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EXERCÍCIOS RESOLVIDOS 06 - CÁLCULO I

1. Encontre a derivada da função f (x) = ax2 + bx + c


Solução
Tem-se que
f (x + h) − f (x) a(x + h)2 + b(x + h) + c − ax2 − bx − c
f 0 (x) = lim = lim
h→0 h h→0 h
Simplificando e passando ao limite,
2ahx + ah2 + bh
f 0 (x) = lim = lim (2ax + ah + b) = 2ax + b
h→0 h h→0

Desta forma, se f (x) = ax2 + bx + c então f 0 (x) = 2ax + b.

2. Calcular as derivadas laterais para a função



x, se 0 < x ≤ 1/2
f (x) =
1 − x, se 1/2 < x ≤ 1

no ponto x = 1. É f derivável neste ponto. Esboce o gráfico.


Solução
Calculemos os limites laterais:
f (x) − f (1/2) f (x) − f (1/2)
(a) lim − ; (b) lim +
x→1/2 x − 1/2 x→1/2 x − 1/2

(a) Tem-se que


f (x) − f (1/2) x − 1/2
lim − = lim = lim 1 = 1
x→1/2 x − 1/2 x→1/2 x − 1/2 x→1/2

Assim, a derivada à esquerda em x = 1/2 é 1.

(b) Também,
f (x) − f (1/2) −x + 1/2
lim + = lim = lim −1 = −1
x→1/2 x − 1/2 x→1/2 x − 1/2 x→1/2

Assim, a derivada à direita em x = 1/2 é −1.

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Dos items (a) e (b) acima temos que as derivadas laterais são diferentes.
Isto significa que o limite

f (x) − f (1/2)
f 0 (1/2) = lim
x→1/2 x − 1/2

não existe. Equivalentemente, a função f não é derivável em x = 1/2.


O gráfico da função f é o seguinte,


3. Determine a equação da reta tangente ao gráfico de f (x) = 3 x
no ponto de abscissa 8.
Solução
A equação da reta tangente ao gráfico da função f no ponto (8, f (8)) =
(8, 2) é dada por
y − f (8) = f 0 (8)(x − 8)
Precisamos então calcular f 0 (8). Tem-se que,
√ √
0 f (x) − f (8) 3
x−2 3
x−2
f (8) = lim = lim = lim √ √ √
x→8 x−8 x→8 x−8 x→8 3 3
( x − 2)( x2 + 2 3 x + 4)

Simplificando e passando ao limite,


1 1
f 0 (8) = lim √
3 √ =
x→8 x2 + 2 x + 4
3 12

2
Desta forma, a equação da reta tangente ao gráfico da função f no
ponto de abscissa 8 é
1 1 4
y =2+ (x − 8) ou seja y = x +
12 12 3
O gráfico da função e da reta tangente no ponto (8, 2) é,

4. Encontrar a derivada das funções f (x) = ex e g(x) = ln x.


Solução
Tem-se que

f (x + h) − f (x) ex+h − ex eh − 1
f 0 (x) = lim = lim = ex lim
h→0 h h→0 h h→0 h
Pelo limite fundamental (pag. 62-livro de cálculo) resulta,

f 0 (x) = ex ln e = ex

Assim, se f (x) = ex então f 0 (x) = ex .


Como um exercı́cio calcule a derivada da função g(x).

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5. Determinar a equação da reta tangente ao gráfico da função
f (x) = cos x no ponto de abscissa x = 0.
Solução
A equação da reta tangente no ponto A = (0, f (0)) = (0, 1) é

y = 1 + f 0 (0)(x − 0) = 1 + xf 0 (0)

Como f 0 (x) = (cos x)0 = −sen x (pag. 78 - livro de cálculo) temos


f 0 (0) = −sen 0 = 0. Desta forma, a reta tangente procurada é a reta
y = 1.
O gráfico da função e a tangente no ponto requerido A = (0, 1) é

6. Determine em que ponto na curva y = 3x2 + 5x + 6 a tangente


é paralela ao eixo x. Solução
As tangentes horizontais ao gráfico de uma função ocorrem quando a
derivada da função é zero.
Então calculemos f 0 (x) e resolvamos a equação f 0 (x) = 0.
Tem-se que f 0 (x) = 6x + 5. Logo, f 0 (x) = 0 se x = −5/6.
Então, o ponto na curva y = 3x2 + 5x + 6 no qual a tangente é paralela
ao eixo x é (−5/6, f (−5/6)), isto é, (−5/6, 47/12). O gráfico da função
e da reta tangente horizontal é,

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7. Calcule as derivadas das funções

3 x − 1
(a) y = x + ex ; (b) y = sen
x+1
Solução

(a) Usaremos a Regra da Cadeia na sua forma


dy dy du
= (1)
dx du dx
onde y depende de u e u depende de x.
dex
x
Seja u = x + e . Sendo = ex resulta
dx
du
= 1 + ex (2)
dx

De y = 3
u = u1/3 resulta
dy 1 1 1
= u1/3−1 = u−2/3 = 2/3 (3)
du 3 3 3u
5
Substituindo (2) e (3) em (1) resulta:

dy 1 + ex
= √
dx 3 3 x + ex

(b) Escrevemos a função dada na forma y = f (g(x)) onde


x−1
f (x) = sen x e g(x) =
x+1
Usaremos a regra da cadeia na forma,

y 0 = (f (g(x)))0 = f 0 (g(x))g 0 (x) (1)

Tem-se que f 0 (x) = cos x e pela regra para a derivada do quo-


ciente,

(x + 1)(x − 1)0 − (x − 1)(x + 1)0 (x + 1) − (x − 1) 2


g 0 (x) = = =
(x + 1)2 (x + 1)2 (x + 1)2

Segue então de (1) que,


x − 1 2
y 0 = f 0 (g(x))g 0 (x) = cos
x + 1 (x + 1)2

8. Calcular os limites
√ √
x−1 ax − b x 3
x− 3a
(a) lim n ; (b) lim ; (c) lim √ √
x→1 x − 1 x→0 x x→a x− a

Solução

(a) A substituição direta x = 1 resulta na indeterminação,


1−1 0
n
=
1 −1 0
Pela primeira regra de L’Hospital,

x−1 (x − 1)0 1 1
lim n
= lim n 0
= lim n−1
=
x→1 x − 1 x→1 (x − 1) x→1 nx n

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(b) A substituição direta x = 0 resulta na indeterminação,
a0 − b 0 0
=
0 0
Pela primeira regra de L’Hospital, e pelos linites exponenciais fun-
damentales (pag. 62):
ax − b x (ax − bx )0
lim = lim 0
= lim (ax ln a − bx ln b)
x→0 x x→0 x x→0
a
= ln a − ln b = ln
b
(c) Exercı́cio.
cos nx − cos mx
9. Calcular o limite L = lim
x→0 x2
Solução
A substituição direta x = 0 resulta na indeterminação,
cos 0 − cos 0 0
=
0 0
Pela primeira regra de L’Hospital,
(cos nx − cos mx)0 −n sen nx + m sen mx 0
L = lim 2 0
= lim =
x→0 (x ) x→0 2x 0
Utilizando novamente a regra,
(−n sen nx + m sen mx)0 −n2 cos nx + m2 cos mx
L = lim = lim
x→0 (2x)0 x→0 2
m2 − n2
Desta forma, L = .
2
e2x
10. Calcular o limite L = lim .
x→+∞ x3
+∞
Solução Uma substituição direta resulta na indeterminação .
+∞
Utilizando repetidas vezes a segunda regra de L’Hospital teremos,
0
e2x (e2x) 2e2x (2e2x )0
L = lim = lim = lim = lim
x→+∞ x3 x→+∞ (x3 )0 x→+∞ 3x2 x→+∞ (3x2 )0

4e2x (4e2x )0 8e2x


= lim = lim = lim = +∞
x→+∞ 6x x→+∞ (6x)0 x→+∞ 6
Desta forma, L = +∞.

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