1.
Resumo.........................................................................................................
...04
2.
Introdução.....................................................................................................
...05
3. Fundamentação
Teórica...................................................................................05
4. Descrição Geral da
Empresa............................................................................10
4.1.
Histórico.........................................................................................................
...10
4.2. Estruturas
organizacionais..................................................................................11
4.3. Perspectivas
Futuras..........................................................................................14
4.5. Premissas
Estratégicas.......................................................................................16
4.6. Análise de
riscos.................................................................................................16
5. Premissas da
Avaliação.................................................................................17
5.2. Projeções
econômicas........................................................................................20
5.3. Projeções do
negócio..........................................................................................20
6.2. Valor da
perpetuidade........................................................................................26
7. Análise de
Sensibilidade..................................................................................27
8.
Conclusão...................................................................................................
...28
9.
Referências.................................................................................................
...28
1. RESUMO
FREITAS, Rubem Melo de, autor. AVALIAÇÃO DA EMPRESA CSU CARDSYSTEM. São Paulo,
2015. TCC – Certificate in Financial Management, CFM, Insper Instituto de Ensino e Pesquisa.
2. INTRODUÇÃO
Entretanto, conforme o próprio nome diz, este mercado possui oscilações que
podem trazer retornos negativos aos investidores, nos mais variados prazos, e, por isso, é
interessante que se conheça bem o terreno onde se está pisando, isto é, que se conheça bem
a empresa, setor ou produto em que está investindo, bem como a situação da economia local e
global que pode afetar o valor, e consequentemente, o desempenho do ativo.
Estimaremos a geração de caixa pela Empresa segundo sua análise histórica dos
últimos 5 anos, bem como estabeleceremos uma perspectiva futura de geração de caixa,
chamada perpetuidade, através do estabelecimento de premissas futuras que afetarão a
geração de caixa, como, por exemplo índices macroeconônicos (desemprego, inflação, risco-
país, etc), previsão de novos projetos da empresa, etc.
3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
O fluxo de caixa previsto, neste trabalho, será o chamado Fluxo de Caixa Livre para
o Patrimônio (em inglês, “Free Cash Flow to Equity” - FCFE), também chamado de Fluxo de
Caixa para o Acionista, que é o fluxo de caixa remanescente depois de atendidos o serviço da
dívida (juros e amortização) e reinvestimentos na empresa, de cujo resultado serão retirados os
dividendos e juros sobre capital próprio aos acionistas.
O “timing”do fluxo de caixa, isto é, o tamanho do período que devemos avaliar uma
empresa e projetar seu fluxo de caixa antes da perpetuidade, dependerá, dentre outros fatores,
de fase de maturidade da empresa, isto é, se a empresa é uma “start up”, se está em fase de
expansão ou se está em fase de maturidade (ou até mesmo em fase decadente, rumo à
falência), pois são fases que exigem níveis de investimentos variados na empresa (figura 1).
Geralmente o impacto no fluxo de caixa causado por reinvestimentos em projetos da empresa
decrescerá à medida em que ela caminha para a fase de maturidade. E o tempo de projeção
dos fluxos de caixa dependerá desta informação, pois devemos projetar o fluxo de caixa de
dos fluxos de caixa dependerá desta informação, pois devemos projetar o fluxo de caixa de
cada fase pela qual a empresa passará para dar mais acuracidade aos resultados.
Estabelecido o valor do Fluxo Livre de Caixa para cada ano do período de tempo
estabelecido para a análise, trazemos todo o fluxo a valor presente descontado pela taxa de
remuneração do acionista, padronizada como “Rc” (remuneração do capital próprio), segundo a
fórmula abaixo extraída do Modelo de Precificação de Ativos, mais comumento conhecida
como Capital Asset Pricing Model (CAPM), criado por Jack Treynor, William F. Sharpe, John
Lintner e Jan Mossin:
Onde:
Risco País = Prêmio para se investir num país relacionado com seu rating de risco
O próximo passo é trazer a valor presente os fluxos livres de caixa descontados pela
taxa de retorno do acionista e somar todos os valores:
Estes conceitos são muito importantes, embora, por vezes, ignorados por
investidores mais inexperientes.
Há diversos tipos de riscos que integram o risco total de um ativo, como risco
estratégico, risco do negócio, risco financeiro (subdividido em risco de crédito, risco de
mercado e risco de liquidez), risco legal, etc.
Daí decorre a máxima: “quanto maior o risco, maior o retorno”, pois o risco é o
desvio-padrão dos retornos do ativo, podendo variar tanto para cima da média dos retornos
como para baixo dela.
Isso significa, para efeito de ilustração, que um ativo com risco de 10% (desvio-
padrão), em uma distribuição normal de retornos, pode apresentar os seguintes resultados com
relação aos retornos medidos num determinado período:
- com 13,59% de certeza, retorno entre -10% e -20% com relação à média;
Por isso, quanto maior o risco, maior o retorno, pois as probabilidades de subir 10%
são as mesmas de cairem 10% e assim por diante.
3.1. Histórico¹
Em uma época em que bancos e grandes varejistas não emitiam seus próprios
cartões por falta de uma processadora apta à apoiá-los, Marcos Ribeiro Leite cria a CSU, a
maior companhia independente da América Latina especializada no processamento de meios
eletrônicos de pagamento.
A CSU conta com cerca de 7 mil colaboradores, localizados nas regiões de Recife,
Belo Horizonte, São Paulo e Alphaville. Atua com as unidades de negócio: a CSU Cardsystem,
especializada na gestão e processamento de meios eletrônicos de pagamento, a
CSUMarketsystem, que provê e integra soluções demarketing direto para ações de customer
engagement, a CSU Contact, que atua no segmento de contact center, gerindo múltiplos canais
engagement, a CSU Contact, que atua no segmento de contact center, gerindo múltiplos canais
de acionamento e possibilitando o desenvolvimento de programas eficientes para aquisição,
recuperação, cobrança e atendimento a clientes e a sua mais nova unidade, a CSU ITS , focada
em gestão e terceirização de data center.
Atuando de forma pioneira, a CSU foi a primeira empresa do seu segmento a abrir
capital na BM&FBovespa, em 2006, passando a integrar o mais elevado nível de governança
corporativa, o Novo Mercado, sob o código de negociação CARD3.
1. Fonte : RI CSU
CSU Cardsystem
CSU Contact
Com presença nacional, a unidade atua com diversos segmentos, tais como:
finanças, utilities, indústria, entretenimento, telecomunicações, serviços, seguros, varejo e
tecnologia, entre outros.
A Contact iniciou suas atividades no ano 2000 e hoje é uma das maiores empresas
prestadoras de serviços do país. Valendo-se da tecnologia de ponta proporcionada pelo Grupo
CSU, a unidade oferece soluções completas em BPO (Terceirização de Processos de
Negócios) e diferencia-se não só pela prestação de atendimento ao cliente, mas também por
oferecer a seus clientes um projeto de negócios, materializado através de um modelo
consultivo de comercialização.
CSU MarketSystem
CSU ITS
- contratos reajustados de acordo com os dissídios salariais para que os custos não
impactem as margens;
O Setor de Call Center (CSU Contact) cresce à medida em que os setor de bancos e
empresas de telecomunicaçao crescem, pois são grandes consumidores deste serviço. Há
uma tendência natural de aumento na demanda por terceirização do serviço de Call Center por
não pertencerem à atividade operacional principal das empresas, que buscam a especialização
em suas atividades
- Risco Operacional: gerenciado por meio da área de Auditoria & Compliance, que
monitora processos de trabalho e projetos da Companhia que possam apresentar potencial de
risco;
- Risco de liquidez (risco de a companhia não dispor de recursos líquidos para quitar
dívidas em decorrência de descasamento entre recebimentos e pagamentos), minimizado
através do monitoramento diário dos recebimentos e pagamentos futuros, bem como gestão
junto a instiuições financeiras para manter um limite de crédito operacional de pelo menos 1,2x
o faturamento mensal médio.
5. PREMISSAS DA AVALIAÇÃO
Receitas, em geral, tem crescido juntamente com os custos, com exceção de 2013,
em que caíram, enquanto os custos subiram, gerando queda de resultados.
Segundo dados do Banco Central, a inflação medida pelo IPCA está em torno de
9,75% em 2015, com projeções de decréscimo para próximo de 6,5% em 2016. Estimamos
quedas graduais de 6% (2017), 5,5% (2018), 5% (2019) e 4,5% (2020), mantendo-se neste
último patamar, que é o teto da meta do BACEN.
Em 2013 a CSU lançou três novos setores de negócios: CSU ITS, OPTe+ e C360.
O custo do capital estipulado para a presente análise pelo Modelo de Fluxo de Caixa
Descontado-FCFE (Free Cash Flow do Equity) será o do modelo CAPM (vide Equação 1).
A seguir, seguem tabelas que mostram os cálculos dos fluxos operacionais de caixa
e fluxos livres de caixa do período de 2010 a 2014:
Tabela 1. Fluxos Operacionais de Caixa e Fluxos Livres de Caixa de 2010-2014.
A previsão para o período de 2015 a 2019 com esta premissa (0,5% + IPCA) seria a
seguinte:
Tabela 2. Fluxos Operacionais de Caixa e Fluxos Livres de Caixa de 2015-2019.
2015 a 2019.
Tabela 3. Cálculo do valor presente do período de projeção
Assim, podemos concluir que o valor justo da ação na realidade atual da empresa e
da economia como um todo é de R$ 3,22 (três reais e vinte e dois centavos).
7. Análise de sensibilidade
Há diversos fatores que influenciam o valor de uma empresa, pois alteram o valor
das taxas de desconto de seus fluxos de caixa futuros, bem como a própria geração de caixa
futuro.
A reconquista do Grau de Investimento pelo Brasil reduziria o Risco País, que, por
sua vez, reduziria o Rc para aproximadamente 10,42%.
8. Conclusão
9. Referências