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Direito Constitucional
iA Teoria da constituição:
Constituição:
Constituição em sentido universal/sociológico/empírico:
NOTA:
Todos os Estados têm uma Para que serve uma constituição?
constituição, mesmo que esta
não seja escrita. A constituição reporta-se à comunidade política.
Função garantística;
Função ordenadora;
Sufrágio universal: Permitiu trazer o povo que protestava, para que adquirisse lugar no
parlamento e condiciona-se o poder político.
Chegamos à conclusão que qualquer documento que ocupe e cumpra estas quatro funções é uma
constituição.
Ex.: Alguns autores dizem que existe a constituição da União Europeia.
Ex.: Para se aprovar uma lei ordinária no parlamento é, em regra, necessária uma
maioria relativa. Porém, para se aprovar uma lei constitucional, carecem uma aprovação
de 2/3 dos deputados em efetividade de funções (Art.286.º/1).
DIPLOMAS DISPERSOS
PRECEDENTES JURISPRUDENCIAIS
+
COSTUMES CONSTITUCIONAIS
Constituição flexível:
Não há documento escrito;
Estas normas que integram a constituição britânica, não gozam de superioridade
hierárquica em relação às outras normas.
Não há procedimento de revisão especial e a gravado.
Não há fiscalização judicial da constitucionalidade das leis. Há, porém, o princípio da
soberania parlamentar, isto é, o parlamento pode fazer e desfazer qualquer lei
NOTA:
Mesmo nos Estados que têm Constituição estatutária:
uma constituição
formal/rígidas, pode haver (ex.: constituição federal norte americana, constituições
direito constitucional fora da liberais, constituição do mónaco, constituição republicana
constituição (normas só de 1911,…)
materialmente São constituições que se limitam a organizar e limitar o
constitucionais ou normas poder político, consagrando direitos fundamentais; apenas
constitucionais desempenham as funções ordenadora e garantística(por
extravagantes) um lado, limita e organiza o poder politico e por outro
Ex.: Princípios fundamentais reconhece os direitos fundamentais dos cidadãos) e,
– Princípio da proteção da portanto, são constituições curtas.
confiança; «Frame of Government»
Lei da nacionalidade; A doutrina classifica: Limita-se a um constitucionalismo
Bandeira e hino – Art.11.º protetor/funcional
Constituição Programáticas:
Fazem tudo o que as outra Constituição faz: também desempenha uma função
garantistica e ordenadora(limita e o poder politica e consagra direitos,
liberdades e garantias)
Mas além disso as Constituições programáticas pretendem também transformar a comunidade
politica(sociedade), orientar o exercício do poder politico para o futuro (não quer apenas
organizar e limitar o poder politico, mas quer dizer como é que o poder deve ser exercido no
futuro) e para isso define metas , programas, objetivos a alcançar: designadamente
consagrando normas programáticas com direitos económicos e sociais (saúde, educação,
segurança social e além disso estabelece objetivos claros ao nível da igualdade de oportunidades
São por isso, Constituições muito mais amplas , Constituições longas ( ex: a nossa
constituição tem 296 artigos)
Constitucionalismo aspiracional (na medida que a Constituição contém um projeto
politico para o futuro , pretende transformar a comunidade politica de acordo com esse
projeto, torna-la mais justa, mais livre e mais igualitária.)
Contem normas programáticas e percetivas (pois também desempenha as funções
ordenadora e garantistica)
Exemplos de normas programáticas: Art.9º d), h) (tarefa fundamental do estado é
promover a igualdade real dos cidadãos e entre homens e mulheres ) , Art. 81º a), Art
65ºnº2(habitação), Art. 74º nº2 a)
Constituição simples:
Constituição complexa/compromissória:
Espelha um acordo/compromisso entre princípios fundamentais diversos. Assenta na ideia
que a constituição deve ser um acordo entre correntes ideológicas , politicas, sociais
diversas que tem preponderância/peso no momento em que a constituição é elaborada
Ex: Constituição portuguesa ,sobretudo com as revisões constitucionais, tem normas que
valorizam a autonomia privada (art. 26º nº1- direito ao livre desenvolvimento da personalidade;
Art. 61º - direito iniciativa privada; proteção da propriedade privada – Art. 62º e nº2) também
tem normas que protegem os cidadão em situações de vulnerabilidade (direito à segurança
social- Art.63º), garante a igualdade de oportunidades entre os cidadãos e igualdade real entre
os cidadãos.
Consegue desempenhar mais facilmente a função integradora
Cons琀椀tuição norma琀椀va:
Aquela em que as normas da cons琀椀tuição formal tem vigência material, ou seja , as normas e
os princípios que estão na cons琀椀tuição escrita regulam efe琀椀vamente /materialmente as
relações poli琀椀cas e as relações sociais nessa comunidade poli琀椀ca.
Normalmente para conseguir ser vigente, uma cons琀椀tuição norma琀椀va tem mecanismo de
garan琀椀a: existência de um Tribunal Cons琀椀tucional e ou de outro qualquer tribunal que faça a
Cons琀椀tuição nominal:
Cons琀椀tuição cujo as normas apesar de estarem formalmente vigentes não tem vigência
material, pois não efe琀椀vamente reguladoras nem dos estado nem na comunidade poli琀椀ca( as
relações poli琀椀cas e as relações sociais regem-se por outras normas que não estão na
cons琀椀tuição).
Ex: cons琀椀tuição portuguesa de 1933; Cons琀椀tuição Weimar a par琀椀r 1933 (1919- 昀椀m da 2º
guerra mundial); Cons琀椀tuição da URSS de 1977; cons琀椀tuição do irão , angola , Venezuela.
CONSTITUIÇÃO PT 1933
CONSTITUIÇÃO FORMAL PT DE 1933
(O que acontecia)
Liberdade de expressão Censura
Pluralismo poli琀椀co/eleições livres Par琀椀do unico (união nacional)
Separação de poderes Poder concentrado no presidente do
conselho
PR
Na nossa cons琀椀tuição 1976 há algumas normas que se nominaram, não tem vigência material
(Ex: Art.87º- inves琀椀mento estrangeiro , são os tratados internacionais que regulam não esta
norma; Art. 94º (eliminação dos la琀椀fúndios); Art. 97º(auxílios do Estado nunca foi aplicado
porque é de competência exclusiva da EU)
Constituição semântica
Aquela que reproduz/exprimir determinado programa ideológico , concretamente aquele
programa que foi predominante , ganhou/teve mais influencia , no momento que foi
elaborada a constituição.
Não tenta fazer o acordo com outras ideologias (oposto da constituição complexa)
Ex: Versão original da CRP de 76 (uma ideologia marxista leninista- nacionalizações
(expropriações sem indeminização) , antes das revisões de 1982 e 1989, algumas
constituições latina- americanas(manifestações do constitucionalismo indígenas, tendem-se
a tornar-se nominais pois são excessivamente ideológicas e difíceis de concretizar perdendo
assim a sua abertura e com dificuldades das gerações futuras rever-se no texto
constitucional), como a Constituição da Bolívia (2009) ou do Equador(2008)
Normas que estão no texto constitucional, normas que estão consagradas na constituição em
sentido formal, mas que são inconstitucionais pois estão desconformes/violam com princípios
fundamentais supranacionais (estão em acima da constituição) ex: Justiça, Igualdade, principio
da dignidade humana, principio da não retroatividade da lei.
Ex: Art 57 nº4…
Para os positivista só interessa a constituição em sentido formal
• realidade cons琀椀tucional
Só assim é que a Cons琀椀tuição adquire força norma琀椀va e evita tornar-se nominal, que con琀椀nue
a disciplinar efe琀椀vamente as relações de Estado e sociedade.
Tridimensionalidade constitucional
Para nos a Cons琀椀tuição é uma norma material, aberta, não está琀椀ca, não hierárquica, pluralista
e posi琀椀va. Rejeitamos as teorias posi琀椀vistas, liberais, realistas e espiritualistas
Ordem de valores que representa a consciência jurídica geral de uma determinada comunidade
politica (liberdade de expressão , proibição da pena de morte e de penas de perpetuas ,
pluralismo politico , principio da dignidade humana)
Há normas materialmente constitucionais- normas constitucionais que não estão na constituição:
costume constitucionais, normas constitucionais ligadas ao hino e ao bandeira, princípios
jurisprudencial
Teorias liberais - apenas regulavam relações verticais entre o estado e cidadão mas não
regula relações horizontais entre privados, ao contrario da nossa- Constituição do Estado e
da sociedade , regula ambos. Para nos a cons琀椀tuição não é apenas a cons琀椀tuição do Estado,
mas sim do Estado e dos cidadãos pretende regular o Estado e a sociedade, vale para toda
a comunidade polí琀椀ca – relações horizontais – preocupação com as relações dos cidadãos
entre si
o Aberta
o Não estática
o Não hierárquica
o Pluralista
o Positiva
Revisão em 1982(de cariz poli琀椀co) e 1989 (cariz mais económico, entramos para ue ) =
cons琀椀tuição voltou para o centro
Revisões de 1992, 1997, 2001, 2004, 2005 – são importantes para que 昀椀quem em linha coma
realidade cons琀椀tucional
o Mutações Cons琀椀tucionais:
O órgão que tem legi琀椀midade para reinterpretar uma norma cons琀椀tucional ,segundo os termos
do ar琀椀go 221 da CRP, é o órgão que tem a ul琀椀ma palavra sobre questões jurídico-
cons琀椀tucionais, ou seja, pelo tribunal cons琀椀tucional
Ex: ar琀椀go 36, n1 – fala do casamento heterossexual , como sendo o casamento heterossexual,
entretanto a realidade cons琀椀tucional foi-se alterando e acentuou-se a ideia de livre de
desenvolvimento da personalidade - o tribunal cons琀椀tucional através do acórdão 121/2010
reinterpretou o ar琀椀go 36, nº1, deixando de conceder apenas o casamento heterossexual, mas
também os casamentos homossexuais, sem haver um revisão cons琀椀tucional.
Uma cons琀椀tuição é composta por regras jurídicas que tem uma estrutura de tudo ou nada , há
uma previsão e uma consequência jurídica , mas contém também princípios que dão abertura
a cons琀椀tuição precisamente por terem um conteúdo muito mais indeterminados
Ex: principio da igualdade, dignidade da pessoa humana, princípio da segurança jurídica (ar琀椀go
2), principio da proteção da con昀椀ança; princípio da proporcionalidade
Um princípio permite varias soluções jurídicas e por isso permite adaptar a solução jurídica à
realidade cons琀椀tucional (ex: Os cortes nas pensões/salários da função publica não há norma
cons琀椀tucional sobre isto e por isso são resolvidos através de princípios(principio da proteção
da con昀椀ança , o principio da igualdade e o principio da proporcionalidade) que vão sendo
adaptados ao contexto cons琀椀tucional (sem dinheiro é valido cortar).
A nossa cons琀椀tuição é formal que se baseia em normas escritas, sendo que o texto deve ser
respeitado, não só pelas gerações que o 昀椀zeram como pelas gerações futuras.
Independentemente das circunstancias da realidade cons琀椀tucional o texto tem de ser
cumprido.
Poderes cons琀椀tuídos – são regulados e criados pelo poder cons琀椀tuinte (Ex: poder de
revisão Cons琀椀tucional, poder legisla琀椀vo, execu琀椀vo, judicial…) e exercidos nos termos
da Cons琀椀tuição
Poder cons琀椀tuinte derivado ou poder de revisão cons琀椀tucional – ainda é um
poder cons琀椀tuído pois para se rever a cons琀椀tuição tem de se seguir as regras
previstas na cons琀椀tuição para essa revisão.
É um autor liberal que pensa que o poder cons琀椀tuinte não é o poder de fazer uma
revolução, mas sim o de ins琀椀tuir um governo civil, para este, o governo civil é um governo
duplamente limitado:
do ponto de vista horizontal (o poder deve estar distribuído por vários órgãos-
poder legisla琀椀vo , execu琀椀vo e federa琀椀vo)
um governo limitado do ponto de vista funcional (o Estado é um mal necessário, o
governo que se deve limitar a um função: de proteger a liberdade e a
propriedade dos seus cidadãos- property, não deve fazer mais que isto )- Qualquer
interferência é um “roubo”, o Estado não deve fazer mais do que proteger os
cidadãos, se não trata-se de uma interferência contrária ao governo civil.
O poder cons琀椀tuinte é per si um poder limitado, não quer nenhuma revolução, apenas
ins琀椀tuir um governo civil para proteção dos direitos naturais fundamentais dos indivíduos.
Autónomo (livre)
Originário
Omnipotentes (ilimitado)- o poder cons琀椀tuinte , ao contrario de Locke, não está
sujeito a quaisquer limites
Inesgotável (trata-se de um poder selvagem ,ao contrário de Locke, para este o
poder cons琀椀tuinte pode ser realizado a qualquer momento (não se fala em povo
mas sim em Nação) a qual pode fazer uma nova cons琀椀tuição a qualquer
momento e não precisa de invocar uma razão para fazer uma nova cons琀椀tuição)
Experiências constitucionais
Numa perspe琀椀va histórico-genérica:
Ex: 1948 – colocou-se 昀椀m à prá琀椀ca do sufrágio capacitário – quem 琀椀vesse estudado na
universidade inglesa podia votar duas vezes, no seu local de origem e na universidade
Atualmente temos o art. 108 que de昀椀ne quem é o 琀椀tular da soberania : o povo (contudo esta
povo não tem nada a ver com a concessão de Rousseau , pois Portugal é uma democracia
semidirecta, assente no principio da representação poli琀椀ca, todavia a cons琀椀tuição comtempla
vários mecanismo de democracia direta(admi琀椀mos a possibilidade do povo par琀椀cipar
diretamente no processo poli琀椀co) : referendo -ar琀椀go 115º) – no meio termo entre as duas
teorias.
Quem faz parte do povo(quem deve fazer a cons琀椀tuição- par琀椀cipar no processo de elaboração
e aprovação da cons琀椀tuição)
Superiores (transcendentes):
Inferiores:
Principio da essencialidade : Uma constituição só deve debruçar-se/regular
sobre os aspetos essenciais do Estado e da sociedade , e portanto uma
constituição não deve contem normas que tratam aspetos triviais- normas que
violam este principio chama-se normas só formalmente Constitucional
Ligação ao conceito de norma só formalmente Constitucional ( diferente de
normas constitucionais inconstitucionais)
o Normas só formalmente Constitucional: Estão na constituição mas
versam sobre aspetos não essenciais à comunidade politica, não são
suficientemente importante para estar prevista na constituição (ex. Art
175º b), Art 39 nº2)
Cons琀椀tuições que exigem referendo são mais rigidez para alterar a cons琀椀tuição do que
maioria quali昀椀cada(nossa)
Podem ser:
Temporais(art.284º)
Procedimentais (art. 286.º);
Circunstanciais (art. 289.º);
Limites temporais:
Revisões ordinárias; inicia琀椀va de revisão ordinária- basta um Deputado (Art 284º/1 »
156º a))
Tem lugar decorrido pelo menos 5 anos desde da data da ul琀椀ma revisão
cons琀椀tucional ordinária
Para se fazer uma revisão ordinária basta a inicia琀椀va de 1 Deputado
Revisão Extraordinárias- em qualquer momento (Art.284º/2 ), inicia琀椀va da revisão
extraordinária- maioria de 4/5 dos Deputados em efe琀椀vidade de funções- 184 de
deputados (art. 284º /2)
o 1982 (R.O)
o 1989 (O)
o 1992 (R.E)- revisão por causa do tratado de mastreshi
o 1997 (O)
o 2001(E)
o 2004(O)- Subscrever a convenção de Roma que alteramos um Art 7
Nº7 CRP para estar sujeito ao Tribunal penal jurisdicional
o 2005 (E )- introduziu na cons琀椀tuição o Art 295 possibilitar um
referenda para a elaboração de uma cons琀椀tuição para a europa
Limites procedimentais:
o Limites quanto ao 琀椀tular do poder de revisão:
Apenas a Assembleia da Republica (órgão legisla琀椀vo ordinário - Não se elege
um órgão especi昀椀co(ex: húngaro) para revisão cons琀椀tucional nem se recorre
a uma consulta popular como o referendo é assembleia cons琀椀tuinte)- Art.
284º e 161º a)
Inicia琀椀va exclusivamente dos Deputados (Art 285º nº1 e 2) - qualquer outra
lei sem ser de uma lei de revisão cons琀椀tucional 167º 285nº2- principio da
concentração temporal – só podem apresentar projetos no prazo de 30 dias
a par琀椀r do momento que se abra o projetos para revisão cons琀椀tucional
sobre todos os temos para todos os par琀椀dos , tenta evitar estarmos sempre
em revisão cons琀椀tucional
Limites circunstanciais:
Não pode haver revisão cons琀椀tucional na vigência do Estado de si琀椀o ou no estado de
emergência (estado de exceção cons琀椀tucional decretado pelo presidente da republica
por mo琀椀vos de ocupação por uma potencia estrangeiro , guerra civil , situação de
calamidade publica(pandemia , terramoto…)- Art 289º » 19 nº2 e 5
Serve para suspender os direitos fundamentais dos cidadão , só alguns direitos é que
não podem ser suspensos (Art 19 nº6) e assim não pode haver revisão cons琀椀tucional
uma vez que não há certos direitos como manifestação , reunião etc…
Não há emendas cons琀椀tucionais (art 287º nº1 e 2)- por exemplo existe do Brasil
e nos EUA
Alteram o texto cons琀椀tucional mas 昀椀cam a par dos texto , e a revisão não
incorpora o texto cons琀椀tucional
Leis Cons琀椀tucionais não podem ser objeto de veto poli琀椀co (Art. 286º /nº3) ;
昀椀scalização abstrata preven琀椀va/veto por incons琀椀tucionalidade( o presidente da
republica só pode promulgar uma lei ou decreto lei)
Acórdão n.º 288:98 aborto.docx (dropbox.com)
São normas de elevada abstração, pouco precisas, pouco concretas e pouco densas, às
quais está subjacente um determinado valor. A um princípio está sempre subjacente
um valor. São normas que não fornecem imediatamente uma solução para um caso
concreto, não fornecem resposta automa琀椀camente a um problema jurídico. Detém
uma elevada abstração e contém orientações para a elaboração de normas preceito Ex:
ar琀椀go 1 – dignidade da pessoa humana, deste princípio resultam várias regras na
cons琀椀tuição , por exemplo o ar琀椀go 25, n2, a proibição da tortura, ar琀椀go 24, n2 –
proibição da pena de morte O modo de cumprimento de um princípio não é a
obediência, estes são apenas mandatos de o琀椀mização , por exemplo quando falamos
em princípio da igualdade pretendemos máxima igualdade. Muitas vezes, não é
possível realizar dois princípios em termos absolutos e o que se pretende é um
balanceamento entre os princípios que estão em con昀氀ito.
Ex.: Princípios republicano (saber se Portugal é uma republica ou uma monarquia – Artigo 1.º,
CRP), separação funcional de poderes(110 e 11º), forma unitária de Estado (Artigo 6.º, CRP),
forma de governo, pluralismo político,…
Têm igual valor. Ocupam, na hierarquia constitucional, a mesma posição hierárquica. Porém,
em caso de conflitos entre eles, aquele que tem maior prevalência são os preceitos
A constituição é um sistema normativo aberto pela possibilidade de se fazer revisões
constitucionais (284 e seguintes) e pela possibilidade de se fazerem modificações
constitucionais.
Competência –regras que identificam os poderes/as tarefas que cada um dos órgão
constitucionais é chamado a desempenhar (Art 133º e segs. – competência do P.R;
Art.197º e segs. – competência do governo
Procedimento- regra que define a tramitação que deve ser seguida na adoção de atos
por parte dos órgão constitucionais (como se faz uma lei , quem tem a iniciativa , Art
167º e 168º; estado de emergência- Quem declara(PR) e depois de ouvir quem(AR)-
Art. 138º)
1. Jorge Miranda (não distingue os preceitos em função da sua função mas sim por a sua
determinadade dos seu conteúdo no texto constitucional)
CRITERIO: determinalidade do conteúdo (sua mais ou menos determinalidade)
Precetivas (exequíveis e não exequíveis por sim mesmas)
Aqueles que Conteúdo suficientemente determinado na constituição(um tribunal que esteja a
apreciar um caso pode extrair dela uma solução , os particulares podem invoca-la e juiz pode
aplicar sem necessidade de nenhum outro ato de execução- para Jorge Miranda são precetivas
regras materiais consagradas de DLG (art.24-57º) ou regras jurídico- organizatoria dirigidas aos
poderes públicos
Em matéria de normas precetivas O legislador não tem poder para adotar opções politicas
porque a solução já esta prevista na constituição
Exercicios:
Art. 32º nº10: Principio instrumental (direito)
Art. 3º nº3: Principio Estruturante- Principio da constitucionalidade (todos os atos dos poderes
públicos incluindo a do legislador tem de estar em conformidade com a Constituição)
Art. 20 nº5: Regra jurídico- material precetiva ,não exequível (“nos termos da lei”- a lei
assegura , por isso é preciso o legislador intervir para dar ao direito exequibilidade )
Art.34 nº1: Regra jurídico- material precetiva exequível
Art.65nº2: Regra jurídico-material programática (“incumbe”)
Art.29 nº1: Principio jurídico fundamental – Principio da não retroatividade da lei penal
incriminadora (art.292º (pide) - norma constitucional inconstitucional , porque viola um
principio jurídico fundamental)
Art.1333 a): Regra jurídica organizatória (de competência)
Preâmbulo constitucional:
Autoria de Manuel Alegre
Texto não articulado, inalterado desde 1976
Faz parte na constituição me sentido formal(texto constitucional) e por isso alterar o preâmbulo
pressupõem uma revisão constitucional.
Já se tentou alterar a parte do preambulo que ainda refere “caminho para uma sociedade
socialista”
Texto semântico sem valor jurídico e por isso não é parâmetro de validade das normas feitas
pelo legislador ordinário e também não é possível usa-lo como critério de interpretação das
normas constitucionais esta visão é diferente de Jorge Miranda , que lhe reconhece
relevância indireta, ou seja, acha que o preambulo pode ser usado como critério de interpretação
as normas constitucionais.
Costume constitucional:
Normas constitucionais não escritas que correspondem a praticas institucionalizadas(reiteradas)
normalmente dos órgão de soberania adotadas com a convicção da sua obrigatoriedade
(vinculação jurídica, se não tiver é um uso)
Admissibilidade do costume secundum constitutionem (pratica reiterada que reproduz aquilo
que já resulta do texto constitucional- ex. os membros do governo não podem ser deputados
(art.154ºnº1) e praeter constitutionem (praticas reiteradas que vão para lá do que esta no texto
constitucional mas que não contrariam – ex. Art.187nº1
Rejeição do costume contra constitutionem (praticas institucionalizas que contrariam o texto
constitucional)
Costume secundum constitutionem e o praeter constitutionem são uma função auxiliar ao
nível da interpretação e integração das normas constitucionais (diferente da função
conformadora imediata- não são parâmetro de validade das normas constitucionais – não é
possível declarar a inconstitucionalidade de uma norma utilizando o costume)
Jurisprudência constitucional:
Não vele entre nós um modelo de stare decisis/sistema de precedente (common law)- as
decisões dos tribunais são fonte de direto formal, os tribunais estão vinculados as decisões
judiciais formuladas por os tribunais superiores, a menos que os precedentes estejam
desatualizadas e inadequados para o caso concreto.
Relevância formal:
Controlo misto (Art.281º nº3)
Declaração de inconstitucionalidade (art. 282º)
Fiscalização constitucionalidade- relevo formal:
Abstrata sucessiva: se o tribunal constitucional declara a inconstitucionalidade de uma
norma é expulsa no ordenamento jurídico e deixa de ser aplicada para outros casos.
(efeito erga omnes- gerais)- Art. 281 e 282º
Concreta- se a norma é 3 vezes declarada como inconstitucional pode ser expulsa- inter
partes- Art. 281 nº3
Normas de criação jurisprudencial (ex. principio da proteção da confiança, direito a um mínimo
para uma existência condigna)
Interpretação Constitucional
Interpretação jurídica- Técnicas que procura obter a interpretação de uma norma(sen琀椀do)
Ex: dignidade da pessoa humana, penas cruéis, princípio da jus琀椀ça(art. 266º nº2), “sociedade
livre, justa e solidaria “(art. 1º)
Os textos cons琀椀tucionais são textos muito ricos, sendo que estes elementos são
insu昀椀cientes para interpretar as normas cons琀椀tucionais
Aplicar o elemento grama琀椀cal (teoria da alusão (art2 c.c): 昀椀cam logo excluídos os sen琀椀dos que
não tenham o mínimo de correspondência na letra da lei) que tem grande preponderância a
este 琀椀po de conceitos é impossível.
O elemento teleológico: O interprete iden琀椀昀椀que o 昀椀m visado pela norma cons琀椀tucional, sendo
que a nossa cons琀椀tuição é complexa , isto é ,a generalidade das normas cons琀椀tucionais
assentam num acordo/pacto entre princípios/correntes contraditórios e ideológicos dis琀椀ntos,
tornando-se di昀cil aplicar o elemento teleológico, uma vez que a norma não tem apenas uma
昀椀nalidades tem várias .
A cons琀椀tuição deve ser interpretada de forma a evitar contradições entre as suas normas, o
obje琀椀vo é extrair da norma um sen琀椀do que não contrarie outras normas constantes do texto
cons琀椀tucional – conjugação das varias normas cons琀椀tucionais , como elas se relacionam
Ex: o ar琀椀go 121º (quem pode votar nas eleições presidenciais) não pode ser lido isoladamente
tem de se ter tendo em conta/conjugado com o ar琀椀go 15, nº3 (direitos polí琀椀cos dos
estrangeiros que residam em Portugal)- assim percebemos que também os cidadão brasileiros
podem votar
A cons琀椀tuição é composta por princípios que podem entrar em con昀氀ito que resolvemos com
ponderação.
EX: se faço um gra昀椀te na casa de uma pessoa: temos um con昀氀ito entre dois direitos o Art.
42º(liberdade de criação cultural) e o direito a propriedade privada- temos de interpretar este
ar琀椀go tendo em conta a necessidade de harmonizar a liberdade de criação ar琀s琀椀cas com
outros direitos ou interesses cons琀椀tucionalmente protegidos.
emergência devia ouvir as regiões autónomas(uma vez que também existe estado de
emergência para as ilhas), esta interpretação violaria o principio da justeza já que
perturbaria a separação de poderes horizontal e ver琀椀cal , pois iam conferir as regiões um
poder que a cons琀椀tuição claramente não lhes quis dar.
Ex: ar琀椀go 23º - provedor de jus琀椀ça(cidadãos podem expor as sua queixas a ele e apesar de
proferir decisões vincula琀椀vas(não pode declara a invalidade de atos de poderes públicos) mas
pode emi琀椀r recomendações e pode pedir ao tribunal cons琀椀tucional a declaração de
incons琀椀tucionalidade de certas normas- 281 nº2), - Há uma tempo atras os Açores quis criar
um provedor de jus琀椀ça regional o tribunal cons琀椀tucional disse que era incons琀椀tucional
fundamentando que se deve maximizar a unidade poli琀椀ca e por isso não deve haver 2
provedor de jus琀椀ça , um para o con琀椀nentes e ou para as regiões autónomas , uma vez que o
sistema/ordem jurídico é só um(estado unitário) , não é um estado federal
Integração Constitucional:
Lacuna Cons琀椀tucional (autónomas) – Incompletude contrária ao plano de ordenação
cons琀椀tucional, é uma situação cons琀椀tucionalmente relevante que a cons琀椀tuição não
prevê mas que devia regular.
Sabemos se uma questão é cons琀椀tucionalmente relevantes quando regulam
aspetos essenciais do Estado e da sociedade:
Ex: Prazo para promulgação das normas pelo Presidente – 136 nº1 : prazo de 20 dias, nº2 : 8
dias(Presidente obrigado) ; 286ºnº3- rela琀椀vamente as leis de revisão cons琀椀tucional o
Presidente não pode reusar a promulgação , o que signi昀椀ca que a leis revisão cons琀椀tucional são
leis de promulgação obrigatória- Prazo é de 8 dias .
Diferente:
Situação em que o legislador ordinario não cria as leis necssarias para dar exequibilidade
as normas cons琀椀tucionais ( se o legislador não faz lesgislação há incons琀椀tucionalidade por
omissão)
Ex: Art. 59 nº2 e)- se o legisladro não criar o fundo de desemprego temos uma lacuna
Cons琀椀tucional (heterónomas) ou incons琀椀tucionalidade por omissão que pode ser reparada
por o tribunal cons琀椀tucional nos termos no art. 283º (dá indicação ao legislador que deve
atuar)
Ex: Cons琀椀tuição não 昀椀xa a escolaridade mínima obrigatória- matéria que vai evoluindo em
função das convicções poli琀椀cas como no próprio nível da escolaridade da população
A organização do poder polí琀椀co tem a ver com os órgãos cons琀椀tucionais de soberania , estes
estão elencados no ar琀椀go 110º, nº1 da cons琀椀tuição.
Cada uma das funções do estado deve ser atribuída a um órgão dis琀椀nto, contudo, na prá琀椀ca
isso não existe, na prá琀椀ca o único poder que está rigorosamente separado dos outros é o
poder jurisdicional, pois sem a separação deste não estamos perante um Estado de direito
(ar琀椀go 212º).
Quanto aos outros poderes a realidade é mais de uma interdependência entre poderes (ar琀椀go
111º - separação e interdependência)
Interdependência de poderes
Já Montesquieu introduziu a teoria dos pesos e contrapesos, ou seja, cada um dos poderes do
Estado deve exercer as suas competências mas para além disso deve controlar o exercício do
poder pelos outros órgãos, assim o nosso sistema prevê sistemas de controlo primário e
secundário entre órgãos de soberania
Ex: poder de veto polí琀椀co sobre leis e sobre decretos-lei (ar琀椀go 136º)
Forma de governo
Parlamentar
Presidencial
Semipresidencial
• Separação rígida de poderes (moderado por checks and balances) Ex: Estados-Unidos, México
, Brasil
Portugal – para alguns é um sistema de governo semipresidencial( Jorge Miranda, Reis Novais ),
par outros parlamentar( Paulo Otero, Vital Moreira) , mas na verdade trata-se de uma mista
entre parlamentar e semipresidencial (curso)
Exercício:
Porque é que a forma de governo não é semipresidencial , mas sim parlamentar ou mista
parlamentar presidencial?
O caso português
• O nosso presidente da República não governa (ar琀椀go 182º),assim quem governa é o governo
e não o poder execu琀椀vo, enquanto no sistema francês semipresidencial o presidente da
República preside sempre ao conselho de ministros , enquanto que no modelo português,
ar琀椀go 133, i) – comparece apenas e se o primeiro-ministro o pedir
• Fomos in昀氀uenciados pela nossa própria história cons琀椀tucional, sendo a eleição direta do
Presidente da República um traço caracterís琀椀co, sendo que em 1958 Humberto Delgado quase
ganho as eleições, no ano seguinte foi abolida a eleição direta do Presidente da República, em
1976 quisemos recuperar essa eleição direta. (memória interna)
O nosso governo só se mantém em funções enquanto não for demi琀椀do pela Assembleia da
República
• A monção de censura só é aprovada se reunir 116 deputados pelo menos (maioria absoluta
(ar琀椀go 195, n1, f)
• Ar琀椀go 195º, nº1 d), e), f) – o governo admite-se quando há rejeição do programa do governo,
aprovação por maioria absoluta..., sendo que quem o demite é o parlamento e não a
assembleia da república
Eleição direta do presidente da republica (art. 121º) – eleito diretamente pelo povo
através de sufrágio universal.
Veto poli琀椀co do Presidente sobre leis e decreto- leis (art. 136º)
Presidente ter poder polí琀椀co (presidente não governa, não tem poder execu琀椀vo, quem
governa é o governo (182º))- tem poderes polí琀椀cos consideráveis
• Poder de dissolução do parlamento pelo presidente da república (133º e)) , Reis novais
designa por a bomba atómica do sistema
• A decisão de dissolução da AR também está sujeita a limites temporais sendo ela mesma um
mecanismo de racionalização do parlamentarismo- Presidente não pode dissolver quando
quiser (ar琀椀go 172º).
nos primeiros 6 meses posteriores à eleição da AR, para dar tempo para que os
vários par琀椀dos com assento na AR para entrarem num acordo parlamentar ou
coligação que permita ao governo (estável ) entrar em plenitude de funções(apresentar
o programa sem ser rejeitado).
Também não pode dissolver no úl琀椀mo semestre do seu mandato(presidente) , de
forma a garan琀椀r que os dois atos eleitorais não se confundem, ou seja, que as eleições
presidenciais não se confundem com as legisla琀椀vas. Pois estas poderiam ser próximas e
haveria a impressão que quem ganha-se teria a con昀椀ança do Presidente da República ,
que o governo que sai das eleições legisla琀椀vas era um governo no presidente da
republica- governo órgão autónomo que não recebe ordens do presidente , pretende-
se garan琀椀r a autonomia do governo enquanto órgão cons琀椀tucional
Durante a vigência do Estado de emergência, estado de exceção cons琀椀tucional,
estando os direitos fundamentais estão suprimidos , não sendo possível haver uma
campanha eleitoral(não é possível exercer a liberdade de expressão , reunião – art.
113º). E corria-se o também risco de presidente dissolver a AR mais por força do
descontentamento rela琀椀vamente à situação de estado de si琀椀o do que propriamente
ser uma medida necessária.
Ar琀椀go 195, nº2, parte 昀椀nal – a demissão do governo pelo presidente está sujeita a limites
formais/procedimentais, na medida em que só pode demi琀椀r o governo na medida do parecer
do conselho de estado, mas o conteúdo não é vincula琀椀vo
Quando é que o presidente pode demi琀椀r o governo(190º) ? – Uma vez que nunca aconteceu a
doutrina diz que pode ser por 2 situações:
Órgãos de soberania :
Presidente da República:
• Mandato de 5 anos, não podendo haver reeleição para um terceiro mandato consecu琀椀vo
(ar琀椀go 123º e 128) – princípio de renovação dos 琀椀tulares dos cargos públicos
• Eleição feita a duas voltas (ar琀椀go 126º) – 50% +1%(maioria absoluta), não exis琀椀ndo, lugar à
segunda volta mesmo que só aja um candidato, se nenhum 琀椀ver a琀椀ngido tal , tem
obrigatoriamente de exis琀椀r 2º volta
polícia e o bombeiro do sistema – 124º: Quem apresenta a candidatura não são os par琀椀dos
polí琀椀cos, sendo exclusivamente os cidadãos)
- Poderes próprios(poderes que o presidente exerce sem intervenção de nenhum outro órgãos-
sozinho) - veto polí琀椀co sobre leis e dl, convocar referendos- art.115º, dissolver a Assembleia da
república, demi琀椀r o governo , requerer a 昀椀scalização da cons琀椀tucionalidade das leis ao tribunal
cons琀椀tucional
- par琀椀lhados- (poderes que o presidente exerce por inicia琀椀va ou por colaboração de outros
órgãos: dizem respeito a atos do presidente da república que estão sujeitos referenda
ministerial- art.140º )- dissolução das AL das Regiões Autónomas , nomeação dos membros do
governo, nomeação de outras altas 昀椀guras do estado(133º B) , Promulgação de leis e decretos-
leis; declaração de estado de emergência (134º d)); declaração de guerra
Assembleia da República
• Parlamento unicameral, composto por uma camara com um número máximo de 230
Deputados (art. 148.º e art 13º da lei eleitoral para AR);
• Candidaturas ,para as eleições legisla琀椀vas, apresentadas apenas pelos par琀椀dos polí琀椀cos (art.
151.º);
• “Os Deputados representam todo o país e não os círculos eleitorais por que são eleitos” (art.
152.º, n.º 2);
• Proibição do mandato impera琀椀vo (art. 155.º/1; contudo, arts. 151.º e 160.º, n.º 1, al c) CRP);
- par琀椀dos polí琀椀cos sujeitam os deputados a disciplina de voto e impede que os deputados
possam exercer livremente os seu mandato
Competências:
• Competência polí琀椀co-legisla琀椀va (art. 161.º, al. c) CRP) – “fazer leis sobre todas as matérias,
salvo as reservadas pela Cons琀椀tuição ao Governo”;
Assembleia da republica não aprova apenas leis aprova também acordos internacionais e
resoluções(resoluções ao contraio das leis não estão sujeitas a veto poli琀椀co do Pr nem a
promulgação e consequentemente não estão sujeitas a 昀椀scalização abstrata preven琀椀va)- Art.
166º nº5 e nº6)
• Competência polí琀椀ca:
CASO Nº5:
Caso:
3.
Veto poli琀椀co do Pr(manifestação de controlo secundário doo Pr ,neste caso ,sobre Ar)- art.
136 nº1
Temos um governo de mera gestão (186 nº5)- ainda não esta em plenitude das suas funções,
assim o governo não tem competências para realizar este 琀椀po de atos.
F) V- Uma vez que para eles só é cons琀椀tuição o que está no texto cons琀椀tucional , não
concebem princípios jurídicos fundamentais
G) V - existem limites horizontais e limites ver琀椀cais
H) F- Função integradora é a capacidade de a cont exprimir um conceso mínimo de uma
comunidade poli琀椀co em torno de um conjunto de valores
I) F- A cons琀椀tuição complexa exprime um comprimento entre um conjunto de princípios
e correntes ideológicas diversas.
Fontes Normativas
Leis que através das quais são aprovadas as revisões á cons琀椀tuição (art 161 a); 166º nº1)
Leis orgânicas
Leis de bases
Leis estatutária
Leis de enquadramento
Leis que pretendem regular um determinado setor norma琀椀vo e portanto 昀椀xam para esse
setor norma琀椀vo um conjunto de regras e princípios que todos os atos legisla琀椀vos que
venham a ser aprovados nesse setor tem de respeitar.
Lei que estabelece regras e princípios mínimos para um determinado setor norma琀椀vo e ,a
par琀椀r desse momento, todos os outros atos legisla琀椀vos que sejam aprovados sobre essa
matéria tem de respeitar essas leis de enquadramento.
Art. 112 nº 3: Diz que Há certas leis, da AR, que são leis reforçadas/com valor reforçado (certas
leis que tem valor superior ao de outras leis)
Critério da parametridade especi昀椀ca (leis que tem o valor Ex: Lei que 昀椀xa
Downloaded
reforçado por força deste by Ana Ferreira Ferreira (ferreiraanaferreira334@gmail.com)
critério círculos eleitorais
lOMoARcPSD|18506339
a alteração destas leis pela sua importância (não 昀椀quem sujeitas as maiorias absolutas
conjunturais que um determinado par琀椀do possa ter no parlamento)
Modalidades de leis:
Espanha , bélgica) que é a cons琀椀tuição que diz sobre o que cada uma das regiões
pode legislar, Portugal adotou um esquema diferente onde remete a de昀椀nição
dessas matérias para o estatuto (112 nº 4- matérias que as regiões autónomas tem
poder legisla琀椀vo)
Quem apresenta o projeto são as assembleias legisla琀椀vas das regiões mas quem aprova quem
a lei estatutária é a AR- isto explica-se porque :
Leis orgânicas:
São leis com valor reforçado (art.112, nº3)
De acordo com art 166 nº2 : Só são leis orgânicas aquelas que a cons琀椀tuição de昀椀ne como tais
(signi昀椀ca que a AR não pode criar quando quiser leis orgânicas, só há as leis orgânicas que a
cons琀椀tuição de昀椀ne como tal) .
Todas as leis orgânicas versam sobre matérias de reserva absoluta(art 164º, eleições dos
琀椀tulares dos órgãos de soberania ,regime de referendos, leis do tribunal cons琀椀tucional,
aquisição e perda de cidadania pt, organização da defesa nacional e das forças armadas,
associações e par琀椀dos polí琀椀cos, eleições dos deputados da alr)
Aprovação da votação 昀椀nal global de uma lei em geral e feita por Maioria rela琀椀va (116 nº3) –
mais votos a favor do que contra ,não contabilizando abstenções
Ar琀椀go 136º nº2 - apara as outras leis é necessário maioria absoluta para a superação do veto
polí琀椀co presidencial (AR aprova uma lei que segue para PR que exerce o veto poli琀椀co que é
superável através de con昀椀rmação por maioria absoluta )
No caso das leis orgânicos é exigida maioria de 2/3 para a superação do veto poli琀椀co
presidencial(art136 nº3- dos decretos que revistam a forma da lei orgânica): a discordância
poli琀椀ca do presidente ,manifestada através do veto polí琀椀co, é mais di昀cil de
superar/ultrapassar quando está em causa uma lei orgânica - A maioria de superação é sempre
maior que a maioria de aprovação
A legi琀椀midade processual a琀椀va para pedir a 昀椀scalização abstrata preven琀椀va, com as demais leis
quem pode pedir a 昀椀scalização abstrata preven琀椀va é apenas o presidente da república(278
nº1), quando se trata de uma lei organica à um alargamento da legi琀椀midade processual
(278,n4), quem pode pedir a abstrata preven琀椀va de uma lei orgânica é o presidente da
republica, o primeiro ministro e 1/5 dos deputados à Assembleia da republica (46 deputados)-o
que explica é a importância das matérias que versa uma lei orgânica .
Casos prá琀椀cos :
1. A) Matéria dos atos legisla琀椀vo (112, nº1) que tem de ser legislada através de
Lei orgânica (art.166, nº2; 164º, h) + 112, nº3 Forma e procedimento
especí昀椀cos - art168, n5 (aprovação por maioria absoluta) -art. 136, nº3 -
art.278, nº4
2. In casu: - diploma foi validamente aprovado – 116 deputados (maioria
absoluta) – 168, n5
“ não se ia pronunciar se vetaria ou se promulgaria antes de decorridos oito
dias desde da receção dessa lei” - ins琀椀tuto da promulgação vedada (exclusivo
das leis orgânicas)art. 278,n 7: quando se trata de leis orgânicas , o Pr não
pode promulgar os atos a que se refere o nº4 sem que tenha decorrido 8 dias
da sua recessão, ao contrario das leis normais que tem o PR tem um prazo de
20 dias – 136 nº1 para permi琀椀r o tempo necessário para o 1 ministro e 1/5 dos
deputados pedirem a 昀椀scalização abstrata preven琀椀va se assim desejarem, pois
depois de prumulgada por o PR não podem pedir
PR diz que “caso vetasse, o veto seria insuperável” - a昀椀rmação incorreta - veto
de uma lei orgânica é superável, mas a con昀椀rmação exige maioria de 2/3 dos
deputados presentes (art.136, n3)
É uma lei da Assembleia da republica pela qual ela habilita outros órgão a legislar sobre
matérias da sua reserva rela琀椀va de competência legisla琀椀va(164º- não pode haver , porque so
apenas AR pode produzir atos legisla琀椀vos e 165º) Só no art . 165º
Des琀椀natários da autorização: Governo através de um decreto lei autorizado (art. 198º nº1 b))
e Assembleia Legisla琀椀vas das regiões autónomas através de um decreto legisla琀椀vo regional
autorizado (227º nº1 b))- desde a Rc 1989, mas só para algumas matérias
Extensão:
Sempre que temos uma lei de autorização legisla琀椀va que não de昀椀ne um das 4 elementos
(objeto, sen琀椀do , extensão e duração ) essa lei é incons琀椀tucional porque tem vicio material
O decreto que venha sido aprovado com base/fundamento nessa lei incons琀椀tucional
também é incons琀椀tucionalidade
Lei esta valida mas o decreto lei autorizado não obedece a lei de autorização
Cessação da autorização:
Leis de bases :
• São sempre leis da Assembleia da República que de昀椀nem e regulam os alicerces mestres de
um determinado setor norma琀椀vo, as quais se aproxima das leis quadro/leis de enquadramento
• As leis de base só 昀椀xam as traves mestres de cada um dos setores norma琀椀vos e por isso
carecem de desenvolvimento, esse desenvolvimento está a cargo do governo (ar琀椀go 198, nº1,
c)
• Desde a revisão cons琀椀tucional de 2004 também está a cargo das assembleias legisla琀椀vas das
regiões (277, nº1, c)
• As leis de base podem incidir tanto sobre a matéria de reserva da assembleia da república,
mas também sobre matéria de competência paralela ou concorrente Ex: leis de bases em
matérias de comportamento concorrente: lei de base do desporto Leis de base em matéria de
direito absoluto: - bases do sistema de ensino, bases de forças armadas, bases do sistema de
ensino Leis de base em matéria de competência reservada: - art 165 – bases dos sistema de
segurança
• As lei de autorização tem repe琀椀bilidade enquanto que as leis de base não, ou seja, as leis de
autorização só pode ter um decreto-lei, enquanto que as leis de base podem ter vários
decretos-lei
• Ao contrário das leis de autorização as leis de base não caducam com a demissão do governo,
dissolução da AR, termo da legislatura (art.165º, nº4) Procedimento legisla琀椀vo parlamentar
comum Vamos ver o conjunto de atos dirigidos á aprovação de uma lei pelo parlamento , ou
seja, quais são os atos necessários para a elaboração de uma lei 1º fase – fase de inicia琀椀va
(ar琀椀go 167º) 2º fase- fase de instrução (ar琀椀go 167, nº8 e 178º) 3ª fase – fase delibera琀椀va ou
cons琀椀tu琀椀va (ar琀椀go 168º) 4º fase – fase de controlo (ar琀椀go 136º e 140º) 5 fase – fase integra琀椀va
de e昀椀cácia (ar琀椀go 119, nº1, c) Fase de inicia琀椀va (167º) A inicia琀椀va de lei é o poder de iniciar o
procedimento legisla琀椀vo. Não confundir inicia琀椀va legisla琀椀va com competência legisla琀椀va. Há
órgãos de inicia琀椀va legisla琀椀va em matérias que não têm competência legisla琀椀va, por exemplo,
o governo pode apresentar uma proposta de lei sobre matéria reservada à assembleia da
república, contudo, não tem competência para legislar esta matéria. Quem tem inicia琀椀va de
lei ?
• 167º, nº1 - quem tem inicia琀椀va de lei são os deputados (pode ser só 1 ) » ar琀椀go 156º, b) •
Também te competência os grupos parlamentares 167,, n1» 16«187º, nº2, g)
• Tem inicia琀椀va de lei o governo, por base do Conselho de ministros (167, nº1 »200º, nº1, c) •
Grupo de cidadãos eleitores , desde que sejam prescritas por um mínimo de 20 000 cidadão
167º» lei de inicia琀椀va dos cidadãos
que tenham de ser ouvidos , parecer fundamento 3 fase – cons琀椀tu琀椀va ou delibera琀椀va (168º)
Subdivide-se em 3 momentos: • discussão e votação na generalidade, ou seja, em plenário
(art. 168º, nº1 cRP e 147º, nº1 RAR) – é necessário saber se o projeto tem chances de avançar
• discussão e votação na especialidade – ocorre em comissões parlamentares especializadas,
tesalvo a “reserva de plenário”- existem certas proposta de lei votadas em plenário, a maioria
são leis orgânicas (168º, nº3) • votação 昀椀nal global – acontece em plenário, e por regraa é
necessária a aprovação por maioria rela琀椀va/simples (ar琀椀go 116, nº3) Contudo existem
exeções : - leis do 168º,nº5 – leis orgânicas – maioria absoluta - leis do 168, nº6 – maioria de
2/3 dos deputaods em efe琀椀vidade de funções
Casos prá琀椀cos 5.
a) O governo apresentou uma proposta de lei de autorização à AR (art. 200, nº1, c) e 167º, nº1
– trata-se de inicia琀椀va de lei reservada (172º RAR) matéria de reserva rela琀椀va de competência
da AR (art. 165, nº1, q ) Assumindo que a lei de autorização respeita os limites temporais e
materiais (art. 165, nº2), a lei é válida Primeiro problema:DLA respeitou os limites temporais ?
Sim, no momento relevante é a data de aprovação em CM (28/03/2022) A autorização
esgotou-se em 04/04/2022 Segundo problema: demissão do governo - governo foi demi琀椀do na
vigência b) AR procedeu em 20 de fevereiro a uma revogação tácita da lei de autorização
legisla琀椀va = cessação da autorização DLA do governo está ferido de defeito de autorização , inc.
orgânica Independentemente dos limites temporais terem sido respeitados
Fiscalização da cons琀椀tucionalidade:
Trata-se de saber se determinados atos estão conformes com a cons琀椀tuição (princípios e
normas cons琀椀tucionais).
Objeto do controlo : que 琀椀pos de atos podem ser controlados/昀椀scalizados pelo tribunal
cons琀椀tucional
Há muitos atos jurídicos incons琀椀tucionais que nunca vão chegar ao tribunais cons琀椀tucional
Todos os Atos que sejam reconduzíveis ao conceito funcional de norma (conceito que
foi criado pelo tribunal): Normas jurídicas(disposições gerais e abstratas ) emanadas
por órgãos a quem a cons琀椀tuição confere poder norma琀椀vo normas de direito
publico
Objeto de controlo:
É composto pela:
Cons琀椀tuição (277 nº1 CRP): normas e princípios cons琀椀tucionais (não necessitam estar
expressamente consagrados na cons琀椀tuição , basta estar implicitamente . ex: principio
da segurança jurídica e da proteção da con昀椀ança, ressulta do princpio do estado de
direito (art. 2º)
Leis com valor reforçado : art. 280 nº2 e 281 nº1- se uma lei violar uma lei com valor
reforçado existe uma ilegalidade de lei …
Direito internacional (art. 70 nº1 i)LCT)- Se um ato legisla琀椀vo violar o direito
internacional o TC pode 昀椀scalizar, porque o DI esta a cima das leis nacionais.
Due (so se violar os princípios do estado de direito)
Tipos de incons琀椀tucionalidade:
Ocorre quando não é aprovada uma norma que devia ser aprovado à luz da cons琀椀tuição (o
legislador tem de desrespeitar/viola a imposição cons琀椀tucional especi昀椀ca- legislador não faz
uma lei que nos termos na cons琀椀tuição estava obrigado a fazer (ex: art. 41nº6)
Legi琀椀midade processual a琀椀va restrita: quem pode pedir a 昀椀scalização segundo o art. 283 , pR ,
provedor de jus琀椀ça e quando estão em causa direitos da regiões.
Total: afeta toda a norma jurídica , toda a norma jurídica é incons琀椀tucional (ex:
incons琀椀tucionalidade orgânica – governo faz um dl do art. 264 e 261 sem autorização)
Parcial: a incons琀椀tucionalidade afeta apenas um segmento textual na norma
Originaria
Superveniente
Vícios:
Material
O conteúdo na norma é que viola as normas e os princípios cons琀椀tucionais (EX: norma que
venha reintroduzir as penas perpétuas em Portugal.)
Formal
Quando há Vicio de forma ou com um vicio de procedimento (EX: lei orgânica aprovada por
maioria absoluta (art. 168 nº5) e se for aprovada apenas por 114 deputados e não por 116
necessários – a tramitação que a cons琀椀tuição prevê para a aprovação não foi respeitada)
Orgânica
Procede a controlo urgente, dado que tem de proferir uma decisão no prazo de 25 dias (278º
nº8 » art. 60 lei da tribunal cons琀椀tucional)
PR (art. 278 nº1 e 115 nº8) : normas de Convenções internacionais; leis e decreto- leis;
propostas de referendo
Representantes da republica (art . 278 nº2): normas constantes de decretos
legisla琀椀vos regionais
PM e 1/5 dos deputados da AR (46 deputados)(art. 278 nº4): leis orgânicas
Objeto de controlo:
Parâmetro de controlo:
Leis da AR:
Con昀椀rmação (279 º nº2): a AR reaprova o diploma desta feita por 2/3 dos deputados
presentes , sem introdução de quaisquer alterações.
e) O governo pode revogar uma lei da AR sobre a matéria de apoio ao turismo- V :Matéria
concorrente (art. 164 e 165 a contrario sensu)
f) As restrições dos direitos dos militares é uma matéria que deve ser disciplinada através
de lei orgânica- F: Art 164 o) (matéria de reserva absoluta da AR) , 166 nº2ª a contrario
(não é uma matéria que deve ser legislada por lei orgânica)
h) As leis orgânicas carecem de aprovação por maioria de 2/3 dos deputados presentes. F:
maioria absoluta – pelo menos 116 (168 nº5)