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DEPARTAMENTO DE BIOLOGIA
DISCIPLINA: BASES DA BIOGEOGRAFIA
Bruno Menezes
brunobioce@gmail.com
Padrões Globais de Biodiversidade
1. Gradiente latitudinal: A tendência
do aumento da riqueza das espécies
com o decréscimo da latitude é
bastante conhecida, porém é pouco
entendida, sendo bastante estudada e
discutida pelos biólogos.
Alexander von Humboldt (1773 – 1858)
Sistemas marinhos
1. Padrões não tão claros, devido grande influencia da profundidade
2. Acredita-se que ocorre para a epifauna (fauna da superfície do
substrato oceânico), mas não ocorre para infauna;
3. Até agora tem sido um padrão amplamente documentado para táxons
com esqueleto calcário (Foraminíferos, Bivalves e Gastropoda);
4. A ausência de amostragem pode ser uma explicação;
Outros padrões de diversidade
2. Peninsular: tendência da riqueza de espécies em decrescer ao longo das
penínsulas com o aumento da distancia de sua anexação ao continente.
a) Padrão normal b) Influência de eventos históricos c) Influência da capacidade de dispersão
Variação de 2 a 3 oC a cada
10o de latitude é equivalente
a ~700 m de altitude
(c) treehoppers in Colombia (d) bats in Manu National Park & Biosphere
Reserve, Peru
96 spps
75 spps
45 spps
Araújo et al 2007
Esse é um padrão bem confuso porque na verdade são dois gradientes: um relacionado a temperatura
(que diminui a medida em que se aumenta a altitude) e outro relacionado a precipitação e umidade (que
aumenta com altitude).
Além disso...
Efeito da área: o tamanho das área pode influenciar o gradiente (relação espécie-
área). Topo das montanhas tem menor área que a base.
Altitudinal gradient in the species richness of South American tropical land birds, based on data: (a) not standardized
for elevational variation in area; and (b) standardized for such variation.
Escala global:
Escala regional:
52 sp.ha-1
66 sp.ha-1
a) Regra de Rapoport
Porcentagem bem
maior de espécies
raras
Ausência de
dominância
Maior equabilidade
Maior riqueza
c) Efeito do domínio-médio (padrão nulo)
2) Predação
• Há mais predadores e/ou parasitas nos trópicos com presas
específicas (nichos menores) → diminui a competição entre
predadores → adição e coexistência de tipos intermediários de
presas → suporte para novos predadores
• Aumento da proporção de predadores nos trópicos- comunidade mais
diversa
• Predação pode diminuir a exclusão competitiva
3) Mutualismo
• Maior especificidade entre planta - polinizador → aumenta
isolamento reprodutivo → aumenta especiação (diminuição do
nicho) → aumenta diversidade (co-evolução)
4. Estabilidade climática
Implicações contrárias:
Existe algumas contestações (a maioria das florestas tropicais tem regime de chuva
altamente sazonal e as profundidades abissais não tem grande diversidade);
5. Tempo geológico
Implicações contrárias:
1. O gradiente latitudinal também pode ser confirmado em ambientes
aquáticos;
2. A baixa diversidade é uma característica de ambientes mais frios em
altitudes elevadas em qualquer latitude
6. Produtividade
• Aumento da produtividade →
Aumento da diversidade
• Diminuição do nicho → Menor
requerimento total de energia → As
espécies conseguem viver em áreas
menos produtivas
– Permite a existência de mais
espécies nos trópicos com a
manutenção da taxa de
produtividade
Implicações contrárias:
1. É importante questionar se esse fator não é influenciado por outros fatores, como
perturbação histórica, severidade ou produtividade;
2. O paradoxo do plâncton – Alta riqueza em ambientes bastante homogêneos
3. A complexidade estrutural é causa ou conseqüência da diversidade? A heterogeneidade
muitas vezes é produto do próprio organismo
9. Refúgios Ecológicos
• Períodos de seca:
favorecem vegetação aberta
(descontinuidade);
• Isolamento geográfico:
aumento da riqueza por
especiação;
• Períodos de úmidos:
conexão entre fragmentos
10. Distúrbios
Distúrbios intermediários
Connell, 1978
Criticas as explicações
John Wiens
Michael Donoghue
Conservação
filogenética de
nicho
Abordagens sintéticas
Teoria Metabólica da Ecologia (Brown et al., 2004)