Brasília-DF.
Elaboração
Produção
APRESENTAÇÃO.................................................................................................................................. 5
INTRODUÇÃO.................................................................................................................................... 8
UNIDADE I
HEMOTERAPIA........................................................................................................................................ 9
CAPÍTULO 1
CONCEITOS GERAIS................................................................................................................ 10
CAPÍTULO 2
ATIVIDADES DESENVOLVIDAS NA HEMOTERAPIA........................................................................ 13
CAPÍTULO 3
CAPTAÇÃO E SELEÇÃO DE DOADORES................................................................................... 15
CAPÍTULO 4
CONTROLE IMUNO-HEMATOLÓGICO...................................................................................... 20
CAPÍTULO 5
PROCEDIMENTOS ESPECIAIS EM HEMOTERAPIA........................................................................ 31
UNIDADE II
USO RACIONAL DO SANGUE E DOS COMPONENTES............................................................................ 37
CAPÍTULO 1
TRANSFUSÃO EM NEONATOLOGIA E PEDIATRIA........................................................................ 40
CAPÍTULO 2
PRODUTOS HEMOTERÁPICOS QUE CONTENHAM HEMÁCIAS.................................................... 50
CAPÍTULO 3
CONCENTRADO DE HEMÁCIAS, PLAQUETAS E GRANULÓCITOS................................................ 54
CAPÍTULO 4
PLASMA HUMANO, CRIOPRECIPITADO E ALBUMINA.................................................................. 60
CAPÍTULO 5
FATORES DE COAGULAÇÃO INDUSTRIAIS................................................................................. 65
UNIDADE III
PROCESSOS DE TRABALHO EM UM HEMOCENTRO................................................................................ 72
CAPÍTULO 1
FLUXO DO DOADOR............................................................................................................... 73
CAPÍTULO 2
FLUXO ADMINISTRATIVO E DE APOIO....................................................................................... 76
CAPÍTULO 3
FLUXO DO SANGUE................................................................................................................. 78
CAPÍTULO 4
FLUXO DO PACIENTE............................................................................................................... 84
UNIDADE IV
PRODUÇÃO, CLASSIFICAÇÃO E MANEJO DE RESÍDUOS........................................................................ 87
CAPÍTULO 1
CLASSIFICAÇÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS.................................................................................. 89
CAPÍTULO 2
TRANSPORTE DE RESÍDUOS...................................................................................................... 91
CAPÍTULO 3
CLASSIFICAÇÃO PARA TRANSPORTE DE RESÍDUOS PERIGOSOS................................................ 93
CAPÍTULO 4
MANEJO DE RESÍDUOS............................................................................................................ 96
REFERÊNCIAS................................................................................................................................. 106
Apresentação
Caro aluno
Conselho Editorial
5
Organização do Caderno
de Estudos e Pesquisa
A seguir, uma breve descrição dos ícones utilizados na organização dos Cadernos de
Estudos e Pesquisa.
Provocação
Textos que buscam instigar o aluno a refletir sobre determinado assunto antes
mesmo de iniciar sua leitura ou após algum trecho pertinente para o autor
conteudista.
Para refletir
Questões inseridas no decorrer do estudo a fim de que o aluno faça uma pausa e reflita
sobre o conteúdo estudado ou temas que o ajudem em seu raciocínio. É importante
que ele verifique seus conhecimentos, suas experiências e seus sentimentos. As
reflexões são o ponto de partida para a construção de suas conclusões.
Praticando
6
Atenção
Saiba mais
Sintetizando
Exercício de fixação
Atividades que buscam reforçar a assimilação e fixação dos períodos que o autor/
conteudista achar mais relevante em relação a aprendizagem de seu módulo (não
há registro de menção).
Avaliação Final
7
Introdução
O sangue é uma suspensão de células (glóbulos brancos, vermelhos e plaquetas) em
um líquido complexo chamado plasma, constituído por água, sais minerais, vitaminas,
proteínas, glicídios e lipídeos. É o principal componente dos centros de hemoterapia e
já há muitos séculos vem sendo utilizado como dom de cura pelos homens. Os romanos,
os egípcios e os antigos noruegueses acreditavam que se banhar ou beber sangue de
pessoas ou animais seria importante para a cura de doenças. Ainda hoje, o sangue e seus
derivados são de grande importância no âmbito da saúde pública, uma vez que podem
ser utilizados na prevenção e no tratamento de diversas doenças, traumas, desordens
imunológicas, infecções (BURNOUF, 2007) e deficiências congênitas (FARRUGIA et
al., 2009).
Objetivos
»» Compreender os conceitos gerais de hemoterapia, com ênfase no uso
racional do sangue e manejo de resíduos.
8
HEMOTERAPIA UNIDADE I
Nesta unidade, uma visão geral da hemoterapia será abordada, incluindo conceitos,
atividades e procedimentos da hemoterapia, assim como, a captação e seleção de
doadores de sague e o controle imuno-hematológico.
»» Concentrado de hemácias.
»» Concentrado de plaquetas.
»» Crioprecipitado.
»» Albumina.
»» Imunoglobulinas.
»» Fatores da coagulação (Fator VII, Fator VIII, Fator IX, além dos complexos
protombínicos).
9
CAPÍTULO 1
Conceitos gerais
O que é sangue?
O sangue é um tecido vivo que circula pelo corpo, levando oxigênio e nutrientes
a todos os órgãos. Ele é composto por plasma, hemácias, leucócitos e plaquetas
(ZAGO; FALCÃO; PASQUINI, 2004).
10
HEMOTERAPIA│ UNIDADE I
11
UNIDADE I │HEMOTERAPIA
12
CAPÍTULO 2
Atividades desenvolvidas na
hemoterapia
13
UNIDADE I │HEMOTERAPIA
14
CAPÍTULO 3
Captação e seleção de doadores
A doação de sangue é, ainda hoje, um problema de interesse mundial, pois não há uma
substância que possa, em sua totalidade, substituir o tecido sanguíneo. Os hemocentros
têm dificuldades em manter o estoque de sangue para atender às necessidades
específicas e emergenciais, colocando em risco a saúde e a vida da população. As
estatísticas mundiais mostram que as doações de sangue não acompanham o aumento
de transfusões (GUTIÉRREZ; TEJADA; CRUZ, 2003).
Apto
15
UNIDADE I │HEMOTERAPIA
Candidato à doação
Podem doar sangue pessoas saudáveis com peso acima de 50 kg, que tenham idade
entre 18 e 65 anos e que não tenham antecedentes e/ou maior vulnerabilidade para
a transmissão de doenças veiculadas pelo sangue. O ciclo do sangue tem início com o
candidato à doação se apresentando ao serviço de hemoterapia. A fim de possibilitar
uma maior garantia de sua identificação, o candidato deve ser identificado por meio de
um documento que contenha sua foto (BRASIL, 2009).
Triagem clínica
Os candidatos à doação devem passar por uma “seleção” antes de doarem sangue. Essa
seleção é de responsabilidade do serviço de hemoterapia que realiza a coleta do sangue.
É chamada de triagem clínica e deve ser realizada por profissional de saúde habilitado,
sob supervisão médica, no mesmo dia da doação/coleta. É realizada com o intuito de
selecionar, dentre os candidatos apresentados, somente aqueles que preencherem os
critérios desejáveis para um doador de sangue (CARAM, 2005).
16
HEMOTERAPIA│ UNIDADE I
Desse modo, como a triagem clínica visa a proteger a saúde do doador e a saúde do
receptor, devem ser verificados, dentre outros:
»» o peso;
»» a temperatura;
Além disso, o candidato passará por uma avaliação clínica e epidemiológica realizada
por meio de entrevista, em local com privacidade, utilizando um roteiro padronizado
que contém questões referentes ao histórico de doença (prévia ou atual), cirurgias,
maior vulnerabilidade para doenças sexualmente transmissíveis etc. (BRASIL, 2004).
O candidato que for considerado apto nessa fase será encaminhado para a fase seguinte:
coleta do sangue. O candidato considerado inapto temporária ou definitivamente não
terá o seu sangue coletado e será dispensado do serviço de hemoterapia após orientação.
O motivo de sua recusa deverá ser registrado na sua ficha (BRASIL, 2004).
Coleta do sangue
O processo de coleta do sangue pode ocorrer de duas formas: a coleta do sangue total,
que é mais comum, e a outra forma, mais específica e de maior complexidade, realiza-se
por meio de aférese (permite a obtenção de um hemocomponente específico conforme a
necessidade do paciente: concentrado de plaquetas, plasma ou leucócitos etc.). O sangue
total deve ser coletado em uma bolsa descartável, estéril e múltipla (a tripla é a mais
comumente utilizada), para permitir o posterior processamento, isto é, a separação do
sangue total coletado em vários hemocomponentes. Os hemocomponentes utilizados
na prática transfusional são obtidos por doações voluntárias do sangue total ou por
aférese (BRASIL, 2007).
17
UNIDADE I │HEMOTERAPIA
Hidratação e alimentação
Após a doação, o serviço de hemoterapia deve oferecer para todos os doadores uma
hidratação oral acompanhada de algum alimento (lanche). Terminada essa fase, o doador
pode ser dispensado estando, portanto, concluído o ciclo do doador (MINISTÉRIO DA
SAÚDE, 2004).
Exames imuno-hematológicos
18
HEMOTERAPIA│ UNIDADE I
Exames sorológicos
» Doença de Chagas.
» Hepatite B.
» Hepatite C.
» Sífilis.
Além dos exames citados, em algumas situações especiais, deve ser realizada sorologia
para a infecção pelo citomegalovírus, enquanto que, nas regiões endêmicas, com
transmissão de malária, deve ser realizado o exame parasitológico do sangue (distensão
sanguínea/gota espessa). O laboratório responsável pela realização dos exames
deverá registrá-los e informar os seus resultados para o setor ou serviço responsável
pela liberação dos hemocomponentes processados, indicando aqueles que podem ser
utilizados e aqueles que devem ser descartados (ANVISA, 2007).
19
CAPÍTULO 4
Controle imuno-hematológico
O que é imuno-hematologia?
É o estudo dos antígenos presentes nas hemácias ou eritrócitos (células
vermelhas do sangue), dos anticorpos correspondentes e de seu significado
clínico. Relaciona-se à hemoterapia ou medicina transfusional.
20
HEMOTERAPIA│ UNIDADE I
Vamos recordar?
Anticorpos naturais: são anticorpos formados contra antígenos não presentes
no organismo e sem necessidade de contato prévio.
21
UNIDADE I │HEMOTERAPIA
3. Organize a bancada.
22
HEMOTERAPIA│ UNIDADE I
Assim, os resultados destas duas provas devem ser interpretados da seguinte forma:
23
UNIDADE I │HEMOTERAPIA
Fonte: <http://www.controllab.com.br/pdf/instrucao_tc_ih.pdf>.
Se, para um D fraco positivo o laboratório encontrar negativo, deve-se: (1) verificar se
a potência (título) do Reativo Rh(D) está de acordo; (2) observar se a temperatura do
banho-maria está calibrada e constante; (3) fazer a lavagem das hemácias corretamente
e dentro da técnica exigida, tendo o cuidado de não perder material durante o
procedimento, pois a perda de hemácias significa perda de antígeno; (4) verificar
24
HEMOTERAPIA│ UNIDADE I
25
UNIDADE I │HEMOTERAPIA
A prova cruzada não previne a imunização nem acusa todos os erros de tipagem.
Determinações erradas de tipagem ABO geralmente resultarão em prova cruzada
incompatível devido às isoaglutininas naturais (A e B), mas em relação ao sistema Rh,
isto naturalmente não acontece. Por isso, o sangue de um doador Rh positivo, tipado
erroneamente como Rh negativo, será “compatível” com um paciente Rh negativo
resultando em aloimunização ao antígeno D, devido à alta antigenicidade do antígeno
D. A prova cruzada, assim como a PAI, pode ser realizada com a adição de substâncias
potencializadoras. Geralmente, utiliza-se solução de PEG a 20%.
Doença de Chagas
26
HEMOTERAPIA│ UNIDADE I
O primeiro teste utilizado para a detecção da infecção pelo T. cruzi foi a Fixação de
Complemento, desenvolvida por Guerreiro e Machado, em 1913. Hoje, esse teste
apresenta apenas valor histórico, dada a existência de testes mais simples e precisos.
Hepatite B e C
As hepatites virais são doenças provocadas por diferentes agentes etiológicos com
tropismo primário pelo tecido hepático, que apresentam características epidemiológicas,
clínicas, imunológicas e laboratoriais semelhantes, porém, com importantes
particularidades.
27
UNIDADE I │HEMOTERAPIA
Hepatite B
»» anti-HBe.
Hepatite C
28
HEMOTERAPIA│ UNIDADE I
HIV
29
UNIDADE I │HEMOTERAPIA
Segundo a RDC no 343, deverão ser realizados dois testes. Um dos testes deve ser
imunoenzimático. O segundo teste poderá ser por ensaio imunoenzimático com
quimioluminescência ou por outra técnica com princípio metodológico ou antigênico
distinto do primeiro teste. A infecção pelo HIV/Aids está entre as principais causas de
inaptidão definitiva para doação de sangue.
30
CAPÍTULO 5
Procedimentos especiais em
hemoterapia
A triagem, também conhecida como screening ou detecção precoce, pode ser definida
como sendo o processo pelo qual se obtém o diagnóstico presuntivo de um determinado
agravo e/ou doença (incluindo infecções), não previamente identificados, por meio de
testes, de exames ou de outros procedimentos aplicados diretamente em pessoas que
são aparentemente saudáveis (NÚCLEO DE BIOSSEGURANÇA – NuBio – 2015). A
necessidade de se estabelecerem critérios bem definidos de triagem clínico-epidemiológica
e laboratorial justifica-se uma vez que os dados existentes na literatura evidenciam uma
grande variabilidade de perfis de riscos de transmissão de doenças entre diferentes países,
a depender de fatores, tais como:
»» risco de infecção;
31
UNIDADE I │HEMOTERAPIA
Procedimentos especiais
Aférese
Plaquetaferese
32
HEMOTERAPIA│ UNIDADE I
»» os testes sorológicos terão validade de, no máximo, dez dias, após a coleta,
contar o dia da coleta como sendo o primeiro dia.
Plasmaferese terapêutica
É um procedimento especial que consiste na remoção do plasma, com finalidade
terapêutica. A plasmaferese deverá ser executada exclusivamente por médico
capacitado e treinado. O produto obtido na aférese terapêutica não pode ser usado para
fins transfusionais em outros pacientes.
Exsanguíneo-transfusão
Indicações:
»» coma malárico;
» hemoglobinopatias.
Os testes sorológicos devem ser os mesmos preconizados para transfusão de sangue e/ou
hemocomponentes.
33
UNIDADE I │HEMOTERAPIA
Hemocomponentes irradiados
Indicações:
»» Transfusão intra-uterina.
Hemocomponentes lavados
Indicações:
34
HEMOTERAPIA│ UNIDADE I
Indicações:
» Exsanguíneo-transfusão.
35
UNIDADE I │HEMOTERAPIA
» HIV positivos.
Componentes desleucotizados
É um procedimento realizado através de filtros específicos para remoção de leucócitos
de glóbulos vermelhos ou plaquetas.
Indicações:
»» Hemoglobinopatias.
36
USO RACIONAL
DO SANGUE E DOS UNIDADE II
COMPONENTES
As informações sobre o uso racional do sangue e seus componentes foram baseadas em
recomendações nacionais e internacionais, no Manual para o Uso Racional de Sangue,
2003, e no Guia para o Uso de Hemocomponentes do Ministério da Saúde, 2009.
O sangue total pode ser fresco ou reconstituído, ambos não são muito indicados
em transfusões.
Toda doação de sangue deve ser altruísta, voluntária e não gratificada, direta ou
indiretamente, assim como o anonimato do doador deve ser garantido. Para a obtenção
destes produtos, os serviços de hemoterapia são estruturados em rede, com níveis de
complexidade diferentes, a depender das atividades que executam.
37
UNIDADE II │USO RACIONAL DO SANGUE E DOS COMPONENTES
38
USO RACIONAL DO SANGUE E DOS COMPONENTES│UNIDADE II
sendo por isso considerado o doador universal. O sangue AB só serve para o AB,
justamente por isso é o sangue menos procurado. O AB positivo é considerado
o receptor universal.
39
CAPÍTULO 1
Transfusão em neonatologia e pediatria
Atualmente, ao redor de 45-75% dos prematuros de muito baixo peso ao nascer recebem
transfusões de hemácias durante a sua internação na unidade neonatal. Entretanto,
não existe uma fórmula ideal para avaliar a necessidade de transfusões de hemácias em
prematuros.
40
USO RACIONAL DO SANGUE E DOS COMPONENTES│UNIDADE II
Testes pré-transfusionais
A determinação do fenótipo ABO humano completo e definitivo depende da presença
de antígenos e anticorpos naturais complementares. Até quatro meses de idade,
a expressão desses antígenos pode ser incompleta (expressão fraca) e os anticorpos
detectados, geralmente são de origem materna. Portanto, nessa faixa etária e dentro
de uma margem de segurança de até 12 meses, o laudo de tipagem ABO não deve ser
considerado definitivo. Dessa forma, recomenda-se que os testes imuno-hematológicos
em recém-nascidos sejam feitos em gel-teste, devido à economia de volume de amostra
que esse tipo de método proporciona.
Deve ser realizada a tipagem direta ABO/Rh(D), porém a tipagem (ABO) reversa não
precisa ser feita, desde que se disponha de amostra materna. A presença de anti-A ou
anti-B, com métodos que incluam a fase de antiglobulina, deve ser verificada no plasma
do RN (= tipagem reversa) toda vez que não houver amostra materna. A tipagem da
41
UNIDADE II │USO RACIONAL DO SANGUE E DOS COMPONENTES
Os RNs não podem ser transfundidos com hemocomponentes que contenham anticorpos
irregulares clinicamente significativos. O CH indicado para transfusão de pequenos
volumes não precisa ter menos de 7 dias. Essa regra vale apenas para exsanguínea-
transfusão (EXT). As unidades de CH não devem conter hemoglobina S.
A irradiação gama está indicada para RN com menos de 1.200 g, para evitar reação
enxerto versus hospedeiro. Não é necessário irradiar hemocomponentes para transfusão
em recém- nascido a termo, exceto quando proveniente de doações específicas de
familiares ou quando houver suspeita de síndrome de imunodeficiência congênita.
Quando a criança expressa antígenos “A” e/ou “B” e não há incompatibilidade materno-
fetal, a transfusão de CH do mesmo tipo que da sua tipagem direta (transfusão isogrupo)
é recomendada.
42
USO RACIONAL DO SANGUE E DOS COMPONENTES│UNIDADE II
Exsanguíneo-transfusão (EXT)
Durante as primeiras 24 horas de vida, está indicada a EXT, quando houver teste de
antiglobulina direto (Coombs direto) positivo, bilirrubina indireta (BI) > 4mg/dl, nível
43
UNIDADE II │USO RACIONAL DO SANGUE E DOS COMPONENTES
sérico de hemoglobina < 13g/dl, elevação de BI > 0,5mg/dl/ hora. Após 24 horas de
vida, a EXT é indicada somente pela evolução dos níveis séricos de bilirrubina indireta.
O uso do nível sérico como critério de indicação de EXT baseia-se no fato de existir uma
relação direta entre este e a incidência de kernicterus, e de ser uma variável numérica
passível de mensuração.
O produto de escolha para EXT é o sangue total (ST) ou o sangue total reconstituído
(STR). O STR é CH reconstituído com plasma fresco congelado (PFC) cujo hematócrito
após reconstituição é > 40%.
Para a EXT, utiliza-se sangue total no volume de 160 ml/kg de peso, que corresponde ao
dobro da volemia do RN de termo, o que permite remover em média 87% dos glóbulos
vermelhos do recém-nascido. O sangue total ou o CH que compõe o STR devem ter
menos de 5 dias, não conter hemoglobina S (Hb S) e sofrer irradiação gama (2.500
rads) poucas horas antes do procedimento.
Esses princípios são válidos para a escolha de produtos em toda e qualquer situação de
incompatibilidade materno-fetal.
44
USO RACIONAL DO SANGUE E DOS COMPONENTES│UNIDADE II
45
UNIDADE II │USO RACIONAL DO SANGUE E DOS COMPONENTES
46
USO RACIONAL DO SANGUE E DOS COMPONENTES│UNIDADE II
ser lenta, a uma velocidade de 1-2 x 1010 células/hora. A pré-medicação com anti-
histamínicos e/ou antipiréticos é recomendada.
47
UNIDADE II │USO RACIONAL DO SANGUE E DOS COMPONENTES
Fibronectina
Imunoglobulina
Embora seja cada vez maior o número de RNs prematuros que sobrevivem nas
Unidades de Terapia Intensiva, estas crianças tornam-se cada vez mais expostas aos
micro-organismos hospitalares e a procedimentos invasivos que as tornam susceptíveis
a infecções graves. Destas, a sepse é uma das principais, sendo responsável pela elevada
morbidade e mortalidade destas crianças.
Sabe-se que a maior parte da imunoglobulina G (IgG) é adquirida pelo feto na última
metade do terceiro trimestre de gestação, através da transferência placentária. O recém-
nascido pré-térmico (RNPT), ao nascimento, perde a oportunidade de receber a IgG de
origem materna e, desse modo, pode apresentar hipogamaglobulinemia profunda, a
qual é resultante não só de níveis baixos de IgG nos primeiros dias de vida, mas também
da degradação da IgG adquirida materna e pelo próprio retardo de produção de IgG
após o nascimento (FANAROFF, et al., 1994).
Albumina
A albumina é uma proteína que pode ser extraída do sangue total, do plasma, do soro ou
de placentas humanas. Pelo menos 96% da proteína total no produto final é albumina,
que se encontra disponível nas concentrações de 5,0%, 20% e 25% e contém 130 a 160
mEq/l de sódio. A albumina é preparada a partir da fração V de Cohn, sendo aquecida
48
USO RACIONAL DO SANGUE E DOS COMPONENTES│UNIDADE II
por pelo menos 10 horas a 60°C para inativar os vírus contaminantes (SANDBERG, et
al., 2000).
»» Na hipoalbuminemia grave.
49
CAPÍTULO 2
Produtos hemoterápicos que
contenham hemácias
Além da hemoglobina, as hemácias também são compostas por íons, glicose, água e
enzimas.
Produtos hemoterápicos
A cadeia dos produtos biológicos e hemoterápicos, desde a fabricação até o mercado
consumidor, é vasta e as suas etapas são amparadas por atos regulatórios, que abrangem
tanto o registro quanto o regulamento do consumo no mercado farmacêutico do país.
Dentre os produtos hemoterápicos, destacam-se o sangue total e os hemocomponentes
e hemoderivados (BRASIL, 2007).
50
USO RACIONAL DO SANGUE E DOS COMPONENTES│UNIDADE II
Curiosidades:
É o sangue doado sem nenhuma modificação, que será processado nos hemocomponentes
descritos a seguir. Está praticamente em desuso e existem poucas indicações de
transfusão de sangue total. A quantidade de fatores de coagulação não é suficiente e
as plaquetas não estão mais viáveis. O concentrado de hemácias supre de forma mais
eficaz que o sangue total, a reposição de eritrócitos, com a vantagem de ser infundido
menor volume. O seu uso não é muito aceito na hemoterapia moderna e traduz apenas
a falta de disponibilidade de produtos mais adequados. Hoje a sua utilização deverá
ser apenas como matéria-prima para o preparo de componentes (VERRASTRO, et al.,
1998).
51
UNIDADE II │USO RACIONAL DO SANGUE E DOS COMPONENTES
»» formação de microagregados.
Assim como o ST, o concentrado de hemácias deve ser mantido entre 2°C e 6°C. Os
concentrados de hemácias sem solução aditiva devem ter hematócrito entre 65% e 80%.
No caso de bolsas com solução aditiva, o hematócrito pode variar de 50% a 70%. Os CH
podem ser desleucocitados com a utilização de filtros para leucócitos ou desplamatizados
pela técnica de lavagem com solução salina fisiológica, preferencialmente em sistema
fechado.
52
USO RACIONAL DO SANGUE E DOS COMPONENTES│UNIDADE II
O CH pode ser obtido por aféreses ou por centrifugação do ST. Também contem
hemácias na sua composição. A partir de um doador único, consegue-se um volume de
cerca de 300 mL contendo 3x1011 plaquetas, 8x109 de leucócitos e 2x1011 de hemácias
por doação, utilizando o método de aférese. Utilizando a centrifugação do ST, é obtido
500 mL, contendo 5,5x1010 plaquetas, <2x108 de leucócitos e <1x109 de hemácias.
53
CAPÍTULO 3
Concentrado de hemácias, plaquetas
e granulócitos
Indicações do CH:
54
USO RACIONAL DO SANGUE E DOS COMPONENTES│UNIDADE II
Alguns princípios devem ser levados em conta para a prática da transfusão de células
vermelhas em adultos, entre eles:
55
UNIDADE II │USO RACIONAL DO SANGUE E DOS COMPONENTES
Indicações do CP:
56
USO RACIONAL DO SANGUE E DOS COMPONENTES│UNIDADE II
» Síndrome HELPP.
57
UNIDADE II │USO RACIONAL DO SANGUE E DOS COMPONENTES
Os CG são hemocomponentes obtidos por aférese de doador único, por meio de máquinas
separadoras de células, de fluxo contínuo ou descontínuo, cujo rendimento de coleta
pode ser melhorado pela utilização de doadores estimulados com a administração
de fator estimulador de colônias de granulócitos (G-CSF) e corticosteroides. Cada
concentrado deve conter no mínimo 1,0 x 1010 granulócitos em 90% das unidades
avaliadas, em um volume final inferior a 500mL, (geralmente 200-300mL) incluindo
anticoagulante, plasma e também resíduo do agente hemossedimentante utilizado no
procedimento de coleta.
Indicação do CG
58
USO RACIONAL DO SANGUE E DOS COMPONENTES│UNIDADE II
59
CAPÍTULO 4
Plasma humano, crioprecipitado e
albumina
Plasma humano
Pode ser chamado também de plasma normal, plasma simples ou plasma de banco,
diferencia-se do PFC, pois seu congelamento se dá mais de oito horas depois da coleta
do sangue total (ST) que lhe deu origem. Pode resultar também da transformação de
um PFC cujo período de validade expirou. Deve ser armazenado em temperatura igual
ou inferior a -20º C e tem a validade de cinco anos. O PC não pode ser utilizado para
transfusão.
Deve ficar armazenado a uma temperatura de, no mínimo, - 20º C, tendo a validade de
12 meses. A temperatura mais recomendada é a de -30º C e, assim, a validade do PFC
passa a ser de 24 meses. Pode ser conservado por mais quatro anos, como matéria-
prima para a indústria de fracionamento do plasma.
60
USO RACIONAL DO SANGUE E DOS COMPONENTES│UNIDADE II
O volume de uma unidade de plasma fresco deve ficar em torno de 200 a 250 mL. Sob
as condições de temperaturas ideais (-20º C), é mínima a perda dos fatores V e VIII, os
fatores lábeis da coagulação. Um mL de PFC contém, aproximadamente, uma unidade
de atividade de fator de coagulação. O descongelamento deve ser realizado em banho-
maria a 37º C. Após descongelado, pode ser armazenado por até 6 horas, a 4º C.
O PFC não deve ser utilizado para expansão de volume ou reposição protéica, visto que
produtos mais seguros, que não oferecem risco de transmissão de doenças ou reações
alérgicas aos receptores, estão disponíveis com este fim, como a albumina sérica,
soluções coloides sintéticas e soluções balanceadas de salina.
61
UNIDADE II │USO RACIONAL DO SANGUE E DOS COMPONENTES
Crioprecipitado (CRIO)
O CRIO é derivado do plasma e contém os fatores VIII e XIII, fibrinogênio, fibronectina
e fator de Von Willlebrand. Para sua produção, o PFC deverá ser descongelado a 4 ± 2º
C. Em seguida, este plasma deverá ser centrifugado à temperatura de 4 ± 2º C e separado
do material insolúvel ao frio em circuito fechado. O plasma sobrenadante é removido,
deixando-se na bolsa a proteína precipitada (10 a 20 ml). Este crioprecipitado resultante
deverá ser recongelado em até uma hora após sua obtenção a -20º C e sua validade é de
um ano a partir da data de doação. Se permanecer conservado à temperatura de -30º C,
sua validade passa a ser de dois anos. Deve ser descongelado em banho-maria a 37º C.
Após descongelado, pode ser armazenado por até 6 horas, a 4º C.
O produto final deverá conter 80 unidades internacionais de Fator VIII e 150 mg/dL de
fibrinogênio em todas as unidades analisadas.
Indicação do CRIO:
»» no tratamento da hemofilia A;
62
USO RACIONAL DO SANGUE E DOS COMPONENTES│UNIDADE II
O CRIO não deve ser utilizado no tratamento de pacientes com deficiências de outros
fatores que não os já citados. Quando altas quantidades de CRIO são transfundidas,
o nível de fibrinogênio do indivíduo deve ser monitorizado, pois este pode atingir
níveis bastante elevados (hiperfibrinogenemia), levando a um risco aumentado de
tromboembolismo.
Albumina humana
Apresenta peso molecular (PM) entre 66.000 a 69.000 e é composta por 584
aminoácidos. A albumina é a maior proteína sintetizada no fígado e representa cerca
de 50% da síntese hepática de proteínas (100 a 200mg/kg/dia). Depois de sintetizada
pelos hepatócitos, é liberada nos sinusoides e cai na circulação sanguínea. Tem meia-
vida de 18 horas, mas somente 10% da albumina permanecem na circulação após duas
horas.
63
UNIDADE II │USO RACIONAL DO SANGUE E DOS COMPONENTES
O uso de albumina está contraindicado como suporte nutricional, pois ele apresenta
resultado mais efetivo se ocorrer por nutrição parenteral, para melhoria de cicatrização
no período pós-operatório ou para correção de hipoproteinemias associadas a
hepatopatias ou enteropatia com perda proteica. Outra contraindicação do uso de
albumina humana seria nos casos de mobilização de ascite e terapêutica única para
desidratados.
64
CAPÍTULO 5
Fatores de coagulação industriais
O que é coagulação?
A coagulação sanguínea é iniciada quando o fator tecidual (FT) exposto no sangue forma
um complexo FT/ Fator VII ativado, reação crítica que faz a clivagem da proenzima
Fator X em Fator X ativado (Xa). O Fator Xa forma o complexo protrombinase (FXa/
FVa) e converte protrombina em trombina. Ao clivar Fibrinogênio e ativar o Fator XI,
a trombina ativa também o Fator XIII, o Fator V, o Fator VIII e plaquetas. A Trombina
ativa o fator XIII (Fator estabilizador da Fibrina) tornando o “plug” fibrina/plaqueta
estável, pois no sítio da lesão vascular a fibrina inicialmente é instável.
A coagulação é continuada pela geração de Fator IXa catalizada pelo complexo FT/
FVIIa, a partir do Fator IX e por pequenas quantidades de Trombina gerada pela
reação inicial. Uma série de proteínas anticoagulantes medeia o desfecho da atividade.
O inibidor do Fator da via Tissular liga-se com os fatores VIIa e Xa. A Antitrombina
III (AT III) inativa a Trombina, a Calicreína e o Fator Xa, agindo sobre a maioria das
enzimas ativadas (VIIa, IXa, Xa e XIa), e limita o processo de coagulação aos sítios da
lesão vascular. As proteínas C e S inativam os fatores Va e VIIIa (BREEN, 2004).
65
UNIDADE II │USO RACIONAL DO SANGUE E DOS COMPONENTES
Fatores de coagulação
Na sua maioria, os fatores de coagulação são proteínas com síntese hepática circulando
sob forma inativa (PETROVITCH; DRUMMOND, 2004). O plasma humano fracionado
é a única fonte natural de obtenção conhecida, já a recombinação genética possibilita
a obtenção de quantidades ilimitadas de qualquer hemoderivado com risco ínfimo de
transmissão de infecções (DROHAN; CLARK, 2005). A obtenção de fatores de coagulação
requer técnicas mais elaboradas por se tratarem de macromoléculas termolábeis.
66
USO RACIONAL DO SANGUE E DOS COMPONENTES│UNIDADE II
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UNIDADE II │USO RACIONAL DO SANGUE E DOS COMPONENTES
Fator VII
O Fator VII ativado (F VIIa) foi desenvolvido em 1988, por meio de técnicas de
recombinação genética, para prevenção e tratamento de hemorragias em pacientes
com hemofilia A ou B com anticorpos para os fatores VIII e IX (WELSBY, et al.,
2005). A hemofilia A ou B, a Trombastenia de Glanzmann e a deficiência congênita
de fator VII são as indicações formais, consideradas seguras para o F VIIa. Embora as
indicações possam se expandir, não há estudos randomizados, placebo-controlados que
possibilitem o uso seguro, não prematuro, do F VIIa (SVARTHOLM; ANNERHAGEN;
LANNE, 2003).
»» Trombocitopenia e Trombocitopatias.
»» Trauma.
»» AVE hemorrágico.
»» Obstetrícia.
»» Cirurgia cardíaca.
»» Transplante hepático.
O Fator VIIa tem sido usado em cirurgias cardíacas em doses não uniformizadas na
tentativa de controlar sangramento intratável. Este fator tem o potencial de influenciar
tanto a velocidade da formação como as propriedades físicas do coágulo, o que é
comprovado por tromboelastografia (ROMAGNOLI, et al., 2006).
68
USO RACIONAL DO SANGUE E DOS COMPONENTES│UNIDADE II
Fator VIII
A dose de Fator VIII é baseada na premissa que 1 Unidade de F VIII por quilograma
de peso pode aumentar a concentração de F VIII em 2%. Na hemofilia A grave, 50U/
kg são usadas com o intuito de atingir 100% dos níveis normais de FVIII e repetidas no
intervalo de 8 a 12 horas (JAE-WOO, 2004).
Nos pacientes com a forma leve a moderada, o uso de acetato de desmopressina aumenta
os níveis de fator VIII em duas a três vezes, após 30 a 60 minutos de administração. Em
cirurgias cardíacas, objetiva-se também 100% de atividade do fator VIII por 48 horas e
50% até por volta do décimo dia de pós-operatório (AULER, et al.,2004).
Há relato de infusão contínua de F VIII com redução de custos da cirurgia por diminuição
da necessidade de concentrados, fato relacionado ao clearance sistêmico e ao tipo de
concentrado utilizado, plasmático ou recombinante, nível de FvW , grupo sanguíneo,
idade, peso e tipo de cirurgia (JAE-WOO, 2004).
Fator IX
69
UNIDADE II │USO RACIONAL DO SANGUE E DOS COMPONENTES
sangramento durante e após cirurgia nos pacientes com inibidores de fator IX. É um
fator de alta pureza (WELSBY, et al., 2005).
Fator XIII
O Fator de coagulação XIII (Fator estabilizador da Fibrina) existe sob a forma purificada
a partir do plasma humano (AULER, et al., 2004).
» Na deficiência adquirida.
» Nas cirurgias cardíacas com duração maior que 120 minutos, há recomendação
de dose única de 20U/Kg, administração feita 1 a 2 horas após o final da
cirurgia.
71
PROCESSOS DE
TRABALHO EM UM UNIDADE III
HEMOCENTRO
O cenário de um hemocentro típico é constituído por ambientes físicos onde são
desenvolvidos processos de trabalho dirigidos ao cumprimento da finalidade desse
serviço, que é prestar assistência e apoio hemoterápico e/ou hematológico. Considerando
algumas especificidades, os ambientes de um hemocentro típico podem ser agregados
em redes que se configuram em quatro fluxos: doador, administrativo, paciente e
sangue, de acordo com o fluxograma apresentado na figura 7.
Fonte: Adaptado do Ministério da Saúde. Hematologia e hemoterapia: guia de manejo de resíduos, 2011.
72
CAPÍTULO 1
Fluxo do doador
O Fluxo do doador tem início com a chegada do doador à recepção de onde será
encaminhado às triagens hematológica e clínica. Nesse momento, a depender da
avaliação realizada nas triagens, o candidato poderá ser um doador apto ou inapto. Em
caso da presença dos requisitos necessários, ele estará apto e será submetido à coleta
de sangue total. Por meio de aférese, será feita a coleta seletiva dos hemocomponentes.
Após esse processo, o doador geralmente se dirige à lanchonete ou, quando necessita,
à sala de recuperação.
Fonte: Adaptado do Ministério da Saúde. Hematologia e hemoterapia: guia de manejo de resíduos, 2011.
A cada doação, o candidato deve ser avaliado quanto aos seus antecedentes e
ao seu estado de saúde atual, por meio de entrevista individual, realizada por
profissional de saúde de nível superior devidamente capacitado, sob supervisão
médica, em sala que garanta a privacidade e o sigilo das informações, para
determinar se a coleta pode ser realizada sem causar-lhe prejuízo e para que a
transfusão dos hemocomponentes obtidos a partir desta doação não venha a
causar problemas aos receptores. (Ministério da Saúde, 2014).
73
UNIDADE III │PROCESSOS DE TRABALHO EM UM HEMOCENTRO
Recepção
Ambiente destinado à recepção e ao registro de candidatos à doação voluntária de
sangue. Nesse local, são realizadas as atividades que fazem parte do processo de registro,
emissão de fichas e arquivo de dados dos doadores atendidos na instituição, contendo
identificação do doador, endereços e telefone para contato.
Pré-triagem
Na pré-triagem, há uma entrevista sigilosa com o candidato, com o intuito de verificar
se existe alguma contraindicação à doação, protegendo, assim, o próprio candidato e o
paciente que receberá o sangue. Para isso, é fundamental que as informações prestadas
sejam verdadeiras.
Triagem hematológica
Nesta etapa, ocorre a verificação de sinais vitais e antropométricos dos doadores,
dosagem de hemoglobina ou micro-hematócrito e na verificação dos sinais vitais (pulso,
temperatura, pressão arterial), o peso e a estatura do candidato à doação.
Triagem clínica
Ambiente destinado à realização da entrevista clínica e orientação dos doadores. Esse
processo de atendimento é individualizado e privativo e consiste na avaliação dos dados
obtidos na triagem hematológica e das condições de saúde do candidato à doação
para verificar sua aptidão para a doação de sangue. Este processo tem o objetivo de
orientar os candidatos em caso de inaptidão e de descobrir se o candidato se esqueceu
de mencionar alguma informação importante na pré-triagem.
74
PROCESSOS DE TRABALHO EM UM HEMOCENTRO│ UNIDADE III
Lanchonete de doadores
É um ambiente destinado a prestar assistência nutricional aos doadores, após a coleta
de sangue. Visa iniciar a reposição do volume sanguíneo retirado, bem como permitir a
observação do doador após a coleta por um período, diminuindo as chances de reações
à doação.
75
CAPÍTULO 2
Fluxo administrativo e de apoio
Fonte: Adaptado do Ministério da Saúde. Hematologia e hemoterapia: guia de manejo de resíduos, 2011.
Áreas administrativas
São ambientes destinados à realização de serviços administrativos. As salas que compõem
a área administrativa são: Secretaria, Diretoria, Gerência, Recursos Humanos.
Central de materiais
»» água oxigenada;
»» detergente neutro;
»» vidraria de laboratório.
Manutenção de equipamentos
»» eletroeletrônicos;
»» equipamentos em geral;
»» lâmpadas;
»» pilhas e baterias.
77
CAPÍTULO 3
Fluxo do sangue
Laboratório de imuno-hematologia
É um ambiente destinado à realização dos exames imuno-hematológicos para
qualificação do doador. Nele são realizados testes nas amostras de sangue de doadores
e/ou receptores para exames imuno-hematológicos.
Tipificação ABO
O grupo ABO deve ser determinado testando os glóbulos vermelhos com reagentes
anti‑A, anti‑B e anti‑A,B. Caso sejam usados antissoros monoclonais, a utilização
do soro anti‑A,B não é obrigatória. A tipagem reversa deve ser sempre realizada,
testando o soro ou plasma com suspensão de glóbulos vermelhos conhecidos A1 e B e,
opcionalmente, A2 e O.
78
PROCESSOS DE TRABALHO EM UM HEMOCENTRO│ UNIDADE III
Laboratório de sorologia
Chagas
Hepatite B
Hepatite C
Elisa anti‑HBC: teste imunoenzimático qualitativo para detecção in vitro de anticorpos
do vírus da hepatite C (VHC) no soro ou plasma humano.
HIV
HTLV
O teste de primeira escolha é o Elisa para HTLV: ensaio qualitativo, ligado à enzima
de imunoadsorção, destinado à detecção de anticorpos contra o vírus linfotrópico para
linfócitos T humano tipos I e/ou II no soro ou plasma humanos.
79
UNIDADE III │PROCESSOS DE TRABALHO EM UM HEMOCENTRO
Os novos testes estão sendo implantados com o propósito de identificar esses vírus
precocemente nos testes sorológicos convencionais, além de identificá-los em bolsas
doadas com níveis de anticorpos indetectáveis pelos testes tradicionais. Como grande
vantagem sobre os testes tradicionais, o NAT é capaz de reduzir o período de janela
imunológica, ou seja, o período de tempo compreendido entre a infecção do indivíduo
ao agente infeccioso e o aparecimento de positividade em exames laboratoriais, sua
indicativa de cerca de 70 para 12 dias no caso do HCV e 22 para 11 dias no caso do HIV.
Sífilis
Testes confirmatórios
80
PROCESSOS DE TRABALHO EM UM HEMOCENTRO│ UNIDADE III
se ao antígeno fixado na lâmina e são revelados por uma antiglobulina humana marcada
com isotiocianato de fluoresceína.
Sala de fracionamento
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UNIDADE III │PROCESSOS DE TRABALHO EM UM HEMOCENTRO
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PROCESSOS DE TRABALHO EM UM HEMOCENTRO│ UNIDADE III
Fonte: Adaptado do Ministério da Saúde. Hematologia e hemoterapia: guia de manejo de resíduos, 2011.
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CAPÍTULO 4
Fluxo do paciente
Fonte: Adaptado do Ministério da Saúde. Hematologia e hemoterapia: guia de manejo de resíduos, 2011.
Consultório
Ambiente destinado ao atendimento individualizado e privativo de pacientes com
doença hematológica e/ou oncológica para avaliação das condições de saúde pelo
médico.
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PROCESSOS DE TRABALHO EM UM HEMOCENTRO│ UNIDADE III
Análise de compatibilidade
Processo de trabalho desenvolvido em um setor destinado à realização das provas pré-
transfusionais para avaliar a compatibilidade transfusional, utilizando-se dos seguintes
testes imuno-hematológicos.
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UNIDADE III │PROCESSOS DE TRABALHO EM UM HEMOCENTRO
Aférese terapêutica
Ambiente destinado à realização da aférese terapêutica, que consiste na remoção de
determinado componente sanguíneo com finalidade terapêutica, com retorno dos
hemocomponentes remanescentes à corrente sanguínea do paciente.
86
PRODUÇÃO,
CLASSIFICAÇÃO UNIDADE IV
E MANEJO DE
RESÍDUOS
Os resíduos dos serviços de saúde ganharam destaque legal no início da década de 90,
quando foi aprovada a Resolução CONAMA no 006 de 19/09/1991 que desobrigou a
incineração ou qualquer outro tratamento de queima dos resíduos sólidos provenientes
dos estabelecimentos de saúde e de terminais de transporte e deu competência aos
órgãos estaduais de meio ambiente para estabelecerem normas e procedimentos
ao licenciamento ambiental do sistema de coleta, transporte, acondicionamento e
disposição final dos resíduos, nos estados e municípios que optaram pela não incineração.
87
UNIDADE IV │PRODUÇÃO, CLASSIFICAÇÃO E MANEJO DE RESÍDUOS
88
CAPÍTULO 1
Classificação de resíduos sólidos
Convém destacar
89
UNIDADE IV │PRODUÇÃO, CLASSIFICAÇÃO E MANEJO DE RESÍDUOS
90
CAPÍTULO 2
Transporte de resíduos
91
UNIDADE IV │PRODUÇÃO, CLASSIFICAÇÃO E MANEJO DE RESÍDUOS
Todo transporte por meio terrestre de resíduos perigosos deve obedecer ao Decreto
no 9.604, à Resolução no 420, da ANTT, e às ABNT NBR 7500, 7501, 7503 e 9735.
A classificação do resíduo deve atender ao Anexo da Resolução no 420, da ANTT, de
acordo com as exigências prescritas para a classe e subclasse apropriada, considerando
os respectivos riscos e critérios.
O resíduo que não se enquadrar em nenhum dos critérios estabelecidos pelas classes de
risco de 1 a 9, mas, se for classificado como resíduo perigoso, classe I pela NBR 10004,
deve ser transportado como pertencente à classe 9.
Para que os sacos plásticos contendo resíduos infectantes (ou não segregados) não
venham a se romper, liberando líquidos ou ar contaminados, é necessário utilizar
equipamentos de coleta que não possuam compactação e que, por medida de precaução
adicional, sejam herméticos ou possuam dispositivos de captação de líquidos. Devem
ser providos de dispositivos mecânicos de basculamento de contêineres.
92
CAPÍTULO 3
Classificação para transporte de
resíduos perigosos
93
UNIDADE IV │PRODUÇÃO, CLASSIFICAÇÃO E MANEJO DE RESÍDUOS
Classe 1: Explosivos
Classe 2: Gases
94
PRODUÇÃO, CLASSIFICAÇÃO E MANEJO DE RESÍDUOS │ UNIDADE IV
A ordem numérica das classes e subclasses não corresponde ao grau de risco. Resíduos
que não se enquadrem nos critérios aqui estabelecidos, podem ser transportados como
pertencentes à Classe 9.
95
CAPÍTULO 4
Manejo de resíduos
Classificação
Subgrupo A1:
96
PRODUÇÃO, CLASSIFICAÇÃO E MANEJO DE RESÍDUOS │ UNIDADE IV
Subgrupo A4:
97
UNIDADE IV │PRODUÇÃO, CLASSIFICAÇÃO E MANEJO DE RESÍDUOS
O que é manejo?
Classificação
Resultado da análise dos riscos e das características físicas, químicas e biológicas do
resíduo com o objetivo de enquadrá-lo nos requisitos da RDC no 306. É a primeira e
98
PRODUÇÃO, CLASSIFICAÇÃO E MANEJO DE RESÍDUOS │ UNIDADE IV
Segregação
Separação dos resíduos no momento e local de sua geração, de acordo com sua
classificação.
Acondicionamento
Coleta interna
Retirada dos resíduos do local de geração. Deve ser feita em carros coletores fechados,
em horários pré-estabelecidos. Pode ser feita de duas maneiras, de acordo com a
distância entre os pontos de geração dos resíduos e o abrigo externo.
» Coleta em dois tempos (coleta 1 e coleta 2): feita com o objetivo de otimizar a
coleta quando a distância entre o local de geração e o abrigo externo é grande.
» Coleta única: feita quando a distância entre o ponto de geração até o abrigo
externo é pequena.
Armazenamento temporário
99
UNIDADE IV │PRODUÇÃO, CLASSIFICAÇÃO E MANEJO DE RESÍDUOS
Transporte interno
Traslado dos resíduos dos pontos de geração até o local destinado ao armazenamento
temporário e/ou ao local de armazenamento externo.
Armazenamento externo
Autoclavação de resíduos
Vantagens:
Desvantagens:
Incineração
Vantagens:
101
UNIDADE IV │PRODUÇÃO, CLASSIFICAÇÃO E MANEJO DE RESÍDUOS
Desvantagens:
Micro-ondas
É um processo de tratamento em que todos resíduos infectantes são inseridos em
uma câmara de tratamento do equipamento onde são triturados e aquecidos a 130ºC.
Após essa fase, os resíduos triturados e umidificados são lançados em uma segunda
câmara, onde são submetidos a uma série de micro-ondas, que aquecem os resíduos a
uma temperatura entre 95 a 100º C por 30 minutos, desinfetando-os. Em seguida, os
resíduos são lançados em contêineres para a disposição final como resíduos comuns.
Vantagens:
Desvantagens:
Disposição final
Aterro sanitário
Método de disposição do resíduo no solo sem que cause danos ao meio ambiente e não
provoque moléstias ou perigos à saúde pública.
102
PRODUÇÃO, CLASSIFICAÇÃO E MANEJO DE RESÍDUOS │ UNIDADE IV
Vantagens:
»» Baixo custo.
»» Flexibilidade de operação.
Desvantagens:
Vala séptica
O uso de valas sépticas para aterramento de resíduos é uma das formas mais antigas
de aterrar lixo. A técnica de aterramento dos resíduos de serviços de saúde nas valas
sépticas consiste no uso de trincheiras (valas) de aproximadamente 3m de largura
por 3m de profundidade e de comprimento variável. O solo retirado para se fazer a
trincheira deve ser armazenado para ser usado na cobertura do resíduo lançado nas
valas. Assim, após o lançamento de resíduos na trincheira, estes são cobertos com terra.
103
Para (não) finalizar
Volnei Garrafa
A auto-hemoterapia é uma prática de uso clínico crescente, mas com potencial risco
à saúde dos indivíduos, uma vez que se trata de procedimento terapêutico sem
comprovação científica. Até o momento não existem estudos clínicos que comprovem
a eficácia e a segurança deste procedimento; apenas pesquisas experimentais com
resultados questionáveis, tanto em seres humanos quanto em animais. Nos últimos
anos, a área de Vigilância Sanitária (VS) do Ministério da Saúde ampliou suas ações
preventivas e de controle de riscos tanto no âmbito privado como coletivo. As ações da VS
têm, muitas vezes, como base o poder legal de polícia administrativa que a legislação lhe
confere. Esse poder é entendido como a faculdade que dispõe a Administração Pública
para condicionar e restringir o uso e gozo de bens, atividades e direitos individuais, em
benefício da coletividade ou do próprio Estado. Recentemente, o Estado, por meio do
poder de polícia da VS, interveio na prática da auto-hemoterapia no Brasil. O presente
estudo analisa e defende a ação interventiva da VS na prática clínica da auto-hemoterapia
no país, tendo como base de sustentação argumentativa os “Quatro Pês” desenvolvidos
pela chamada “Bioética de Intervenção” – prevenção, proteção, precaução e prudência.
104
PARA (NÃO) FINALIZAR
Trata-se de um estudo etnográfico focado, que teve como objetivo interpretar o sistema
de conhecimento e de significado atribuídos ao sangue referente à transfusão sanguínea,
pelos doadores e receptores de um banco de sangue. Para a coleta de informações,
efetivou-se a observação participante e a entrevista etnográfica. Realizaram-se análises
de domínio, taxonômicas e temáticas. Os domínios culturais foram: sangue é vida, fonte
de vida e alimento precioso; crenças religiosas: fontes simbólicas de apoio; doação de
sangue: gesto prestativo que exige cuidar-se, gratifica e traz felicidade; doação sanguínea:
fonte simbólica de insegurança; estar doente é condição para realizar transfusão
sanguínea; transfusão sanguínea: esperança de vida; crenças populares: transfusão
sanguínea como risco para a saúde; doadores de sangue: pessoas abençoadas; e doar e
receber sangue: como significado de felicidade. Emergiu o tema: “líquido precioso que
dá origem, sustenta, modifica a vida, provoca medo e insegurança”.
105
Referências
ABNT - NBR 7503 - Normas técnicas - Fichas de emergência e envelope para transporte
terrestre de produtos perigosos, características, dimensões e preenchimento.
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