. Em outras palavras,
podemos dizer que para um crédito orçamentário temos uma dotação, que é o limite de recur-
so financeiro autorizado para aquele crédito.
Após a LOA ter sido aprovada e sancionada, o Quadro de Detalhamento da Despesa (QDD)
será definido como sendo um instrumento que detalha, em nível operacional, os subprojetos
e subatividades constantes da lei orçamentária anual, especificando as Unidades Orçamentá-
rias de cada órgão, fundo ou entidades dos orçamentos fiscal e da seguridade social, especifi-
cando, para cada categoria, a fonte de recursos, a categoria econômica, o grupo de despesa e
a modalidade de aplicação.
Em termos de União, os valores previstos no Orçamento Público têm as informações orça-
mentárias, fornecidas pela Secretaria de Orçamento Federal, lançadas no SIAFI, por intermédio
da geração automática do documento Nota de Dotação – ND –, criando-se, assim, o crédito
orçamentário e, a partir daí, tem-se o início da execução orçamentária propriamente dita.
A Programação Financeira é o conjunto de atividades que têm o objetivo de ajustar o ritmo
da execução do orçamento ao fluxo provável de entrada de recursos financeiros que vão asse-
gurar a realização dos programas anuais de trabalho e, consequentemente, impedir eventuais
insuficiências de tesouraria.
O cronograma de desembolso é parte da programação financeira de desembolso, já que
representa somente as despesas decorrentes da execução física dos projetos e atividades a
cargo dos ministérios ou órgãos, ou seja, espelha a necessidade de recursos financeiros para
pagamento dessas despesas.
Do lado orçamentário, temos a descentralização de crédito; do financeiro, a movimenta-
ção de recursos.
A movimentação de créditos do órgão central de orçamento para os órgãos setoriais cha-
ma-se dotação, enquanto a movimentação de recursos do órgão central de programação finan-
ceira para os órgãos setoriais é chamada cota.
A movimentação de crédito entre órgãos distintos denomina-se descentralização externa
ou destaque. Já a movimentação de recursos é conhecida como repasse.
A movimentação de crédito de um órgão para as unidades a ele vinculadas, bem como
entre elas, denomina-se descentralização interna ou provisão, ao passo que a movimentação
de recursos é chamada de sub-repasse.

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Orçamentário

Ministério da Economia (ME) Nível de


Secretaria de Orçamento Federal (SOF) Órgão Central

Dotação
Crédito Disponível
(ND)

Órgão “A” Órgão “B” Nível de Órgão


Destaque Setorial
Unidade Orçamentária Unidade Orçamentária

Provisão Provisão

Unidade Executora Unidade Executora Nível de Órgão


Destaque Executora
Órgão “A” Órgão “B”

MOVIMENTAÇÃO DE RECURSOS

PROGRAMAÇÃO E EXECUÇÃO FINANCEIRA


LIBERAÇÃO DE RECURSOS
STN

Cota Cota

Ministério A Ministério B Ministério C


OSPF OSPF OSPF

Repasse
Sub-repasse

Entidade UG UG
Supervisionada

Sub-repasse

UG

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A execução orçamentária pode ser definida simplesmente como a utilização dos créditos
consignados na Lei Orçamentária Anual – LOA –, ou seja, a execução orçamentária é a utiliza-
ção dos CRÉDITOS consignados no orçamento.
A execução financeira, de modo distinto, representa a utilização de recursos financeiros,
visando atender à realização dos projetos e/ou atividades atribuídas às Unidades Orçamentá-
rias pelo Orçamento.

ORÇAMENTÁRIO FINANCEIRO
Descentralização de Crédito Movimentação de Recurso

SOF STN
Cota

Desc. Externa Repasse

Ministério A Ministério B Ministério C Ministério A Ministério B Ministério C

Desc.
Desc. interna Repasse Sub-repasse
Externa

UG UG UG Entidade Entidade UG UG UG
Desc. interna Supervisionada Supervisionada Sub-repasse

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Veja o esquema a seguir:

Até 31/08
Congresso
Chefe do Poder
Até 22/12 Nacional
Executivo
Comissão Mista
(discussão,
votação e
aprovação)

Proposta
Projeto de Lei
Orçamentária
LOA ou Lei de
Meios

Consolidação ME/SOF
Geral Publicação da
LOA no DOU

COF/SAG/ ME/STN/ ME/SOF


Consolidação
Ministério/ CONFIN Dec. de Publicação de
Setorial
Órgão Exerc. Portaria

Proposta UO
UG
Parciais
UA

INÍCIO EXECUÇÃO

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Veja o esquema a seguir:

Lei Orçamentária
(Lei de Meios)

Orçamentário Financeiro

Programação
Financeira
(decreto)

Quadro de Cronograma de
Detalhamento da Desembolso
Despesa
STN

Liberação de
UO Cotas

Descentralização Movimentação
de Crédito Interna e de Recursos
Externa Financeiros
L (repasse e
I sub-repasse)
C
UO
I
UA
T
Empenho
A
Ç UA
Ã
Liquidação Pagamento
O

Sistemas de Informações

SIAFI

O SIAFI é um sistema informatizado que processa e controla, por meio de terminais insta-
lados em todo o território nacional, a execução orçamentária, financeira, patrimonial e contábil
dos órgãos da Administração Pública direta federal, das autarquias, fundações e empresas
públicas federais e das sociedades de economia mista que estiverem contempladas no Orça-
mento Fiscal e/ou no Orçamento da Seguridade Social da União.
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Programação e Execução Orçamentária e Financeira
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O CPR – Contas a Pagar e a Receber – é um subsistema do SIAFI-WEB que permite o


gerenciamento de compromissos de pagamento e recebimento, a partir do registro dos do-
cumentos que os originam, tais como notas fiscais, recibos, autorizações de diárias e supri-
mentos de fundos. O CPR possibilita ainda a emissão automática das ordens bancárias e dos
documentos de recolhimento de tributos e contribuições correspondentes aos compromissos.

SIOP

O Sistema Integrado de Planejamento e Orçamento do Governo Federal – SIOP – surgiu


com a integração dos sistemas existentes até então no âmbito do Planejamento e Orçamento
Federais denominados SIDOR e SIGPLAN, tendo como ideais a otimização de procedimentos,
a redução de custos, e a integração de informações fundamentais para a gestão pública, sendo
de responsabilidade da Secretaria de Orçamento Federal – SOF –, órgão integrante do Ministé-
rio da Economia, integrando PPA e LOA.
Vamos agora fazer mais questões. Agora é hora de praticar e fixar o que estudamos hoje.

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Programação e Execução Orçamentária e Financeira
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MAPAS MENTAIS

Integração do planejamento à execução do orçamento público

Programação Quadro de Detalhamento da Despesa – detalha a nível


Orçamentária operacional a LOA
e Financeira
Programação financeira – ajustar o ritmo da execução do orçamento
ao fluxo provável de entrada de recursos financeiros

É utilização dos créditos


consignados no orçamento

Execução Dotação – do Órgão Central


Programação
Orçamentária para os Órgãos Setoriais
e Execução
Orçamentária e
Descentralização do Destaque ou descentralização
Financeira
Crédito Orçamentário externa – entre órgãos distintos

Provisão ou descentralização
interna – de um órgão para as
unidades vinculadas

É a utilização de recursos financeiros

Execução
Financeira Cota – do Órgão Central para os Órgãos Setoriais

Movimentação do recurso Repasse – entre órgãos distintos

Sub-repasse – de um órgão para unidades


vinculadas

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QUESTÕES COMENTADAS EM AULA


001. (CESPE/EBSERH/TECNÓLOGO/2018) Com relação aos fundamentos legais e aos con-
ceitos básicos do sistema de planejamento, orçamento e financeiro, julgue o item a seguir.
Cabe ao sistema de planejamento e de orçamento do governo federal fazer a gestão financeira
e orçamentária.

002. (CESPE/STJ/ANALISTA/2018) Acerca dos fundamentos de administração financeira e


orçamentária, julgue o item a seguir.
Se determinado órgão público elaborar um plano que envolva apenas sua área de atuação,
esse plano deverá ser submetido ao sistema de planejamento e de orçamento federal.

003. (CESPE/ABIN/OFICIAL/2018) No que se refere ao sistema integrado de planejamento e


orçamento, julgue o item a seguir.
O sistema integrado de planejamento e orçamento destina-se exclusivamente aos processos
de elaboração e acompanhamento da lei orçamentária anual.

004. (CESPE/TRE-PI/ANALISTA/2016) Julgue:


O órgão setorial do sistema de planejamento e orçamento federal na Casa Civil da Presidência
da República atua em todos os órgãos integrantes da presidência da República, ressalvados
aqueles determinados em legislação específica.

005. (CESPE/STM/TÉCNICO/2018) Julgue o item que se segue, relativo ao Sistema de Plane-


jamento e de Orçamento Federal (SPOF) e aos créditos orçamentários adicionais.
Os órgãos integrantes do SPOF realizam o acompanhamento e a avaliação dos planos e pro-
gramas respectivos de todos os poderes e órgãos da administração pública federal.

006. (CESPE/TRE-PI/ANALISTA/2016) Julgue a assertiva:


A programação financeira é um instrumento que foi introduzido pela LRF.

007. (CESPE/MPU/ANALISTA/2015) Julgue o item que se segue, a respeito do plano


plurianual (PPA).
A programação financeira tem o objetivo de ajustar o ritmo de execução do PPA ao fluxo pro-
vável de recursos financeiros, de modo a executar os programas de trabalho.

008. (CESPE/PGE-PE/ASSISTENTE/2019) Para limitar os gastos do governo, um dos meca-


nismos utilizados é a publicação de decreto que disponha sobre a programação orçamentária
e financeira bem como o cronograma mensal de desembolso. Acerca desse assunto, julgue o
item subsequente.
O ato pelo qual determinada unidade orçamentária ou administrativa transfere a outras unida-
des orçamentárias ou administrativas o poder de utilizar créditos que lhes tenham sido dota-
dos caracteriza o que se denomina descentralização de créditos.
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009. (CESPE/CGM-JOÃO PESSOA/AUDITOR/2018) Acerca dos mecanismos de execução


do orçamento, julgue o item seguinte.
O órgão público que precisar descentralizar dotações do seu orçamento para unidades gesto-
ras de outro órgão público deverá realizar um destaque.

010. (CESPE/STJ/TÉCNICO/2018) Com relação à programação e à execução orçamentária e


financeira e ao acompanhamento da execução, julgue o item que se segue.
Define-se destaque como a transferência de créditos entre unidades gestoras de um mesmo
órgão ou entidade.

011. (CESPE/MPU/ANALISTA/2015) Com relação às classificações e técnicas de execução


do orçamento público, julgue o item que se segue.
A transferência de créditos orçamentários de um órgão público a outro órgão que esteja em
ministério ou estrutura administrativa diferente deve ser feita por meio de repasse.

012. (CESPE/STJ/TÉCNICO/2018) Com relação à programação e à execução orçamentária e


financeira e ao acompanhamento da execução, julgue o item que se segue.
As dotações orçamentárias descentralizadas podem ser empregadas em programas de traba-
lho distintos do original, desde que autorizados por decreto.

013. (CESPE/STJ/ANALISTA/2018) Com relação às técnicas de execução financeira e orça-


mentária, julgue o item seguinte.
A descentralização de créditos orçamentários deve ser acompanhada da modificação da uni-
dade orçamentária na classificação institucional.

014. (CESPE/TCE-PR/AUDITOR/2016-ADAPTADA) Julgue a assertiva:


Como forma de garantir a segurança do sistema, as entidades de caráter privado estão impe-
didas de usar o SIAFI.

015. (CESPE/TCU/TÉCNICO/2015) Julgue a assertiva:


O CPR – Contas a Pagar e a Receber –, um subsistema do SIAFI, permite a geração automá-
tica de ordens bancárias e de documentos de recolhimento de tributos e contribuições que,
em conjunto com outros documentos, servirão para montar o fluxo financeiro de cada unida-
de gestora.

016. (CESPE/TCE-PE/AUDITOR/2017) Com relação aos métodos de classificação e outros


conceitos técnicos da administração orçamentária, julgue o item que se segue.
Os códigos de identificação dos planos orçamentários podem ser modificados por meio do
Sistema Integrado de Planejamento e Orçamento (SIOP).

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Programação e Execução Orçamentária e Financeira
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QUESTÕES DE CONCURSO
017. (CESPE/PGE-PE/ASSISTENTE/2019) Para limitar os gastos do governo, um dos mecanismos
utilizados é a publicação de decreto que disponha sobre a programação orçamentária e financeira
bem como o cronograma mensal de desembolso. Acerca desse assunto, julgue o item subsequente.
Alterações orçamentárias, que se dividem em créditos adicionais e outras alterações orçamen-
tárias, constituem formas de modificar a lei orçamentária originalmente aprovada, a fim de
adequá-la à real necessidade de execução.

Realmente, as alterações orçamentárias, que se dividem em créditos adicionais e outras altera-


ções orçamentárias, são as formas de modificar a LOA aprovada para adequá-la à real neces-
sidade de execução. Assim, enquanto os créditos adicionais são autorizações de despesa não
computadas ou insuficientemente dotadas na LOA, as outras alterações orçamentárias são
efetivadas por meio de anulações de dotações.
Certo.

018. (CESPE/STM/TÉCNICO/2018) Julgue o item que se segue, relativo ao Sistema de Plane-


jamento e de Orçamento Federal (SPOF) e aos créditos orçamentários adicionais.
O SPOF tem como uma de suas finalidades promover a integração com os demais poderes e
esferas de governo em assuntos de administração e programação financeira.

Na verdade, a integração em assuntos de administração e programação financeira não é uma das


finalidades do SPOF. Tais assuntos são tratados pelo Sistema de Administração Financeira Fe-
deral. Confira as finalidades do SPOF, que estão dispostas no artigo 2º da Lei N. 10.180 de 2001:

Art. 2º O Sistema de Planejamento e de Orçamento Federal tem por finalidade:


I – formular o planejamento estratégico nacional;
II – formular planos nacionais, setoriais e regionais de desenvolvimento econômico e social;
III – formular o plano plurianual, as diretrizes orçamentárias e os orçamentos anuais;
IV – gerenciar o processo de planejamento e orçamento federal;
V – promover a articulação com os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, visando a compatibiliza-
ção de normas e tarefas afins aos diversos Sistemas, nos planos federal, estadual, distrital e municipal.
Errado.

019. (CESPE/EBSERH/ANALISTA/2018) Acerca das receitas e das despesas públicas, suas


etapas e estágios, e da Conta Única do Tesouro Nacional, julgue o item subsequente.
Após a aprovação da lei orçamentária, o Poder Executivo deverá editar decreto de programa-
ção financeira que funcionará como orçamento de caixa a fim de compatibilizar a execução
das despesas com o fluxo esperado das receitas ao longo do exercício financeiro.

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Basicamente, a programação financeira foca em compatibilizar a arrecadação das receitas e o


desembolso das despesas para evitar insuficiências de caixa. Esse tema é tratado no artigo 8º
da LRF e nos artigos 47 e 49 da Lei N. 4.320/1964.
Certo.

020. (CESPE/TRE-PE/ANALISTA/2017) Julgue a assertiva:


Compete ao órgão descentralizador do crédito a programação financeira das dotações des-
centralizadas relativas a termo de convênio.

É isso mesmo, já que, como a programação financeira serve para atender as dotações des-
centralizadas, quando elas foram decorrentes de termo de convênio ou similar, a competência
deve ser do órgão responsável pela descentralização do crédito.
Certo.

021. (CESPE/TRE-PE/ANALISTA/2017) Julgue o item seguinte, relativo à programação e à


execução orçamentária e financeira.
A dotação caracteriza-se pela descentralização orçamentária entre a unidade central de pro-
gramação orçamentária e um órgão setorial contemplado diretamente no orçamento.

Não se esqueça que a movimentação de créditos orçamentários pode ser dotação, provisão
ou destaque.
Vamos relembrar cada um deles.
A dotação refere-se ao montante de créditos autorizados na LOA, que é descentralizado pelo
órgão central (Secretaria de Orçamento Federal) para as unidades setoriais.
A provisão é a descentralização interna de créditos e o destaque é a descentralização externa
de créditos.
Certo.

022. (CESPE/TCE-PE/AUDITOR/2017) Julgue:


O Poder Executivo é o único dos três poderes que dispõe de órgãos setoriais do sistema de
planejamento e de orçamento federal.

Verdade, de acordo com o artigo 4º, § 1º, da Lei n. 10.180/2001, os órgãos setoriais são as
unidades de planejamento e orçamento dos Ministérios, da Advocacia-Geral da União, da
Vice-Presidência e da Casa Civil da Presidência da República.
Certo.

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023. (CESPE/TCE-PA/AUDITOR/2016) Com relação à gestão organizacional da contabilidade


pública no Brasil, julgue o item seguinte.
Por estarem sujeitos à supervisão técnica do órgão central do Sistema de Contabilidade Fede-
ral, os órgãos setoriais desse sistema não estão subordinados aos órgãos em cuja estrutura
administrativa estão integrados.

Na verdade, embora os órgãos setoriais estejam sujeitos à orientação normativa e supervisão


técnica da STN (órgão central), eles continuam subordinados ao órgão cuja estrutura admi-
nistrativa façam parte, conforme disposto no artigo 6º do Decreto n. 6976/2009, a seguir
reproduzido, com grifos nossos:

Art. 6º Integram o Sistema de Contabilidade Federal:


I – a Secretaria do Tesouro Nacional do Ministério da Fazenda, como órgão central; e
II – órgãos setoriais.
§ 3º Os órgãos setoriais ficam sujeitos à orientação normativa e à supervisão técnica do órgão cen-
tral do Sistema de Contabilidade Federal, sem prejuízo da subordinação ao órgão em cuja estrutura
administrativa estiverem integrados.
Errado.

024. (CESPE/TRE-PI/ANALISTA/2016) Julgue:


Coordenar, consolidar e supervisionar a elaboração tanto da lei de diretrizes orçamentárias
como da proposta orçamentária da União, incluindo o orçamento fiscal e o da seguridade so-
cial, são competências dos órgãos setoriais do sistema de planejamento e orçamento federal.

De acordo com o artigo 8º, caput, I, da Lei n. 10.180/2001, compete às unidades responsáveis
pelas atividades de orçamento, entre outros, coordenar, consolidar e supervisionar a elabora-
ção dos projetos da lei de diretrizes orçamentárias e da lei orçamentária da União, compreen-
dendo os orçamentos fiscal, da seguridade social e de investimento das empresas estatais.
Errado.

025. (CESPE/MPU/TÉCNICO/2010) Com relação ao ciclo orçamentário no âmbito da União,


julgue o item subsequente.
No atual ordenamento legal, o decreto de programação orçamentária e financeira não pode ser
elaborado sem a definição das necessidades de financiamento do governo central.

A questão aborda o cálculo da NFGC (Necessidade de Financiamento do Governo Central), que ser-
ve como guia para acompanhamento dos principais agregados de receita e de despesa públicas
primárias. Nesse sentido, a meta de resultado primário, a previsão das receitas e as estimativas
das despesas primárias obrigatórias limitarão a fixação do nível das demais despesas públicas.
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A nível Federal, a limitação dos gastos é feita via decreto de programação orçamentária e
financeira, também chamado contingenciamento, que detalha os valores autorizados para mo-
vimentação e empenho e para pagamentos no decorrer do exercício, que leva em conta a defi-
nição das necessidades de financiamento do governo central.
Certo.

026. (CESPE/MPU/TÉCNICO/2010) Com relação às etapas de elaboração, acompanhamen-


to e aprovação do projeto da LOA, julgue o item a seguir.
Na proposta orçamentária, o detalhamento para as despesas com precatórios e com a parce-
la da dívida contratual é feito diretamente pelos órgãos setoriais de planejamento.

Na verdade, existe uma centralização do detalhamento para as despesas com precatórios e com
a parcela da dívida contratual que não diz respeito aos Encargos Financeiros da União no âmbi-
to da Secretaria de Orçamento Federal – SOF –, e NÃO nos órgãos setoriais de planejamento.
Errado.

027. (CESPE/MPU/ANALISTA/2010) A respeito da execução orçamentária e financeira no


setor público, julgue o item a seguir.
Na execução financeira, a liberação de recursos às unidades gestoras é realizada por intermé-
dio de cota, repasse e sub-repasse.

A movimentação de recursos financeiros é feita de três formas: cota, repasse e sub-repasse.


Vamos relembrar cada uma delas.

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Cota: é a movimentação de recursos financeiros do órgão central para os setoriais de progra-


mação financeira. Está relacionada com os créditos orçamentários e adicionais, da perspec-
tiva orçamentária.
Repasse: é a movimentação de recursos financeiros dos órgãos setoriais de programação
financeira para entidades da administração indireta, e entre essas; e de entidades da adminis-
tração indireta para órgãos da administração direta. Está relacionada com os destaques de
crédito (movimentação externa), da perspectiva orçamentária.
Sub-repasse: é a movimentação de recursos financeiros entre unidades gestoras pertencen-
tes ao mesmo ministério ou órgão. Está relacionada com a provisão de crédito (movimenta-
ção interna), da perspectiva orçamentária.
Certo.

028. (CESPE/MPU/ANALISTA/2010) Com relação aos sistemas de planejamento e de orça-


mento federal e de administração financeira, julgue o item seguinte.
A formulação de planos nacionais, setoriais e regionais de desenvolvimento econômico e
social e a formulação do plano plurianual (PPA) estão entre os objetivos do sistema de plane-
jamento e de orçamento federal.

Coube à Lei n. 10.180/2001 organizar e disciplinar os Sistemas de Planejamento e de Orça-


mento Federal, cujos objetivos estão dispostos no artigo 2º. Confira, com grifos nossos:

Art. 2º O Sistema de Planejamento e de Orçamento Federal tem por finalidade:


I – formular o planejamento estratégico nacional;
II – formular planos nacionais, setoriais e regionais de desenvolvimento econômico e social;
III – formular o plano plurianual, as diretrizes orçamentárias e os orçamentos anuais;
IV – gerenciar o processo de planejamento e orçamento federal;
V – promover a articulação com os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, visando a compati-
bilização de normas e tarefas afins aos diversos Sistemas, nos planos federal, estadual, distrital e
municipal.
Certo.

029. (CESPE/MPU/ANALISTA/2010) Com relação à programação financeira, julgue o item


subsequente.
Cota, repasse e sub-repasse são figuras de descentralização financeira de natureza orçamentária.

De um lado, guarde que a movimentação de créditos orçamentários envolve os conceitos de


dotação, provisão e destaque.
Assim, a dotação refere-se ao montante de créditos autorizados, a provisão é a descentraliza-
ção interna de créditos e o destaque é a descentralização externa de créditos.
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De outro, a movimentação de recursos financeiros envolve os conceitos de cota, sub-repasse


e repasse. A cota é o montante de recursos financeiros, o sub-repasse é a descentralização
interna de recursos financeiros e repasse é a descentralização externa de recursos financeiros.
Certo.

030. (CESPE/MPU/ANALISTA/2010) Com relação à programação financeira, julgue o item


subsequente.
A programação periódica dos desembolsos (saídas de caixa) é atividade unilateral do órgão
central do sistema de programação financeira, da qual não participam os órgãos setoriais.

Na verdade, o Órgão Central elabora a proposta de programação financeira usando aquelas so-
licitações de recursos dos órgãos setoriais – OSPF –, ou seja, NÃO é uma atividade unilateral
do órgão central do sistema de programação financeira.
Errado.

031. (CESPE/MPU/ANALISTA/2010) A respeito da execução orçamentária e financeira no setor


público, julgue o item a seguir.
A descentralização de créditos caracteriza-se pela cessão de crédito orçamentário entre unida-
des orçamentárias ou unidades gestoras. A descentralização interna é denominada destaque
e a externa, provisão.

Temos uma inversão na assertiva. Na verdade, a descentralização interna é denominada provi-


são e a externa é o destaque.
Errado.

032. (CESPE/MS/CONTADOR/2010) Julgue:


As unidades responsáveis pelas atividades de orçamento têm como atribuições: estabelecer
classificações orçamentárias, tendo em vista a necessidade de sua harmonização com o pla-
nejamento e o controle; realizar estudos e pesquisas concernentes ao desenvolvimento e ao
aperfeiçoamento do processo orçamentário federal e estabelecer políticas e diretrizes gerais
para a atuação das empresas estatais.

Na verdade, as unidades responsáveis pelas atividades de orçamento têm como atribuições,


entre outras, estabelecer classificações orçamentárias, tendo em vista a necessidade de sua
harmonização com o planejamento e o controle; e realizar estudos e pesquisas concernentes
ao desenvolvimento e ao aperfeiçoamento do processo orçamentário federal. No entanto, cabe
às unidades responsáveis pelas atividades de planejamento estabelecer políticas e diretrizes
gerais para a atuação das empresas estatais.
Errado.

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033. (CESPE/MDIC/AGENTE/2014) No que se refere ao ciclo orçamentário, julgue o item.


A proposta orçamentária do MDIC deve ser apresentada, anualmente, à Secretaria de Orça-
mento Federal por intermédio do Sistema Integrado de Planejamento Orçamentário.

Na verdade, para a elaboração da proposta orçamentária, o sistema de informação a ser utili-


zado deve ser o SIOP – Sistema Integrado de Planejamento e Orçamento.
No gabarito preliminar divulgado pela ilustre banca examinadora, a assertiva constava como
certa. No entanto, ocorreu alteração do gabarito com a seguinte justificativa:

A proposta orçamentária do MDIC deve ser apresentada por intermédio do Sistema Integrado de
Planejamento e Orçamento, e não pelo Sistema Integrado de Planejamento Orçamentário, como
afirmado no item. Dessa forma, opta-se por sua alteração.

Assim, tendo em vista que o nome do sistema no qual a proposta orçamentária é elaborada foi
escrito de maneira incorreta, a assertiva está errada.
Errado.

034. (CESPE/CADE/ANALISTA/2014/ADAPTADA) Julgue:


A unidade administrativa do Supremo Tribunal Federal responsável pelo orçamento do referido
órgão está sujeita à orientação normativa do Ministério da Economia, que absorveu o Ministé-
rio do Planejamento.

Guarde que as unidades responsáveis pelos seus orçamentos ficam sujeitas à orientação nor-
mativa do órgão central do Sistema, o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, sem
prejuízo das competências constitucionais e legais de outros Poderes. Em 2019, o Ministério
da Economia absorveu o Ministério do Planejamento – MPOG (incorporado pelo ME - Ministé-
rio da Economia).
Certo.

035. (CESPE/MPU/ANALISTA/2015) Julgue o item, relativo à contabilização de eventos con-


tábeis registrados no âmbito do MPU.
Na descentralização do crédito orçamentário, devem ser respeitadas a classificação funcional
e a estrutura programática da despesa orçamentária.

Guarde que a descentralização do crédito orçamentário acontece quando for movimentado


parte do orçamento, devendo ser mantidas as classificações institucional, funcional, progra-
mática e econômica.

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Outro aspecto importante é que quando a descentralização envolver unidades gestoras dentro
de um mesmo órgão público ocorre a chamada descentralização interna ou provisão.
Por outro lado, quando essa descentralização acontecer entre unidades gestoras de órgãos ou
entidades de estrutura diferente, ou seja, quando for o caso de uma descentralização externa,
chamamos de destaque.
Outro ponto importante que você deve guardar é que na descentralização do crédito orçamen-
tário, as dotações serão empregadas obrigatória e integralmente na consecução do objetivo
previsto pelo programa de trabalho pertinente, respeitadas fielmente a classificação funcional
e a estrutura programática, ou seja, quase nada muda, sendo a única característica diferen-
ciadora o fato de que a execução da despesa orçamentária será realizada por outro órgão
ou entidade.
Certo.

036. (CESPE/MPU/ANALISTA/2015) No que diz respeito ao SIAFI e à nota fiscal de serviços


eletrônica, julgue o próximo item.
De acordo com as normas referentes ao SIAFI, será liberada mensalmente ao MPU a parcela
correspondente ao duodécimo de suas dotações, já deduzido o contingenciamento, em pro-
porção não superior ao aplicado para os demais poderes.

Em outras palavras, o CESPE afirmou na assertiva que será liberada mensalmente ao MPU a
parcela correspondente ao duodécimo de suas dotações em proporção não superior ao aplica-
do para os demais poderes.
A assertiva está errada, já que, na verdade, o MPU pode receber proporcionalmente menos que
o Poder Legislativo, por exemplo, se a Lei de Diretrizes Orçamentárias assim determinar, já que
cabe à LDO, entre outras incumbências, definir esse montante proporcional.
Errado.

037. (CESPE/TCE-SC/AUDITOR/2016) Julgue a assertiva:


A revisão da estrutura programática do projeto da lei orçamentária anual deve ser feita após a
definição e a divulgação dos limites das propostas setoriais.

Na verdade, com base no descrito no MTO, podemos dizer que a revisão da estrutura progra-
mática do projeto da lei orçamentária anual deve ser feita antes da definição e a divulgação
dos limites das propostas setoriais. Como as propostas setoriais devem ser elaboradas segun-
do a estrutura programática, não faz sentido que os órgãos enviem suas propostas somente
depois essa estrutura ser revista, já que, em tese, todas as propostas estariam em desacordo
com a nova estrutura.
Errado.

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038. (CESPE/TCE-PA/AUDITOR/2016) A respeito do processo de orçamentação, julgue o


item subsequente.
A programação qualitativa do orçamento público é a organização do gasto público por meio da
identificação dos programas com a classificação funcional e econômica da despesa.

Na verdade, a classificação econômica da despesa é uma classificação quantitativa. De acor-


do com o MTO atual temos que:

5.1.1. PROGRAMAÇÃO QUALITATIVA


O programa de trabalho, que define qualitativamente a programação orçamentária, deve responder,
de maneira clara e objetiva, às perguntas clássicas que caracterizam o ato de orçar, sendo, do ponto
de vista operacional, composto dos seguintes blocos de informação: classificação por esfera, clas-
sificação institucional, classificação funcional, estrutura programática e principais informações do
Programa e da Ação.
Errado.

039. (CESPE/TCE-PR/AUDITOR/2016) Julgue:


Os tribunais de contas são órgãos setoriais integrantes do Sistema de Planejamento e Orça-
mento Federal.

De acordo com o artigo 4º, § 1º, da Lei n. 10.180/2001, os órgãos setoriais são as unidades de
planejamento e orçamento dos Ministérios, da Advocacia-Geral da União, da Vice-Presidência
e da Casa Civil da Presidência da República
Errado.

040. (CESPE/TCE-PR/AUDITOR/2016) Julgue:


Alterações orçamentárias são feitas por meio de atos legais elaborados pela SOF.

Verdade, quando a solicitação de crédito adicional é aprovada, os atos legais necessários à


formalização da alteração no orçamento serão preparados pela Secretaria de Orçamento Fe-
deral – SOF –, Órgão integrante do Ministério da Economia.
Certo.

041. (CESPE/TCE-PE/AUDITOR/2017) Com relação aos métodos de classificação e outros


conceitos técnicos da administração orçamentária, julgue o item que se segue.
Os códigos de identificação dos planos orçamentários podem ser modificados por meio do
Sistema Integrado de Planejamento e Orçamento (SIOP).

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Em verdade, o MTO – Manual Técnico de Orçamento – definiu um “plano orçamentário” como


sendo a identificação orçamentária, de caráter apenas gerencial, já que não consta na LOA, que
faz a vinculação à ação orçamentária, para viabilizar a elaboração do orçamento e o acompa-
nhamento físico e financeiro da sua execução de modo mais detalhado que o previsto na LOA.
Nesse contexto, o código é a identificação alfanumérica de quatro posições, gerada automati-
camente pelo sistema SIOP, mas que pode ser modificado pelo usuário.
Certo.

042. (CESPE/TCE-PE/ANALISTA/2017) Acerca dos mecanismos necessários à execução do


orçamento, julgue o item que se segue.
Uma descentralização orçamentária é pré-requisito indispensável para a execução de uma
descentralização financeira.

Na verdade, pode sim ocorrer a execução de uma descentralização financeira sem a realização
de descentralização orçamentária, como nos convênios firmados entre entes públicos.
Errado.

043. (CESPE/TRE-PE/ANALISTA/2017) A competência para criar, alterar, excluir, codificar,


especificar, desdobrar e detalhar as contas contábeis do Plano de Contas Aplicado ao Setor
Público (PCASP) cabe
a) à Secretaria do Tesouro Nacional.
b) à unidade de controle interno de cada ente federado.
c) ao ordenador de despesas.
d) a cada ente federado.
e) ao tribunal de contas ao qual a entidade usuária do PCASP se encontre jurisdicionada.

O Decreto n. 6.976/2009 detalha o Sistema de Contabilidade Federal, e, em seu artigo 7º, de-
termina que é competência do órgão central do Sistema manter e aprimorar o Plano de Contas
Aplicado ao Setor Público. Confira, com grifos nossos:

Art. 7º Compete ao órgão central do Sistema de Contabilidade Federal:


II – manter e aprimorar o Plano de Contas Aplicado ao Setor Público e o processo de registro padro-
nizado dos atos e fatos da administração pública;
XXVIII – editar normativos, manuais, instruções de procedimentos contábeis e plano de contas
aplicado ao setor público, objetivando a elaboração e publicação de demonstrações contábeis
consolidadas, em consonância com os padrões internacionais de contabilidade aplicados ao
setor público;

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Além disso, o mencionado Decreto definiu a STN – Secretaria do Tesouro Nacional como
órgão central do Sistema de Contabilidade Federal. Confira o seu artigo 6º, com gri-
fos nossos:

Art. 6º Integram o Sistema de Contabilidade Federal:


I – a Secretaria do Tesouro Nacional do Ministério da Fazenda, como órgão central;
Letra a.

044. (CESPE/TRE-PE/ANALISTA/2017) Julgue a assertiva:


A execução dos créditos orçamentários por unidade gestora pertencente a órgão de estrutura
diferente da prevista na lei do orçamento constitui-se por meio de descentralização interna.

Na verdade, a execução orçamentária por meio de descentralização interna pode acontecer via
descentralização de créditos entre unidades gestoras de um mesmo órgão/ministério ou entre
entidade integrantes dos orçamentos fiscal e da seguridade social.
Errado.

045. (CESPE/EBSERH/TECNÓLOGO/2018) Com relação aos fundamentos legais e


aos conceitos básicos do sistema de planejamento, orçamento e financeiro, julgue o
item a seguir.
As unidades de planejamento e orçamento das entidades vinculadas ou subordinadas aos mi-
nistérios e órgãos setoriais estão sujeitas unicamente à orientação normativa e à supervisão
técnica do órgão central.

Na verdade, as unidades de planejamento e orçamento das entidades vinculadas ou subordi-


nadas aos ministérios e órgãos setoriais estão sujeitas à orientação normativa e à supervisão
técnica do órgão central e do respectivo órgão setorial. Confira na Lei n. 10.180/2001, que
organiza e disciplina o Sistema de Planejamento e de Orçamento Federal, com grifos nossos:

Art. 4º, § 4º As unidades de planejamento e orçamento das entidades vinculadas ou subordinadas


aos Ministérios e órgãos setoriais ficam sujeitas à orientação normativa e à supervisão técnica do
órgão central e também, no que couber, do respectivo órgão setorial.
Errado.

046. (CESPE/EBSERH/ANALISTA/2018) Acerca das técnicas empregadas na elaboração e


execução do orçamento público, julgue o item que se segue.
Caso determinado órgão público descentralize parcela de seu orçamento a outro órgão por
meio de destaque, a classificação funcional e a estrutura programática da despesa não serão
alteradas.
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Sim, nos casos de descentralizações orçamentária, os programas de trabalho são mantidos e


é respeitada a classificação Funcional Programática de origem. O destaque ocorre quando a
Unidade Orçamentária transfere a dotação recebida para uma Unidade Gestora (internamente)
ou para outra Unidade Orçamentária.
Certo.

047. (CESPE/STM/ANALISTA/2018) Acerca de administração financeira e orçamentária e do


orçamento público no Brasil, julgue o item.
Se houver incompatibilidade entre as normas de planejamento de determinado estado e as
normas correspondentes da União, a responsabilidade de identificar o problema e procurar os
mecanismos de compatibilização será do sistema de planejamento e de orçamento federal.

De acordo com o artigo 2º da Lei n. 10.180/01, a articulação com os Estados para compatibili-
zação das normas e tarefas dos sistemas de planejamento é uma das finalidades do Sistema
de Planejamento e de Orçamento Federal. Confira com grifos nossos a sua literalidade:

Art. 2º O Sistema de Planejamento e de Orçamento Federal tem por finalidade:


I – formular o planejamento estratégico nacional;
II – formular planos nacionais, setoriais e regionais de desenvolvimento econômico e social;
III – formular o plano plurianual, as diretrizes orçamentárias e os orçamentos anuais;
IV – gerenciar o processo de planejamento e orçamento federal;
V – promover a articulação com os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, visando a compa-
tibilização de normas e tarefas afins aos diversos Sistemas, nos planos federal, estadual, distrital
e municipal.
Certo.

048. (CESPE/STJ/ANALISTA/2018) A respeito dos principais mecanismos no planejamento


e execução do orçamento público, julgue o item que se segue.
É vedado alterar atributos dos créditos orçamentários sem autorização da lei orçamentária
anual ou de créditos adicionais.

Na verdade, tais alterações são autorizadas por atos infra legais. Confira no MCASP, com gri-
fos nossos:

Ressalte-se que, na União, as alterações dos atributos do crédito orçamentário, constantes da Lei
Orçamentária da União, tais como modalidade de aplicação, identificador de resultado primário (RP),

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identificador de uso (IU) e fonte de recursos (FR) não são caracterizadas como créditos adicionais
por não alterarem o valor das dotações. Essas alterações são denominadas “outras alterações orça-
mentárias” e são realizadas por meio de atos infra legais, observadas as autorizações constantes
da Lei de Diretrizes Orçamentárias do exercício financeiro correspondente.
Errado.

049. (CESPE/CGM-JOÃO PESSOA/AUDITOR/2018) Acerca dos mecanismos de execução


do orçamento, julgue o item seguinte.
As unidades orçamentárias podem corresponder a vários órgãos da estrutura administrativa
ou apenas a uma parte de um único órgão.

As unidades orçamentárias podem SIM corresponder a vários órgãos da estrutura adminis-


trativa ou apenas a uma parte de um único órgão. Confira no Manual Técnico de Orçamento –
MTO – que as unidades orçamentárias (UOs) não correspondem necessariamente à estrutura
administrativa:

Um órgão orçamentário ou uma UO não correspondem necessariamente a uma estrutura adminis-


trativa, como ocorre, por exemplo, com alguns fundos especiais e com os órgãos Transferências a
Estados, Distrito Federal e Municípios, Encargos Financeiros da União, Operações Oficiais de Crédi-
to, Refinanciamento da Dívida Pública Mobiliária Federal e Reserva de Contingência.
Certo.

050. (CESPE/TCE-MG/ANALISTA/2018) Um ministério fará uma descentralização de crédi-


tos orçamentários, por meio da sua unidade orçamentária, para uma de suas unidades admi-
nistrativas. Além disso, esse ministério deverá autorizar a liberação de recursos financeiros
para uma entidade da administração indireta a ele vinculada.
Nessa situação, o ministério deverá realizar, respectivamente,
a) uma provisão e um sub-repasse.
b) um destaque e uma cota.
c) uma dotação e uma cota.
d) um destaque e um repasse.
e) uma provisão e um repasse.

Note que quando o ministério efetua uma descentralização de créditos orçamentários, por
meio da sua unidade orçamentária, para uma de suas unidades administrativas, temos uma
descentralização de créditos orçamentários entre órgãos da mesma estrutura, ou seja, ocorre
entre unidades administrativas desse mesmo ministério, sendo caso de provisão.

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Por outro lado, quando esse ministério autoriza a liberação de recursos financeiros para uma
entidade da administração indireta a ele vinculada, estamos diante de um caso de repasse de
recursos financeiros, já que eles seguem para unidades de outra estrutura.
Letra e.

051. (CESPE/CODEVASF/ANALISTA/2021) Considerando que a CODEVASF necessite reali-


zar a revitalização das margens do rio São Francisco no trecho localizado em Itacoatiara — BA,
obra orçada em R$ 729.250,59, julgue o item a seguir.
Sabendo que o 4º Batalhão de Infantaria do Exército Brasileiro pode realizar a referida revita-
lização, a CODEVASF poderá utilizar o mecanismo da descentralização orçamentária externa,
utilizando o Termo de Execução Descentralizada (TED).

Considerando que a CODEVASF é uma empresa estatal dependente vinculada ao Ministério


da Integração Nacional e que as empresas estatais dependentes integram o orçamento fiscal
e da seguridade social (e não o de investimentos) e que o Batalhão de Infantaria do Exército
Brasileiro faz parte do Ministério da Defesa, trata-se de uma transferência externa de crédito
orçamentário que será feito através de destaque, admitindo-se a descentralização de créditos
utilizando o Termo de Execução Descentralizada – TED – que é destinada aos órgãos e entida-
des integrantes dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social da União.
Certo.

052. (CESPE/SEFAZ-DF/AUDITOR/2020) Julgue o item a seguir.


O destaque de determinado crédito orçamentário pode ser realizado independentemente de
autorização específica da lei orçamentária anual.

Vamos ver como o MCASP 8ª Edição trata o tema:

As descentralizações de créditos orçamentários ocorrem quando for efetuada movimentação de


parte do orçamento, mantidas as classificações institucional, funcional, programática e econômica,
para que outras unidades administrativas possam executar a despesa orçamentária.

Dessa forma, podemos dizer que o Destaque é uma descentralização de créditos orçamentá-
rios entre órgãos de estrutura diferente, não sendo necessária a autorização específica na LOA
para realização de destaque, pois se trata apenas de uma movimentação de créditos orçamen-
tários para que outra unidade possa executar uma despesa orçamentária
Certo.

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053. (CESPE/SEFAZ-AL/AUDITOR/2020) A respeito de orçamento público, ciclo orçamentá-


rio e créditos adicionais, julgue o item que se segue.
Situação hipotética: Subsecretário do Ministério da Educação definiu o termo de execução
descentralizada (TED) como forma de implementação de uma ação orçamentária de apoio
ao desenvolvimento da educação básica para a capacitação de professores e gestores edu-
cacionais, com o intuito de descentralizar o crédito do ministério para a universidade federal
responsável pelo treinamento.
Assertiva: O subsecretário agiu corretamente, visto que o TED é uma forma de implementação
direta sem transferência de recursos entre entes da Federação.

Realmente, o subsecretário agiu corretamente, pois o instrumento para realizar o destaque é


o TED – Termo de Execução Descentralizada –, que, na União, está definido no artigo 1º, III, do
Decreto n. 8.180/2013. Confira:

Art. 1º Este Decreto regulamenta os convênios, contratos de repasse e termos de execução des-
centralizada celebrados pelos órgãos e entidades da administração pública federal com órgãos ou
entidades públicas ou privadas sem fins lucrativos, para a execução de programas, projetos e ati-
vidades que envolvam a transferência de recursos ou a descentralização de créditos oriundos dos
Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social da União.
III – termo de execução descentralizada – instrumento por meio do qual é ajustada a descentrali-
zação de crédito entre órgãos e/ou entidades integrantes dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade
Social da União, para execução de ações de interesse da unidade orçamentária descentralizadora
e consecução do objeto previsto no programa de trabalho, respeitada fielmente a classificação fun-
cional programática.

Na questão em tela, temos o Ministério da Educação (órgão federal) descentralizando


crédito para a Universidade Federal responsável pela execução de um programa. Trata-se
de descentralização de créditos para outro órgão ou entidade no âmbito do mesmo ente
federado (descentralização externa), considerando o orçamento fiscal e da seguridade
social da União.
Nessa toada, a referida descentralização denomina-se destaque, ou seja, não se trata de uma
descentralização de créditos interna, no âmbito do mesmo órgão ou entidade, que é denomi-
nada provisão.
Certo.

054. (CESPE/TCE-RJ/ANALISTA/ACE/2021) Acerca de orçamento público, julgue o item a seguir.


A competência do Sistema de Planejamento e de Orçamento Federal no âmbito setorial
restringe-se a aprovar os planos elaborados pelos diversos órgãos da administração pú-
blica direta.

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Na verdade, o SPOF – Sistema de Planejamento e de Orçamento Federal – compreende as


atividades de elaboração, acompanhamento e avaliação de planos, programas e orçamentos,
e de realização de estudos e pesquisas sociais e econômicas. Confira diretamente na Lei n.
10.180/2001, com grifos nossos:

Art. 3º O Sistema de Planejamento e de Orçamento Federal compreende as atividades de elabora-


ção, acompanhamento e avaliação de planos, programas e orçamentos, e de realização de estudos e
pesquisas socioeconômicas.
Art. 6º Sem prejuízo das competências constitucionais e legais de outros Poderes e órgãos da
Administração Pública Federal, os órgãos integrantes do Sistema de Planejamento e de Orçamento
Federal e as unidades responsáveis pelo planejamento e orçamento dos demais Poderes realizarão
o acompanhamento e a avaliação dos planos e programas respectivos.
Errado.

055. (CESPE/TCE-RJ/ANALISTA/ACE/2021) A respeito dos mecanismos utilizados na ela-


boração, execução e controle do orçamento, julgue o item que se segue.
Cada órgão setorial de planejamento e orçamento é responsável pela elaboração da proposta
das unidades orçamentárias sob sua supervisão.

Na verdade, cada Unidade Orçamentária é responsável pela elaboração das propostas orça-
mentárias das suas unidades administrativas, cabendo ao órgão setorial a análise e a valida-
ção das propostas orçamentárias de suas Unidades Orçamentárias.
Para que fixe esse entendimento e consolide a compreensão do papel dos órgãos setoriais de
planejamento e orçamento e das UOs – Unidades Orçamentárias –, vamos ler um trecho do
MTO 2021 que trata do tema, com grifos nossos:

O órgão setorial desempenha o papel de articulador no âmbito da sua estrutura, coordenando o


processo decisório no nível subsetorial (UO). Sua atuação no processo orçamentário envolve:
- estabelecimento de diretrizes setoriais para elaboração e alterações orçamentárias;
- definição e divulgação de instruções, normas e procedimentos a serem observados no âmbito do
órgão durante o processo de elaboração e alteração orçamentária;
- avaliação da adequação da estrutura programática e mapeamento das alterações necessárias;
- coordenação do processo de atualização e aperfeiçoamento das informações constantes do ca-
dastro de programas e ações;
- fixação, de acordo com as prioridades setoriais, dos referenciais monetários para apresentação
das propostas orçamentárias e dos limites de movimentação e empenho e de pagamento de suas
respectivas UO;

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- análise e validação das propostas e das alterações orçamentárias de suas UOs; e


- consolidação e formalização da proposta e das alterações orçamentárias do órgão.
As UOs são responsáveis pela apresentação da programação orçamentária detalhada da despesa
por programa, ação e subtítulo. Sua atuação no processo orçamentário compreende:
- estabelecimento de diretrizes no âmbito da UO para elaboração da proposta e alterações
orçamentárias;
- estudos de adequação da estrutura programática;
- formalização, ao órgão setorial, da proposta de alteração da estrutura programática sob a respon-
sabilidade de suas unidades administrativas;
- coordenação do processo de atualização e aperfeiçoamento das informações constantes do ca-
dastro de ações orçamentárias;
- fixação dos referenciais monetários para apresentação das propostas orçamentárias e dos limi-
tes de movimentação e empenho e de pagamento de suas respectivas unidades administrativas;
- análise e validação das propostas orçamentárias das unidades administrativas; e
- consolidação e formalização de sua proposta orçamentária.
Errado.

Sei que estudar para um concurso como esse não é fácil e está exigindo muito de você,
mas. Mas como disse Henry Ford: “Os dias prósperos não vêm por acaso; nascem de muita
fadiga e persistência”.
Esse é o segredo: determinação, disciplina e resiliência.
Agora quero pedir um favor.
Avalie nossa aula, é rápido e fácil, deixe sugestões de melhoria.
Ficarei extremamente feliz com o feedback e trabalharei ainda mais para torná-la
ainda melhor.
Tenho muito a aprender e você pode me ajudar nisso.
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Muito obrigado.
Acredite. Esse é o segredo.
Tenha fé que tudo vai dar certo!
Até a próxima ou ao fórum de dúvidas.
Nos siga (profmanuelpinon) no Instagram e Facebook. Temos excelentes cards para revisão.

Professor Manuel Piñon


manuelpinon@hotmail.com

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GABARITO
1. E 20. C 39. E
2. C 21. C 40. C
3. E 22. C 41. C
4. C 23. E 42. E
5. E 24. E 43. a
6. E 25. C 44. E
7. E 26. E 45. E
8. C 27. C 46. C
9. C 28. C 47. C
10. E 29. C 48. E
11. E 30. E 49. C
12. E 31. E 50. e
13. E 32. E 51. C
14. E 33. E 52. C
15. C 34. C 53. C
16. C 35. C 54. E
17. C 36. E 55. E
18. E 37. E
19. C 38. E

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REFERÊNCIAS
GIACOMONI, James. Orçamento Público. São Paulo: Editora Atlas, 2012.

LEITE, Harrison. Manual de Direito Financeiro. 9. ed. São Paulo: Editora Juspodivm, 2020.

NASCIMENTO, Sávio. Finanças Públicas. Rio de Janeiro: Editora Campus, 2017.

PACELLI, Giovanni. Administração Financeira e Orçamentária. 2. ed. São Paulo: Editora Juspo-
divm, 2019.

PALUDO, Augustinho. Orçamento Público (AFO e LRF). 10. ed. São Paulo: Editora Juspo-
divm, 2020.

PASCOAL, Valdecir. Direito Financeiro e Controle Externo. 10. ed. São Paulo: Editora Mé-
todo, 2019.

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Atualmente, exerce o cargo de Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil e é Professor, voltado para a área
de concursos públicos.
Foi aprovado nos seguintes concursos públicos:
1 – Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil – AFRFB 2009/2010;
2 – Analista de Finanças e Controle – AFC (hoje, Auditor Federal de Finanças e Controle) da Controladoria-
Geral da União – CGU (hoje, Ministério da Transparência) em 2008; e
3 – Auditor-Fiscal do Tesouro Nacional – AFTN (Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil) em 1998.

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