Você está na página 1de 12

Escola Secundária de Amares Ano Letivo

2022/2023
Físico-Química

Relatório Científico Atividade Laboratorial


Nº1

Queda Livre:
Força gravítica e aceleração da gravidade

Turma:
11ºC
Data: Trabalho realizado por:
15/10/2022 Mariana Oliveira Sousa Nº19

1
Índice:

Objetivo 3

Introdução 3

Procedimento experimental 4

Registo dos resultados 6

Exploração de resultados 7

Análise de resultados 8

Questões pós-laboratoriais 9

Conclusão 11

Bibliografia 12

2
Objetivo

Com esta atividade laboratorial pretende-se determinar a aceleração da gravidade


num movimento de queda livre e verificar se depende da massa dos corpos.

Introdução

Diz-se que um corpo está em queda livre, um grave, quando sobre ele atua
apenas a força gravítica. Um corpo em queda livre, partindo do repouso, move-se com
movimento retilíneo uniformemente acelerado, sendo o valor da aceleração
correspondente ao valor da aceleração gravítica. Este valor é independente da massa do
corpo, mas depende do local onde o corpo é abandonado. Próximo da superfície
terrestre, a aceleração da gravidade tem o valor de 9,8 m/s2.
𝐹𝑟 = 𝑚 × 𝑎
𝐹𝑔 = 𝑚 × 𝑎
⇔𝑚 × 𝑔 = 𝑚 × 𝑎
⇔𝑔 = 𝑎

Tratando-se de um movimento uniformemente acelerado, sem variação de


direção e sentido, a aceleração é igual à aceleração média. Por este motivo, o valor da
aceleração pode ser calculado através de:
∆𝑣
𝑔= ∆𝑡

3
Procedimento experimental

Material utilizado Incerteza Fotografia de um


exemplar
Duas células
fotovoltaicas

Digitímetro +/- 0,001 ms

Suporte universal; Garra


e nozes

Tubo

Craveira +/- 0,05 mm

Balança +/- 0,0001 g

Duas esferas de massas


diferentes

Régua +/- 0,5 mm

4
Procedimento experimental
O digitímetro (cronómetro digital) tem dois modos de funcionamento.
No modo A mede o intervalo de tempo de passagem entre duas células. O digitímetro é
ativado quando o feixe luminoso é bloqueado na primeira célula pela passagem do objeto
e desativado quando o feixe luminoso é bloqueado na segunda célula pela passagem do
objeto.
No modo B usa-se para medir o intervalo de tempo de passagem numa única
célula fotoelétrica ligada ao digitímetro: este é ativado quando o feixe luminoso emitido é
bloqueado pela passagem de um objeto.

1. Depois de montar o esquema experimental, mede-se a massa e o diâmetro das


esferas com uma craveira. Regista-se o resultado tendo em conta a incerteza absoluta de
leitura do instrumento.

2. Registo do tempo de passagem por cada uma das esferas:

a. Liga-se a célula mais elevada (1) ao digitímetro e seleciona-se a função B.


Coloca-se o ecrã a zero.
b. Deixa-se cair a esfera pelo tubo e regista o tempo de passagem, t1.
c. Coloca-se o digitímetro a zero e repete-se o procedimento mais 3 vezes.
d. Liga-se a célula mais baixa (2) ao digitímetro e desliga-se a outra célula.
Coloca-se o ecrã a zero.
e. Deixa-se cair a esfera pelo tubo e regista-se o tempo de passagem, t2.
f. Coloca-se o digitímetro a zero e repete-se o procedimento mais 3 vezes.

3. Registo do tempo de passagem entre as duas células:

a. Liga-se as duas células ao digitímetro, seleciona-se a função A e coloca o ecrã


a zero.
b. Deixa-se cair a esfera pelo tubo e regista-se o tempo de passagem entre as
células, ∆𝑡𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙.
c. Coloca-se o digitímetro a zero e repete-se o procedimento mais 3 vezes.

4. Repete-se as medições efetuadas para outra esfera.

5
Registo de resultados

Esfera 1

Diâmetro da esfera 1: (18,00±0,05) mm

Massa da esfera 1: (24,8203±0,0001) g

∆𝑡1de passagem ∆𝑡1 (ms) ∆𝑡2de passagem ∆𝑡2 (ms) ∆𝑡𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙de passagem entre ∆𝑡𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙
na célula 1 (ms) na célula 2 (ms) as duas células (ms) (ms)

23,382 7,571 135,85

24,199 23,773 7,589 7,595 133,99 134,68

23,395 7,073 134,54

24,114 7,946 134,35

velocidade, v (m/s) 𝑣1 = 0, 75 𝑚/𝑠 𝑣2 = 2, 40 𝑚/𝑠

aceleração gravítica, g 2
(m/s2)
𝑔 = 12, 25 𝑚/𝑠

Esfera 2

Diâmetro da esfera 2: (27,00±0,05) mm

Massa da esfera 2: (66,7490±0,0001) g

∆𝑡1de passagem ∆𝑡1 (ms) ∆𝑡2de passagem ∆𝑡2 (ms) ∆𝑡𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙de passagem entre ∆𝑡𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙
na célula 1 (ms) na célula 2 (ms) as duas células (ms) (ms)

33,454 41,312 138,74

33,846 33,555 10,056 10,769 139,63 138,81

33,452 11,639 138,67

33,468 10,071 138,18

velocidade, v (m/s) 𝑣1 = 0, 80 𝑚/𝑠 𝑣2 = 2, 50 𝑚/𝑠

aceleração gravítica, g 2
(m/s2)
𝑔 = 12, 20 𝑚/𝑠

6
Exploração de resultados

Esfera 1:

𝑑 0,018
𝑣1 = ⇔ 𝑣1 = −3 ⇔ 𝑣1 = 0, 75 𝑚/𝑠
∆𝑡1 23,773×10

𝑑 0,018
𝑣2 = ⇔ 𝑣2 = −3 ⇔ 𝑣2 = 2, 40 𝑚/𝑠
∆𝑡2 7,595×10

∆𝑣 2,40−0,75 2
𝑔1 = ⇔𝑔 = −3 ⇔ 𝑔 = 12, 25 𝑚/𝑠
∆𝑡𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 134,68×10

Esfera 2:

𝑑 0,027
𝑣1 = ⇔ 𝑣1 = −3 ⇔ 𝑣1 = 0, 80 𝑚/𝑠
∆𝑡1 33,555×10

𝑑 0,027
𝑣2 = ⇔ 𝑣2 = −3 ⇔ 𝑣2 = 2, 50 𝑚/𝑠
∆𝑡2 10,769×10

∆𝑣 2,50−0,80 2
𝑔2 = ⇔𝑔 = −3 ⇔ 𝑔 = 12, 24 𝑚/𝑠
∆𝑡𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 138,81×10

Cálculo do valor mais provável da aceleração da gravidade:

𝑔1+𝑔2 12,25 + 12,24 2


𝑔= 2
⇔𝑔= 2
⇔ 𝑔 = 12, 25 𝑚/𝑠

Cálculo do erro relativo percentual:

|𝑉𝑣−𝑉𝑒𝑥𝑝| |9,8−12,25|
ε𝑟 = 𝑉𝑣
× 100 ⇔ ε𝑟 = 9,8
× 100 ⇔ ε𝑟 = 25%

2
𝑔 = 12, 25 𝑚/𝑠 ± 25%

7
Análise de resultados

Com o material e equipamento sugeridos, não foi possível chegar a


resultados muito próximos das previsões teóricas. O valor experimental obtido
2
para a aceleração da gravidade não é o mais aceitável, 𝑔 = 12, 25 𝑚/𝑠 ± 25%,
2
afastando-se do valor teoricamente previsto, 𝑔 = 9, 8 𝑚/𝑠 . Apesar disto, podemos
comprovar que, na queda livre, corpos com massas diferentes experimentam a
mesma aceleração uma vez que, mesmo que o resultado final obtido não se
aproxime do teoricamente proposto, os resultados de ambas as quedas das duas
esferas foram bastante semelhantes mesmo com a diferença de massas, sendo
2 2
na esfera 1 (mais leve),𝑔 = 12, 25 𝑚/𝑠 , e na esfera 2, 𝑔 = 12, 20 𝑚/𝑠 .

Nesta atividade, uma possível causa de erro, para além da resistência do


ar, poderá estar associada à leitura no digitímetro. Muito dificilmente se consegue
fazer com que a esfera passe na sua dimensão máxima pelo feixe de luz. Ao
utilizar o tubo pretende-se minimizar este problema, mas mesmo assim este
continua a ser muito relevante.

8
Questões Pós-Laboratoriais

1. Explica porque é que se pode utilizar a expressão v = desfera/t para o


cálculo da velocidade da esfera, neste movimento uniformemente acelerado,
quando esta expressão se refere a um movimento retilíneo e uniforme.

A expressão dada refere-se a um movimento retilíneo uniforme. No


entanto, o tempo de passagem da esfera pela célula é muito pequeno, pelo que a
velocidade da esfera mantém-se praticamente constante nesse intervalo de
tempo.

2. Compara o valor da aceleração da gravidade na queda livre de diferentes


objetos.

Como procuramos provar nesta atividade, o valor da aceleração em queda


livre é independente da massa dos objetos, pelo que os valores da aceleração da
gravidade são iguais. Na atividade não se obtiveram valores exatamente iguais
uma vez que a taxa de erro relativo percentual é de 25%.

3. Mostra que a aceleração da gravidade não depende da massa dos corpos


em queda livre.

Um corpo de massa m em queda livre fica sujeito apenas à ação da força


gravítica exercida pela Terra, Fg. Ou seja: 𝐹𝑅 = 𝐹𝑔
Uma vez que 𝐹𝑅 = 𝑚 × 𝑎, então 𝐹𝑔 = 𝑚 × 𝑎 ⇔ 𝑚 × 𝑔 = 𝑚 × 𝑎 ⇔ 𝑔 = 𝑎.
Assim podemos concluir que a aceleração da gravidade não depende da massa
do corpo em queda.

4. Em três ensaios, realizados nas mesmas condições, um grupo de alunos


determinou o valor da aceleração da gravidade. Os resultados encontram-se
registados na tabela ao lado. Obtém o resultado da medição da aceleração
da gravidade. Exprime esse resultado em função do valor mais provável
(média) e da incerteza absoluta.

Valor mais provável: 𝑔

9
9,79+9,84+10,20 2
𝑔= 3
⇔ 𝑔 = 9, 94 𝑚/𝑠

Incerteza absoluta = maior valor das incertezas


𝐼𝑛𝑐𝑒𝑟𝑡𝑒𝑧𝑎 1 = |9, 94 − 9, 79| = 0, 15
𝐼𝑛𝑐𝑒𝑟𝑡𝑒𝑧𝑎 2 = |9, 94 − 9, 84| = 0, 10
𝐼𝑛𝑐𝑒𝑟𝑡𝑒𝑧𝑎 3 = |9, 94 − 10, 20| = 0, 26

Resultado:
2
𝑔 = 9, 94 ± 0, 26 𝑚/𝑠

10
Conclusão

Com esta atividade laboratorial podemos concluir que a aceleração da


gravidade num movimento em queda livre não depende da massa. Apesar do o
valor 𝑔 obtido estar distante do valor de 𝑔 tabelado (devido a erros anteriormente
falados), podemos manter esta conclusão uma vez que os valores de 𝑔 em
ambas as esferas de massas diferentes são bastante semelhantes
2 2
(𝑔1 = 12, 25 𝑚/𝑠 ; 𝑔2 = 12, 24 𝑚/𝑠 ).

11
Bibliografia

● Dantas, M.C., Fontinha, M.T., Ramalho, M.D., Jogo de Partículas, Física e


Química A – 10º Ano, 2021, Texto Editores, Lisboa.

12

Você também pode gostar