Você está na página 1de 50

lOMoARcPSD|18506339

Direito Constitucional

Direito Constitucional (Universidade Catolica Portuguesa)

StuDocu is not sponsored or endorsed by any college or university


Downloaded by Ana Ferreira Ferreira (ferreiraanaferreira334@gmail.com)
lOMoARcPSD|18506339

iA Teoria da constituição:
Constituição:
 Constituição em sentido universal/sociológico/empírico:

«Qualquer comunidade política tem uma constituição»;


«Qualquer constituição é o princípio organizador de qualquer comunidade política».
O que está em causa é que qualquer estado tem um conjunto de regras (escritas ou não
escritas) em que se define o essencial que cada comunidade política.
Uma constituição define sempre
 quem é o titular do poder e oferece-nos um qualquer tipo de justificação (ética,
política, divina, hereditária,…);
 quem é cidadão e quem é bárbaro (estrangeiro);
Este conceito vale para qualquer época histórica, independente da localização geográfica.

 Constituição em sentido normativo/ideal/ conceito ocidental de constituição:

De acordo com este conceito, a constituição é um documento escrito (porque regras


escritas são a melhor forma de comprometer e cumprir algo – melhor forma de realizar
um compromisso credível) com um certo conteúdo:
 Tem de organizar e limitar o poder político;
 Tem de conferir direitos fundamentais ao cidadão.
Esta ideia de constituição surgiu ligado às revoluções liberais do século XVIII e XIX.
As regras escritas têm, por sua vez, de cumprir aqueles dois conteúdos.
Art.16.º, declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão – «toda a sociedade na qual não
esteja assegurada a garantia dos direitos nem determinada a separação de poderes, não tem
constituição».

NOTA:
Todos os Estados têm uma Para que serve uma constituição?
constituição, mesmo que esta
não seja escrita. A constituição reporta-se à comunidade política.

Só conseguimos saber as Assim como as funções do Estado se foram alterando,


normas constitucionais após também as funções da constituição foi acompanhando essa
saber as funções da evolução.
constituição.  Constituições liberais oitocentistas:
Ex.: Inglaterra. Prossupõe separação Estado-sociedade e Estado-economia.
Isto quer dizer que não há nenhuma norma na constituição
sobre o direito dos trabalhadores, sobre a família,…; por exemplo, porque o Estado não
intervinha nem na economia nem em assuntos sociais, considerando ser um assunto da esfera
privada.

 Função garantística;

Downloaded by Ana Ferreira Ferreira (ferreiraanaferreira334@gmail.com)


lOMoARcPSD|18506339

Consagrar direitos subjetivos fundamentais em benefício dos cidadãos (liberdade de


expressão, liberdade religiosa, à vida, à integridade física, Direito à propriedade
privada)

 Função ordenadora;

Contém sempre regras sobre a organização do poder político:


1. Separar verticalmente o poder (de que forma se processa a separação vertical
dos poderes) – determinar a forma de Estado.
Ex.: Forma de Estado de Portugal: Estado Unitário

2. De que forma se processa a separação horizontal dos poderes;


Define quais são os órgãos do Estado e identifica as funções que cada um
desses órgãos está legitimado a fazer.

 Constituição dos dias de hoje:


A partir da segunda guerra Mundial, depressão dos anos 30.
Para além das funções tradicionais (as funções anteriores), passou a integrar:

 Função conformadora: Art.3.º /3, 221.º, CRP


As normas e os princípios constitucionais, são critério de validade dos restantes
direitos do Estado;
Assumiu-se a força normativa constitucional e surgiram os tribunais
constitucionais para efetivar a relação hierárquica entre as leis e a constituição
(mecanismo de garantia do princípio da constitucionalidades – 277 e seguintes).

 Função integradora: Art.2.º, 13.º/1 e 2, 24.º/2, 25.º/2, 8.º, 108.º, CRP


Significa unir os cidadãos para exprimir os compromissos mínimos para se
conseguir viver em sociedade.
Tem que ver com o facto de a constituição não pretender apenas regular o
Estado, mas pretender regular o Estado e a sociedade através de um conjunto de
regras mínimo que traduzam aquilo que é considerado o bem comum.
(autodeterminação – Art.26/1 – dignidade da pessoa humana – Art.1.º, com a
proibição da pena de morte, por exemplo, Art.24/2 - autonomia)

Permite que a constituição se prolongue no tempo. Só terá longevidade se


também integrar e ser capaz de unir pessoas de gerações diferentes, que não
participaram no processo constituinte.

Sufrágio universal: Permitiu trazer o povo que protestava, para que adquirisse lugar no
parlamento e condiciona-se o poder político.

Chegamos à conclusão que qualquer documento que ocupe e cumpra estas quatro funções é uma
constituição.
Ex.: Alguns autores dizem que existe a constituição da União Europeia.

Downloaded by Ana Ferreira Ferreira (ferreiraanaferreira334@gmail.com)


lOMoARcPSD|18506339

Função garantística: carta dos direitos fundamentais da união europeia;


Função ordenadora: Art.13.º, tratado da União Europeia;
Função conformadora: TJUE
Função integradora.

Porém, é preciso legitimação (decisão de autodeterminação coletiva de um determinado povo


num determinado momento histórico)) para a realização de uma constituição e na União
Europeia não existe

CONSTITUIÇÃO EM SENTIDO FORMAL: (ex.: Portugal)


 Conjunto de normas às quais se reconhece serem formalmente superiores às regras
ordinárias – identifica-se com a constituição escrita/rígida;

 As normas constitucionais gozam de superioridade hierárquica em relação às restantes


normas do Estado (qualquer norma que viole uma lei constitucional é nula – princípio
da constitucionalidade);

 Prevê um procedimento de revisão especial e agravado – a revisão da constituição


obedece a um procedimento especial e a um conjunto de regras que são mais exigentes
do que aquelas que são seguidas para se alterar uma lei ordinária num parlamento.
Art.284.º e seguintes.

Ex.: Para se aprovar uma lei ordinária no parlamento é, em regra, necessária uma
maioria relativa. Porém, para se aprovar uma lei constitucional, carecem uma aprovação
de 2/3 dos deputados em efetividade de funções (Art.286.º/1).

CONSTITUIÇÃO EM SENTIDO MATERIAL:


Todos os Estados têm uma constituição em sentido material, mas nem todos os Estados têm uma
constituição formal/rígida.
Ex.: Constituição britânica.
Resulta de um procedimento de evolução histórica e é composta por documentos constitucionais
aprovados pelo parlamento britânico: Magna carta, Petition Rights, Bill of Rights,…
Estes documentos fazem parte da constituição porque desempenham as funções que todas as
outras constituições rígidas desempenham, sendo essenciais ao Estado e à sociedade de uma
comunidade política. Contudo, não valem mais que as outras normas.

DIPLOMAS DISPERSOS

Downloaded by Ana Ferreira Ferreira (ferreiraanaferreira334@gmail.com)


lOMoARcPSD|18506339

PRECEDENTES JURISPRUDENCIAIS

+
COSTUMES CONSTITUCIONAIS

Constituição flexível:
 Não há documento escrito;
 Estas normas que integram a constituição britânica, não gozam de superioridade
hierárquica em relação às outras normas.
 Não há procedimento de revisão especial e a gravado.
 Não há fiscalização judicial da constitucionalidade das leis. Há, porém, o princípio da
soberania parlamentar, isto é, o parlamento pode fazer e desfazer qualquer lei

NOTA:
Mesmo nos Estados que têm  Constituição estatutária:
uma constituição
formal/rígidas, pode haver (ex.: constituição federal norte americana, constituições
direito constitucional fora da liberais, constituição do mónaco, constituição republicana
constituição (normas só de 1911,…)
materialmente São constituições que se limitam a organizar e limitar o
constitucionais ou normas poder político, consagrando direitos fundamentais; apenas
constitucionais desempenham as funções ordenadora e garantística(por
extravagantes) um lado, limita e organiza o poder politico e por outro
Ex.: Princípios fundamentais reconhece os direitos fundamentais dos cidadãos) e,
– Princípio da proteção da portanto, são constituições curtas.
confiança; «Frame of Government»
Lei da nacionalidade; A doutrina classifica: Limita-se a um constitucionalismo
Bandeira e hino – Art.11.º protetor/funcional

Art.16.º/1 e 2 – Direito ao Consagram exclusivamente normas percetivas (opõem-se


nome previsto no código às normas programáticas) - são normas cujo conteúdo
civil, leis da união europeia, está determinado na constituição (não remete para o
internacional,…« legislador ordinário) e só podem ser dois tipos:
o Normas que atribuem/consagram direitos
fundamentais (“subjetivos plenos”) aos cidadãos, Direitos, liberdades e garantias (as
Constituições Estatutárias só consagram este tipo de direitos, pois não têm normas
programáticas) :
 Direitos, liberdades e garantias (Liberdades civis e liberdades politicas- dever de
não fazer nada/não interferir do estado): Art. 24º a 57º da CRP – Consagrados
sempre em normas Percetivas
Ex: direito à vida(Art 24º), direito integridade física (Art. 25º), direito ao livre
desenvolvimento da personalidade (Art. 26º nº1), liberdade de expressão (Art. 37º),
liberdade religiosa (Art. 41º), direito ao voto

Downloaded by Ana Ferreira Ferreira (ferreiraanaferreira334@gmail.com)


lOMoARcPSD|18506339

Os objetivos da ação estadual basicamente passam por garantir a Liberdade , a Segurança


e a Propriedade dos cidadão (não vai alem disto)
Nota: isto não quer dizer que os estados não possam proteger a saúde , a habitação social e a
segurança social(Direitos económicos sociais e culturais) contudo estes não são
previstos/consagrados na constituições estatuárias

o Direitos económicos sociais e culturais: Art. 58º a 79º da CRP – Consagrados


sempre em normas programáticas (“Incumbe ao Estados…”- definir
objetivos/programas que o Estado , designadamente o legislador, devem procurar
prosseguir)
(Surgiram mais tarde que os outros , sobretudo depois da 2º guerra mundial)
Ex: Direitos dos trabalhadores( Art. 58º e 59º), direito à saúde (Art. 64º), direito à
habitação(Art.65º), direito à segurança social (Art. 63º), direto à educação (Art. 73º nº1 e 2)
ou
o Normas que atribuem as competências aos órgãos de soberania/organizam e limitam o
poder politico (presidente, Assembleia, tribunais)- Art. 108º e segs.

 Constituição Programáticas:
 Fazem tudo o que as outra Constituição faz: também desempenha uma função
garantistica e ordenadora(limita e o poder politica e consagra direitos,
liberdades e garantias)
Mas além disso as Constituições programáticas pretendem também transformar a comunidade
politica(sociedade), orientar o exercício do poder politico para o futuro (não quer apenas
organizar e limitar o poder politico, mas quer dizer como é que o poder deve ser exercido no
futuro) e para isso define metas , programas, objetivos a alcançar: designadamente
consagrando normas programáticas com direitos económicos e sociais (saúde, educação,
segurança social e além disso estabelece objetivos claros ao nível da igualdade de oportunidades
 São por isso, Constituições muito mais amplas , Constituições longas ( ex: a nossa
constituição tem 296 artigos)
 Constitucionalismo aspiracional (na medida que a Constituição contém um projeto
politico para o futuro , pretende transformar a comunidade politica de acordo com esse
projeto, torna-la mais justa, mais livre e mais igualitária.)
 Contem normas programáticas e percetivas (pois também desempenha as funções
ordenadora e garantistica)
Exemplos de normas programáticas: Art.9º d), h) (tarefa fundamental do estado é
promover a igualdade real dos cidadãos e entre homens e mulheres ) , Art. 81º a), Art
65ºnº2(habitação), Art. 74º nº2 a)

CONSTITUIÇÃO SIMPLES E CONSTITUIÇÃO COMPLEXA/COMPROMISSÓRIA

 Constituição simples:

Downloaded by Ana Ferreira Ferreira (ferreiraanaferreira334@gmail.com)


lOMoARcPSD|18506339

Assentam em uma unidade valorativa pois dão prevalência/persistência absoluta a um


,determinado valor em detrimento de todos os outros
Ex: nas constituições liberais oitocentista era a liberdade (autonomia privada); Constituições
soviéticas: igualdade
A doutrina argumenta que uma constituição simples terá mais dificuldade a desempenhar uma
função integradora(exprimir um conjunto mínimos de valores que todos os cidadão possam
rever-se), pois vai ser mais difícil integrar toda a sociedade em volta de um único valor.

 Constituição complexa/compromissória:
Espelha um acordo/compromisso entre princípios fundamentais diversos. Assenta na ideia
que a constituição deve ser um acordo entre correntes ideológicas , politicas, sociais
diversas que tem preponderância/peso no momento em que a constituição é elaborada
Ex: Constituição portuguesa ,sobretudo com as revisões constitucionais, tem normas que
valorizam a autonomia privada (art. 26º nº1- direito ao livre desenvolvimento da personalidade;
Art. 61º - direito iniciativa privada; proteção da propriedade privada – Art. 62º e nº2) também
tem normas que protegem os cidadão em situações de vulnerabilidade (direito à segurança
social- Art.63º), garante a igualdade de oportunidades entre os cidadãos e igualdade real entre
os cidadãos.
 Consegue desempenhar mais facilmente a função integradora

CONSTITUIÇÃO NORMATIVA , CONSTITUIÇÃO NOMINAL E CONSTITUIÇÃO


SEMÂNTICA
NOTAS:
 Esta distinção só faz sentido/é aplicável para as comunidade politicas que tenham uma
constituição formal , ou seja, uma constituição escrita.
 Distinção que tem haver com o conceito de constituição material e constituição formal-
é por isso dada por o grau de coincidência entre a constituição em sentido material e
constituição em sentido formal numa determinada comunidade politica - Quão
próxima esta numa comunidade politica a constituição em sentido material da
constituição em sentido formal (As relações politicas e sociais regem-se de acordo com
as normas que estão na constituição formal?)

 Cons琀椀tuição norma琀椀va:

Aquela em que as normas da cons琀椀tuição formal tem vigência material, ou seja , as normas e
os princípios que estão na cons琀椀tuição escrita regulam efe琀椀vamente /materialmente as
relações poli琀椀cas e as relações sociais nessa comunidade poli琀椀ca.

Uma Cons琀椀tuição norma琀椀va é aquela em a cons琀椀tuição formal é efe琀椀vamente vigente(a


comunidade poli琀椀ca se revê e cumpre a cons琀椀tuição em sen琀椀do formal.)- o poder poli琀椀co e a
sociedade funcionam de acordo com as regras que estão na cons琀椀tuição escrita , é obedecida.

Normalmente para conseguir ser vigente, uma cons琀椀tuição norma琀椀va tem mecanismo de
garan琀椀a: existência de um Tribunal Cons琀椀tucional e ou de outro qualquer tribunal que faça a

Downloaded by Ana Ferreira Ferreira (ferreiraanaferreira334@gmail.com)


lOMoARcPSD|18506339

昀椀scalização da cons琀椀tucionalidade nas normas (forma de a cons琀椀tuição garan琀椀r o seu próprio


cumprimento e que são vigentes)(ex: supreme court norte americano)

Ex: Cons琀椀tuição de 1976(portuguesa); Cons琀椀tuição alemã de 1949; Cons琀椀tuição italiana de


1947

 Cons琀椀tuição nominal:

Cons琀椀tuição cujo as normas apesar de estarem formalmente vigentes não tem vigência
material, pois não efe琀椀vamente reguladoras nem dos estado nem na comunidade poli琀椀ca( as
relações poli琀椀cas e as relações sociais regem-se por outras normas que não estão na
cons琀椀tuição).

Numa Cons琀椀tuição nominal ou não há mecanismos de garan琀椀a(não tribunal cons琀椀tucional


nem 昀椀scalização da cons琀椀tucionalidade ) ou então há mecanismos de garan琀椀a mas esses
mecanismos são controlados pelo poder poli琀椀co (ex: caso russo, polaco, húngaro)

Ex: cons琀椀tuição portuguesa de 1933; Cons琀椀tuição Weimar a par琀椀r 1933 (1919- 昀椀m da 2º
guerra mundial); Cons琀椀tuição da URSS de 1977; cons琀椀tuição do irão , angola , Venezuela.

CONSTITUIÇÃO PT 1933
CONSTITUIÇÃO FORMAL PT DE 1933
(O que acontecia)
Liberdade de expressão Censura
Pluralismo poli琀椀co/eleições livres Par琀椀do unico (união nacional)
Separação de poderes Poder concentrado no presidente do
conselho
PR

Na nossa cons琀椀tuição 1976 há algumas normas que se nominaram, não tem vigência material
(Ex: Art.87º- inves琀椀mento estrangeiro , são os tratados internacionais que regulam não esta
norma; Art. 94º (eliminação dos la琀椀fúndios); Art. 97º(auxílios do Estado nunca foi aplicado
porque é de competência exclusiva da EU)

 Constituição semântica
Aquela que reproduz/exprimir determinado programa ideológico , concretamente aquele
programa que foi predominante , ganhou/teve mais influencia , no momento que foi
elaborada a constituição.
Não tenta fazer o acordo com outras ideologias (oposto da constituição complexa)
Ex: Versão original da CRP de 76 (uma ideologia marxista leninista- nacionalizações
(expropriações sem indeminização) , antes das revisões de 1982 e 1989, algumas
constituições latina- americanas(manifestações do constitucionalismo indígenas, tendem-se
a tornar-se nominais pois são excessivamente ideológicas e difíceis de concretizar perdendo

Downloaded by Ana Ferreira Ferreira (ferreiraanaferreira334@gmail.com)


lOMoARcPSD|18506339

assim a sua abertura e com dificuldades das gerações futuras rever-se no texto
constitucional), como a Constituição da Bolívia (2009) ou do Equador(2008)

A CONSTITUIÇÃO EM SENTIDO MATERIAL


Ao longo da evolução do pensamento politico qual foi dado mais importância: constituição em
sentido material ou constituição em sentido formal?
Teoria liberal oitocentista:
 Constituição como documento sob a forma escrita + um certo conteúdo normativo
A constituição em sentido formal era tao importante como a constituição em sentido
material , porque tinha de assumir uma forma escrita por razões de segurança, certeza jurídica e
era a forma mais fácil de haver um compromisso entre o poder politico e a sociedade , mas as
normas tinham de ter um conteúdo normativo(dever-ser): limitar e organizar o poder politico e
tinham de consagrar direitos fundamentais em beneficio dos cidadão

Teoria positivistas (Kelsen, Hart,Schmitt)


Os positivistas defendiam uma identidade entre direito e lei:
 Toda a lei(independentemente no conteúdo que ela manifesta) é direito porque é
justo uma vez que é aprovada pelo parlamente que manifestação da vontade do povo
 Todo o direito esta na lei(tudo o que não for uma lei escrita não é direito , e por isso
não há outras fontes de direito sem ser a lei)

o A constituição como texto de valor hierarquicamente superior


o Produto da decisão do povo no momento constituinte
o Independentemente do conteúdo

Para um positivista a constituição é :


Um conjunto de normas escritas cuja a validade advém exclusivamente do facto terem
sido adotadas pelo povo(momento constituinte) independentemente do conteúdo – não é o
conteúdo da lei que advém a validade mas sim a legitimidade democraticamente (podem ser
normas constitucionais , contra a igualdade, liberdade…)
o Não há normas só materialmente constitucionais (não há direito Constitucional fora
da constituições , não costumes constitucionais…)
o Não há normas constitucionais inconstitucionais (Bachof)

Normas que estão no texto constitucional, normas que estão consagradas na constituição em
sentido formal, mas que são inconstitucionais pois estão desconformes/violam com princípios
fundamentais supranacionais (estão em acima da constituição) ex: Justiça, Igualdade, principio
da dignidade humana, principio da não retroatividade da lei.
Ex: Art 57 nº4…
Para os positivista só interessa a constituição em sentido formal

Teorias realistas ou sociológicas (LASSALE)

Downloaded by Ana Ferreira Ferreira (ferreiraanaferreira334@gmail.com)


lOMoARcPSD|18506339

o Constituição autentica (relevante) é a constituição real(material)- o que interessa é a


realidade constitucional(forças politicas , sociais e culturais que disciplinam o estado e
a sociedade)
o “Constituição formal é uma mera folha de papel”
o Riscos:
 “capitulação do normativo perante o empírico”
 Abuso de poder
 Perde a força normativa
 Ficamos sem um critério para saber quando há abusos de poder
O que interessa é a constituição em sentido material

Teorias espiritualistas/jusnaturalistas (Radbruch, Bachof)


o Pós segunda guerra mundial (pós- positivista)- Teorias de reação ao positivismo
o Existência de um direito suprapositivo (direito natural), pré-estadual ,
transcendental e imutável .- Partem no pressuposto que existem os princípios
fundamentais suprapositivos transcendentais e imutáveis e que existem
independentemente do Estado(estão a cima do Estado) .
Uma constituição só será valida se se mostrar compatível com estes princípios.
Parte de uma ideologia católica-cristã (problema: uma compreensão da pessoa humana que não
é defendida por todos, ex: casamento homossexual, eutanásia , aborto) Acórdão 121/2010
o Existência de normas constitucionais inconstitucionais (pois admitem a existência de
princípios suprapositivos)
Ex: Art 292º( Incriminação retroativamente os agentes e responsáveis da PIDE/DGS- viola
o principio da não retroatividade da lei penal incriminadora- Malem Partem); Art. 46º
nº4(está só a proibir o extremismo de direito (fascismo) e não o extremismo de esquerda
porque viola o principio da igualdade.

A tese da força normativa da constituição(a que é defendida pelo curso)


Como conciliar a constituição formal e a constituição material ?
Como evitar a “nominalização” na constituição?
A constituição deve ser uma combinação equilibrada entre o texto , valores (cultura
constitucional- conjunto de princípios axiológicos que orientam o nosso projeto constitucional :
justiça, solidariedade, igualdade-) e realidade constitucional(forças politicas, sociais , culturais
que condicionam os aspetos essenciais no Estado e da sociedade = tridimensionalidade
constitucional
Só com um equilíbrio entre os 3 aspetos é que a Constituição tem força normativa , ou seja
vigência material, e só assim é que evita tornar-se nominal

Uma Cons琀椀tuição deve ser uma combinação equilibrada entre:

• texto (cons琀椀tuição formal)

Downloaded by Ana Ferreira Ferreira (ferreiraanaferreira334@gmail.com)


lOMoARcPSD|18506339

• valores (cultura cons琀椀tucional)

• realidade cons琀椀tucional

Só assim é que a Cons琀椀tuição adquire força norma琀椀va e evita tornar-se nominal, que con琀椀nue
a disciplinar efe琀椀vamente as relações de Estado e sociedade.

Tridimensionalidade constitucional

Para nos a Cons琀椀tuição é uma norma material, aberta, não está琀椀ca, não hierárquica, pluralista
e posi琀椀va. Rejeitamos as teorias posi琀椀vistas, liberais, realistas e espiritualistas

A constituição é , portanto, uma ordem:


o Material

Ordem de valores que representa a consciência jurídica geral de uma determinada comunidade
politica (liberdade de expressão , proibição da pena de morte e de penas de perpetuas ,
pluralismo politico , principio da dignidade humana)
Há normas materialmente constitucionais- normas constitucionais que não estão na constituição:
costume constitucionais, normas constitucionais ligadas ao hino e ao bandeira, princípios
jurisprudencial

Rejeitamos: Teorias positivistas(constituição mais que um texto), porque ancoramos a


realidade da cons琀椀tuição em princípios fundamentais superposi琀椀vos(que estão acima da
cons琀椀tuição e nessa medida normas que estão na cons琀椀tuição que não respeitem esses
princípios designamos normas cons琀椀tucionais e incons琀椀tucionais. Aceita-se as normas
cons琀椀tucionais incons琀椀tucionais, porque consideramos que há princípios fundamentais
superposi琀椀vos acima da própria Cons琀椀tuição Ex: princípios jurisprudenciais, ar琀椀go 292 CRP
– norma cons琀椀tucional incons琀椀tucional ),

Teorias liberais - apenas regulavam relações verticais entre o estado e cidadão mas não
regula relações horizontais entre privados, ao contrario da nossa- Constituição do Estado e
da sociedade , regula ambos. Para nos a cons琀椀tuição não é apenas a cons琀椀tuição do Estado,
mas sim do Estado e dos cidadãos pretende regular o Estado e a sociedade, vale para toda
a comunidade polí琀椀ca – relações horizontais – preocupação com as relações dos cidadãos
entre si

Teorias sociológicas - alienam a constituição em sentido formal , pois so ligam à


constituição material , para nos a constituição material deve regular conforme a constituição
formal , a nossa constituição contem um projeto politico ( Art 2º, 9º h) e d)) pretendemos
transformar a realidade constitucional de acordo com esse projeto politico, existe uma
intenção transformadora. .

o Aberta
o Não estática
o Não hierárquica
o Pluralista
o Positiva

 A Cons琀椀tuição é uma realidade aberta e não está琀椀ca( cons琀椀tuição que mantem


contacto/aberta com a realidade cons琀椀tucional) :

Downloaded by Ana Ferreira Ferreira (ferreiraanaferreira334@gmail.com)


lOMoARcPSD|18506339

o Revisões Cons琀椀tucionais (art. 284º e segs.)

A cons琀椀tuição deve mantém contacto e conforme a realidade cons琀椀tucional, através das


revisões cons琀椀tucionais , alterando o seu texto , a forma de a Cons琀椀tuição prestar atenção
à realidade é adaptar-se aos acontecimentos (revisões cons琀椀tucionais ordinárias e
extraordinárias)

Ex: Cons琀椀tuição de 1976 – Cons琀椀tuição semân琀椀ca, bastante ligada ao marxismo-leninismo;

Revisão em 1982(de cariz poli琀椀co) e 1989 (cariz mais económico, entramos para ue ) =
cons琀椀tuição voltou para o centro

Revisões de 1992, 1997, 2001, 2004, 2005 – são importantes para que 昀椀quem em linha coma
realidade cons琀椀tucional

 Ar琀椀go 13º, n2 – princípio da não descriminação –“categorias suspeita” – sexo, raça,


orientação sexual (só foi posta na revisão cons琀椀tucional de 2004)- abertura a mudança
dos costumes e mudanças culturais na sociedade
 Ar琀椀go 34º, n3 – direito á inviabilidade do domicilio e da correspondência (ninguém
pode entrar no nosso domicilio sem o nosso conhecimento , contudo pode-se se incluir
o terrorismo (só foi posto o terrorismo par琀椀r da revisão cons琀椀tucional de 2001)
 Ar琀椀go 295º –referendo sobre o tratado europeu (revisão de 2005 – 2004 houve um
tratado para ins琀椀tuir uma cons琀椀tuição para a europa e fez-se um referendo para se
aprovar- ar琀椀go morto uma vez que a frança e a holanda chumbaram)

o Mutações Cons琀椀tucionais:

Alterações do sen琀椀do das normas cons琀椀tucionais, sem haver alterações do texto


cons琀椀tucional, ou seja, sem haver uma revisão cons琀椀tucional.

Outra forma de a cons琀椀tuição se adaptar/acompanhe à realidade cons琀椀tucional é através da


interpretação cons琀椀tucional das normas(reinterpretar uma norma) de forma a alterar o sen琀椀do
a dar a uma norma cons琀椀tucional , sem fazer uma revisão cons琀椀tucional.

O órgão que tem legi琀椀midade para reinterpretar uma norma cons琀椀tucional ,segundo os termos
do ar琀椀go 221 da CRP, é o órgão que tem a ul琀椀ma palavra sobre questões jurídico-
cons琀椀tucionais, ou seja, pelo tribunal cons琀椀tucional

Ex: ar琀椀go 36, n1 – fala do casamento heterossexual , como sendo o casamento heterossexual,
entretanto a realidade cons琀椀tucional foi-se alterando e acentuou-se a ideia de livre de
desenvolvimento da personalidade - o tribunal cons琀椀tucional através do acórdão 121/2010
reinterpretou o ar琀椀go 36, nº1, deixando de conceder apenas o casamento heterossexual, mas
também os casamentos homossexuais, sem haver um revisão cons琀椀tucional.

o Estrutura das normas cons琀椀tucionais

Uma cons琀椀tuição é composta por regras jurídicas que tem uma estrutura de tudo ou nada , há
uma previsão e uma consequência jurídica , mas contém também princípios que dão abertura
a cons琀椀tuição precisamente por terem um conteúdo muito mais indeterminados

Downloaded by Ana Ferreira Ferreira (ferreiraanaferreira334@gmail.com)


lOMoARcPSD|18506339

Ex: principio da igualdade, dignidade da pessoa humana, princípio da segurança jurídica (ar琀椀go
2), principio da proteção da con昀椀ança; princípio da proporcionalidade

Um princípio permite varias soluções jurídicas e por isso permite adaptar a solução jurídica à
realidade cons琀椀tucional (ex: Os cortes nas pensões/salários da função publica não há norma
cons琀椀tucional sobre isto e por isso são resolvidos através de princípios(principio da proteção
da con昀椀ança , o principio da igualdade e o principio da proporcionalidade) que vão sendo
adaptados ao contexto cons琀椀tucional (sem dinheiro é valido cortar).

 A cons琀椀tuição é um quadro norma琀椀vo aberto :

A nossa cons琀椀tuição é complexa/compromissória , sendo que integra vários correntes


ideológicas/programas polí琀椀cos diferentes entre si, e com isto ganha abertura pois garante que
as gerações futuras(pessoas que não elaboraram a cons琀椀tuição) se consigam ainda rever no
texto cons琀椀tucional .

Contudo, segundo o ar琀椀go 288 – limites materiais de revisões cons琀椀tucionais – lista de


matérias sobre as quais não pode haver revisões cons琀椀tucionais, daí haver autores que dizem
que a nossa cons琀椀tuição é hiper-rígida (limite a nossa abertura).

Assim sendo, rejeitamos as teorias espiritualistas, admi琀椀ndo a existências de princípios


fundamentais supraposi琀椀vos (concessão de jus琀椀ça capaz de se sobrepor a própria
cons琀椀tuição), mas argumentando que esses princípios podem sofrer alterações em função da
consciência jurídica geral (lei de eutanásia porque a ideia da dignidade da pessoa humana
evolui) . A nossa cons琀椀tuição afasta-se de uma cons琀椀tuição nominal dado que as suas normas
tem vigência formal mas também vigência material se adaptam à realidade e afasta-se também
de uma cons琀椀tuição semân琀椀ca, pois para nós é um quadro norma琀椀vo aberto que não se 昀椀lia
apenas num programa ideológico , pretendendo exprimir um acordo entre programas
ideológicos dis琀椀ntos.

 A Cons琀椀tuição é uma ordem não hierárquica e pluralista :

Tem carácter complexo/compromissório e pretende ser um compromisso entre correntes


ideológicas dis琀椀ntas e com isso permite de forma efe琀椀va conseguir cumprir a função
integradora, ou seja, a cons琀椀tuição deve exprimir um compromisso mínimo sobre o bem
comum(compromisso que una as pessoas que estão numa determinada sociedade poli琀椀ca).
Não há nenhum valor preponderante, mas sim um conjunto de valores
preponderantes(igualdade, liberdade , solidariedade…) dá a cons琀椀tuição uma feição
compromissória. Assim sendo, não é semân琀椀ca nem simples é complexa.

 A Cons琀椀tuição é uma ordem posi琀椀va :

A nossa cons琀椀tuição é formal que se baseia em normas escritas, sendo que o texto deve ser
respeitado, não só pelas gerações que o 昀椀zeram como pelas gerações futuras.
Independentemente das circunstancias da realidade cons琀椀tucional o texto tem de ser
cumprido.

Dinâmica constituinte : origem e evolução da Constituição

Downloaded by Ana Ferreira Ferreira (ferreiraanaferreira334@gmail.com)


lOMoARcPSD|18506339

o O que é o poder cons琀椀tuinte?


o Quem é o 琀椀tular desse poder?
o Qual o procedimento e forma do seu exercício?
o Existem limites jurídicos e polí琀椀cos ao exercício deste poder?

Poder cons琀椀tuinte divide-se em duas:

 Poder cons琀椀tuinte originário – ato de vontade polí琀椀ca de estabelecer/ adotar uma


cons琀椀tuição- poder de fazer uma cons琀椀tuição.
É um poder dis琀椀nto de todos os outros, pois é este que vai de昀椀nir as regras do jogo
poli琀椀co, é este que vai determinar de que modo é que são exercidos os poderes
cons琀椀tuídos (poder legisla琀椀vo, execu琀椀vo, judicial e também o poder de revisão
cons琀椀tucional- poder cons琀椀tuinte derivado- pois para se rever a cons琀椀tuição tem de se
seguir as regras previstas na cons琀椀tuição(art. 284º) para essa revisão ditadas por o
poder cons琀椀tuinte, senão tamos a romper com a ordem cons琀椀tucional estabelecida e a
fazer uma nova cons琀椀tuição)

 Poderes cons琀椀tuídos – são regulados e criados pelo poder cons琀椀tuinte (Ex: poder de
revisão Cons琀椀tucional, poder legisla琀椀vo, execu琀椀vo, judicial…) e exercidos nos termos
da Cons琀椀tuição
 Poder cons琀椀tuinte derivado ou poder de revisão cons琀椀tucional – ainda é um
poder cons琀椀tuído pois para se rever a cons琀椀tuição tem de se seguir as regras
previstas na cons琀椀tuição para essa revisão.

Como surgem as novas Cons琀椀tuições? (não é preciso saber):

 Podem surgir de processos(atos) revolucionários - Ex: cons琀椀tuição francesa de 1791 ;


cons琀椀tuição de 1976 - pressupõe a rutura com a ordem cons琀椀tucional anterior e
portanto a elaboração da nova cons琀椀tuição não segue as normas de revisão
cons琀椀tucional da cons琀椀tuição anterior vigente
 Pressão externa - in昀氀uência ou coação de potências estrangeiras Ex: Cons琀椀tuição
Japonesa de 1946, cons琀椀tuição Weimar de 1919 e de 1949(Alemanha perdeu a guerra
e foi obrigada a adotar uma cons琀椀tuição mais democrá琀椀ca) , da Bósnias Herzegovina –
resulta de um acordo de paz internacional
 Transição cons琀椀tucional – são movimentos polí琀椀cos em que se pretende ,num primeiro
momento, rever a cons琀椀tuição que já existe e desse processo imerge uma nova
cons琀椀tuição Ex: Cons琀椀tuição brasileira de 1988(movimento direta já -queria que o
presidente fosse eleito diretamente)

As teorias clássicas do poder constituinte:


1. John Locke (liberal conservador- CONSTITUCIONALISMO LIBERAL/CONSERVADOR )-
“Os Dois tratados do Governo Civil” :

Downloaded by Ana Ferreira Ferreira (ferreiraanaferreira334@gmail.com)


lOMoARcPSD|18506339

É um autor liberal que pensa que o poder cons琀椀tuinte não é o poder de fazer uma
revolução, mas sim o de ins琀椀tuir um governo civil, para este, o governo civil é um governo
duplamente limitado:

 do ponto de vista horizontal (o poder deve estar distribuído por vários órgãos-
poder legisla琀椀vo , execu琀椀vo e federa琀椀vo)
 um governo limitado do ponto de vista funcional (o Estado é um mal necessário, o
governo que se deve limitar a um função: de proteger a liberdade e a
propriedade dos seus cidadãos- property, não deve fazer mais que isto )- Qualquer
interferência é um “roubo”, o Estado não deve fazer mais do que proteger os
cidadãos, se não trata-se de uma interferência contrária ao governo civil.

O poder cons琀椀tuinte é per si um poder limitado, não quer nenhuma revolução, apenas
ins琀椀tuir um governo civil para proteção dos direitos naturais fundamentais dos indivíduos.

Se o governo civil violar estes limites (violar a separação de poderes- se extravagar a


funções que o governo civil deve exercer se quiser por exemplos, dar as cidadãos um
serviço nacional de saúde, segurança social ou ensino básico gratuito), só ai é que o povo
tem o direito de se revoltar, o povo só tem o direito de por 昀椀m à cons琀椀tuição e mudar para
outra , caso o governo civil viole o contrato social, e desrespeite os limites por força desse
contrato social.

2. Abade Sieyés (revolucionário- CONSTITUCIONALISMO REVOLUCIONÁRIO) – “ O que é o


Terceiro Estado”

Escreveu os seus trabalhos em plena revolução francesa (昀椀ns do século 18).

Para este o poder cons琀椀tuinte é um poder revolucionário (pendor revolucionário) ,pois


pretende-se colocar 昀椀m à monarquia absoluta e cons琀椀tuir um novo modelo de sociedade
baseado na igualdade, liberdade e fraternidade.- Concessão associada à luta contra as
monarquias absolu琀椀stas.

Trata-se de um poder cons琀椀tuinte:

 Autónomo (livre)
 Originário
 Omnipotentes (ilimitado)- o poder cons琀椀tuinte , ao contrario de Locke, não está
sujeito a quaisquer limites
 Inesgotável (trata-se de um poder selvagem ,ao contrário de Locke, para este o
poder cons琀椀tuinte pode ser realizado a qualquer momento (não se fala em povo
mas sim em Nação) a qual pode fazer uma nova cons琀椀tuição a qualquer
momento e não precisa de invocar uma razão para fazer uma nova cons琀椀tuição)

Experiências constitucionais
Numa perspe琀椀va histórico-genérica:

 Experiência britânica (cons琀椀tucionalismo historicista) – não tem uma cons琀椀tuição


em sen琀椀do formal, não é possível detetar um determinado momento cons琀椀tuinte,
não é possível iden琀椀昀椀car um momento cons琀椀tuinte em que foi feita a cons琀椀tuição.

Downloaded by Ana Ferreira Ferreira (ferreiraanaferreira334@gmail.com)


lOMoARcPSD|18506339

A história cons琀椀tucional inglesa não tem grandes momentos revolucionários, à


exceção de 1649 quando cortaram a cabeça ao rei Carlos stuart e em 1688 a
Glorious Revolucion.

Para os ingleses a cons琀椀tuição não é um documento escrito e não é nada que se


possa ditar por um ato de vontade(do povo) num determinado momento histórico , é
um processo de evolução progressiva e transformação das ins琀椀tuições inglesas as
quais as ins琀椀tuições poli琀椀cas se foram tornando progressivamente menos autoritárias
e eli琀椀stas (contudo ainda tem uma camara alta que se chama camara dos lordes) e
mais democrá琀椀cas.

Ex: 1948 – colocou-se 昀椀m à prá琀椀ca do sufrágio capacitário – quem 琀椀vesse estudado na
universidade inglesa podia votar duas vezes, no seu local de origem e na universidade

 Experiência norte- americana (cons琀椀tucionalismo judicial) – o cons琀椀tucionalismo


nasce de um movimento de autodeterminação do povo contra a coroa
britânica(poder colenial), desde a sua independência em 1776 organizam-se como
uma confederação e depois passaram para um fase de maior integração, em 1787
aprovaram a cons琀椀tuição federal norte-americana de 1787, não é uma cons琀椀tuição
revolucionária. Os americanos pretendia resolver o problema do con昀氀ito entre
federalistas(queriam transitar de uma confederação para um verdadeiro estado
federal) e an琀椀federalistas (queriam manter-se numa confederação e dar mais
poder aos Estados- federados do que à confederação).

Na origem do cons琀椀tucionalismo norte-americano é marcado com uma descon昀椀ança


profunda em relação ao legislador (antes na revolução era o parlamento britânico- não
queria pagar impostos que não 琀椀nham sido criados por eles) não estão dispostos a
submeter-se a algo que não tenha sido criado por eles. Para materializar esta
descon昀椀ança rela琀椀vamente ao poder legesla琀椀vo, os americanos conceberam a sua
cons琀椀tuição como lei suprema ou paramount law, os norte-americanos foram os
primeiros a a昀椀rmar o princípio da cons琀椀tucionalidade e de supremacia norma琀椀va da
cons琀椀tuição com as suas consequências: se o congresso (parlamento)aprovar uma lei
contrária à cons琀椀tuição essa lei é nula, não tem valor jurídico. Para esta supremacia ser
respeitada era preciso dar “dentes “à cons琀椀tuição, era necessário que ela “mordesse”e
criaram um mecanismo da judicial review of legisla琀椀on de forma a todos os juízes em
todos os tribunais terem o poder-dever de 昀椀scalizar a cons琀椀tucionalidade das
normas/leis e de as desaplicar se as considerarem incons琀椀tucionais (Acordão
Marbury V. Madison, 1803). Ideia de controlo judicial das leis que só emergiu no
espaço europeu a seguir à 2º Guerra Mundial.

 Experiência francesa (Cons琀椀tucionalismo revolucionário)– trata-se de um


cons琀椀tucionalismo revolucionário, quase todas as cons琀椀tuições resultam de um
ato revolucionário(12 cons琀椀tuições), sendo que na sua génese está a ideia
revolucionária de romper com o absolu琀椀smo e criar uma nova sociedade fundada
na igualdade, liberdade e fraternidade.

Trata-se de um cons琀椀tucionalismo de mera legalidade, existe uma descon昀椀ança em


relação aos tribunais(juízes) e por isso , ao contrario dos norte-americanos, não
con昀椀am nos juízes para controlarem a cons琀椀tucionalidade das leis , porque a
generalidade dos juízes eram nobres(refratários a ideia da revolução) o que se opunha

Downloaded by Ana Ferreira Ferreira (ferreiraanaferreira334@gmail.com)


lOMoARcPSD|18506339

à classe revolucionária (burguesa). Os franceses só 琀椀veram um verdadeiro tribunal


cons琀椀tucional a par琀椀r do século 20.

A 琀椀tularidade do poder cons琀椀tuinte, quem faz/par琀椀cipa no processo de elaboração


da cons琀椀tuição é:

 a NAÇÃO para Sieyès – defendia o principio da presentação poli琀椀ca , que


devia haver uma separação entre governantes e governados, sendo que a
cons琀椀tuição devia ser elaborada pelos governantes(pelos representados e
não pelo povo real) era forma de travar os excessos no povo real , só os
representantes é que conseguiam pensar no bem comum e no interesse
publico em termos imparciais. Contudo no século 19, vigorava a ideia de
sufrágio censitário ,só tendo o direito de votar quem 琀椀vesse um certo nível de
rendimentos(nobreza e clero) ou o sufrágio capacitário, só poderia votar
quem 琀椀vesse um certo nível de educação – ideia eli琀椀sta
 o POVO para Rousseau – é uma adepto da democracia direta e o 琀椀tular da
soberania(quem dia fazer a cons琀椀tuição) é o povo real enquanto cada um dos
indivíduos , cada um tem um vota ou seja tem uma fração da soberania, esta
a soberania não se delega, o povo tem que fazer diretamente a cons琀椀tuição
não se pode delegar esse poder em alguém, o povo deve ter a ul琀椀ma palavra
sobre o conteúdo da cons琀椀tuição(referendo).

Atualmente temos o art. 108 que de昀椀ne quem é o 琀椀tular da soberania : o povo (contudo esta
povo não tem nada a ver com a concessão de Rousseau , pois Portugal é uma democracia
semidirecta, assente no principio da representação poli琀椀ca, todavia a cons琀椀tuição comtempla
vários mecanismo de democracia direta(admi琀椀mos a possibilidade do povo par琀椀cipar
diretamente no processo poli琀椀co) : referendo -ar琀椀go 115º) – no meio termo entre as duas
teorias.

Quem faz parte do povo(quem deve fazer a cons琀椀tuição- par琀椀cipar no processo de elaboração
e aprovação da cons琀椀tuição)

Titularidade do poder constituinte:

Procedimento Constituinte (conjunto/sequência de atos através dos quais e possível


elaborar uma nova cons琀椀tuição) monárquico ou autocrático:

Titularidade do poder esta no monarca:


 Carta constitucional ou constituição outorgado- pressupõem que a constituição é
quase como um presente do rei ao seu povo- rei dá uma constitucional ao seu povo (ex.
Carta Constitucional de 1826- D pedro IV)
 Constitucional dualista ou pactuada – pressupõem um acordo pacto entre o monarca
e o seu povo (ex. Constituição de 1838- Rainha D.Maria II)

Procedimento Constituinte Democrático:


 Procedimento Constituinte representativo ou indireto:

Downloaded by Ana Ferreira Ferreira (ferreiraanaferreira334@gmail.com)


lOMoARcPSD|18506339

Há sempre a eleição de uma Assembleia constituinte pelo povo através de sufrágio


indireto e universal – aproximação ao raciocínio de SES (o povo é que deve escolher os
representante que vai fazer a constituição – Assembleia C.
 Com eleição de uma assembleia constituinte soberana que elabora ,
discute e aprova o texto constitucional
EX. todas as nossas constituições foram feitas por este método- 1822, 1911, 1976)
 Com eleição de uma assembleia constituinte não soberana – o povo
elege na mesma uma assembleia constituinte que elabora , discute mas não aprova
o texto constitucional , quem aprova é o povo através de um referendo ou um
Plebiscito (o povo intervém duas vezes – a primeira vez quando elege a assembleia
constituinte e uma segunda vez quando é chamado a aprovar o texto constitucional )
EX. Constituição italiana de 1947; Constituição espanhola de 1978
 Com assembleia Constituinte e convenções do povo – é igual a
anterior só que em vez de haver a aprovação da versão final da constituição não
através de uma referendo ou plesbicito mas sim através de convenções do povo
Ex: Const. Federal norte americana 1787)

 Procedimento Constituinte direto:


Não há eleição de uma Assembleia Constituinte
Quem faz a constituição é o parlamento (já eleito) ou então personalidade politica(salazar 1933)
que depois é sujeita a aprovação do povo através de um referendo(boa consulta – consulta
que segue um procedimento justo e regular- procedimento democrático , possibilidade do povo
antes de aprovarem a constituição terem direito ao exercício dos seus direito fundamentais como
liberdade de expressão, reunião, imprensa : manifestando-se se concordam ou não com a
constituição e a contagem dos votos seja feita através de requisito de transparência e
honestidade(abstenções contadas como favoráveis a provação… ) ou plebiscito (doutor gomes
Canotilho – uma má consulta)
 Referendário- EX: referendo para independência da Escócia em 2014; referendo
no Québec pra saber se devia ainda fazer parte no canada, referendo na Catalunha para
sua independência em 2017- referendo mau – porque não foi convocado com as regras
que estão previstas com a constrição espanhola )

 Plebiscitário (1978 chile)


Ex. Constituição portuguesa de 1933, Constituição francesa 1958

Downloaded by Ana Ferreira Ferreira (ferreiraanaferreira334@gmail.com)


lOMoARcPSD|18506339

Limites materiais do poder Constituintes originário


Castanheira Neves: A constituição também pode errar, ou seja também pode conter normas
inconstitucionais
Problema: Limites materiais ao poder constituinte originário

 Limites horizontais (de facto/políticos):


Operam ao nível da realidade Constitucional (tem haver com os elementos materiais ,
culturais, éticas e económicas que influenciam a elaboração de uma nova constituição , e
portanto limitam condicionam a realização de uma nova constituição :
 Imanentes : inerentes à própria comunidade politica que faz o texto Constitucional
– Tem que ver com a situação da própria comunidade politica com os seus dados
materiais , culturais , éticos e económicos que condicional a elaboração da
constituição (ex. abolição da escravatura, proibição da tortura , proibição de
partidos fascistas, igualdade entre os cônjuges (Art 36º nº13)
 Heterónomos: Pressões externas à comunidade de política que faz a constituição –
decorrentes da comunidade internacional (ex. Adesão a organizações internacionais,
ocupação por potencias estrangeiras ou por forças internacionais )
Ex: caso italiano de 1947

 Limites verticais (jurídicos) : operam ao nível da cultura Constitucional – tem a ver


com os valores que a constituição esta vinculada:

 Superiores (transcendentes):

Downloaded by Ana Ferreira Ferreira (ferreiraanaferreira334@gmail.com)


lOMoARcPSD|18506339

 Constituição tem de respeitar princípios jurídicos fundamentais (Princípios


jurídicos transcendentes São princípios que estão acima da próprio texto
Constitucional e que vinculam a constituição uma ves que fazem parte de uma
concessão de justiça , se a constituição não estiver de acordo com estes
principio temos uma constituição de não direito que não se alinha com a ideia
de direito e justiça (ex. a não retroatividade da lei penal incriminadora…)
 Ligação ao conceito de normas constitucional inconstitucional

 Inferiores:
 Principio da essencialidade : Uma constituição só deve debruçar-se/regular
sobre os aspetos essenciais do Estado e da sociedade , e portanto uma
constituição não deve contem normas que tratam aspetos triviais- normas que
violam este principio chama-se normas só formalmente Constitucional
 Ligação ao conceito de norma só formalmente Constitucional ( diferente de
normas constitucionais inconstitucionais)
o Normas só formalmente Constitucional: Estão na constituição mas
versam sobre aspetos não essenciais à comunidade politica, não são
suficientemente importante para estar prevista na constituição (ex. Art
175º b), Art 39 nº2)

Poder Constituinte derivado ou poder de revisão Constitucional:

 Limites formais (em sen琀椀do amplo)


o Caracterís琀椀cos das cons琀椀tuições rígidas

Diferenciação formal entre as normas cons琀椀tucionais entre as normais legais- as normas


cons琀椀tucionais valem mais que as normas legais , e por isso uma revisão cons琀椀tucional
segue um procedimento agravado/especial.
o Medida da rigidez

Cons琀椀tuições que exigem referendo são mais rigidez para alterar a cons琀椀tuição do que
maioria quali昀椀cada(nossa)
Podem ser:
 Temporais(art.284º)
 Procedimentais (art. 286.º);
 Circunstanciais (art. 289.º);

Limites temporais:
 Revisões ordinárias; inicia琀椀va de revisão ordinária- basta um Deputado (Art 284º/1 »
156º a))
Tem lugar decorrido pelo menos 5 anos desde da data da ul琀椀ma revisão
cons琀椀tucional ordinária
Para se fazer uma revisão ordinária basta a inicia琀椀va de 1 Deputado
 Revisão Extraordinárias- em qualquer momento (Art.284º/2 ), inicia琀椀va da revisão
extraordinária- maioria de 4/5 dos Deputados em efe琀椀vidade de funções- 184 de
deputados (art. 284º /2)

Downloaded by Ana Ferreira Ferreira (ferreiraanaferreira334@gmail.com)


lOMoARcPSD|18506339

Tem lugar a qualquer momento


4/5 dos deputados para inicia琀椀va de revisão Cons琀椀tucional (Desencadeamento do
procedimento de revisão

o 1982 (R.O)
o 1989 (O)
o 1992 (R.E)- revisão por causa do tratado de mastreshi
o 1997 (O)
o 2001(E)
o 2004(O)- Subscrever a convenção de Roma que alteramos um Art 7
Nº7 CRP para estar sujeito ao Tribunal penal jurisdicional
o 2005 (E )- introduziu na cons琀椀tuição o Art 295 possibilitar um
referenda para a elaboração de uma cons琀椀tuição para a europa

Procedimento (lei de revisão = Lei Cons琀椀tucional):


1. Inicia琀椀va
2. Aprovação
3. Promulgação
4. Publicação

Limites procedimentais:
o Limites quanto ao 琀椀tular do poder de revisão:
 Apenas a Assembleia da Republica (órgão legisla琀椀vo ordinário - Não se elege
um órgão especi昀椀co(ex: húngaro) para revisão cons琀椀tucional nem se recorre
a uma consulta popular como o referendo é assembleia cons琀椀tuinte)- Art.
284º e 161º a)
 Inicia琀椀va exclusivamente dos Deputados (Art 285º nº1 e 2) - qualquer outra
lei sem ser de uma lei de revisão cons琀椀tucional 167º 285nº2- principio da
concentração temporal – só podem apresentar projetos no prazo de 30 dias
a par琀椀r do momento que se abra o projetos para revisão cons琀椀tucional
sobre todos os temos para todos os par琀椀dos , tenta evitar estarmos sempre
em revisão cons琀椀tucional

o Limites rela琀椀vos às maiorias delibera琀椀vas:


 Aprovação da revisão (ordinárias ou extraordinária) : carecem de 2/3 dos
Deputados efe琀椀vidade de funções - 154 dos deputados (230 total) (Art 286
nº1)

Limites circunstanciais:
Não pode haver revisão cons琀椀tucional na vigência do Estado de si琀椀o ou no estado de
emergência (estado de exceção cons琀椀tucional decretado pelo presidente da republica
por mo琀椀vos de ocupação por uma potencia estrangeiro , guerra civil , situação de
calamidade publica(pandemia , terramoto…)- Art 289º » 19 nº2 e 5
Serve para suspender os direitos fundamentais dos cidadão , só alguns direitos é que
não podem ser suspensos (Art 19 nº6) e assim não pode haver revisão cons琀椀tucional
uma vez que não há certos direitos como manifestação , reunião etc…

Downloaded by Ana Ferreira Ferreira (ferreiraanaferreira334@gmail.com)


lOMoARcPSD|18506339

 Não há emendas cons琀椀tucionais (art 287º nº1 e 2)- por exemplo existe do Brasil
e nos EUA
Alteram o texto cons琀椀tucional mas 昀椀cam a par dos texto , e a revisão não
incorpora o texto cons琀椀tucional

Leis Cons琀椀tucionais não podem ser objeto de veto poli琀椀co (Art. 286º /nº3) ;
昀椀scalização abstrata preven琀椀va/veto por incons琀椀tucionalidade( o presidente da
republica só pode promulgar uma lei ou decreto lei)
Acórdão n.º 288:98 aborto.docx (dropbox.com)

As fontes do direito constitucional

As dimensões da normatividade constitucional:

A cons琀椀tuição é composta por dois 琀椀pos de normas , normas preceito e princípios, a


cons琀椀tuição não é apenas composta por regras, detém também princípios, sendo possível ao
tribunal cons琀椀tucional declarar a incons琀椀tucionalidade das normas, com base num princípio
cons琀椀tucional (ar琀椀go 277, n1). É “aberta “, pois capta a mudança da realidade cons琀椀tucional,
sendo possível a realização de revisões cons琀椀tucionais e mutações (ar琀椀go 284 e sgs.) Tanto os
preceitos como os princípios têm o mesmo valor e ocupam o mesmo lugar na hierarquia,
contudo caso haja um con昀氀ito entre um preceito e um princípio, dá-se prevalência ao preceito,
em nome do princípio de que a lei especial revoga a lei geral , um preceito é muito mais
especí昀椀co do que um princípio

A constituição é composta por: (Artigo 277.º, n.º1)


 Preceitos – normas jurídicas bastante mais concretas que os princípios, com menor
abstração (maior determinabilidade). As regras contém sempre um padrão de
comportamento, pois um determinado comportamento é proibido, obrigatório ou
permitido e, portanto, cumpre-se uma regra obedecendo. Se a constituição fosse apenas
baseada em preceitos teria muito mais dificuldade me acompanhar a realidade
constitucional (pois, a única forma de a fazer adaptar-se a esta realidade, necessitaria de
constantes revisões e mutações constitucionais)

 Princípios – Os princípios são normas pouco densas (elevada abstração) às quais


estão subjacentes determinados valores. Não fornecem automaticamente resposta a
um caso em concreto pois não obedece à estrutura típica dos preceitos (hipótese e
Estatuição). Servem de orientação para a elaboração de normas preceito (há várias
regras que vão buscar os princípios – ex.: Art.25.º/2, CRP, Art24.º/2 – protegem o
princípio de proteção da dignidade humana). Não é possível obedecer ou desobedecer a
um princípio, ou seja, o modo de cumprimento não é a obediência, os princípios são
mandatos de otimização. As pessoas tentam sempre receber a extensão máxima dos
princípios mas muitas vezes entram em conflito porque não é possível termos ao mesmo
tempo a maior extensão de todos os princípios simultaneamente. Assim, a solução é
fazer uma ponderação entre princípios no sentido de perceber, conforme o caso em
concreto, aquele que deve ter prevalência. (Ex.: Acórdão 288/98). Uma constituição
baseada apenas em princípios, causaria incerteza e insegurança jurídica.

Downloaded by Ana Ferreira Ferreira (ferreiraanaferreira334@gmail.com)


lOMoARcPSD|18506339

São normas de elevada abstração, pouco precisas, pouco concretas e pouco densas, às
quais está subjacente um determinado valor. A um princípio está sempre subjacente
um valor. São normas que não fornecem imediatamente uma solução para um caso
concreto, não fornecem resposta automa琀椀camente a um problema jurídico. Detém
uma elevada abstração e contém orientações para a elaboração de normas preceito Ex:
ar琀椀go 1 – dignidade da pessoa humana, deste princípio resultam várias regras na
cons琀椀tuição , por exemplo o ar琀椀go 25, n2, a proibição da tortura, ar琀椀go 24, n2 –
proibição da pena de morte O modo de cumprimento de um princípio não é a
obediência, estes são apenas mandatos de o琀椀mização , por exemplo quando falamos
em princípio da igualdade pretendemos máxima igualdade. Muitas vezes, não é
possível realizar dois princípios em termos absolutos e o que se pretende é um
balanceamento entre os princípios que estão em con昀氀ito.

 Função conformadora (Conforme o manual ordenadora) – os princípios são


um parâmetro de validade das leis do parlamente e, portanto, é possível ao
tribunal constitucional, determinar inconstitucional uma lei do parlamento,
tomando como referência, exclusivamente princípios.
 Efeito imediato- – trata-se de uma invalidação de leis/outros atos que
os violem (artigo 277.º, n.º1, CRP).
 Efeito mediato na medida em que, fornecem um conjunto de
orientações sobre a forma como deve ser interpretada uma determinada
regra. Critérios de interpretação e de integração de normas os
princípios fornecem um conjunto de orientações para a forma como
deve ser interpretado determinado preceito. Ex: a campanha eleitoral
deve 昀椀ndar nas 24 horas da antevéspera do dia designado para as
eleições
 Função de flexibilização/respiração – pela sua estrutura menos determinada
permitem que a constituição vá contactando com a realidade constitucional e,
nessa medida, dão abertura ao sistema constitucional e permitem eu a
constituição continue a ser uma constituição normativa(vigente). (artigo 36,
n.º1, CRP)

Tipologia dos princípios:


 Princípios jurídicos fundamentais (reserva de Direito) – são princípios que se impõem à
própria constituição, que vinculam a própria constituição ,são supracons琀椀tucionais, e
nessa medida, uma constituição que não os respeite é uma constituição de não direito
(São os limites verticais superiores ao poder cons琀椀tuinte originário) . São princípios
que, por certo autores, devem estar consagrados na constituição. Outros autores
afirmam que, só são princípios fundamentais aqueles que têm uma consagração
implícita, explícita no texto constitucional.

Ex: princípio do Estado de Direito, princípio democrá琀椀co, dignidade da pessoa humana,


igualdade, da não retroatividade da lei

 Princípios estruturantes do sistema constitucional – princípios que exprimem as opções


principais do legislador constituinte no que respeita à constituição política

Downloaded by Ana Ferreira Ferreira (ferreiraanaferreira334@gmail.com)


lOMoARcPSD|18506339

Ex.: Princípios republicano (saber se Portugal é uma republica ou uma monarquia – Artigo 1.º,
CRP), separação funcional de poderes(110 e 11º), forma unitária de Estado (Artigo 6.º, CRP),
forma de governo, pluralismo político,…

 Princípios-incumbências do Estado – princípios que visam orientar o poder político


(orientar o legislador) no sentido de realização de certas tarefas. São dotados de maior
abstração, dão maior discricionariedade ao legislador. são normas vagas/genéricos e
define objetivos/metas para o Estado
Ex.: Artigo 9.º e 81.º, CRP – correção das desigualdades reais(9º), realização da democracia
económica, social e cultural, igualdade de oportunidades
 Princípios garantia ou instrumentais – apesar de serem princípios, com algumas
características dos preceitos; são normas mais concretas e menos abstratos que os
princípios na sua generalidade. Trata-se de princípios maioritariamente ligados ao
Direito penal e são instrumentais relativamente a outros valores e interesses
constitucionais.
Ex.: princípio in dúbio pro reo (em dúvida, sobre matéria de facto deve ser sempre decididas a
favor/em beneficio do arguido)- protege /favorece a liberdade do arguido), ne bis in idem
(ninguém pode ser julgado duas vezes pelo mesmo crime), princípio do juiz natural, duplo grau
de jurisdição, nemo tenetur (direito à não autoincriminação - direito ao silencio). – São
princípios porque, apesar de estarem no texto constitucional essencialmente para o Direito
penal (Artigo 32.º, CRP), as orientações que dele resultam, valem para todo o direito
sancionatório (Direito administrativo, Direito contraordenacional, Direito disciplinar
público. Estes são princípios , e não preceitos, porque estão consagrados no Art. 32º e são
utilizados principipalmebte no direito penal, processo penal , mas também acaba por
valer/aplicar para todo o direito sancionatório (ex: direito contraordenacional(coima para
ultrapassar o limite na estrada); o direito disciplinar publico ( o direito disciplinar na função
publica , aplica-mos sanções aos funcionários)

Têm igual valor. Ocupam, na hierarquia constitucional, a mesma posição hierárquica. Porém,
em caso de conflitos entre eles, aquele que tem maior prevalência são os preceitos
A constituição é um sistema normativo aberto pela possibilidade de se fazer revisões
constitucionais (284 e seguintes) e pela possibilidade de se fazerem modificações
constitucionais.

Tipologia dos preceitos/regras:


1. Gomes Canotilho:
CRITERIO : Funções dos preceitos
 Regras jurídico-organizatórias ( associado á constituição politica)
 Orgânicas – são aquelas que identificam/definem quais os órgão
constitucionais(soberanos(art 110 nº1) e não soberanos (todos os outras Art. 23º -
provedor de justiça ; Art.141º - concelho de estado

Downloaded by Ana Ferreira Ferreira (ferreiraanaferreira334@gmail.com)


lOMoARcPSD|18506339

 Competência –regras que identificam os poderes/as tarefas que cada um dos órgão
constitucionais é chamado a desempenhar (Art 133º e segs. – competência do P.R;
Art.197º e segs. – competência do governo
 Procedimento- regra que define a tramitação que deve ser seguida na adoção de atos
por parte dos órgão constitucionais (como se faz uma lei , quem tem a iniciativa , Art
167º e 168º; estado de emergência- Quem declara(PR) e depois de ouvir quem(AR)-
Art. 138º)

 Regras jurídico- materiais :


Relativas a direitos fundamentais (art. 12º -79º ), mais concretamente , normas sobre direitos ,
liberdades e garantias (art.24- 57º) ou sobre direitos económicos sociais e culturais

1. Jorge Miranda (não distingue os preceitos em função da sua função mas sim por a sua
determinadade dos seu conteúdo no texto constitucional)
CRITERIO: determinalidade do conteúdo (sua mais ou menos determinalidade)
 Precetivas (exequíveis e não exequíveis por sim mesmas)
Aqueles que Conteúdo suficientemente determinado na constituição(um tribunal que esteja a
apreciar um caso pode extrair dela uma solução , os particulares podem invoca-la e juiz pode
aplicar sem necessidade de nenhum outro ato de execução- para Jorge Miranda são precetivas
regras materiais consagradas de DLG (art.24-57º) ou regras jurídico- organizatoria dirigidas aos
poderes públicos
Em matéria de normas precetivas O legislador não tem poder para adotar opções politicas
porque a solução já esta prevista na constituição

o Exequíveis por si mesmas -Não carecem de nenhuma intervenção do legislador


ordinário para poderem ser invocadas pelo tribunal e para poder ser aplicados pelo
tribunal- não preciso do legislador ordinário para sufruir delas
o Não Exequíveis por si mesmas- carecem de uma intervenção do legislador ordinário
para nos dizer em que termos/circunstancia devemos aplica-la , deve-mos consultar o
texto constitucional pra ver como podemos invoca-lo e aplica-la (o legislador define as
condições que podemos exercer o direito )- conteúdo esta na constituição mas o
exercício esta dependente na intervenção legislador ordinário ex: 41nº6; 20ºnº5; 49º nº1;
59º/nº1 d) e e)

 Programáticas: o conteúdo não esta previsto na constituição , o conteúdo depende das


opções politicas do legislador .
Regras ligadas aos DESSC e ao principio do Estado social (todas aquelas que começa com “ o
estado incumbe”- art.58º- 79º)

Exercicios:
Art. 32º nº10: Principio instrumental (direito)

Downloaded by Ana Ferreira Ferreira (ferreiraanaferreira334@gmail.com)


lOMoARcPSD|18506339

Art. 3º nº3: Principio Estruturante- Principio da constitucionalidade (todos os atos dos poderes
públicos incluindo a do legislador tem de estar em conformidade com a Constituição)
Art. 20 nº5: Regra jurídico- material precetiva ,não exequível (“nos termos da lei”- a lei
assegura , por isso é preciso o legislador intervir para dar ao direito exequibilidade )
Art.34 nº1: Regra jurídico- material precetiva exequível
Art.65nº2: Regra jurídico-material programática (“incumbe”)
Art.29 nº1: Principio jurídico fundamental – Principio da não retroatividade da lei penal
incriminadora (art.292º (pide) - norma constitucional inconstitucional , porque viola um
principio jurídico fundamental)
Art.1333 a): Regra jurídica organizatória (de competência)

Preâmbulo constitucional:
Autoria de Manuel Alegre
Texto não articulado, inalterado desde 1976
Faz parte na constituição me sentido formal(texto constitucional) e por isso alterar o preâmbulo
pressupõem uma revisão constitucional.
Já se tentou alterar a parte do preambulo que ainda refere “caminho para uma sociedade
socialista”
Texto semântico sem valor jurídico e por isso não é parâmetro de validade das normas feitas
pelo legislador ordinário e também não é possível usa-lo como critério de interpretação das
normas constitucionais esta visão é diferente de Jorge Miranda , que lhe reconhece
relevância indireta, ou seja, acha que o preambulo pode ser usado como critério de interpretação
as normas constitucionais.

Costume constitucional:
Normas constitucionais não escritas que correspondem a praticas institucionalizadas(reiteradas)
normalmente dos órgão de soberania adotadas com a convicção da sua obrigatoriedade
(vinculação jurídica, se não tiver é um uso)
Admissibilidade do costume secundum constitutionem (pratica reiterada que reproduz aquilo
que já resulta do texto constitucional- ex. os membros do governo não podem ser deputados
(art.154ºnº1) e praeter constitutionem (praticas reiteradas que vão para lá do que esta no texto
constitucional mas que não contrariam – ex. Art.187nº1
Rejeição do costume contra constitutionem (praticas institucionalizas que contrariam o texto
constitucional)
Costume secundum constitutionem e o praeter constitutionem são uma função auxiliar ao
nível da interpretação e integração das normas constitucionais (diferente da função
conformadora imediata- não são parâmetro de validade das normas constitucionais – não é
possível declarar a inconstitucionalidade de uma norma utilizando o costume)

Downloaded by Ana Ferreira Ferreira (ferreiraanaferreira334@gmail.com)


lOMoARcPSD|18506339

Jurisprudência constitucional:
Não vele entre nós um modelo de stare decisis/sistema de precedente (common law)- as
decisões dos tribunais são fonte de direto formal, os tribunais estão vinculados as decisões
judiciais formuladas por os tribunais superiores, a menos que os precedentes estejam
desatualizadas e inadequados para o caso concreto.
Relevância formal:
 Controlo misto (Art.281º nº3)
 Declaração de inconstitucionalidade (art. 282º)
Fiscalização constitucionalidade- relevo formal:
Abstrata sucessiva: se o tribunal constitucional declara a inconstitucionalidade de uma
norma é expulsa no ordenamento jurídico e deixa de ser aplicada para outros casos.
(efeito erga omnes- gerais)- Art. 281 e 282º
Concreta- se a norma é 3 vezes declarada como inconstitucional pode ser expulsa- inter
partes- Art. 281 nº3
Normas de criação jurisprudencial (ex. principio da proteção da confiança, direito a um mínimo
para uma existência condigna)

Interpretação Constitucional
Interpretação jurídica- Técnicas que procura obter a interpretação de uma norma(sen琀椀do)

O método hermenêu琀椀co tradicional não resolve todos os problemas de interpretação das


normas cons琀椀tucionais , pelo que é insu昀椀ciente, este só seria su昀椀ciente se a cons琀椀tuição fosse
composta apenas por normas preceitos aptas a receber um caso concreto , contudo, a
cons琀椀tuição contém também princípios , assim como conceitos indeterminados , conceitos de
valor.

Ex: dignidade da pessoa humana, penas cruéis, princípio da jus琀椀ça(art. 266º nº2), “sociedade
livre, justa e solidaria “(art. 1º)

Quanto mais as normas da cons琀椀tuição se aproximarem de normas preceitos mais u琀椀l é o


método hermenêu琀椀co tradicional. Para interpretar as normas preceitos ( da parte 3 da
cons琀椀tuição) funciona, contudo se for para interpretar normas de direitos fundamentais
(normas 12-76) o método tradicional é claramente insu昀椀ciente então não nos dá grande
resultado.

Método hermenêutico tradicional:

 Savigny : elemento histórico, teleológico, grama琀椀cal, sistemá琀椀co

Os textos cons琀椀tucionais são textos muito ricos, sendo que estes elementos são
insu昀椀cientes para interpretar as normas cons琀椀tucionais

Aplicar o elemento grama琀椀cal (teoria da alusão (art2 c.c): 昀椀cam logo excluídos os sen琀椀dos que
não tenham o mínimo de correspondência na letra da lei) que tem grande preponderância a
este 琀椀po de conceitos é impossível.

Downloaded by Ana Ferreira Ferreira (ferreiraanaferreira334@gmail.com)


lOMoARcPSD|18506339

O elemento histórico : este obrigada a dar importância as circunstâncias históricas e aos


trabalhos preparatórios, tornando-se muito di昀cil iden琀椀昀椀car a vontade real do legislador
cons琀椀tuinte(assembleia cons琀椀tuinte – 1976), sendo que na realização da cons琀椀tuição houve
pressões e coação do MFA, não sabemos se aquilo que esta na cons琀椀tuição corresponde
efe琀椀vamente á vontade do legislador cons琀椀tuinte. Para alem disto, quanto mais peso dermos
ao elementos histórico, maior preponderância é dada ao momento em que a cons琀椀tuição foi
elaborada, o que pode tornar di昀cil a adaptação das normas cons琀椀tucionais a realidade social ,
tornando a cons琀椀tuição inadequada às mutações sociais, podendo a cons琀椀tuição tornar-se
meramente nominal e perdendo a vigência material.

O elemento teleológico: O interprete iden琀椀昀椀que o 昀椀m visado pela norma cons琀椀tucional, sendo
que a nossa cons琀椀tuição é complexa , isto é ,a generalidade das normas cons琀椀tucionais
assentam num acordo/pacto entre princípios/correntes contraditórios e ideológicos dis琀椀ntos,
tornando-se di昀cil aplicar o elemento teleológico, uma vez que a norma não tem apenas uma
昀椀nalidades tem várias .

Quando o método hermenêu琀椀co tradicional é insu昀椀cientes para interpretarmos a normas


cons琀椀tucionais usamos:

Princípios da interpretação constitucional


 Princípio da unidade cons琀椀tucional – é igual ao elemento sistemá琀椀co.

A cons琀椀tuição deve ser interpretada de forma a evitar contradições entre as suas normas, o
obje琀椀vo é extrair da norma um sen琀椀do que não contrarie outras normas constantes do texto
cons琀椀tucional – conjugação das varias normas cons琀椀tucionais , como elas se relacionam

Ex: o ar琀椀go 121º (quem pode votar nas eleições presidenciais) não pode ser lido isoladamente
tem de se ter tendo em conta/conjugado com o ar琀椀go 15, nº3 (direitos polí琀椀cos dos
estrangeiros que residam em Portugal)- assim percebemos que também os cidadão brasileiros
podem votar

 Princípio da harmonização ou concordância prá琀椀ca

A cons琀椀tuição é composta por princípios que podem entrar em con昀氀ito que resolvemos com
ponderação.

Quando no interpretamos as normas cons琀椀tucionais o interpretede deve sempre


ponderar/balancear/harmonizar princípios contraditórios

EX: se faço um gra昀椀te na casa de uma pessoa: temos um con昀氀ito entre dois direitos o Art.
42º(liberdade de criação cultural) e o direito a propriedade privada- temos de interpretar este
ar琀椀go tendo em conta a necessidade de harmonizar a liberdade de criação ar琀s琀椀cas com
outros direitos ou interesses cons琀椀tucionalmente protegidos.

 Princípio da justeza ou adequação funcional – O sen琀椀do a extrair da norma


cons琀椀tucional não se deve perturbar(deve respeitar) a separação horizontal e ver琀椀cal
de poderes.

Ex: declaração de estado de si琀椀o ou estado de emergência(138º- governo propõem e o


presidente decreta e A.R tem de autorizar) , ar琀椀go 229, n2 – esta norma devia ser
interpretado no sen琀椀do em que quando o presidente da república declara o estado de

Downloaded by Ana Ferreira Ferreira (ferreiraanaferreira334@gmail.com)


lOMoARcPSD|18506339

emergência devia ouvir as regiões autónomas(uma vez que também existe estado de
emergência para as ilhas), esta interpretação violaria o principio da justeza já que
perturbaria a separação de poderes horizontal e ver琀椀cal , pois iam conferir as regiões um
poder que a cons琀椀tuição claramente não lhes quis dar.

 Princípio do efeito integrador – as normas cons琀椀tucionais devem ser interpretadas no


sen琀椀do de maximizar/favorecer a unidade polí琀椀ca (ideia de pertença à republica
portuguesa e a comunhão de todos os cidadão pt ao projeto da cons琀椀tuição)

Ex: ar琀椀go 23º - provedor de jus琀椀ça(cidadãos podem expor as sua queixas a ele e apesar de
proferir decisões vincula琀椀vas(não pode declara a invalidade de atos de poderes públicos) mas
pode emi琀椀r recomendações e pode pedir ao tribunal cons琀椀tucional a declaração de
incons琀椀tucionalidade de certas normas- 281 nº2), - Há uma tempo atras os Açores quis criar
um provedor de jus琀椀ça regional o tribunal cons琀椀tucional disse que era incons琀椀tucional
fundamentando que se deve maximizar a unidade poli琀椀ca e por isso não deve haver 2
provedor de jus琀椀ça , um para o con琀椀nentes e ou para as regiões autónomas , uma vez que o
sistema/ordem jurídico é só um(estado unitário) , não é um estado federal

 Princípio da interpretação das leis em conformidade com a Cons琀椀tuição- vale para a


interpretação das leis ordinárias e não da cons琀椀tuição.
Quando de uma interpretação de uma norma resultarem vários sen琀椀dos compa琀veis
com a sua letra (com o elemento grama琀椀cal) o interprete deve dar preferência
aqueles que sejam compa琀veis com a cons琀椀tuição.

Integração Constitucional:
 Lacuna Cons琀椀tucional (autónomas) – Incompletude contrária ao plano de ordenação
cons琀椀tucional, é uma situação cons琀椀tucionalmente relevante que a cons琀椀tuição não
prevê mas que devia regular.
 Sabemos se uma questão é cons琀椀tucionalmente relevantes quando regulam
aspetos essenciais do Estado e da sociedade:

Estas lacunas só existem/valida em matéria de regras jurídicas organizatórias (ar琀椀go 108º e


segs. – parte 3, ou seja, nos preceitos)

Ex: Prazo para promulgação das normas pelo Presidente – 136 nº1 : prazo de 20 dias, nº2 : 8
dias(Presidente obrigado) ; 286ºnº3- rela琀椀vamente as leis de revisão cons琀椀tucional o
Presidente não pode reusar a promulgação , o que signi昀椀ca que a leis revisão cons琀椀tucional são
leis de promulgação obrigatória- Prazo é de 8 dias .

Diferente:

 Lacuna Cons琀椀tucional (heterónomas), Art.283º- Omissões legisla琀椀vas e


incons琀椀tucionais Dão origem a incons琀椀tucionalidade por omissão

Situação em que o legislador ordinario não cria as leis necssarias para dar exequibilidade
as normas cons琀椀tucionais ( se o legislador não faz lesgislação há incons琀椀tucionalidade por
omissão)

Ex: Art. 59 nº2 e)- se o legisladro não criar o fundo de desemprego temos uma lacuna
Cons琀椀tucional (heterónomas) ou incons琀椀tucionalidade por omissão que pode ser reparada

Downloaded by Ana Ferreira Ferreira (ferreiraanaferreira334@gmail.com)


lOMoARcPSD|18506339

por o tribunal cons琀椀tucional nos termos no art. 283º (dá indicação ao legislador que deve
atuar)

 Analogia cons琀椀tucional – técnica de integração cons琀椀tucional para a resolução de


lacunas que passa pela aplicação de um caso omissão de uma solução prevista na
cons琀椀tuição de um caso análogo. (aplicar o art 136 nº2 as situações de revisão
cons琀椀tucional por analogia no sen琀椀do de semelhança problemá琀椀ca)
 Espaços jurídicos livres do direito - situações que a cons琀椀tuição não quis regular de
propósito porque considera que quem deve regular/disciplinar é o legislador ordinário
democra琀椀camente eleito (parlamento)

Ex: Cons琀椀tuição não 昀椀xa a escolaridade mínima obrigatória- matéria que vai evoluindo em
função das convicções poli琀椀cas como no próprio nível da escolaridade da população

Organização do poder polí琀椀co

Ar琀椀gos 108º e segs.

A organização do poder polí琀椀co tem a ver com os órgãos cons琀椀tucionais de soberania , estes
estão elencados no ar琀椀go 110º, nº1 da cons琀椀tuição.

 Órgão Soberanos – tem o seu estatuto e competências determinadas a nível


cons琀椀tucional pelo que se trata de matéria de reserva de cons琀椀tuição, ou seja, o
legislador não pode nem re琀椀rar nem acrescentar nada a esse estatuto. Outra
caracterís琀椀ca prende-se com o facto de estarem num plano equiparado, ou seja, não
há relações de hierarquia entre órgãos de soberania, um não pode dar ordens a outro.
São órgãos equiparados
 Órgãos não soberanos – estão previstos na cons琀椀tuição mas não estão na lista do
ar琀椀go 110º, nº1.

Ex: o provedor de jus琀椀ça (23º), a assembleia municipal, o presidente de câmara, o


presidente da junta, o conselho de estado (141º)

Os poderes devem estar separados (princípio da separação horizontal de poderes)

Cada uma das funções do estado deve ser atribuída a um órgão dis琀椀nto, contudo, na prá琀椀ca
isso não existe, na prá琀椀ca o único poder que está rigorosamente separado dos outros é o
poder jurisdicional, pois sem a separação deste não estamos perante um Estado de direito
(ar琀椀go 212º).

Quanto aos outros poderes a realidade é mais de uma interdependência entre poderes (ar琀椀go
111º - separação e interdependência)

Interdependência de poderes

Já Montesquieu introduziu a teoria dos pesos e contrapesos, ou seja, cada um dos poderes do
Estado deve exercer as suas competências mas para além disso deve controlar o exercício do
poder pelos outros órgãos, assim o nosso sistema prevê sistemas de controlo primário e
secundário entre órgãos de soberania

Downloaded by Ana Ferreira Ferreira (ferreiraanaferreira334@gmail.com)


lOMoARcPSD|18506339

 Primário – um determinado órgão tem o poder de determinar a existência de


outro, um determinado órgão de soberania pode colocar 昀椀m ao mandato de
outro órgão de soberania

Ex: poder de dissolução da assembleia da república pelo Presidente da República


(ar琀椀go 133º, e)

possibilidade da assembleia da República aprovar uma menção de censura ao governo


(ar琀椀go 194º)

Presidente da República tem o poder de demi琀椀r o governo (ar琀椀go 133º, g)

 Secundários – situações em que um órgão de soberania in昀氀uência a atuação


polí琀椀ca de outro

Ex: poder de veto polí琀椀co sobre leis e sobre decretos-lei (ar琀椀go 136º)

Pedir a 昀椀scalização da cons琀椀tucionalidade das leis (278º e281º)

Poder de dirigir mensagens à Assembleia da República (133º, d)

Forma de governo

Exprime a relação, ou seja, o modo como se relacionam os órgãos de soberania

As principais formas de governo são:

 Parlamentar
 Presidencial
 Semipresidencial

Forma de governo parlamentar :

 É caracterizada pela responsabilidade polí琀椀ca do governo perante o parlamento, ou


seja, o governo só entra e só con琀椀nua em funções enquanto man琀椀ver uma relação de
con昀椀ança com o parlamento, este pode demi琀椀r o governo através de uma menção de
censura. Ex: Reino Unido, Austrália, Alemanha, Espanha, Suécia, Canadá

• A dissolução do parlamento pelo chefe de Estado só pode ocorrer mediante um pedido


do governo, formalmente o poder de dissolução é realizado pelo chefe de Estado ou
então pelo monarca, contudo, materialmente quem manda é o governo (o execu琀椀vo).
Posto insto, numa forma de governo parlamentar quem decide se há eleições e quando
é o governo
• O presidente da república é eleito pelo Parlamento - o chefe de estado é uma 昀椀gura
mais simbólica (ex: rainha de inglaterra)

Downloaded by Ana Ferreira Ferreira (ferreiraanaferreira334@gmail.com)


lOMoARcPSD|18506339

 O governo é um órgão autónomo – é um órgão cons琀椀tucional com um estatuto e


caracterís琀椀cas próprias, sendo autónomo em relação ao rei ou ao presidente da
república
 Existe a 昀椀gura da referenda ministerial – ato polí琀椀co pelo qual o governo se
responsabiliza, ou seja, assume responsabilidade por certos atos do chefe de Estado
que pode ser o Presidente da República ou o rei

Forma de Governo Presidencial

• O Presidente da República tem legi琀椀midade democrá琀椀ca direta, ou seja , é eleito


diretamente. Contudo , os EUA são uma exceção dado que o Presidente é eleito de forma
indireta

• O Presidente da República é simultaneamente chefe de Estado e chefe do Governo, não


existe um Governo com um poder autónomo

• Separação rígida de poderes (moderado por checks and balances) Ex: Estados-Unidos, México
, Brasil

Forma de Governo Semi-presidencial

• Tem a origem histórica no dualismo monárquico, existe uma legi琀椀midade do monarca e a


legi琀椀midade democrá琀椀ca do povo, existe um pacto entre o monarca e o povo, sendo que o
poder do monarca não vem do povo. Este detém veto de昀椀ni琀椀vo sobre as leis do parlamento

• Eleição direta do presidente da República através de sufrágio universal

• Dupla responsabilidade do governo, este responde perante o Parlamento e o Presidente da


República, o governo pode ser demi琀椀do tanto pelo Parlamento como pelo Presidente (ar琀椀go
190º) Ex: França, Áustria, Finlândia, Roménia e para alguns Portugal

Portugal – para alguns é um sistema de governo semipresidencial( Jorge Miranda, Reis Novais ),
par outros parlamentar( Paulo Otero, Vital Moreira) , mas na verdade trata-se de uma mista
entre parlamentar e semipresidencial (curso)

Exercício:

Porque é que a forma de governo não é semipresidencial , mas sim parlamentar ou mista
parlamentar presidencial?

Sempre foi parlamentar e não semipresidencialista, pois semipresidencialista é um termo


confuso que leva os cidadãos a esperar do sistema aquilo que não dá . O modelo é a república
alemã sendo que nem eles próprios se caracterizaram como tal ,chamaram-se parlamentaristas
a琀picos, sendo que estes são bastante pormenorizados nas suas caracterizações.
Semipresidencialismo é um sistema parlamentar, em que o Presidente da República
diretamente eleito tem consideráveis poderes polí琀椀cos (nunca é clari昀椀cado estes poderes
polí琀椀co, esta falta de precisão leva à dúvida) Não tem nenhum traço de presidencialismo, este
nome não presta devida homenagem ao presidente da república, pois este é um papel próprio
não tendo nada a ver com o sistema de governo. ~

Downloaded by Ana Ferreira Ferreira (ferreiraanaferreira334@gmail.com)


lOMoARcPSD|18506339

Semipresidencialismo só à um , o francês e mais nenhum, porque para falarmos de


semipresidencialismo é necessário que o presidente da república governe ou exerca
efe琀椀vamente o poder execu琀椀vo ou então superentenda o governo ~

O caso português

• O nosso presidente da República não governa (ar琀椀go 182º),assim quem governa é o governo
e não o poder execu琀椀vo, enquanto no sistema francês semipresidencial o presidente da
República preside sempre ao conselho de ministros , enquanto que no modelo português,
ar琀椀go 133, i) – comparece apenas e se o primeiro-ministro o pedir

• Fomos in昀氀uenciados pela nossa própria história cons琀椀tucional, sendo a eleição direta do
Presidente da República um traço caracterís琀椀co, sendo que em 1958 Humberto Delgado quase
ganho as eleições, no ano seguinte foi abolida a eleição direta do Presidente da República, em
1976 quisemos recuperar essa eleição direta. (memória interna)

• Fomos in昀氀uenciados também pela memória externa , sendo in昀氀uenciados pelo


semipresidencialismo francês e pelo chamado parlamentarismo racionalizado à alemão, forma
vigente na Alemanha após a cons琀椀tuição de Dymen, visa dar estabilidade ao governo ou seja,
ao execu琀椀vo Ar琀椀go 172º - limites à dissolução do Parlamento pelo presidente da República

Caracterís琀椀cas provenientes do parlamentarismo

• O governo é um órgão cons琀椀tucional autónomo, sendo que não recebe ordens do


Presidente da República, sendo que o governo tem autonomia

• O nosso sistema é de base parlamentar e existe responsabilidade polí琀椀ca do governo


perante a Assembleia da República

Formas de quebrar a relação de con昀椀ança entre o governo e AR(195º nº1):

 192º (AR rejeita o programa de governo)


 193(o Governo solicita à Assembleia da República um voto de con昀椀ança e a Assembleia
da República rejeita esse voto de con昀椀ança)
 194(AR propõem uma moção de censura contra o governo)

O nosso governo só se mantém em funções enquanto não for demi琀椀do pela Assembleia da
República

• A monção de censura só é aprovada se reunir 116 deputados pelo menos (maioria absoluta
(ar琀椀go 195, n1, f)

• Ar琀椀go 193º - o Governo solicita à Assembleia da República um voto de con昀椀ança e a


Assembleia da República não aprova esse voto de con昀椀ança, acontece quando à mais votos
contra do que a favor não se contabilizando as abstenções. A regra é a maioria rela琀椀va (ar琀椀go
116, º3)

• Ar琀椀go 195º, nº1 d), e), f) – o governo admite-se quando há rejeição do programa do governo,
aprovação por maioria absoluta..., sendo que quem o demite é o parlamento e não a
assembleia da república

• Referenda ministerial - Nem todos os atos do Presidente da República estão sujeitos a


referenda, apenas nos casos referidos no ar琀椀go 140º

Downloaded by Ana Ferreira Ferreira (ferreiraanaferreira334@gmail.com)


lOMoARcPSD|18506339

Caracterís琀椀cas provenientes do sistema Presidencial:

 Eleição direta do presidente da republica (art. 121º) – eleito diretamente pelo povo
através de sufrágio universal.
 Veto poli琀椀co do Presidente sobre leis e decreto- leis (art. 136º)
 Presidente ter poder polí琀椀co (presidente não governa, não tem poder execu琀椀vo, quem
governa é o governo (182º))- tem poderes polí琀椀cos consideráveis

Caracterís琀椀cas provenientes do sistema dualista semipresidencialismo

• Poder de dissolução do parlamento pelo presidente da república (133º e)) , Reis novais
designa por a bomba atómica do sistema

O presidente pode demi琀椀r o governo

• O presidente da república dissolve a assembleia por inicia琀椀va e decisão própria e autónoma .


Esta decisão está sujeita a limites formais (ar琀椀go 133, e) na medida em que antes de adotar a
decisão de dissolver o presidente da república tem de ouvir os par琀椀dos com assento
parlamentar e o conselho de estado(141º exis琀椀ndo um parecer obrigatório- tem de ser pedido,
mas não vincula琀椀vo por parte do Conselho de Estado- o presidente tem de o ouvir mas não é
obrigado a seguir aquilo que ele diz)- 133º, e) »145º, a)

• A decisão de dissolução da AR também está sujeita a limites temporais sendo ela mesma um
mecanismo de racionalização do parlamentarismo- Presidente não pode dissolver quando
quiser (ar琀椀go 172º).

• O presidente da república não pode dissolver a assembleia em 3 momentos :

 nos primeiros 6 meses posteriores à eleição da AR, para dar tempo para que os
vários par琀椀dos com assento na AR para entrarem num acordo parlamentar ou
coligação que permita ao governo (estável ) entrar em plenitude de funções(apresentar
o programa sem ser rejeitado).
 Também não pode dissolver no úl琀椀mo semestre do seu mandato(presidente) , de
forma a garan琀椀r que os dois atos eleitorais não se confundem, ou seja, que as eleições
presidenciais não se confundem com as legisla琀椀vas. Pois estas poderiam ser próximas e
haveria a impressão que quem ganha-se teria a con昀椀ança do Presidente da República ,
que o governo que sai das eleições legisla琀椀vas era um governo no presidente da
republica- governo órgão autónomo que não recebe ordens do presidente , pretende-
se garan琀椀r a autonomia do governo enquanto órgão cons琀椀tucional
 Durante a vigência do Estado de emergência, estado de exceção cons琀椀tucional,
estando os direitos fundamentais estão suprimidos , não sendo possível haver uma
campanha eleitoral(não é possível exercer a liberdade de expressão , reunião – art.
113º). E corria-se o também risco de presidente dissolver a AR mais por força do
descontentamento rela琀椀vamente à situação de estado de si琀椀o do que propriamente
ser uma medida necessária.

Art.172 nº 2 - Se o PR dissolver a assembleia em desrespeito a estes limites temporais , o ato


de dissolução é inexistente, não podendo produzir quaisquer efeitos jurídicos, sendo um ato ao
qual nem os cidadãos nem a assembleia devem obedecer .

Downloaded by Ana Ferreira Ferreira (ferreiraanaferreira334@gmail.com)


lOMoARcPSD|18506339

Ar琀椀go 172» 113, nº6

Desde a revisão de 1982, a responsabilidade do governo perante o PR não é uma


responsabilidade poli琀椀ca, é uma responsabilidade de 琀椀po ins琀椀tucional (195 nº2) - o PR só
pode demi琀椀r o governo quando isso é necessário para assegurar , regular funcionamento
das ins琀椀tuições democrá琀椀cas e não por razões polí琀椀cas (quando discorda poli琀椀camente do
governo)

Ar琀椀go 195, nº2, parte 昀椀nal – a demissão do governo pelo presidente está sujeita a limites
formais/procedimentais, na medida em que só pode demi琀椀r o governo na medida do parecer
do conselho de estado, mas o conteúdo não é vincula琀椀vo

Ar琀椀go 195 » 145, b)

Responsabilidade de 琀椀po ins琀椀tucional do governo perante o PR :

Quando é que o presidente pode demi琀椀r o governo(190º) ? – Uma vez que nunca aconteceu a
doutrina diz que pode ser por 2 situações:

1. Ingovernabilidade (quando o governo não conseguir governar: governo não


consegue ver aprovado o orçamento de estado
2. Deslealdade ins琀椀tucional do governo para com o Presidente da República,
situações em que o governo não mantém informado o Pr sobre os assuntos da
poli琀椀ca interna e externa , que tem o dever de o fazer (ar琀椀go, 201, n1, c); o
governo mente ou omite informações essenciais ao PR; quando o governo
cri琀椀ca o PR publicamente sem primeiro o fazer pessoalmente

Órgãos de soberania :

 Presidente da República:

• Ar琀椀go 120º - presidenta da República, é quem garante da liberdade e representante da


República, assim como chefe das forças armadas » ar琀椀go 127º nº3 - assegura o princípio da
昀椀delidade à cons琀椀tuição (defender , cumprir e fazer cumprir a cons琀椀tuição , o Presidente
nunca pode atuar violando a cons琀椀tuição)

• Tem legi琀椀midade democrá琀椀ca direta (ar琀椀go 121º)

• Mandato de 5 anos, não podendo haver reeleição para um terceiro mandato consecu琀椀vo
(ar琀椀go 123º e 128) – princípio de renovação dos 琀椀tulares dos cargos públicos

• Eleição feita a duas voltas (ar琀椀go 126º) – 50% +1%(maioria absoluta), não exis琀椀ndo, lugar à
segunda volta mesmo que só aja um candidato, se nenhum 琀椀ver a琀椀ngido tal , tem
obrigatoriamente de exis琀椀r 2º volta

• Quem vê o sistema como parlamentar, considera o PR um árbitro do sistema , que se


encontra acima dos par琀椀dos polí琀椀cos- balancear os par琀椀dos ( Gomes Cano琀椀lho – “árbitro,

Downloaded by Ana Ferreira Ferreira (ferreiraanaferreira334@gmail.com)


lOMoARcPSD|18506339

polícia e o bombeiro do sistema – 124º: Quem apresenta a candidatura não são os par琀椀dos
polí琀椀cos, sendo exclusivamente os cidadãos)

•Quem considera o sistema semipresidencial, o presidente não é arbitro é um ator poli琀椀co


pertence a uma força poli琀椀ca.

Poderes polí琀椀cos do presidente:

 Poderes próprios e par琀椀lhados;

- Poderes próprios(poderes que o presidente exerce sem intervenção de nenhum outro órgãos-
sozinho) - veto polí琀椀co sobre leis e dl, convocar referendos- art.115º, dissolver a Assembleia da
república, demi琀椀r o governo , requerer a 昀椀scalização da cons琀椀tucionalidade das leis ao tribunal
cons琀椀tucional

- par琀椀lhados- (poderes que o presidente exerce por inicia琀椀va ou por colaboração de outros
órgãos: dizem respeito a atos do presidente da república que estão sujeitos referenda
ministerial- art.140º )- dissolução das AL das Regiões Autónomas , nomeação dos membros do
governo, nomeação de outras altas 昀椀guras do estado(133º B) , Promulgação de leis e decretos-
leis; declaração de estado de emergência (134º d)); declaração de guerra

 Poderes de exteriorização polí琀椀ca e poderes de controlo sobre atos legisla琀椀vos:

 Assembleia da República

• Parlamento unicameral, composto por uma camara com um número máximo de 230
Deputados (art. 148.º e art 13º da lei eleitoral para AR);

• Legislatura tem a duração de 4 sessões legisla琀椀vas (art. 171.º e 174.º);

• Candidaturas ,para as eleições legisla琀椀vas, apresentadas apenas pelos par琀椀dos polí琀椀cos (art.
151.º);

• “Os Deputados representam todo o país e não os círculos eleitorais por que são eleitos” (art.
152.º, n.º 2);

• Proibição do mandato impera琀椀vo (art. 155.º/1; contudo, arts. 151.º e 160.º, n.º 1, al c) CRP);
- par琀椀dos polí琀椀cos sujeitam os deputados a disciplina de voto e impede que os deputados
possam exercer livremente os seu mandato

Desfasamento entre a cons琀椀tuição em sen琀椀do formal(texto cons琀椀tucional) e a cons琀椀tuição em


sen琀椀do material(realidade Cons琀椀tucional)

• Princípio da representação proporcional (ar琀椀go 149.º, n.º 2) – sistema eleitoral português é


um sistema proporcional (afasta-se o sistema eleitoral maioritário )- sistema de representação
proporcional é limite material de revisão cons琀椀tucional (art. 288.º/h).

Downloaded by Ana Ferreira Ferreira (ferreiraanaferreira334@gmail.com)


lOMoARcPSD|18506339

Competências:

• Competência polí琀椀co-legisla琀椀va (art. 161.º, al. c) CRP) – “fazer leis sobre todas as matérias,
salvo as reservadas pela Cons琀椀tuição ao Governo”;

Assembleia da republica não aprova apenas leis aprova também acordos internacionais e
resoluções(resoluções ao contraio das leis não estão sujeitas a veto poli琀椀co do Pr nem a
promulgação e consequentemente não estão sujeitas a 昀椀scalização abstrata preven琀椀va)- Art.
166º nº5 e nº6)

EX: resolução de uma comissão de inquérito ao BES; Resolução de autorização da declaração


do estado de emergência (AR tem primeiro de autorizar através de uma resolução antes de o
PR declarar)

• Competência polí琀椀ca:

 Apresentação de moções de censura (art. 163.º, al. e);


 Conceder autorizações legisla琀椀vas ao Governo e às AL das RA (art. 161.º, al. d) e e)
CRP);

• Competência de 昀椀scalização e de controlo (art. 162.º):

 Apreciação parlamentar de decretos-leis (ar琀椀go 169.º);


 Instaurar Comissões de inquérito (ar琀椀gos 156.º, al. f) e 178.º); - Os deputados podem
pedir a cons琀椀tuição de uma comissão para a AR inves琀椀gar assuntos de relevante
interesse publico (comissão de inquérito rela琀椀vamente ao BES, rendas de energia…)
 Fazer perguntas ao Governo (art. 156.º, al. d);- governo tem de responder num tempo
razoável (30 dias) , os grupos parlamentares podem provocar um debate com o
governo sobre questões de interesse publico atual e urgente( art. 180º nº2 c) e d))-
Forma da AR manter o governo sobre controlo

CASO Nº5:

1. Em 6 de outubro, um anos depois das eleições legisla琀椀vas e três meses depois


das eleições presidenciais, o presidente da republica dissolveu a AR e convocou
novas eleições, a realizar no dia 6 de janeiro de 2020. Pode fazê-lo?

PR pode dissolver a Ar:

 Respeitando os limites formais (133 e))


 Limites temporais (172º» 113 nº6)- Foram respeitados
 E convocar novas eleições (133º b) e 113 nº6)

Caso:

 Quem marca as eleições no nosso sistema é o PR (133 b)- agenda o ato


eleitoral
 Novas eleições teriam de ser marcadas para um dos sessenta dias seguintes ao
ato de dissolução
 Ato de dissolução é inexistente (133 nº6)- inexistência jurídica.

Downloaded by Ana Ferreira Ferreira (ferreiraanaferreira334@gmail.com)


lOMoARcPSD|18506339

2. Imagine que o governo determina, por resolução de conselho de ministros,


que a localização do novo aeroporto será na Ota. O presidente da câmara de
Alenquer considera que o governo não tem legi琀椀midade para determinar a
localização do aeroporto, atenta a circunstancia de o PR ter dissolvido a AR.
Tem razão ? o que pode fazer o PR?
 186 Nº5

3.

Inicia琀椀va da lei dos deputados

 Projeto de lei – art. 167º nº1 e 156º b)


 Bases da saúde – Art. 165 nº 1 f) + Art. 116 nº 3 (maioria rela琀椀va = mais votos a
favor do que votos contra , não se contabilizando a as abstenções )

Veto poli琀椀co do Pr(manifestação de controlo secundário doo Pr ,neste caso ,sobre Ar)- art.
136 nº1

 Controlo secundário, ato próprio (140 º a contrario sensu)


 Discricionário, expresso e rela琀椀vo
 Con昀椀rmação por maioria absoluta dos deputados em efe琀椀vidade de funções (art.
136 n-º2)- “larga maioria”
 Promulgação obrigatória pelo Pr (136 nº 2) – tem oito dias para aprovar a lei

Logo é a lei entra em vigor mesmo sem o apoio do pR

4. Eleições – Pr nomeou o PM (ART. 187 Nº1)- Nomeou os restantes membros do


governo(187nº2 ; 113 h)- Governo apresentou uma candidatura de Portugal ao mundial do
futebol:

A seguir da-se : Apreciação do programa de governo (192 º)

Temos um governo de mera gestão (186 nº5)- ainda não esta em plenitude das suas funções,
assim o governo não tem competências para realizar este 琀椀po de atos.

A) F- estão consagradas na cons琀椀tuição mas desrespeitam princípios fundamentais


supranacionais/ princípios jurídicos fundamentais. (ex: 292º)
B) V – AR : revisão const 2/3 dos deputados em efe琀椀vidade de funções(285 nº1 , 286º
nº1) enquanto as outras leis ordinárias é por maioria rela琀椀va
C) V- so o tribunal cons琀椀tucional pode declarar a incons琀椀tucionalidade de uma lei
cons琀椀tucional (art. 286 nº3—161º a) , 166º nº1
D) F- maioria de 4/5 dos Deputados em efe琀椀vidade de funções- 184 de deputados (art.
284º /2)
E) F- A mutação Cons琀椀tucional dá-se uma alteração do sen琀椀do ,sem revisão
cons琀椀tuição(36nº1; 26 nº1

Downloaded by Ana Ferreira Ferreira (ferreiraanaferreira334@gmail.com)


lOMoARcPSD|18506339

F) V- Uma vez que para eles só é cons琀椀tuição o que está no texto cons琀椀tucional , não
concebem princípios jurídicos fundamentais
G) V - existem limites horizontais e limites ver琀椀cais
H) F- Função integradora é a capacidade de a cont exprimir um conceso mínimo de uma
comunidade poli琀椀co em torno de um conjunto de valores
I) F- A cons琀椀tuição complexa exprime um comprimento entre um conjunto de princípios
e correntes ideológicas diversas.

Fontes Normativas

Categorias de leis previstas na CRP (pluralismo legisla琀椀vo)

Atos legisla琀椀vos que a cons琀椀tuição prevê:

 Leis cons琀椀tucionais (leis de revisão cons琀椀tucional)

Leis que através das quais são aprovadas as revisões á cons琀椀tuição (art 161 a); 166º nº1)

 Leis orgânicas

 Leis de bases

 Leis de autorização legisla琀椀va

 Leis estatutária

 Leis de enquadramento

Leis que pretendem regular um determinado setor norma琀椀vo e portanto 昀椀xam para esse
setor norma琀椀vo um conjunto de regras e princípios que todos os atos legisla琀椀vos que
venham a ser aprovados nesse setor tem de respeitar.

Lei que estabelece regras e princípios mínimos para um determinado setor norma琀椀vo e ,a
par琀椀r desse momento, todos os outros atos legisla琀椀vos que sejam aprovados sobre essa
matéria tem de respeitar essas leis de enquadramento.

Ex: Lei quadro/de enquadramento do orçamento do estado (Art. 106º)- 昀椀xa um


conjunto de regras sobre as questões orçamentais depois a lei do orçamento do estado
(lei anual) tem de a respeitar/obedecer as essas regras de昀椀nidas na lei de
enquadramento; Lei quadro das en琀椀dades reguladoras - 昀椀xa regras que as en琀椀dades
reguladoras(lei da ANACOM, ERSE , Banco de Portugal, lei da autoridade da
concorrência) estão sujeitas na lei quadro; lei- quadro das priva琀椀zações

As leis reforçadas ou leis com valor reforçado (ar琀椀go 112.º/3)

Art. 112 nº 3: Diz que Há certas leis, da AR, que são leis reforçadas/com valor reforçado (certas
leis que tem valor superior ao de outras leis)

Critério da parametridade especi昀椀ca (leis que tem o valor Ex: Lei que 昀椀xa
Downloaded
reforçado por força deste by Ana Ferreira Ferreira (ferreiraanaferreira334@gmail.com)
critério círculos eleitorais
lOMoARcPSD|18506339

Dos deputados presentes , desde que superior a maioria


absoluta maioria dos deputados em efe琀椀vidade de funções

Critério da parametridade geral (Leis que prevalecem sobre


todas as demais leis do ordenamento jurídico)

Propósito da exigências de maioria de dois terços é di昀椀cultar tanto a aprovação como

a alteração destas leis pela sua importância (não 昀椀quem sujeitas as maiorias absolutas
conjunturais que um determinado par琀椀do possa ter no parlamento)

As leis de autorização legisla琀椀va são um pressuposto


norma琀椀vo (prevalece) dos decreto leis autorizados.

As leis de bases prevalecem sobre os decreto leis de


desenvolvimento

“especi昀椀ca” – uma certa categoria de leis e uma certa


categoria de atos legisla琀椀vos porque as leis de
autorização não prevalecem sobre todas as outras só
sobre os decreto leis autorizados

ERC- En琀椀dade reguladora da comunicação

Modalidades de leis:

Leis estatutárias (Art 226º):


• Leis com valor reforçado por força do critério da parametricidade geral (112 nº3)
• Leis que aprovam os estatutos poli琀椀co administra琀椀vos(lei que organiza- de昀椀ne as
suas atribuições, iden琀椀昀椀ca as competências de cada um dos seus órgãos e de昀椀ne
procedimentos que devem estar subjacentes a cada um dos atos pra琀椀cados pelas
regiões- essa pessoas cole琀椀va publica) das regiões autónomas (signi昀椀ca que em
cada momento só pode estar vigente 2 leis estatutárias- 2 regiões)
• No caso de Portugal os estatutos poli琀椀co administra琀椀vos tem muito relevância ,
uma vez, que são eles que dizem sobre que matérias é que as regiões autónomas
podem legislar , a contrario do que acontece em todas as cons琀椀tuições(Itália,

Downloaded by Ana Ferreira Ferreira (ferreiraanaferreira334@gmail.com)


lOMoARcPSD|18506339

Espanha , bélgica) que é a cons琀椀tuição que diz sobre o que cada uma das regiões
pode legislar, Portugal adotou um esquema diferente onde remete a de昀椀nição
dessas matérias para o estatuto (112 nº 4- matérias que as regiões autónomas tem
poder legisla琀椀vo)

Como se faz leis estatutárias ?

• Procedimento legisla琀椀vo especial:

1. Reserva de inicia琀椀va legisla琀椀va em bene昀cio das Assembleias Legisla琀椀vas das Regiões


autónomas (art. 226.º/1); - Só as Assembleias Legisla琀椀vas das Regiões autónomas é que
podem apresentar projetos de estatuto poli琀椀co administra琀椀vo (só a estatuto se a ALR quiser ,
pois só elas e que podem apresentar junto da AR projetos)

2. Aprovação é da competência da Assembleia da República (ar琀椀go 226.º/1 e 2);

Quem apresenta o projeto são as assembleias legisla琀椀vas das regiões mas quem aprova quem
a lei estatutária é a AR- isto explica-se porque :

 Portugal é um estado unitário(art. 6 crp) as leis que de昀椀nem as competências das


regiões são leis da republica , dai serem aprovadas pela AR.
 Art. 6, n2 – respeita a autonomia poli琀椀co-legisla琀椀va das regiões autónomas , por isso
para se concre琀椀zar isto no art 226 nº1 determina que a inicia琀椀va de lei estatutária
pertence em exclusivo as regiões autónomas

Leis orgânicas:
São leis com valor reforçado (art.112, nº3)

Foram introduzidas com a revisão cons琀椀tucional de 1989 e sofreu um aprofundamento pela


revisão cons琀椀tucional de 1997

Prende-se com o princípio da 琀椀picidade (art. 166, nº2»164)

De acordo com art 166 nº2 : Só são leis orgânicas aquelas que a cons琀椀tuição de昀椀ne como tais
(signi昀椀ca que a AR não pode criar quando quiser leis orgânicas, só há as leis orgânicas que a
cons琀椀tuição de昀椀ne como tal) .

Todas as leis orgânicas versam sobre matérias de reserva absoluta(art 164º, eleições dos
琀椀tulares dos órgãos de soberania ,regime de referendos, leis do tribunal cons琀椀tucional,
aquisição e perda de cidadania pt, organização da defesa nacional e das forças armadas,
associações e par琀椀dos polí琀椀cos, eleições dos deputados da alr)

O procedimento legisla琀椀vo de uma lei orgânica, é diferente e mais exigente do que o


procedimento legisla琀椀vo que se segue para aprovar outras leis, trata-se de um procedimento
legisla琀椀vo especial em relação à forma em que são aprovadas as demais leis (tabela
powerpoint)

Aprovação da votação 昀椀nal global de uma lei em geral e feita por Maioria rela琀椀va (116 nº3) –
mais votos a favor do que contra ,não contabilizando abstenções

Downloaded by Ana Ferreira Ferreira (ferreiraanaferreira334@gmail.com)


lOMoARcPSD|18506339

Na aprovação de leis orgânicas : Maioria absoluta dos deputados em efe琀椀vidade de funções –


no minimo 116 deputados tem de aprovar uma lei orgânica (art. 168. Nº5 – leis orgânicas »
contrário ao ar琀椀go 116 n3 (regime regra)

Ar琀椀go 136º nº2 - apara as outras leis é necessário maioria absoluta para a superação do veto
polí琀椀co presidencial (AR aprova uma lei que segue para PR que exerce o veto poli琀椀co que é
superável através de con昀椀rmação por maioria absoluta )

No caso das leis orgânicos é exigida maioria de 2/3 para a superação do veto poli琀椀co
presidencial(art136 nº3- dos decretos que revistam a forma da lei orgânica): a discordância
poli琀椀ca do presidente ,manifestada através do veto polí琀椀co, é mais di昀cil de
superar/ultrapassar quando está em causa uma lei orgânica - A maioria de superação é sempre
maior que a maioria de aprovação

A legi琀椀midade processual a琀椀va para pedir a 昀椀scalização abstrata preven琀椀va, com as demais leis
quem pode pedir a 昀椀scalização abstrata preven琀椀va é apenas o presidente da república(278
nº1), quando se trata de uma lei organica à um alargamento da legi琀椀midade processual
(278,n4), quem pode pedir a abstrata preven琀椀va de uma lei orgânica é o presidente da
republica, o primeiro ministro e 1/5 dos deputados à Assembleia da republica (46 deputados)-o
que explica é a importância das matérias que versa uma lei orgânica .

Casos prá琀椀cos :

1. A) Matéria dos atos legisla琀椀vo (112, nº1) que tem de ser legislada através de
Lei orgânica (art.166, nº2; 164º, h) + 112, nº3 Forma e procedimento
especí昀椀cos - art168, n5 (aprovação por maioria absoluta) -art. 136, nº3 -
art.278, nº4
2. In casu: - diploma foi validamente aprovado – 116 deputados (maioria
absoluta) – 168, n5
“ não se ia pronunciar se vetaria ou se promulgaria antes de decorridos oito
dias desde da receção dessa lei” - ins琀椀tuto da promulgação vedada (exclusivo
das leis orgânicas)art. 278,n 7: quando se trata de leis orgânicas , o Pr não
pode promulgar os atos a que se refere o nº4 sem que tenha decorrido 8 dias
da sua recessão, ao contrario das leis normais que tem o PR tem um prazo de
20 dias – 136 nº1 para permi琀椀r o tempo necessário para o 1 ministro e 1/5 dos
deputados pedirem a 昀椀scalização abstrata preven琀椀va se assim desejarem, pois
depois de prumulgada por o PR não podem pedir

Downloaded by Ana Ferreira Ferreira (ferreiraanaferreira334@gmail.com)


lOMoARcPSD|18506339

PR diz que “caso vetasse, o veto seria insuperável” - a昀椀rmação incorreta - veto
de uma lei orgânica é superável, mas a con昀椀rmação exige maioria de 2/3 dos
deputados presentes (art.136, n3)

Leis de autorização Legislativa:

É uma lei da Assembleia da republica pela qual ela habilita outros órgão a legislar sobre
matérias da sua reserva rela琀椀va de competência legisla琀椀va(164º- não pode haver , porque so
apenas AR pode produzir atos legisla琀椀vos e 165º) Só no art . 165º

Des琀椀natários da autorização: Governo através de um decreto lei autorizado (art. 198º nº1 b))
e Assembleia Legisla琀椀vas das regiões autónomas através de um decreto legisla琀椀vo regional
autorizado (227º nº1 b))- desde a Rc 1989, mas só para algumas matérias

Direitos competências exclusiva da assembleia da republica( 165 b)

Limites das autorizações legisla琀椀vas : matérias e temporais (165 nº 2)

Matéria sobre qual o governo vai ser autorizado a legislar – 165º


Objeto:
Governo não tem um “cheque em branco” para legislar

De昀椀nir as transformações que devem ser implementadas no


Sen琀椀do:
ordenamento jurídico (aspetos que o governo 昀椀ca autorizado)

De昀椀nir a amplitude da autorização

Downloaded by Ana Ferreira Ferreira (ferreiraanaferreira334@gmail.com)


lOMoARcPSD|18506339

Extensão:

Sempre que temos uma lei de autorização legisla琀椀va que não de昀椀ne um das 4 elementos
(objeto, sen琀椀do , extensão e duração ) essa lei é incons琀椀tucional porque tem vicio material

O decreto que venha sido aprovado com base/fundamento nessa lei incons琀椀tucional
também é incons琀椀tucionalidade

Lei esta valida mas o decreto lei autorizado não obedece a lei de autorização

Cessação da autorização:

 Esgotamento do prazo (acaba a duração)


 U琀椀lização da autorização (principio da irrepe琀椀bilidade )- art. 165 nº 3 – sempre que o
governo usa a autorização fazendo um decreto lei autorizado ela cessa-se (não podem
ser utlizadas mais que uma vez)
 Revogação da autorização (tácita ou expressa)- Quem tem competência para revogar a
autorização é AR expressa- revoga a autorização que antes 琀椀nha dado ao governo ou
tacita – na vigência da lei de autorização legisla琀椀va a AR decide ela própria legislar
sobre a matéria que antes 琀椀nha autorizado o governo a legislar (retoma o pode
legisla琀椀vo que 琀椀nha delegado no governo)
 Caducidade (art. 165 nº 4)- responsabilidade polí琀椀ca entre AR e o governo : com a
odemissão do governo ou dissolução da AR

Leis de bases :

• São sempre leis da Assembleia da República que de昀椀nem e regulam os alicerces mestres de
um determinado setor norma琀椀vo, as quais se aproxima das leis quadro/leis de enquadramento
• As leis de base só 昀椀xam as traves mestres de cada um dos setores norma琀椀vos e por isso

Downloaded by Ana Ferreira Ferreira (ferreiraanaferreira334@gmail.com)


lOMoARcPSD|18506339

carecem de desenvolvimento, esse desenvolvimento está a cargo do governo (ar琀椀go 198, nº1,
c)

• Desde a revisão cons琀椀tucional de 2004 também está a cargo das assembleias legisla琀椀vas das
regiões (277, nº1, c)

• O governo desenvolve as bases através de um decreto-lei desenvolvimento

• As assembleias legisla琀椀vas das regiões autónomas desenvolvem as bases através de um


decreto legisla琀椀vo regional Leis de base e leis de autorização (diferença)

• As leis de autorização só podem incidir sobre as matérias de reserva legisla琀椀va da AR (165º)

• As leis de base podem incidir tanto sobre a matéria de reserva da assembleia da república,
mas também sobre matéria de competência paralela ou concorrente Ex: leis de bases em
matérias de comportamento concorrente: lei de base do desporto Leis de base em matéria de
direito absoluto: - bases do sistema de ensino, bases de forças armadas, bases do sistema de
ensino Leis de base em matéria de competência reservada: - art 165 – bases dos sistema de
segurança

• As lei de autorização tem repe琀椀bilidade enquanto que as leis de base não, ou seja, as leis de
autorização só pode ter um decreto-lei, enquanto que as leis de base podem ter vários
decretos-lei

• Ao contrário das leis de autorização as leis de base não caducam com a demissão do governo,
dissolução da AR, termo da legislatura (art.165º, nº4) Procedimento legisla琀椀vo parlamentar
comum Vamos ver o conjunto de atos dirigidos á aprovação de uma lei pelo parlamento , ou
seja, quais são os atos necessários para a elaboração de uma lei 1º fase – fase de inicia琀椀va
(ar琀椀go 167º) 2º fase- fase de instrução (ar琀椀go 167, nº8 e 178º) 3ª fase – fase delibera琀椀va ou
cons琀椀tu琀椀va (ar琀椀go 168º) 4º fase – fase de controlo (ar琀椀go 136º e 140º) 5 fase – fase integra琀椀va
de e昀椀cácia (ar琀椀go 119, nº1, c) Fase de inicia琀椀va (167º) A inicia琀椀va de lei é o poder de iniciar o
procedimento legisla琀椀vo. Não confundir inicia琀椀va legisla琀椀va com competência legisla琀椀va. Há
órgãos de inicia琀椀va legisla琀椀va em matérias que não têm competência legisla琀椀va, por exemplo,
o governo pode apresentar uma proposta de lei sobre matéria reservada à assembleia da
república, contudo, não tem competência para legislar esta matéria. Quem tem inicia琀椀va de
lei ?

• 167º, nº1 - quem tem inicia琀椀va de lei são os deputados (pode ser só 1 ) » ar琀椀go 156º, b) •
Também te competência os grupos parlamentares 167,, n1» 16«187º, nº2, g)

• Tem inicia琀椀va de lei o governo, por base do Conselho de ministros (167, nº1 »200º, nº1, c) •
Grupo de cidadãos eleitores , desde que sejam prescritas por um mínimo de 20 000 cidadão
167º» lei de inicia琀椀va dos cidadãos

• Assembleias lehgisla琀椀vas das ra em assuntos respeitantes às regiões 167» 227º, nº1, f)


Normalmente a inicia琀椀va de lie é genérica, ou seja, à par琀椀da todos os órgãos com poder ou
inicia琀椀va de lei podem apresentar propostas ou projetos de lei sobre qualquer matéria Existe
aina inicia琀椀va de lei reservada : • Leis estatutárias – são apenas e só as assembleias legisla琀椀vas
das regiões autonomas (226, nº1) • Leis de revisão cons琀椀tucional – apenas os deputados
(285º, nº1) • Lei do orçamento de estado – governo (art. 161, g) 2 fase – fase instrutoria (167º,
nº 8) Fase que incumbe às comissões parlamentares permanentes especializadas (comissºai de
saúde, de assuntos cons琀椀tucionais, orcamento e 昀椀nanças) Nota técnica , a audição de orgãos

Downloaded by Ana Ferreira Ferreira (ferreiraanaferreira334@gmail.com)


lOMoARcPSD|18506339

que tenham de ser ouvidos , parecer fundamento 3 fase – cons琀椀tu琀椀va ou delibera琀椀va (168º)
Subdivide-se em 3 momentos: • discussão e votação na generalidade, ou seja, em plenário
(art. 168º, nº1 cRP e 147º, nº1 RAR) – é necessário saber se o projeto tem chances de avançar
• discussão e votação na especialidade – ocorre em comissões parlamentares especializadas,
tesalvo a “reserva de plenário”- existem certas proposta de lei votadas em plenário, a maioria
são leis orgânicas (168º, nº3) • votação 昀椀nal global – acontece em plenário, e por regraa é
necessária a aprovação por maioria rela琀椀va/simples (ar琀椀go 116, nº3) Contudo existem
exeções : - leis do 168º,nº5 – leis orgânicas – maioria absoluta - leis do 168, nº6 – maioria de
2/3 dos deputaods em efe琀椀vidade de funções

Casos prá琀椀cos 5.

a) O governo apresentou uma proposta de lei de autorização à AR (art. 200, nº1, c) e 167º, nº1
– trata-se de inicia琀椀va de lei reservada (172º RAR) matéria de reserva rela琀椀va de competência
da AR (art. 165, nº1, q ) Assumindo que a lei de autorização respeita os limites temporais e
materiais (art. 165, nº2), a lei é válida Primeiro problema:DLA respeitou os limites temporais ?
Sim, no momento relevante é a data de aprovação em CM (28/03/2022) A autorização
esgotou-se em 04/04/2022 Segundo problema: demissão do governo - governo foi demi琀椀do na
vigência b) AR procedeu em 20 de fevereiro a uma revogação tácita da lei de autorização
legisla琀椀va = cessação da autorização DLA do governo está ferido de defeito de autorização , inc.
orgânica Independentemente dos limites temporais terem sido respeitados

Fiscalização da cons琀椀tucionalidade:
Trata-se de saber se determinados atos estão conformes com a cons琀椀tuição (princípios e
normas cons琀椀tucionais).

Objeto do controlo : que 琀椀pos de atos podem ser controlados/昀椀scalizados pelo tribunal
cons琀椀tucional

Parâmetro do controlo: controla-se a luz de que? Da cons琀椀tuição

Há muitos atos jurídicos incons琀椀tucionais que nunca vão chegar ao tribunais cons琀椀tucional

O tribunal Cons琀椀tucional controla:

 Atos legisla琀椀vos- leis , DL, DLR independentemente de terem conteúdo norma琀椀vo


(normas jurídicas gerais e abstratas), basta serem um ato legisla琀椀vo em sen琀椀do formal
que o tribunal pode 昀椀scalizar.
Ex: lei que priva琀椀za os CTT, não é um ato de conteúdo norma琀椀vo só vale para o CTT

 Todos os Atos que sejam reconduzíveis ao conceito funcional de norma (conceito que
foi criado pelo tribunal): Normas jurídicas(disposições gerais e abstratas ) emanadas
por órgãos a quem a cons琀椀tuição confere poder norma琀椀vo normas de direito
publico

Objeto de controlo:

Integram o objeto de controlo Não Integram o objeto de controlo

Atos legisla琀椀vos (indepedentemente de Atos de natureza poli琀椀ca(exceções)


terem consteudo norma琀椀vo) Atos meramente aplica琀椀vos do direito (não
Downloaded by Ana Ferreira Ferreira (ferreiraanaferreira334@gmail.com)
Resolução norma琀椀vas e regimentos da AR direito), atos admnistra琀椀vos
lOMoARcPSD|18506339

edas ALR Normas ou atos de natureza privada


Estatutos e regulamentos de associações Convenções cole琀椀vas de trabalho
publicos(ordem dos advogados , medicos...)
Normas de par琀椀dos poli琀椀cos
Normas de direito internacional (publico)
Regulamentos das federações
Há quem defende despor琀椀vas
que para o nosso sistema jurídico ser justo devia haver o Recurso deamparo
com estatuto de u琀椀lidade publicos
- mecanismo que da poder ao tribunal (pessoas
cons琀椀tucional para controlar todo o 琀椀po de atos jurídico
cole琀椀vas
administra琀椀vos (Decisões jurisdicionais…) da
de direito privado mas por força
lei exercem regulmentos publicos (aplicam
sanções e fazem regulamentos disciplinares)
Parametro de controlo:

É composto pela:

 Cons琀椀tuição (277 nº1 CRP): normas e princípios cons琀椀tucionais (não necessitam estar
expressamente consagrados na cons琀椀tuição , basta estar implicitamente . ex: principio
da segurança jurídica e da proteção da con昀椀ança, ressulta do princpio do estado de
direito (art. 2º)
 Leis com valor reforçado : art. 280 nº2 e 281 nº1- se uma lei violar uma lei com valor
reforçado existe uma ilegalidade de lei …
 Direito internacional (art. 70 nº1 i)LCT)- Se um ato legisla琀椀vo violar o direito
internacional o TC pode 昀椀scalizar, porque o DI esta a cima das leis nacionais.
 Due (so se violar os princípios do estado de direito)

Tipos de incons琀椀tucionalidade:

 Incons琀椀tucionalidade por ação- art. 277º e 283º:

Ocorre quando é aprovada uma norma que viola a cons琀椀tuição

 Incons琀椀tucionalidade por omissão (só em medidas legisla琀椀vas):

Ocorre quando não é aprovada uma norma que devia ser aprovado à luz da cons琀椀tuição (o
legislador tem de desrespeitar/viola a imposição cons琀椀tucional especi昀椀ca- legislador não faz
uma lei que nos termos na cons琀椀tuição estava obrigado a fazer (ex: art. 41nº6)

Legi琀椀midade processual a琀椀va restrita: quem pode pedir a 昀椀scalização segundo o art. 283 , pR ,
provedor de jus琀椀ça e quando estão em causa direitos da regiões.

 Total: afeta toda a norma jurídica , toda a norma jurídica é incons琀椀tucional (ex:
incons琀椀tucionalidade orgânica – governo faz um dl do art. 264 e 261 sem autorização)
 Parcial: a incons琀椀tucionalidade afeta apenas um segmento textual na norma

 Originaria
 Superveniente

Vícios:

 Material

Downloaded by Ana Ferreira Ferreira (ferreiraanaferreira334@gmail.com)


lOMoARcPSD|18506339

O conteúdo na norma é que viola as normas e os princípios cons琀椀tucionais (EX: norma que
venha reintroduzir as penas perpétuas em Portugal.)

 Formal

Quando há Vicio de forma ou com um vicio de procedimento (EX: lei orgânica aprovada por
maioria absoluta (art. 168 nº5) e se for aprovada apenas por 114 deputados e não por 116
necessários – a tramitação que a cons琀椀tuição prevê para a aprovação não foi respeitada)

 Orgânica

O órgão que aprova o ato não tem competência para tal

Modelos de Jus琀椀ça cons琀椀tucional

1. Critérios de 琀椀tulares do controlo (quem controla?)

o Controlo poli琀椀co- quem 昀椀scaliza a cons琀椀tucionalidade é um órgão poli琀椀co, por


exemplo, o parlamento.
Ex: aconteceu em frança e em Portugal (entre 1976 e 1982, com o conselho da
revolução

o Controlo jurisdicional – controlo da cons琀椀tucional é feita pelos tribunais (órgãos


sujeitos a requisitos de imparcialidade de indepedenpendecia)
Ex: sistema difuso ou norte-americano (todos os tribunais em Portugal tem o poder-
dever de controlar a 昀椀scalização das normas (204º) /sistema concentrado ou austriaco
(Kelsen-apenas um tribunal pode 昀椀scalizar a cons琀椀tucionalidade das normas, o tribunal
cons琀椀tucional): Portugal tem os dois sistemas
2. Critério do modo de controlo (como se controla):

 Controlo por via principal: a questão de cons琀椀tucionalidade é a questão


principal do processo , ou seja, o processo só existe para controlar a
cons琀椀tucionalidade de uma determinada norma

 Controlo por via incidental: a questão de cons琀椀tucionalidade não é a questão


principal do processo. Neste modelo, caracterização que esta a decorrer um
processo judicial num tribunal qualquer que tem por objeto uma questão de
cons琀椀tucionalidade (não é questão principal , pode ser penal , família…)

3. Critério do momento em que se realiza o controlo (quando se controla?) :

 Preven琀椀vo: Controlo que ocorre antes da promulgação de uma determinada


norma
 Sucessivo: controlo que ocorre depois da norma entrar em vigor

4. Critério da legi琀椀midade processual a琀椀va:


 Legi琀椀midade alargada (quisque de populo)- qualquer cidadão pode pedir ao
tribunal cons琀椀tucional a 昀椀scalização de uma norma

Downloaded by Ana Ferreira Ferreira (ferreiraanaferreira334@gmail.com)


lOMoARcPSD|18506339

 Legi琀椀midade restrita- Apenas um conjunto de órgãos e de iden琀椀dades podem


pedir a 昀椀scalização das normas (EX: 281º nº2)

5. Critério dos efeitos de decisão:


 Efeitos Gerais ou erga omnes : A decisão do TC vincula todos, as en琀椀dades
publicas e privadas, e a norma é expulsa no ordenamento jurídico.
 Efeitos par琀椀culares ou inter partes: Efeitos restritos ao caso concreto a norma
não é expulsa do ordenamento jurídico apena não é aplicada naquele caso
concreto.

VER TABEALA DOS VERBOS

Fiscalização abstrata preven琀椀va ( ART. 278º e 279º)


Controlo concentrado no tribunal cons琀椀tucional , é apenas e só este que controla e faz esse
controlo concentrado , em plenário ou seja, com todos os 13 juizes (Art.222 nº1)

Procede a controlo urgente, dado que tem de proferir uma decisão no prazo de 25 dias (278º
nº8 » art. 60 lei da tribunal cons琀椀tucional)

Controlo por via principal: A questão principal do processo é a questão cons琀椀tucionalidade na


norma

Legi琀椀midade processual a琀椀va (quem pode pedir a 昀椀scalização preven琀椀va?):

 PR (art. 278 nº1 e 115 nº8) : normas de Convenções internacionais; leis e decreto- leis;
propostas de referendo
 Representantes da republica (art . 278 nº2): normas constantes de decretos
legisla琀椀vos regionais
 PM e 1/5 dos deputados da AR (46 deputados)(art. 278 nº4): leis orgânicas

Decisão livre/discricionária- só pedem se quiserem

Objeto de controlo:

 Apenas os atos mais importantes do ordenamento jurídico (leis , DL, convenções


internacionais e propostas de referendo)
 Os regulamentos administra琀椀vos não fazem parte do controlo em abstrata preven琀椀va

Parâmetro de controlo:

Downloaded by Ana Ferreira Ferreira (ferreiraanaferreira334@gmail.com)


lOMoARcPSD|18506339

Apenas questões de cons琀椀tucionalidade (昀椀cam de fora questões legalidade- o Pr não pode


pedir ao TC se determinado regulamento respeita a lei de bases)

Prazo para requerer a 昀椀scalização:

o Para o PR e os RR : 8 dias contados desde a data de receção do diploma (278 nº3 e 6)


o Para o PM/Deputados: 8 dias contados desde a data em que o Presidente da AR o
informa/da conhecimento da aprovação do diploma (278 nº 3, 5 e 6)

Tabela dos efeitos:

Veto Rela琀椀vo= Superável (con昀椀rmação)

Veto absoluto = de昀椀ni琀椀vo diferente con昀椀rmação

Tabela das Alterna琀椀vas em caso de decisão de pronuncia:

Leis da AR:

Expurgação : re琀椀rar do diploma as normas incons琀椀tucionais--- apos temos o mesmo


diploma mas sem as incons琀椀tucionalidades (279 nº3 a contrario sensu – não pode haver
novo pedido de 昀椀scalização preven琀椀va)

Reformulação: Reformular o diploma , fazer alterações signi昀椀ca琀椀vas ao diploma---- apos


temos um novo diploma e por isso o PR pode pedir uma nova 昀椀scalização abstrata
preven琀椀va (279 nº3)

Con昀椀rmação (279 º nº2): a AR reaprova o diploma desta feita por 2/3 dos deputados
presentes , sem introdução de quaisquer alterações.

e) O governo pode revogar uma lei da AR sobre a matéria de apoio ao turismo- V :Matéria
concorrente (art. 164 e 165 a contrario sensu)

f) As restrições dos direitos dos militares é uma matéria que deve ser disciplinada através
de lei orgânica- F: Art 164 o) (matéria de reserva absoluta da AR) , 166 nº2ª a contrario
(não é uma matéria que deve ser legislada por lei orgânica)

g) As leis estatutárias são assinadas e vetadas pelos representantes da republica. F: quem


aprova é AR (art 226 nº1)e por isso é o PR é que veta e promulga (136 nº1)

h) As leis orgânicas carecem de aprovação por maioria de 2/3 dos deputados presentes. F:
maioria absoluta – pelo menos 116 (168 nº5)

I) O governo não pode, em circunstancia alguma, aprovar dois decretos-leis autorizados ao


abrigo da mesma lei de autorização legisla琀椀va – F: execução parcelada (art. 165 nº3)

J) F- momento relevante para TC é o momento de aprovação do diploma é em conselho


dos ministros

Downloaded by Ana Ferreira Ferreira (ferreiraanaferreira334@gmail.com)

Você também pode gostar