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A legitimidade da experimentação animal

Os animais são utilizados em laboratórios para inúmeros propósitos. São usados para testes
de produtos e como modelos de pesquisas e como ferramentas educacionais. Dentro de
cada uma destas categorias também pode haver muitos objetivos diferentes pelos quais
eles são utilizados. Por exemplo, alguns são utilizados como ferramentas para pesquisas
biomédicas ou militares; alguns para testar cosméticos e produtos de limpeza domésticos; e
alguns são utilizados em aulas sobre anatomia animal. No entanto, será legítimo utilizar
animais como cobaias? Será correto ignorar os seus direitos para benefício do ser humano?

Os animais não são objetos. Tal como nós, os animais têm sentimentos, sentem dor, medo,
prazer e emoções positivas. Os testes em animais provocam-lhes uma agonia extrema, são
sujeitos a terríveis experiências que lhes causam inimaginável sofrimento e que na maioria
das vezes resultam na sua morte. Também os animais têm direitos como: o direito à
existência, o Homem, enquanto espécie animal, não pode atribuir-se o direito de exterminar
os outros animais ou de os explorar, violando esse direito; os animais têm o direito de não
serem submetidos a maus tratos nem a atos cruéis.

Outro argumento contra a experimentação animal é que, como se sabe, existem muitas
diferenças entre os seres humanos e os animais, isto é, os animais respondem de forma
diferente às drogas e às doenças. Assim sendo, a pesquisa realizada em animais é perigosa
quando se trata de avaliar a segurança de drogas. Muitas das reações adversas que ocorrem
nos seres humanos podem não ser demonstradas nos animais experimentados. Os testes
em animais não podem antever com total segurança o que realmente acontecerá quando a
droga for administrada ao ser humano.

Acredita-se ainda que já existem outros métodos de pesquisa mais eficientes como: a
cultura de células e tecidos, a sua aplicação possibilitou a redução do número de animais
utilizados em pesquisa e ao utilizar células e tecidos cultivados in vitro os resultados
também podem ser mais relevantes e reprodutíveis, uma vez que o controlo da experiência
é maior e mais fácil, além de se aproximar mais das características humanas; a pele em 3D
que tem composição próxima da pele humana e pode substituir o uso de animais,
principalmente em testes realizados pela indústria de cosméticos.

Assim, a experimentação em animais não é legítima, visto que, os animais têm direitos e
sentimentos, as experiências em animais podem não ser conclusivas e levar a que
determinadas drogas não sejam seguras para os seres humanos e já existem outros
métodos de pesquisa mais eficientes.

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