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DEPARTAMENTO DE DIREITO
por
2017.2
por
Monografia apresentada ao
Departamento de Direito da Pontifícia
Universidade Católica do Rio de
Janeiro (PUC-Rio) para a obtenção do
Título de Bacharel em Direito.
2017.2
RESUMO
1
BOBBIO, Norberto. A era dos direitos. Tradução de Carlos Nelson Coutinho - 4ª reimpressão. Rio de
Janeiro. Elsevier, 2014. pág 36.
2
MONTEIRO, Carlos Augusto. A dimensão da pobreza, da desnutrição e da fome no Brasil. Estud. av.,
São Paulo, v. 17, n. 48, p. 7-20, ago. 2003 . Disponível em
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-
40142003000200002&lng=pt&nrm=iso>. acessos em 03 nov. 2017. http://dx.doi.org/10.1590/S0103-
40142003000200002. Nas palavras do autor: “Um indivíduo pode ser pobre sem ser afetado pelo
problema da fome, bastando que sua condição de pobreza se expresse por carências básicas outras que
não a alimentação – o instinto de sobrevivência do homem e de todas as outras espécies animais faz com
que suas necessidades alimentares tenham precedência sobre as demais. A situação inversa, ocorrência
da fome na ausência da condição de pobreza, não ocorre ou ocorre apenas excepcionalmente e por tempo
limitado por ocasião de guerras e catástrofes naturais.”
6
3
Declaração de Direitos do Homem e do Cidadão,3 datada de 1789 - Biblioteca Virtual de Direitos
Humanos. Universidade de São Paulo - USP. Disponível em:
http://www.direitoshumanos.usp.br/index.php/Documentos-anteriores-%C3%A0-
cria%C3%A7%C3%A3o-da-Sociedade-das-Na%C3%A7%C3%B5es-at%C3%A9-1919/declaracao-
de-direitos-do-homem-e-do-cidadao-1789.html>. Acesso em 05 Out. 2017.
8
4
BOBBIO, Norberto. Op. cit., p. 36. – Nas palavras do autor: “ O fundamento absoluto é o fundamento
irresistível no mundo de nossas idéias, do mesmo modo que o poder absoluto é o poder irresistível (que
se pense em Hobbes) no mundo de nossas ações. Diante do fundamento irresistível, a mente se dobra
necessariamente, tal como o faz a vontade diante do poder irresistível. O fundamento último não pode
mais ser questionado, assim como o poder último deve ser obedecido sem questionamento. Quem resiste
ao primeiro se põe fora da comunidade das pessoas racionais, assim como quem se rebela contra o
segundo se opõe fora da comunidade das pessoas justas ou boas.”
5
Bobbio, Norberto. Op. cit., p. 42.
6
Bobbio, Norberto. Op. cit., p. 38.
7
Declaração de direitos do bom povo de Virgínia – 1776. Biblioteca Virtual de Direitos Humanos.
Universidade de São Paulo - USP: Disponível em: <http://www.direitoshumanos.usp.br/index.php/
Documentos-anteriores-%C3%A0-cria%C3%A7%C3%A3o-da-Sociedade-das-
Na%C3%A7%C3%B5es-at%C3%A9-1919/declaracao-de-direitos-do-bom-povo-de-virginia-
1776.html> Acesso em 04 Jun. 2017. “ I - Que todos os homens são, por natureza, igualmente livres e
independentes, e têm certos direitos inatos, dos quais, quando entram em estado de sociedade, não podem
por qualquer acordo privar ou despojar seus pósteros e que são: o gozo da vida e da liberdade com os
meios de adquirir e de possuir a propriedade e de buscar e obter felicidade e segurança.”
8
Declaração de Direitos do Homem e do Cidadão datada de 1789 - Biblioteca Virtual de Direitos
Humanos. Universidade de São Paulo - USP. Disponível em:
<http://www.direitoshumanos.usp.br/index.php/ Documentos-anteriores-%C3%A0-
cria%C3%A7%C3%A3o-da-Sociedade-das-Na%C3%A7%C3%B5es-at%C3%A9-1919/declaracao-
de-direitos-do-homem-e-do-cidadao-1789.html>. Acesso em 05 Out. 2017. - “ Art. 2º. A finalidade de
toda associação política é a conservação dos direitos naturais e imprescritíveis do homem. Esses direitos
são a liberdade, a propriedade a segurança e a resistência à opressão. Art. 17.º Como a propriedade é um
direito inviolável e sagrado, ninguém dela pode ser privado, a não ser quando a necessidade pública
legalmente comprovada o exigir e sob condição de justa e prévia indenização.”
9
9
Declaração de direitos do bom povo de Virgínia – 1776. Biblioteca Virtual de Direitos Humanos.
Universidade de São Paulo - USP: Disponível em: <http://www.direitoshumanos.usp.br/index.
php/Documentos-anteriores-%C3%A0-cria%C3%A7%C3%A3o-da-Sociedade-das-
Na%C3%A7%C3%B5es-at%C3%A9-1919/declaracao-de-direitos-do-bom-povo-de-virginia-
1776.html> Acesso em 04 Jun. 2017. - “Art. 17.º Como a propriedade é um direito inviolável e sagrado,
ninguém dela pode ser privado, a não ser quando a necessidade pública legalmente comprovada o exigir
e sob condição de justa e prévia indenização.”
10
BARROSO, Luis Roberto. Neoconstitucionalismo e constitucionalização do Direito (O triunfo tardio
do direito constitucional no Brasil). Revista de Direito Administrativo, Rio de Janeiro, v. 240, p. 1-42,
abr. 2005. ISSN 2238-5177. Disponível em:
<http://bibliotecadigital.fgv.br/ojs/index.php/rda/article/view/43618>. Acesso em: 30 Set. 2017.
doi:http://dx.doi.org/10.12660/rda.v240.2005.43618. “O pós-positivismo busca ir além da legalidade
estrita, mas não despreza o direito posto; procura empreender uma leitura moral do Direito, mas sem
recorrer a categorias metafísicas.” pag 4.
11
SILVA. José Afonso da. Curso de direito constitucional positivo. 34ª ed. São Paulo, Malheiros, 2011.
P. 178.
10
12
Ibid. p. 178.
13
BOBBIO, Norberto. Op. cit., p. 53.
14
SILVA. José Afonso da.Op. cit., p. 181
11
15
GUERRA, Sidney. Direitos humanos: curso de elementar. São Paulo. Saraiva, 2013. pág 32.
16
SILVA. José Afonso da.Op. cit., p. 178. “Direitos fundamentais do homem constitui a expressão mais
adequada a este estudo, porque, além de referir-se a princípios que resumem a concepção do mundo e
informam a ideologia política de cada ordenamento jurídico, é reservada para designar, no nível do
direito positivo, aquelas prerrogativas e instituições que ele concretiza em garantia de uma convivência
digna, livre e igual de todas as pessoas.”
12
17
GORCZEVSKI, Clóvis; DIAS, Felipe da Veiga. A Imprescindível Contribuição dos Tratados e Cortes
Internacionais para os Direitos Humanos e Fundamentais. Seqüência: Estudos Jurídicos e Políticos,
Florianópolis, p. 241-272, dez. 2012. ISSN 2177-7055. Disponível em:
<https://periodicos.ufsc.br/index. php/sequencia/article/view/23899> Acesso em: 04 nov. 2017. Doi:
http://dx.doi.org/10.5007/2177-7055.2012v33n65p241. Nas palavras do autor: “O marco histórico no
processo de internacionalização dos direitos humanos se dá em 10 de dezembro de 1948, quando a
Assembleia Geral das Nações Unidas aprova, sem nenhum voto contrário, a Declaração Universal dos
Direitos do Homem²; cabendo também aludir que, segundo a doutrina, esse documento serve de base
para o reconhecimento como sujeito de direitos na órbita internacional.”
18
BONAVIDES, Paulo. Curso de direito constitucional. 26 ed. São Paulo. Malheiros. p. 570 e 579.
19
BOBBIO, Norberto. Op. cit., p. 25. Nas palavras do autor: “Mas já se apresentam novas exigências
que só poderiam chamar-se de direitos de quarta geração, referentes aos efeitos cada vez mais
traumáticos da pesquisa biológica, que permitirá manipulações do patrimônio genético de cada
indivíduo.
13
20
GUERRA, Sidney. Op. cit., p. 63.
21
BONAVIDES, Paulo. Op. cit., p. 563.
22
GUERRA, Sidney. Op. cit., p. 61.
14
23
CULLETON, Alfredo Santiago. Curso de direitos humanos. 1 ed. São Leopoldo. Unisinos, 2009, pág
99.
24
BOBBIO, Norberto. Op. cit., p. 25.
25
BARROSO, Luis Roberto. Neoconstitucionalismo e constitucionalização do Direito (O triunfo tardio
do direito constitucional no Brasil). Revista de Direito Administrativo, Rio de Janeiro, v. 240, p. 1-42,
abr. 2005. ISSN 2238-5177. Disponível em:
<http://bibliotecadigital.fgv.br/ojs/index.php/rda/article/view/43618>. Acesso em: 30 Set. 2017. doi:
http://dx.doi.org/10.12660/rda.v240.2005.43618. Nas palavras do autor: “O pós-positivismo busca ir
além da legalidade estrita, mas não despreza o direito posto; procura empreender uma leitura moral do
Direito, mas sem recorrer a categorias metafísicas.”
15
26
MAZZUOLI, Valerio de Oliveira. Curso de direito internacional público. 7ª ed.rev., atual. e ampl. -
São Paulo. Revista dos Tribunais, 2013.
27
Ibid. p. 431.
28
Ibid. p. 431
29
Ibid. p. 432
30
Ibid. p. 433
31
Ibid. p. 433
16
32
Ibid. p. 435
33
Ibid. p. 159. Nas palavras do autor: “No Direito Internacional do Meio Ambiente tem emergido uma
variedade de órgãos internacionais, instituídos por tratados, com poderes decisórios, dos quais é um
exemplo a chamada Conferência das Partes (presente na Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre
Mudança do Clima, de 1992), que recebe do tratado respectivo poderes normativos explícitos…”
34
Ibid. p.161. Nas palavras do autor: “Aliás, segundo alguns autores, muito desses atos, a exemplo de
algumas resoluções da Assembleia-Geral da ONU, podem até mesmo deter o valor jurídico de jus
cogens.”
35
TRINDADE, Antônio Augusto Cançado. Dilemas e desafios da Proteção Internacional dos Direitos
Humanos no limiar do século XXI. Rev. bras. polít. int., Brasília , v. 40, n. 1, p. 167-177, jun. 1997 .
Disponível em <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-
73291997000100007&lng=pt&nrm=iso>. acessos em 15 out. 2017. http://dx.doi.org/10.1590/S0034-
73291997000100007. Nas palavras do autor: “Uma das grandes conquistas da proteção internacional
dos direitos humanos, em perspectiva histórica, é sem dúvida o acesso dos indivíduos às instâncias
internacionais de proteção e o reconhecimento de sua capacidade processual internacional em casos de
violações dos direitos humanos.”
36
REIS, Rossana Rocha. Os direitos humanos e a política internacional. Rev. Sociol. Polit., Curitiba ,
n. 27, p. 33-42, Nov. 2006 . Disponivel em:
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-
44782006000200004&lng=en&nrm=iso>. acesso em 15 out. 2017. http://dx.doi.org/10.1590/S0104-
44782006000200004. Nas palavras do autor: “ O Tribunal tem como finalidade lidar com os crimes
contra a humanidade, de genocídio, crimes de guerra e crime de agressão. Seu funcionamento se baseia
no princípio da responsabilidade penal de indivíduos pela prática de delitos contra o Direito
Internacional.”
17
37
ALMEIDA, Debora Rezende de. Representação como processo: a relação Estado/sociedade na teoria
política contemporânea. Rev. Sociol. Polit., Curitiba , v. 22, n. 50, p. 175-199, June 2014 . Disponivel
em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-
44782014000200011&lng=en&nrm=iso>. Acesso em 15 out. 2017. http://dx.doi.org/10.1590/1678-
987314225011. Nas palavras do autor: “Por fim, o trabalho enfatizou a importância do reconhecimento
do Estado das demandas de representação da sociedade civil. O acúmulo de estudos sobre as ICGs tem
mostrado que embora o Estado brasileiro frequentemente promova momentos e crie espaços de relação
com a sociedade, nem sempre esse reconhecimento tem ultrapassado as barreiras da simples
formalidade.”
38
MAZZUOLI, Valerio de Oliveira. Op. cit., p.144. Nas palavras do autor: “A questão do fundamento
do Direito Internacional Público tem sido desde longo tempo, objeto de inúmeros estudos, existindo
várias doutrinas que buscam demonstrar o fundamento jurídico de sua obrigatoriedade e eficácia”
39
MAZZUOLI, Valerio de Oliveira. Op. cit., p. 114
40
CARVALHO, Kildore Gonçalves. Direito constitucional. 14ª ed., rev. atual. e ampl. - Belo Horizonte.
Del Rey, 2008. p. 179. Nas palavras do autor: "O Estado, assim, por sua própria vontade, sem nenhuma
transcendência no Direito Natural, elabora sua ordem jurídica que o limita. O Estado não pode estar
obrigado a nada, senão em virtude de sua própria vontade."
18
41
MAZZUOLI, Valerio de Oliveira. Op. cit., p. 116.
42
SANTOS, Washington dos. Dicionário jurídico brasileiro. Belo Horizonte: Del Rey, 2001. Disponível
em: <http://www.ceap.br/artigos/ART12082010105651.pdf> Acesso em 15 Out. 2017.
p. 311 “Pacta sunt servanda – (Lê-se: páquita súnt servânda.) Os pactos devem ser observados
(cumpridos).”
19
43
MAZZUOLI, Valerio de Oliveira. Op. cit., p.
44
Ibid. p. 117.
45
Ibid. p. 118 - 135.
46
Ibid. p. 136 - 155.
47
Ibid. p. 136.
48
Ibid. p. 184.
49
Ibid. p. 184.
20
50
Ibid. p. 164.
51
Ibid. p. 170.
21
52
MARTINE, George; ALVES, José Eustáquio Diniz. Economia, sociedade e meio ambiente no século 21:
tripé ou trilema da sustentabilidade?. Rev. bras. estud. popul., São Paulo, v. 32, n. 3, p. 433-460, Dec. 2015.
Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-
30982015000300433&lng=en&nrm=iso>. Acesso em 21 out. 2017. http://dx.doi.org/10.1590/S0102-
3098201500000027. Nas palavras do autor: “ As crises econômicas, sociais e ambientais refletem a
incapacidade de se gestar os graves problemas planetários provocados pelo modelo de desenvolvimento.
O grande dilema da humanidade hoje se resume em como reduzir a pobreza e a desigualdade no mundo
sem transgredir ainda mais os limites planetários.”
53
Declaração Universal dos Direitos Humanos. Biblioteca Virtual de Direitos Humanos. Universidade
de São Paulo - USP. Disponível em:
22
<http://www.direitoshumanos.usp.br/index.php/Declara%C3%A7%C3%A3o-Universal-dos-Direitos-
Humanos/declaracao-universal-dos-direitos-humanos.html> Acesso em: 18 Out. 2017.
54
Declaração Universal dos Direitos Humanos. Biblioteca Virtual de Direitos Humanos. Universidade
de São Paulo - USP. Disponível em:
<http://www.direitoshumanos.usp.br/index.php/Declara%C3%A7%C3%A3o-Universal-dos-Direitos-
Humanos/declaracao-universal-dos-direitos-humanos.html> - "Artigo 3º Toda pessoa tem direito à vida,
à liberdade e à segurança pessoal.”Acesso em: 18 Out. 2017.
23
55
Declaração Universal dos Direitos Humanos. Biblioteca Virtual de Direitos Humanos. Universidade
de São Paulo - USP. Disponível em:
<http://www.direitoshumanos.usp.br/index.php/Declara%C3%A7%C3%A3o-Universal-dos-Direitos-
Humanos/declaracao-universal-dos-direitos-humanos.html> - "Considerando que o reconhecimento da
dignidade inerente a todos os membros da família humana e de seus direitos iguais e inalienáveis é o
fundamento da liberdade, da justiça e da paz no mundo.” Acesso em: 18 Out. 2017.
56
RESENDE, Augusto César Leite de. O acesso à água potável como parcela do mínimo existencial:
reflexões sobre a interrupção do serviço público de abastecimento de água por inadimplemento do
usuário. Rev. Bras. Polít. Públicas (Online), Brasília, v. 7, nº 2, 2017 p. 265-283
<https://www.publicacoesacademicas.uniceub.br/RBPP/article/download/4728/pdf> Acesso em: 18
Out. 2017 doi: 10.5102/rbpp.v7i2.4728 - Nas palavras do autor: “A água é elemento constitutivo da
vida, essencial para a composição dos seres vivos e as suas funções biológicas e bioquímicas são
indispensáveis para a manutenção da própria vida com dignidade, daí reconhecer-se que o acesso à água
é um direito decorrente do direito fundamental ao mínimo existencial, que deverá ser efetivado, dentre
outras formas, por meio da prestação do serviço público de abastecimento de água potável, o qual se
submete ao princípio da continuidade.” p. 267.
57
Declaração Universal dos Direitos Humanos. Biblioteca Virtual de Direitos Humanos. Universidade
de São Paulo - USP. Disponível em:
<http://www.direitoshumanos.usp.br/index.php/Declara%C3%A7%C3%A3o-Universal-dos-Direitos-
Humanos/declaracao-universal-dos-direitos-humanos.html> - "Artigo 25 - §1. Toda pessoa tem direito
a um padrão de vida capaz de assegurar a si e a sua família saúde e bem-estar, inclusive alimentação,
vestuário, habitação, cuidados médicos e os serviços sociais indispensáveis, e direito à segurança em
caso de desemprego, doença, invalidez, viuvez, velhice ou outros casos de perda dos meios de
subsistência em circunstâncias fora de seu controle.” Acesso em: 18 Out. 2017.
58
RIVA, Gabriela R Saab. Água, um direito humano. São Paulo. ed. Paulinas, 20016 - (Coleçã
cidadania) p. 76 - 77. Nas palavras do autor: “Apesar de não citar expressamente a água em sua redação
o art. 25, §1, a Declaração Universal de 1948, que versa sobre o “direito à saúde e ao bem-estar” e
apresenta um rol meramente exemplificativo de direitos, poderia ser interpretado extensivamente no
sentido de incluir o direito à água sob sua proteção, uma vez que a inviabilidade do exercício desse
direito configura um obstáculo claro à plena satisfação dos demais direitos.”
59
BULTO,Takele Soboka. MUITO FAMILIAR PARA IGNORAR, MUITO NOVO PARA
RECONHECER: A situação do direito humano à água em nível global p. 25 - 56 - O direito à água como
política pública na América Latina : uma exploração teórica e empírica / editores: José Esteban Castro,
24
61
Pacto Internacional dos Direitos Econômicos, Sociais e Culturais (1966) - Biblioteca Virtual de
Direitos Humanos. Universidade de São Paulo - USP. Disponível em:
<http://www.direitoshumanos.usp.br/index.php/Sistema-Global.-Declara%C3%A7%C3%B5es-e-
Tratados-Internacionais-de-Prote%C3%A7%C3%A3o/pacto-internacional-dos-direitos-economicos-
sociais-e-culturais-1966.html> Acesso em: 18 Out. 2017.
62
Declaração Universal dos Direitos Humanos. Biblioteca Virtual de Direitos Humanos. Universidade
de São Paulo - USP. Disponível em: <http://www.direitoshumanos.usp.br/index.php/Sistema-Global.-
Declara%C3%A7%C3%B5es-e-Tratados-Internacionais-de-Prote%C3%A7%C3%A3o/pacto-
internacional-dos-direitos-economicos-sociais-e-culturais-1966.html> Acesso em: 18 Out. 2017.
“Artigo 11 §1. Os Estados-partes no presente Pacto reconhecem o direito de toda pessoa a um nível de
vida adequado para si próprio e para sua família, inclusive à alimentação, vestimenta e moradia
adequadas, assim como uma melhoria contínua de suas condições de vida.”
26
Acredita-se que a ausência do acesso à água como garantia não foi fruto
de uma opção e sim da irrelevância do tema nos debates65 durante o processo de
construção do pacto. Dessa forma, se a elaboração do pacto ocorresse hoje,
certamente a questão não deixaria de entrar em pauta e ganharia destaque na
redação. Logo, negar o caráter exemplificativo da lista é reconhecer que a
ausência do direito à água na lista o torna um bem indispensável à vida e que o
mesmo poderia ocorrer com o ar, que hoje aparece nas discussões como tema e
na busca de um meio ambiente ecologicamente equilibrado, mas que, se algum
63
BOBBIO, Norberto. Op. cit., p. 19. Nas palavras do autor: “A expressão “direitos do homem”, que é
certamente enfática, ainda que oportunamente enfática, pode provocar equívocos, já que faz pensar na
existência de direitos que pertencem a um homem abstrato e, como tal, subtraídos ao fluxo da história,
a um homem essencial e eterno, de cuja contemplação derivaríamos o conhecimento infalível dos seus
direitos e deveres. Sabemos hoje que também os direitos ditos humanos são o produto não da natureza,
mas da civilização humana; enquanto direitos históricos, eles são mutáveis, ou seja, suscetíveis de
transformação e de ampliação. Basta examinar os escritos dos primeiros jusnaturalistas para ver quanto
se ampliou a lista dos direitos: Hobbes conhecia apenas um deles, o direito à vida.”
64
Declaração Universal dos Direitos Humanos. Biblioteca Virtual de Direitos Humanos. Universidade
de São Paulo - USP. Disponível em: <http://www.direitoshumanos.usp.br/index.php/Sistema-Global.-
Declara%C3%A7%C3%B5es-e-Tratados-Internacionais-de-Prote%C3%A7%C3%A3o/pacto-
internacional-dos-direitos-economicos-sociais-e-culturais-1966.html> Acesso em: 18 Out. 2017.
“Artigo 11 §1. Os Estados-partes no presente Pacto reconhecem o direito de toda pessoa a um nível de
vida adequado para si próprio e para sua família, inclusive à alimentação, vestimenta e moradia
adequadas, assim como uma melhoria contínua de suas condições de vida.”
65
BULTO,Takele Soboka. Op. cit., p. 37 - Nas palavras do autor: “A situação envolvendo a omissão
do direito humano à água da listagem sob o Artigo 11, § 1o , representa, assim, uma neutralidade dos
elaboradores em relação ao direito, do tipo que “nem era desejado nem rejeitado” (Craven, 2006, p. 38),
de modo que a ausência do direito humano à água da lista nem é ausência inclusiva nem excludente,
“mas simplesmente resulta da falta de conhecimento/reconhecimento” (Craven, 2006, p. 38).”
27
66
Carta Europeia da Água. Biblioteca Virtual de Direitos Humanos. Universidade de São Paulo - USP.
Disponível em:
<http://www.pucsp.br/ecopolitica/documentos/seguranca/docs/carta_europeia_agua.pdf> Acesso em:
19 Out. 2017.
28
12. A água não tem fronteiras. É um bem comum que impõe uma cooperação
internacional.67
67
Ibid.
68
MAZZUOLI, Valerio de Oliveira; AYALA, Patryck de Araújo. Cooperação internacional para a
preservação do meio ambiente: o direito brasileiro e a convenção de Aarhus.Rev. direito GV, São Paulo
, v. 8, n. 1, p. 297-327, June 2012 . Disponível em:
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1808-
24322012000100012&lng=en&nrm=iso>. Acesso em 19 Out. 2017. http://dx.doi.org/10.1590/S1808-
24322012000100012. Nas palavras do autor: “Os problemas decorrentes da degradação ambiental têm
assumido alcance cada vez mais global, tornando premente a soma de esforços dos Estados a fim de
evitá-los, impedindo também novos danos ao meio ambiente como meio de resguardar as gerações
futuras. Essa ação conjunta estatal se faz por meio do instituto da cooperação internacional, que encontra
na seara ambiental um universo vasto de possibilidades e também desafios.”
69
Carta Europeia da Água. Biblioteca Virtual de Direitos Humanos. Universidade de São Paulo - USP.
Disponível em:
<http://www.pucsp.br/ecopolitica/documentos/seguranca/docs/carta_europeia_agua.pdf> Acesso em:
19 Out. 2017.
29
A presente Declaração Universal dos Direitos da Água foi proclamada tendo como
objetivo atingir todos os indivíduos, todos os povos e todas as nações, para que todos
os homens, tendo esta Declaração constantemente no espírito, se esforcem, através
da educação e do ensino, em desenvolver o respeito aos direitos e obrigações
anunciados e assumam, com medidas progressivas de ordem nacional e internacional,
o seu reconhecimento e a sua aplicação efetiva.72
70
DE QUADROS, Jefferson Rodrigues. Lima, Adriana Almeida. DIREITO INTERNACIONAL DE
ÁGUAS: A importância dos marcos instrumentais na formação dos princípios XXIV Congresso Nacional
do CONPEDI - UFMG/FUMEC/Dom Helder Câmara (25. : 2015 : Belo Horizonte, MG). Disponivl em:
<https://www.conpedi.org.br/publicacoes/66fsl345/lu54np98/5JEc0HF5ZswE4dB7.pdf> Acesso em:
19 Out. 2017. Nas palavras do autor“A relevância do princípio cooperação se justifica porque ele
representa a condição para a consecução dos demais princípios de direito internacional de águas. Dada
a importância do princípio da cooperação no que tange ao avanço e disseminação da preocupação da
comunidade internacional quanto à proteção dos recursos hídricos, resultaram viabilizadas uma série de
outros eventos e diplomas internacionais que culminaram no avanço do direito de águas, sendo este o
principal legado deixado pela Carta Europeia da Água.”
71
Declaração Universal dos Direitos da Água. Biblioteca Virtual de Direitos Humanos. Universidade de
São Paulo - USP. em: <http://www.direitoshumanos.usp.br/index.php/Meio-Ambiente/declaracao-
universal-dos-direitos-da-agua.html> Acesso em: 19 Out. 2017.
72
Declaração Universal dos Direitos da Água. Biblioteca Virtual de Direitos Humanos. Universidade de
São Paulo - USP. Disponível em: <http://www.direitoshumanos.usp.br/index.php/Meio-
Ambiente/declaracao-universal-dos-direitos-da-agua.html> Acesso em: 19 Out. 2017.
30
73
Declaração Universal dos Direitos da Água. Biblioteca Virtual de Direitos Humanos. Universidade de
São Paulo - USP. Disponível em: <http://www.direitoshumanos.usp.br/index.php/Meio-
Ambiente/declaracao-universal-dos-direitos-da-agua.html> Acesso em: 19 Out. 2017.
74
Declaração Universal dos Direitos da Água. Biblioteca Virtual de Direitos Humanos. Universidade de
São Paulo - USP. Disponível em: <http://www.direitoshumanos.usp.br/index.php/Meio-
Ambiente/declaracao-universal-dos-direitos-da-agua.html> Acesso em: 19 Out. 2017. “Art. 1º - A água
faz parte do patrimônio do planeta.Cada continente, cada povo, cada nação, cada região, cada cidade,
cada cidadão é plenamente responsável aos olhos de todos.”
75
Declaração Universal dos Direitos da Água. Biblioteca Virtual de Direitos Humanos. Universidade de
São Paulo - USP. Disponível em: <http://www.direitoshumanos.usp.br/index.php/Meio-
Ambiente/declaracao-universal-dos-direitos-da-agua.html> Acesso em: 19 Out. 2017. “Art. 2º - A água
é a seiva do nosso planeta.Ela é a condição essencial de vida de todo ser vegetal, animal ou humano.”
76
Declaração Universal dos Direitos da Água. Biblioteca Virtual de Direitos Humanos. Universidade
de São Paulo - USP. Disponível em: <http://www.direitoshumanos.usp.br/index.php/Meio-
Ambiente/declaracao-universal-dos-direitos-da-agua.html> Acesso em: 19 Out. 2017. “Art. 5º - A água
não é somente uma herança dos nossos predecessores; ela é, sobretudo, um empréstimo aos nossos
sucessores. Sua proteção constitui uma necessidade vital, assim como uma obrigação moral do homem
para com as gerações presentes e futuras.”
77
AITH, Fernando Mussa Abujamra; ROTHBARTH, Renata. O estatuto jurídico das águas no Brasil.
Estud. av., São Paulo , v. 29, n. 84, p. 163-177, Aug. 2015 . Disponível em:
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-
40142015000200163&lng=en&nrm=iso>. Acesso em 19 Out. 2017. http://dx.doi.org/10.1590/S0103-
40142015000200011. Nas palavras do autor: “Ainda que esses documentos internacionais não possuam
caráter vinculativo do ponto de vista jurídico, a ONU não tem medido esforços para que os Estados
passem a reconhecer em seus ordenamentos jurídicos internos o direto à água como um direito humano.
Dessa forma, o órgão internacional defende que todos merecem ter acesso contínuo e suficiente à água
para usos pessoais e domésticos, devendo esse ser utilizado e preservado de maneira sustentável tanto
para as presentes quanto para as futuras gerações.”
31
78
PFRIMER, Matheus Hoffmann. A Guerra da Água em Cochabamba, Bolívia: desmistificando os
conflitos por água à luz da geopolítica. 2010. Tese (Doutorado em Geografia Humana) - Faculdade de
Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2010.
doi:10.11606/T.8.2010.tde-08022011-153835. Disponível em:
<http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8136/tde-08022011-153835/pt-br.php> Acesso em: 21
Out. 2012.
32
79
BULTO,Takele Soboka. Op. cit., p. 25 - 56.
80
“O Comitê dos Direitos Econômicos, Sociais e Culturais foi instituído em 1985 pelo Conselho Econômico
e Social (ECOSOC) das Nações Unidas a fim de controlar a aplicação, pelos Estados Partes, das disposições
do Pacto Internacional sobre os Direitos Civis e Políticos.” Disponível em:
<http://www.dhnet.org.br/abc/onu/comites_economicos.htm> Acesso em: 2017-10-21.
81
General Comment No. 15 (2002) - No original: “1. Water is a limited natural resource and a public good
fundamental for life and health. The human right to water is indispensable for leading a life in human dignity.
It is a prerequisite for the realization of other human rights.” Disponivel em:
<http://www2.ohchr.org/english/issues/water/docs/CESCR_GC_15.pdf> Acesso em: 21 Out. 2017.
33
82
General Comment No. 15 (2002) - No original: “10. The right to water contains both freedoms and
entitlements. The freedoms include the right to maintain access to existing water supplies necessary for the
right to water, and the right to be free from interference, such as the right to be free from arbitrary
disconnections or contamination of water supplies. By contrast, the entitlements include the right to a system
of water supply and management that provides equality of opportunity for people to enjoy the right to water.”
Disponivel em: <http://www2.ohchr.org/english/issues/water/docs/CESCR_GC_15.pdf>Acesso em: 21 Out.
2017.
83
General Comment No. 15 (2002) - No original: “11. The elements of the right to water must be
adequate for human dignity, life and health, in accordance with articles 11, paragraph 1, and 12. The
adequacy of water should not be interpreted narrowly, by mere reference to volumetric quantities and
technologies. Water should be treated as a social and cultural good, and not primarily as an economic
good. The manner of the realization of the right to water must also be sustainable, ensuring that the right
can be realized for present and future generations.” Disponivel em:
<http://www2.ohchr.org/english/issues/water/docs/CESCR_GC_15.pdf> Acesso em: 21 Out. 2017.
84
Organização Pan-Americana da Saúde: OMS: 2,1 bilhões de pessoas não têm água potável em casa e
mais do dobro não dispõem de saneamento seguro. Disponivel em:
<http://www.paho.org/bra/index.php?option=com_content&view=article&id=5458:oms-2-1-bilhoes-
de-pessoas-nao-tem-agua-potavel-em-casa-e-mais-do-dobro-nao-dispoem-de-saneamento-
seguro&Itemid=839 > Acesso em: 21 Out. 2017. : “12 de julho de 2017 – Em todo o mundo, cerca de
três em cada 10 pessoas (2,1 bilhões) não têm acesso a água potável e disponível em casa e seis em cada
10, ou 4,5 bilhões, carecem de saneamento seguro, de acordo com novo relatório da Organização
Mundial da Saúde (OMS) e do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF).”
85
General Comment No. 15 (2002) - No original: “ 12. While the adequacy of water required for the
right to water may vary according to different conditions, the following factors apply in all
circumstances…...” Disponivel em:
<http://www2.ohchr.org/english/issues/water/docs/CESCR_GC_15.pdf> Acesso em: 2017-10-21.
34
86
BRZEZINSKI, Maria Lúcia Navarro Lins. Op. cit., p. 60 a 82.
87
General Comment No. 15 (2002) - No original: “6. Water is required for a range of different purposes,
besides personal and domestic uses, to realize many of the Covenant rights. For instance, water is
necessary to produce food (right to adequate food) and ensure environmental hygiene (right to health).
Water is essential for securing livelihoods (right to gain a living by work) and enjoying certain cultural
practices (right to take part in cultural life). Nevertheless, priority in the allocation of water must be
given to the right to water for personal and domestic uses. Priority should also be given to the water
resources required to prevent starvation and disease, as well as water required to meet the core
obligations of each of the Covenant rights.” Disponivel em:
<http://www2.ohchr.org/english/issues/water/docs/CESCR_GC_15.pdf> Acesso em: 21 Out. 2017.
88
General Comment No. 15 (2002) - No original: “15. With respect to the right to water, States parties
have a special obligation to provide those who do not have sufficient means with the necessary water
and water facilities and to prevent any discrimination on internationally prohibited grounds in the
provision of water and water services.
16. Whereas the right to water applies to everyone, States parties should give special attention to those
individuals and groups who have traditionally faced difficulties in exercising this right, including
women, children, minority groups, indigenous peoples, refugees, asylum seekers, internally displaced
persons, migrant workers, prisoners and detainees. In particular, States parties should take steps to ensure
that:” Disponivel em: <http://www2.ohchr.org/english/issues/water/docs/CESCR_GC_15.pdf> Acesso
em: 21 Out. 2017.
89
General Comment No. 15 (2002) - No original: “19. There is a strong presumption that retrogressive
measures taken in relation to the right to water are prohibited under the Covenant.19 If any deliberately
retrogressive measures are taken, the State party has the burden of proving that they have been introduced
after the most careful consideration of all alternatives and that they are duly justified by reference to the
totality of the rights provided for in the Covenant in the context of the full use of the State party's
maximum available resources.” Disponivel em:
<http://www2.ohchr.org/english/issues/water/docs/CESCR_GC_15.pdf> Acesso em: 21 Out. 2017.
35
90
General Comment No. 15 (2002) - No original: “18. States parties have a constant and continuing duty
under the Covenant to move as expeditiously and effectively as possible towards the full realization of
the right to water. Realization of the right should be feasible and practicable, since all States parties
exercise control over a broad range of resources, including water, technology, financial resources and
international assistance, as with all other rights in the Covenant. ” Disponivel em:
<http://www2.ohchr.org/english/issues/water/docs/CESCR_GC_15.pdf> Acesso em: 21 Out. 2017.
91
General Comment No. 15 (2002) - No original: “20. The right to water, like any human right, imposes
three types of obligations on States parties: obligations to respect, obligations to protect and obligations
to fulfil.” Disponivel em: <http://www2.ohchr.org/english/issues/water/docs/CESCR_GC_15.pdf>
Acesso em: 21 Out. 2017.
92
General Comment No. 15 (2002) - No original: “60. United Nations agencies and other international
organizations concerned with water, such as WHO, FAO, UNICEF, UNEP, UN-Habitat, ILO, UNDP,
the International Fund for Agricultural Development (IFAD), as well as international organizations
concerned with trade such as the World Trade Organization (WTO), should cooperate effectively with
States parties, building on their respective expertise, in relation to the implementation of the right to
water at the national level. The international financial institutions, notably the International Monetary
Fund and the World Bank, should take into account the right to water in their lending policies, credit
agreements, structural adjustment programmes and other development projects (see General Comment
No. 2 (1990)), so that the enjoyment of the right to water is promoted. When examining the reports of
States parties and their ability to meet the obligations to realize the right to water, the Committee will
consider the effects of the assistance provided by all other actors. The incorporation of human rights law
and principles in the programmes and policies by international organizations will greatly facilitate
implementation of the right to water. The role of the International Federation of the Red Cross and Red
Crescent Societies, International Committee of the Red Cross, the Office of the United Nations High
Commissioner for Refugees (UNHCR), WHO and UNICEF, as well as non-governmental organizations
and other associations, is of particular importance in relation to disaster relief and humanitarian
36
assistance in times of emergencies. Priority in the provision of aid, distribution and management of water
and water facilities should be given to the most vulnerable or marginalized groups of the population. ”
Disponivel em: <http://www2.ohchr.org/english/issues/water/docs/CESCR_GC_15.pdf>Acesso em: 21
Out. 2017.
93
Resolução 64/292. El derecho humano al agua y el saneamiento - Disponível em:
<http://www.un.org/es/comun/docs/index.asp?symbol=A/RES/64/292&referer=/spanish/&Lang=S>
Acesso em: 21 Out. 2017. No original: “Reconociendo la importancia de disponer de agua potable y
saneamiento en condiciones equitativas como componente esencial del disfrute de todos los derechos
humanos”
94
Resolução 64/292. El derecho humano al agua y el saneamiento - Disponível em:
<http://www.un.org/es/comun/docs/index.asp?symbol=A/RES/64/292&referer=/spanish/&Lang=S>
Acesso em: 21 Out. 2017. No original: “Reafirmando la responsabilidad de los Estados de promover y
proteger todos los derechos humanos, que son universales, indivisibles, interdependientes y están
relacionados entre sí, y que deben tratarse de forma global y de manera justa y equitativa y en pie de
igualdad y recibir la misma atención, Teniendo presente el compromiso contraído por la comunidad
internacional de cumplir plenamente los Objetivos de Desarrollo del Milenio y destacando, en este
contexto, la determinación de los Jefes de Estado y de Gobierno, expresada en la Declaración del
Milenio, de reducir a la mitad para 2015 el porcentaje de personas que carezcan de acceso a agua potable
o no puedan costearlo y, según lo convenido en el Plan de Aplicación de las Decisiones de la Cumbre
Mundial sobre el Desarrollo Sostenible (“Plan de Aplicación de las Decisiones de Johannesburgo”),
reducir a la mitad para 2015 el porcentaje de personas que no tengan acceso a servicios básicos de
saneamiento,.
95
ONU Brasil- Artigo: Novo relatório da ONU avalia implementação mundial dos Objetivos de
Desenvolvimento do Milênio (ODM) - Disponível em: <https://nacoesunidas.org/novo-relatorio-da-
onu-avalia-implementacao-mundial-dos-objetivos-de-desenvolvimento-do-milenio-odm/> Acesso em:
21 Out. 2017. “Água e saneamento: A região alcançou o objetivo de água potável dos Objetivos de
37
Desenvolvimento do Milênio (ODM) cinco anos antes do previsto. A proporção da população que utiliza
uma fonte de água melhorada era de 95% em 2015, acima dos 85% em 1990. A região também está bem
próxima de alcançar o objetivo de reduzir para metade a proporção da população sem saneamento básico.
A parcela da população que utiliza um melhor serviço de saneamento aumentou de 67% para 83%, entre
1990 e 2015.” - Publicado em 06/07/2015 - Atualizado em 08/07/2015. .
96
Resolução 64/292. El derecho humano al agua y el saneamiento - Disponível em:
<http://www.un.org/es/comun/docs/index.asp?symbol=A/RES/64/292&referer=/spanish/&Lang=S>
Acesso em: 21 Out. 2017. No original: “1. Reconoce que el derecho al agua potable y el saneamiento es
un derecho humano esencial para el pleno disfrute de la vida y de todos los derechos humanos;
2. Exhorta a los Estados y las organizaciones internacionales a que proporcionen recursos financieros y
propicien el aumento de la capacidad y la transferencia de tecnología por medio de la asistencia y la
cooperación internacionales, en particular a los países en desarrollo, a fin de intensificar los esfuerzos
por proporcionar a toda la población un acceso económico al agua potable y el saneamiento; ”.
97
BRZEZINSKI, Maria Lúcia Navarro Lins. Op. cit., p. 60 a 82.
98
BRZEZINSKI, Maria Lúcia Navarro Lins. Op. cit., p. 60 a 82.
38
99
Resolução 15/9. Los derechos humanos y el acceso al agua potable y el saneamiento - Disponivel em:
<https://documents-dds-ny.un.org/doc/UNDOC/GEN/G10/166/36/PDF/G1016636.pdf?OpenElement>
Acesso em: 21 Out. 2017. - No original: “3. Afirma que el derecho humano al agua potable y el
saneamiento se deriva del derecho a un nivel de vida adecuado y está indisolublemente asociado al
derecho al más alto nivel posible de salud física y mental, así como al derecho a la vida y la dignidad
humana;.
100
Resolução 16/2. El derecho humano al agua potable y el saneamiento - ;” Disponivel em:
<https://documents-dds-
ny.un.org/doc/RESOLUTION/GEN/G11/124/88/PDF/G1112488.pdf?OpenElement> Acesso em: 21
Out. 2017. No original: “1. Acoge con beneplácito el reconocimiento del derecho humano al agua
potable y el saneamiento por la Asamblea General y el Consejo de Derechos Humanos, y la afirmación,
por este último, de que el derecho humano al agua potable y el saneamiento se deriva del derecho a un
nivel de vida adecuado y está indisolublemente asociado al derecho al más alto nivel posible de salud
física y mental, así como al derecho a la vida y la dignidad humana;”.
CAPÍTULO III - O DIREITO DE ACESSO À ÁGUA NO
ORDENAMENTO BRASILEIRO
101
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicaocompilado.htm> Acesso em: 25 Out.
2017. “Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e
Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como
fundamentos: inc. III - a dignidade da pessoa humana;” e “Art. 4º A República Federativa do Brasil rege-
se nas suas relações internacionais pelos seguintes princípios: inc. II - prevalência dos direitos humanos;”
40
102
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicaocompilado.htm> Acesso em: 25 Out.
2017. “Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos
brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à
igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:”
103
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicaocompilado.htm> Acesso em: 25 Out.
2017. “Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o transporte,
o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos
desamparados, na forma desta Constituição.”
41
3.3 A água como bem público e o dever de sua proteção pelo Estado 105
104
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicaocompilado.htm> Acesso em: 25 Out.
2017. “Art. 5º - § 2º Os direitos e garantias expressos nesta Constituição não excluem outros decorrentes
do regime e dos princípios por ela adotados, ou dos tratados internacionais em que a República
Federativa do Brasil seja parte. § 3º Os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos que
forem aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos dos
respectivos membros, serão equivalentes às emendas constitucionais.”
105
MELLO, Celso Antônio Bandeira de. Curso de direito administrativo. 26. ed. São Paulo: Malheiros,
2009. p. 903. Nas palavras do autor: “Bens públicos são todos os bens que pertencem às pessoas jurídicas
de Direito Público, isto é, União, Estados, Distrito Federal, Municípios, respectivas autarquias e
fundações de Direito Público(estas últimas, aliás, não passam de autarquias designadas pela base
estrutural que possuem), bem como os que, embora não pertencentes a tais pessoas, estejam afetados à
prestação de um serviço público.”
106
Código de Águas. DECRETO Nº 24.643, DE 10 DE JULHO DE 1934. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/d24643.htm> Acesso em 27 Out. 2017.
107
EVANGELISTA, Eva. A proteção jurídica das águas. In Revista Centro de Estudos Jurí- dicos.
Brasília, n. 12, p. 42, set/dez. 2000. Disponível em:
42
direito de propriedade particular das águas deixou de existir, uma vez que as
águas particulares previstas nesse diploma legal foram retiradas do ordenamento
jurídico brasileiro. Assim, com o advento da Constituição de 88, somente os
Estados e a União passaram a possuir a água como um de seus bens, fato que
pode ser observado com a leitura dos artigos 20, III e 26, I da CF 108, deixando
de existir, com o advento do novo ordenamento jurídico, o direito de propriedade
privada das águas.
3.4 A água como bem ambiental e o dever de tutela que deve ser exercido
por todos
112
MACHADO, Paulo Affonso Leme. Op. cit., p. 499. “A água é um dos elementos do meio ambiente.
Isto faz com que se aplique à água o enunciado do caput do art. 225 da CF: “Todos têm direito ao meio
ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo…”
44
113
Proposta de Emenda à Constituição n° 258, de 2016. Disponivel em:
<http://www25.senado.leg.br/web/atividade/materias/-/materia/131293> Acesso em 27 Out. 2017.
“Eleva ao patamar de direitos fundamentais constitucionais o acesso à água potável e ao saneamento
básico, incluindo-os no rol dos direitos sociais do art. 6º da Constituição Federal”
45
114
Proposta de Emenda à Constituição n° 35, de 2017. Disponível em:
<http://www.camara.gov.br/proposicoesWeb/fichadetramitacao?idProposicao=2093044> Acesso em
27 Out. 2017. “Dá nova redação ao art. 6º da Constituição Federal, para introduzir o direito humano ao
acesso à terra e à água como direito fundamental.”
115
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicaocompilado.htm> Acesso em: 28 Out.
2017. “Art. 21. Compete à União: XIX - instituir sistema nacional de gerenciamento de recursos hídricos
e definir critérios de outorga de direitos de seu uso;”
116
CAUBET, Christian Guy. A água, a lei, a política...e o meio ambiente. Curitiba: Ed. Jurua, 2004. p.
p. 137. Acompanhando o autor, o termo, “Estatuto da Água”, foi utilizado com o intuito de apresentar a
relevância na tratativa do tema.
117
CAUBET, Christian Guy. Op. cit., p. 137.
46
118
CORTE, Thaís Dalla. O DIREITO À ÁGUA NO PERÍODO DO ANTROPOCENO PERANTE AS
MUDANÇAS CLIMÁTICAS.- 21º CONGRESSO BRASILEIRO DE DIREITO AMBIENTAL Teses
de Estudantes de Pós-Graduação / PhD and Master Student’s Papers - Disponível em:
<http://www.planetaverde.org/arquivos/biblioteca/arquivo_20161118140350_2664.pdf> Acesso em 27
Out de 2017. Nas palavras do autor “ A vida humana tem impactos significativos sobre o meio ambiente
e o meio ambiente também possui forte influência sobre a vida humana. A própria ideia de Gaia,
desenvolvida em 1969 pelo pesquisador James Lovelock (pai do ambientalismo moderno) e pela bióloga
Lynn Margulis, já informava que é a própria Terra a responsável pela manutenção e pela recriação das
47
Já inciso IV, que determina o uso múltiplo das águas, deve ser lido com
atenção ao inciso III, observando a constante formação de conflitos sociais
produzidos pelos diversificados fins que demandam o consumo hídrico.
Caubet122 afirma que não há uma ordem de prioridades preestabelecida e que os
critérios de seleção do uso devem ser definidos com base na realidade da bacia
hidrográfica, dando como exemplo a desapropriação de grandes áreas para
construção de usinas hidrelétricas, onde o interesse público prevalecerá em
detrimento da população local.
hídricos às diversidades físicas, bióticas, demográficas, econômicas, sociais e culturais das diversas
regiões do País;” “Art. 19. A cobrança pelo uso de recursos hídricos objetiva:
I - reconhecer a água como bem econômico e dar ao usuário uma indicação de seu real valor;”
121
Relatório do PNUD destaca grupos sociais que não se beneficiam do desenvolvimento humano
Disponível em: <http://www.br.undp.org/content/brazil/pt/home/presscenter/articles/2017/03/21/relat-
rio-do-pnud-destaca-grupos-sociais-que-n-o-se-beneficiam-do-desenvolvimento-humano.html> acesso
em 28 Out. 2017. Trecho da notícia: “No Brasil, a renda média per capita familiar, em 2010, era de R$
793,87. Na cidade de São Caetano do Sul (SP), porém, chegava a R$ 2.043,00, enquanto em Marajá do
Sena (MA) – município de menor renda do país – alcançava apenas R$ 96,25.”
122
CAUBET, Christian Guy. Op. cit., p. 149.
49
123
CAUBET, Christian Guy. Op. cit., p. 211. Nas palavras do autor “A lei criou novas entidades, de
caráter administrativo, aberta à presença de representantes e associações civis de recursos hídricos e de
usuários. Usa-se a palavra presença, não participação, a partir de um ponto de vista que considera a
possibilidade de influir efetivamente na tomada de decisão. Apesar da aritmética muitas vezes usda para
demonstrar, retoricamente, que os CBH são democráticos (40% de membros dos poderes executivos +
20% de representantes da sociedade civil = 60% do poder de decisão, em relação aos 40% dos usuários),
deve-se refletir para indagar o que poderão fazer os 20% da sociedade civil, no CBH, face aos 80% de
representantes dos poderes políticos executivos e dos agentes econômicos. Em certos Estados, como o
Paraná, a legislação transformou as possibilidades de participação em simples caricatura de debate.”
124
LEI Nº 9.433, DE 8 DE JANEIRO DE 1997. Institui a Política Nacional de Recursos Hídricos
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9433.htm> Acesso em 28 Out. 2017. Artigos 2º, 3º e 5º da
lei.
50
125
LEI Nº 9.433, DE 8 DE JANEIRO DE 1997. Institui a Política Nacional de Recursos Hídricos
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9433.htm> Acesso em 28 Out. 2017. Art. 9º inc. I.
126
LEI Nº 9.433, DE 8 DE JANEIRO DE 1997. Institui a Política Nacional de Recursos Hídricos
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9433.htm> Acesso em 28 Out. 2017. Art. 20.
127
LEI Nº 9.433, DE 8 DE JANEIRO DE 1997. Institui a Política Nacional de Recursos Hídricos
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9433.htm> Acesso em 28 Out. 2017. Art. 12, § 1º inc. I
128
LEI Nº 11.445, DE 5 DE JANEIRO DE 2007. Estabelece diretrizes nacionais para o saneamento
básico. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2007/lei/l11445.htm>
Acesso em 28 Out. 2017. “Art. 3o Para os efeitos desta Lei, considera-se:
I - saneamento básico: conjunto de serviços, infra-estruturas e instalações operacionais de:
51
<http://www.confluencias.uff.br/index.php/confluencias/article/view/296/240>
Acesso em: 21 Out. 2017.
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