Emoções não são uma inconveniência, mas sim uma parte da evolução
humana que serve a algum propósito.
Alguns autores afirmam que as emoções servem a propósitos distintos e tem
como função principal motivar nosso comportamento.
A tristeza é uma emoção singularmente capaz de desacelerar, tanto no
pensamento quanto na atividade motora.
Isso pode nos dar a oportunidade de refletir sobre a fonte de nossa
perturbação e examinar mais de perto os antecedentes dela.
Já a raiva nos acelera, mobilizando energia intensa e enviando sangue para
nossas extremidades.
A raiva, que originalmente esta ligada a nosso instinto de luta, através da
consciência nos permite perceber e mobilizar para se proteger contra
determinadas ameaças.
Mas não importa qual, acredito que todas as nossas emoções devem ser
respeitadas e refletidas.
O mesmo ocorre com as crianças e jovens, mesmo naquelas situações onde
elas se manifestam com menos intensidade.
Temos que levar em consideração que, principalmente os mais novos, estão
em um mundo de descobertas e muitas delas podem desencadear inúmeras
emoções e consequentes reações.
Devemos ensiná-los a lidar com todas elas para que ao invés de reagir,
encontrem respostas.
Isto se tornará um hábito que irá se repetir ao longo de suas vidas.
Uma coisa é certa, as crianças precisam da experiência de sentir essas
emoções e praticar tolerá-las para desenvolver sua inteligência emocional.
Mas a pergunta sempre é como fazer isso?
Nós adultos, principalmente os pais, sobre forte influência cultural e social,
tendem a responder às emoções das crianças de maneiras bastante similares.
Uma grande maioria vê as emoções das crianças como algo sem importância
e tenta eliminá-las rapidamente, muitas vezes através do uso de distrações.
O famoso: Chorou? Coloca a chupeta que ele para… ou dá um brinquedo que
ele se aquieta.
Deste modo eles não aprenderão nada, não acham?
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Muitos adultos, achando que irão prepará-los melhor para o mundo tratam
emoções negativas como algo a ser punido, ao invés de incentivar a reflexão
e a compreensão daquilo.
Temos aqueles que defendem uma educação liberal e permissiva, onde todas
as emoções e consequentes manifestações da criança devem ser cegamente
aceitas, mesmo que isso não as ajude a aprender a lidar com problemas ou a
evitar comportamentos inapropriados.
Quando queremos educá-los emocionalmente falando, devemos valorizar as
emoções, ser pacientes e aproveitar cada manifestação e experiência como
uma oportunidade.
Esteja ciente das emoções de seus filhos, alunos e pacientes.
Veja as emoções como uma oportunidade para conexão e ensino.
Mostre a eles que as emoções são uma oportunidade de aprendizado.
Ouça, preste atenção e reflita, para então conversar com propriedade e assim
ajudá-lo a identificar suas emoções, desenvolvendo consciência e ampliando
seu vocabulário emocional.
Ajude-os a compreender que todas as emoções são aceitáveis, mas nem
todos os comportamentos são.
Lidar com suas emoções implica no desenvolvimento de habilidades para
resolver problemas.
Às vezes, o processo de educação emocional é rápido e outras vezes nem
tanto.
Paciência é fundamental.
Lembrem-se, não podemos escolher seu temperamento e e muito menos
escolher sua personalidade, mas podemos ajuda-los a lidar melhor com tudo
isso.
Abraçar sua própria imperfeição ajudará a que seus alunos abracem a deles.
Dê-lhes permissão para falhar e errar.
Faça da gentileza uma prioridade.
A gentileza está no centro da competência social, dos relacionamentos e da
conexão.
Ensina-los a ser gentil é uma coisa, mas deixá-los descobrir a gentileza
através de cada um de seus atos é um grande exemplo.
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Isso ajudará a perceberem o que lhes faz bem e também o que lhes faz mal
quando o assunto é relacionamentos.
Encoraje-os seus a observarem seu próprio comportamento com o coração
aberto.
Eles precisam de confiança para experimentar o mundo, mas tenham
cuidado para que não se “Inflem” como o excesso dela.
Não force desculpas.
Fazer com que se desculpem sem refletir sobre seus erros pode fazer com
que percam a noção do motivo que as levou a se desculparem.
A empatia está presente no pedido de desculpas feito com o coração e não
nas desculpas forçadas.
É importante que as crianças aprendam que nem sempre as desculpas irão
curar de imediato as feridas causadas por nossos atos.
Ensine também que geralmente há dois lados em cada história. A idéia é
estimulá-los a serem receptivos e não defensivos.
Se são os outros que se desculpam por algo, ensine como "perdoar".
Se são eles que precisam se desculpar, ensine que responsabilidade não é
culpa.
Assumir a responsabilidade por algo significa possuir a capacidade de
responder e corrigir.
Estimule o diálogo, incentive os relacionamentos, crie um ambiente
favorável para isso.
Estabeleça prioridades!!!
A habilidade de ouvir ativamente cumpre um papel fundamental para criar
uma verdadeira comunicação bidirecional e é muito mais do que
simplesmente prestar atenção.
Implica genuinamente seguir o diálogo e responder aos outros usando sua
própria linguagem corporal, sendo capaz de demonstrar que você entendeu,
resumindo verbalmente as principais mensagens que foram recebidas.
Outra prioridade é o desenvolvimento do vocabulário para os sentimentos.
Pesquisas mostram que as habilidades interpessoais melhoram
proporcionalmente em relação ao vocabulário emocional.
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