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ACADEMIA DE BOMBEIROS MILITAR

ATO N. 2.036/19 – DCS

RESULTADO DOS RECURSOS COM NOVO GABARITO


DIVULGAÇÃO DO RESULTADO PRELIMINAR DA 1ª FASE – CHO BM 2019

O CORONEL BM COMANDANTE DA ACADEMIA DE BOMBEIROS MILITAR DE


MINAS GERAIS, no uso de suas atribuições legais, considerando o Edital n. 01/2019,
que dispõe sobre o processo seletivo ao Curso de Habilitação de Oficiais – CHO BM
para o ano de 2019, e Ato nº 2011/2019, que dispõe sobre a retificação do Edital n.
01/2019, RESOLVE:

I - HOMOLOGAR E DIVULGAR a solução dos recursos interpostos pelos


candidatos abaixo relacionados, contra o gabarito e questões da prova (1ª fase) do
processo seletivo, conforme parecer da comissão nomeada que adiante se vê:

RECURSO INDEFERIDO

Questão 03
NUMERO GRAD. NOME UNIDADE
110.762-2 2º Sgt Demetrius Ferreira De Sousa DLF

Síntese do recurso: o recorrente alega que apesar dos itens estarem contidos nos §§
1º e 2º do Art. 6º da Portaria Normativa nº 660/MD/2009, ocorreu uma transformação
em único texto de resposta, que tornou a frase sem sentido, remetendo o candidato ao
erro. Por fim, solicita revisão do gabarito e consequente anulação da questão.

Parecer/justificativa: analisando o que foi argumentado pelo recorrente, verifica-se


que é improcedente. Ainda que tenha sido transcrito em texto corrido, não causou
prejuízo à interpretação do candidato, pois foram utilizadas conjunções e pontuação
adequadas, ao contrário do alegado pelo recorrente. Dessa forma, não há que se falar
em anulação da questão, pois a alternativa a ser assinalada é a “D”, conforme
divulgado no gabarito oficial.

Solução: conhecer do recurso interposto pelo militar nº 110.762-2, 2º Sgt BM


Demétrius Ferreira de Sousa, da DLF, posto que preencheu os pressupostos de
admissibilidade e recorribilidade, contudo, INDEFERÍ-LO, mantendo a questão e
ratificando a opção “D” como publicado no gabarito oficial.
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RECURSO INDEFERIDO

Questão 03
NUMERO GRAD. NOME UNIDADE
125.191-7 2º Sgt Eduardo Mota Carvalho 2º COB

Síntese do recurso: o recorrente alega que é oportuno avaliar que há conduta


específica e oficial no Cerimonial do Exército (CERIMONIAL MILITAR DO EXÉRCITO
VADE-MÉCUM Nº 03 HONRAS DE RECEPÇÃO E DESPEDIDA DE AUTORIDADE NA
OM), sendo que a tropa militar também deve prestar continência no período entre o
arriar da Bandeira e o toque de alvorada no dia seguinte as autoridades citadas:
Presidentes do Senado Federal, da Câmara dos Deputados e do Supremo Tribunal
Federal; e Ministros do Superior Tribunal Militar. A solicitação baseia-se na existência
de uma complementação do rol das autoridades que tem o direito à continência de
tropa no período entre o arriamento da bandeira e alvorada. Por fim, solicita a mudança
do gabarito oficial da alternativa “D” para a “C” e, ainda, caso não for possível tal
procedimento, que a questão seja anulada.

Parecer/justificativa: em análise ao recurso, verifica-se que não procede o argumento


apresentado pelo recorrente, haja vista que o enunciado no item “IV” da questão 03, é
ipsis litteris ao contido no Art. 51 da Portaria Normativa nº 660/MD/2009. A referida
questão faz alusão à Portaria Normativa nº 660/MD/2009 e não ao Cerimonial Militar do
Exército Vade-Mécum nº 03 Honras de Recepção e Despedida de Autoridade na OM,
assim, não havendo que se falar em mudança do gabarito oficial e nem em anulação
da questão.

Solução: conhecer do recurso interposto pelo militar nº 125.191-7, 2º Sgt BM Eduardo


Mota Carvalho, do 2º COB, posto que preencheu os pressupostos de admissibilidade e
recorribilidade, contudo, INDEFERÍ-LO, mantendo a questão e ratificando a opção “D”
como publicado no gabarito oficial.

RECURSO INDEFERIDO

Questão 07
NUMERO GRAD. NOME UNIDADE
123.397-2 2º Sgt Ronei Alves De Miranda 5º BBM

Síntese do recurso: o recorrente alega que no gabarito oficial consta como resposta
certa a letra “A”, porém, conforme o enunciado da questão deveria ser assinalada a
alternativa que não é considerada uma das atribuições apontadas no Decreto nº
40.874/2000, contudo, a opção considerada como certa, possui uma atribuição prevista
no referido decreto, o que a torna “metade certa e metade errada”. Sendo assim,
segundo o recorrente, em todas as alternativas existem atribuições que constam no
Decreto supracitado e, por consequência, não há resposta totalmente correta na
questão, solicitando que a referida questão seja anulada.

Parecer/justificativa: analisando o que foi argumentado pelo recorrente, cumpre


esclarecer que o Art. 1º do Decreto nº 40.874/2000 relaciona o rol das atribuições
delegadas pelo Governador ao Comandante-Geral do CBMMG. O Inc. II do referido
Decreto traz que é delegada a movimentação de Oficiais ao Comandante-Geral,
entretanto, exclui claramente para a função de Chefe do Estado-Maior. Ainda que
conste na alternativa “A”, a licença para tratar de interesse particular de servidores do
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CBMMG, que é uma atribuição delegada pelo Governador ao Comandante-Geral, a


movimentação para a função de Chefe do Estado-Maior não o é. Dessa forma, não há
que se falar em anulação da questão, pois a alternativa a ser assinalada é a “A”,
conforme divulgado no gabarito oficial.

Solução: conhecer do recurso interposto pelo militar nº 123.397-2, 2º Sgt BM Ronei


Alves de Miranda, do 5º BBM, posto que preencheu os pressupostos de
admissibilidade e recorribilidade, contudo, INDEFERÍ-LO, mantendo a questão e
ratificando a opção “A” como publicado no gabarito oficial.

RECURSO INDEFERIDO

Questão 11
NUMERO GRAD. NOME UNIDADE
127.217-8 2º Sgt Welber Geraldo De Melo 2º BBM

Síntese do recurso: que a questão possui 2 respostas corretas: “C” e “D”.


Parecer / Justificativa: Segundo o Art. 100 do Manual de Gerenciamento de Frota
do CBMMG, incisos VII e VIII, parar e estacionar a viatura em local seguro e
adequado é procedimento compreendido pela manutenção de primeiro escalão,
enquanto regulagens não fazem parte desse tipo de manutenção.
Art. 100 - A manutenção de primeiro escalão ou manutenção de operação é a
manutenção primária que tem por objetivo proporcionar o bom desempenho da
viatura, sendo obrigatória e de responsabilidade do motorista. Compreende
manutenção de primeiro escalão:
[...]
VII - parar e estacionar a viatura em local seguro e adequado;
VIII - reapertos gerais que não impliquem em regulagens;
[...]

Solução: INDEREFIMENTO.

RECURSO INDEFERIDO

QUESTÃO 14
NUMERO GRAD. NOME UNIDADE
120.965-9 2º Sgt Márcio Cândido Dos Reis 8º BBM

Síntese do recurso: o gabarito oficial traz a alternativa “B” como correta para a
referida questão. Porém, de acordo com o Art. 2º da Resolução 711, em caso de
necessidade, em ocorrência, e também com autorização, viaturas podem ser
empregadas com efetivo baixo do previsto no anexo único. Tendo em vista que o
efetivo mínimo previsto para a Auto Jamanta (AJ) é de dois militares, entendemos que
nos casos acima descritos, podem sim ser tripulada apenas pelo motorista. Tanto no
art. 2º quanto no artigo 3º, necessita de autorização, seja pelo “fica autorizado” ou
“devidamente autorizado”, o importante é ter a autorização.

Parecer / Justificativa:
Conforme o enunciado da questão 14:
“Questão 14 - Marque a opção em que as viaturas, com respaldo na Resolução 711, de
06 de março de 2017, podem ser tripuladas somente pelo motorista, desde que
devidamente autorizado pela autoridade delegante considerando a oportunidade,
conveniência e segurança”
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O enunciado não deixa dúvidas quanto às condições para que as citadas viaturas
sejam tripuladas somente pelo motorista, sendo uma situação em que a viatura
independe de outras viaturas empenhadas conjuntamente. O enunciado foi baseado no
Art. 3º da Resolução, já o Art. 2º, citado pelo recursante, inclui a condição de emprego
múltiplo, ou seja, emprego concomitante de mais de uma viatura, portanto, não
atendendo as condições do enunciado.
Art. 2º- Em ocorrências que haja necessidade de emprego de mais de uma
viatura de uma fração e que o efetivo atual da fração seja menor que o
quantitativo mínimo para o emprego simultâneo das mesmas, fica autorizado
o emprego múltiplo com efetivo abaixo do previsto no anexo único,
considerando a oportunidade, conveniência e segurança.
Art. 3º- As viaturas ACE, AR, SIB, TPA, TPO e TR poderão ser tripuladas
apenas pelo motorista, desde que devidamente autorizado pela autoridade
delegante considerando a oportunidade, conveniência e segurança.

Presidente da Comissão: “homologo visto que a situação apresentada pelo recorrente


é excepcional e não pressupõe apenas mera autorização da autoridade delegante após
análise de oportunidade, conveniência e segurança. Na situação excepcional aventada
pelo candidato é específica para situações de emprego silmultâneo de viaturas. Não
bastando assim, mera análise de mérito pela autoridade. Imprescinde, também,
incidência de hipótese normativa prevista no art. 2º, não contemplada na questão.
Indeferir o recurso e manter o gabarito.”

Solução: INDEREFIMENTO.

RECURSO INDEFERIDO

QUESTÃO 16
NUMERO GRAD. NOME UNIDADE
110.762-2 2º Sgt DEMETRIUS FERREIRA DE SOUSA DLF

Síntese do recurso: A alternativa B também seria uma afirmação falsa, porque não
citou que os militares inativos, no uso de sua faculdade de externar seus pensamentos
e conceitos ideológicos, filosóficos ou relativos à matéria pertinente ao interesse
público, deveria fazê-lo respeitando a Lei Civil.

Parecer / Justificativa: Os textos das alternativas não consistem em uma transcrição


do texto da Lei. Ademais, o respeito aos limites estabelecidos na lei civil, citado na
norma, trata-se de desvelo do legislador, uma vez que todos os cidadãos brasileiros
estão sujeitos à lei civil. A simples supressão de tal complementação, não torna a
alternativa falsa, muito menos a alternativa falsa que é a resposta da questão se torna
verdadeira, portanto, não há o que se falar em dúvidas quanto à resposta.
Art. 1º - É facultado ao militar inativo, independentemente das disposições
constantes em regulamento disciplinar da Polícia Militar ou do Corpo de
Bombeiros e respeitados os limites estabelecidos na lei civil, opinar livremente
sobre assunto político e externar pensamento e conceito ideológico,
filosófico ou relativo a matéria pertinente ao interesse público.
Parágrafo único - O disposto neste artigo não se aplica quando se tratar de
assunto de natureza militar de caráter sigiloso. LEI COMPLEMENTAR 58, DE
29/11/2000: Dispõe sobre a manifestação, por militar inativo, de pensamento e
opinião.

Solução: INDEREFIMENTO.
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RECURSOS DEFERIDOS E ANULAÇÃO DA QUESTÃO

QUESTÃO 17
NUMERO GRAD. NOME UNIDADE
125.191-7 2º Sgt Eduardo Mota Carvalho 2º COB
126.102-3 2º Sgt Ricardo Tavares 4º BBM
122.401-3 2º Sgt Ricardo Alexandre Lobello Coelho 2º CIA
IND
Síntese do recurso: A expressão “atendidas às restrições previstas em lei própria”,
constante na afirmativa:

É permitido, no meio civil, aos militares da ativa, o exercício do


magistério ou de atividades técnico-profissionais, atendidas as
restrições previstas em lei própria.

Por analogia, abarcaria a exigência de titulação dos militares para o exercício do


magistério ou atividades técnico-profissionais.

Parecer / Justificativa: Considerando que a exigência de titulação poderia sim, ser


considerada uma das restrições previstas em lei própria, levando o recursante a
entender a afirmação como verdadeira considero procedente o recurso.

Solução: DEREFIMENTO e anulação da questão.

RECURSO INDEFERIDO

QUESTÃO 17
NUMERO GRAD. NOME UNIDADE
132.237-9 2º Sgt Kollek Pereira Da Silva 7º BBM

Síntese do recurso: No caput do Art. 22 do EMEMG, ao referir-se aos “militares da


ativa”, incluiria todo o militar da ativa, sem exceções, e tal referência, também serviria
para o texto do § 3º do mesmo artigo.

Parecer / Justificativa:
O caput do artigo 22 do EMEMG afirma que “Aos militares da ativa é vedado fazer
parte de firmas comerciais, de empresas industriais de qualquer natureza ou nelas
exercer função ou emprego remunerado”. Fica claro que se trata de uma proibição. No
§3º do Art. 22, o legislador abre uma exceção para o exercício do magistério ou de
atividades técnico-profissionais, no entanto, restringindo aos militares que possuem
titulação, ainda, tomando o cuidado de não permitir de outras exigências da lei deixem
de ser atendidas, acrescenta: “atendidas às restrições previstas em lei própria”.
Portanto, não há o que se falar no exercício do magistério ou atividades técnico-
profissionais aos militares da ativa que não atendam tais quesitos, ou seja, a todos os
militares da ativa é vedado a participação de firmas comerciais, empresas, etc, no
entanto, aos militares da ativa titulados é permitido o magistério ou atividades técnico-
profissionais. Diante do exposto, a interpretação defendida pelo recursante de que a
totalidade dos militares a que se refere o caput do Art. 22 é aplicável ao §3º do mesmo
artigo é descabida.

Solução: INDEREFIMENTO.
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RECURSO INDEFERIDO

QUESTÃO 19
NUMERO GRAD. NOME UNIDADE
125.191-7 2º Sgt Eduardo Mota Carvalho 2º COB

Síntese do recurso: Que a ABM não detém competência exclusiva de todas as ações
de planejamento e coordenação de ensino no CBMMG.

Parecer / Justificativa:
A Resolução 680 de 01set2016, traz em seu texto:
Art. 3º - As ações de planejamento e coordenação de ensino são de
competência exclusiva da ABM.
Parágrafo único - Para fins dessa norma considera-se ensino a formação,
especialização, aperfeiçoamento, habilitação, qualificação, treinamentos
diversos e eventos extemporâneos.

Em tal resolução, o legislador, ao usar a palavra “exclusiva”, foi claro e preciso quanto
à competência da ABM no que tange as ações de planejamento e coordenação do
ensino. O parágrafo único não vem restringir o sentido da palavra ensino, mas
abrange-lo em todos os níveis possíveis, uma vez que considera ensino, não somente
os cursos de formação, mas também os de especialização, aperfeiçoamento,
habilitação, qualificação, assim como inclui quaisquer treinamentos ou eventos
extemporâneos. O intuito, claramente, é de ampliar o sentido da palavra e não o
restringir, reforçando a exclusividade da competência da ABM. A simples
operacionalização da contratação de professores civis, realizada pela DRH, alegada
pelo recursante, com certeza é realizada mediante da demanda e solicitação de origem
da unidade competente para o planejamento das ações de ensino, não se trata de
coincidência de competência.

Solução: INDEREFIMENTO.

RECURSO INDEFERIDO

QUESTÃO 20
NUMERO GRAD. NOME UNIDADE
110.762-2 2º Sgt Demetrius Ferreira De Sousa DLF

Síntese do recurso: o recorrente alega que o Decreto nº 40.874/2000 delega as


competências ao Comandante-Geral do Corpo de Bombeiros Militar, para a prática de
atos que menciona diferente do disposto na resposta letra “A” na qual cita que “podem
ser delegadas”. Diante disso, solicita anulação da questão.

Parecer/justificativa: analisando o que foi argumentado pelo recorrente, verifica-se


que não tem fundamento, pois o contido na alternativa “A” está preconizado no Inc. X,
do Decreto nº 40.874/2000, sendo que a atribuição de classificar documentos sigilosos
na categoria de secreto pode ser delegada ao Comandante-Geral. A expressão “podem
ser delegadas” não invalida, muito menos muda o sentido na alternativa. Na alternativa
“C”, a parte final que aduz “[...], ainda que seja de natureza militar de caráter sigiloso”,
vai de encontro ao previsto na Lei Complementar nº 58/2000, no parágrafo único, do
Art. 1º, isto é, não se aplica quando se tratar de assunto de natureza militar de caráter
sigiloso, o que faz com que a alternativa seja incorreta. Dessa forma, não há que se
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falar em anulação da questão, pois a alternativa a ser assinalada é a “C”, conforme


divulgado no gabarito oficial.

Solução: conhecer do recurso interposto pelo militar nº 110.762-2, 2º Sgt BM


Demétrius Ferreira de Sousa, da DLF, posto que preencheu os pressupostos de
admissibilidade e recorribilidade, contudo, INDEFERÍ-LO, mantendo a questão e
ratificando a opção “C” como publicado no gabarito oficial.

RECURSO INDEFERIDO

QUESTÃO 21
NUMERO GRAD. NOME UNIDADE
132.014-2 2º Sgt Marcos Antônio Andrade CSM

Síntese do recurso: O recorrente alega que a primeira assertiva da questão 21, sobre
a possibilidade de uma mulher agredir sua namorada, no âmbito de um relacionamento
homoafetivo, não configuraria situação tipificada como violência doméstica e familiar
contra a mulher, no contexto da Lei 11.340/2006.
Parecer/justificativa: O comando da questão é claro e objetivo, solicitando, para os
fins da Lei 11.340/06, situações ou omissões tipificadas como violência domestica e
familiar contra a mulher. A assertiva I, que traz em sua redação “mulher agride sua
namorada, no âmbito de um relacionamento homoafetivo”, está completamente
inserida nas prescrições dos artigos 5º e 7º. O parágrafo único do art. 5º reitera que
independem de orientação sexual todas as situações que configuram violência
doméstica e familiar, sendo a jurisprudência completamente pacífica na aplicação
desse instituto nas relações homoafetivas entre mulheres, como a descrita na
assertiva. Apenas para registro da aludida jurisprudência:
RECURSO EM SENTIDO ESTRITO. AMEAÇA. INJÚRIA. FATOS
PRATICADOS POR COMPANHEIRA. RELAÇÃO HOMOAFETIVA.
VIOLÊNCIA BASEADA NO GÊNERO. VULNERABILIDADE DA VÍTIMA.
CONTEXTO DE DOMÉSTICO E FAMILIAR DE CONVIVÊNCIA
CONFIGURADO. APLICAÇÃO DA LEI MARIA DA PENHA. COMPETÊNCIA
DO JUIZADO DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR CONTRA A
MULHER. Caracteriza-se o contexto de relação doméstica e familiar de
convivência para fins da proteção especial da Lei nº 11.340/2006, quando os
fatos ocorrem no âmbito de uma relação de afeto existente entre mulheres, na
qual está presente situação de vulnerabilidade ou subordinação proveniente
do gênero.

Tanto a lei quanto a jurisprudência são cristalinas no entendimento de que o


relacionamento homoafetivo entre mulheres caracteriza o contexto de relação
doméstica e familiar que configura a vulnerabilidade ou subordinação proveniente de
gênero. Ou seja, a mera existência do relacionamento afetivo já configura a
subordinação ou vulnerabilidade decorrente de gênero. Poderiam também ser citados
os seguintes acórdãos, apenas para configurar o quão pacífica é a jurisprudência
nesse sentido:

Acórdão n. 1002328, Relator Des. JOÃO TIMÓTEO DE OLIVEIRA, 2ª Turma Criminal,


data de julgamento: 9/3/2017, publicado no DJe: 17/3/2017;

Acórdão n. 822972, Relator Des. JESUÍNO RISSATO, Câmara Criminal, data de


julgamento: 29/9/2014, publicado no DJe: 2/10/2014;

Acórdão n. 777193, Relator Des. SILVÂNIO BARBOSA DOS SANTOS, 2ª Turma


Criminal, data de julgamento: 3/4/2014, publicado no DJe: 9/4/2014.
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O candidato faz alusão a supostas jurisprudências que curiosamente sequer colaciona


junto ao seu recurso e a um projeto de lei que não está incluído no conteúdo
programático do edital e, diga-se de passagem, pela própria natureza enquanto projeto,
sequer faz parte do ordenamento jurídico vigente. Ademais, as alegações presentes no
recurso demonstram desconhecimento da jurisprudência pátria dos Tribunais
Superiores e do próprio entendimento doutrinário vigente sobre o assunto, além de
estarem em desacordo com o comando da questão.

Solução: INDEFERIMENTO e manutenção do gabarito.

RECURSO INDEFERIDO

QUESTÃO 27
NUMERO GRAD. NOME UNIDADE
131.706-4 2º Sgt Leslie Amaral Menon BOA

Síntese do recurso: A recorrente alega que nenhuma alternativa corresponde com


entendimento dos fatos, pois as assertivas “b” e “c” relatam Lesão Corporal, o que está
fora de análise. Já as alternativas “a” e “d”, ambas relatam o crime de homicídio na
modalidade tentada, independentemente se o crime é militar ou comum. Deste modo, a
discordância se refere a não constar que o crime fora qualificado como Homicídio
tentado, contudo nenhuma das alternativas se enquadra na resposta da referida
questão, concluído que trata-se de crime de homicídio consumado.

Parecer/justificativa: o enunciado da questão é claro em afirmar que “o Cb BM ‘A’


saca sua arma de fogo e atira em direção ao Sgt BM ‘C’ com vontade de matá-lo”.
Desta maneira, resta claro que a conduta do homicídio é dolosa e que o crime só não
atinge o seu resultado materialístico por circunstâncias alheias à vontade do autor,
conforme previsto no Inc. II do Art. 30 do código Penal Militar. Além disso, a questão
aborda apenas a posição da vítima Sgt BM “C”, o qual sofreu uma tentativa de
homicídio que não se concretizou por ele ter se desviado. Ademais, não há dúvidas
que se trata de crime militar, pois amolda-se perfeitamente na Alínea “b” do Inc. III do
Art. 9º do código Penal militar, cujo processamento se dará perante a Justiça Militar
Estadual. Por conseguinte, a questão não relata lesão corporal ou algum dano à vítima,
motivo pelo qual desclassifica-se o crime de lesão corporal das alternativas. Por todo
exposto, não restam dúvidas que a questão narra um crime militar de homicídio
tentado, praticado por militar da reserva dentro de estabelecimento militar.

Solução: INDEFERIMENTO e manutenção do gabarito.

RECURSO INDEFERIDO

QUESTÃO 28
NUMERO GRAD. NOME UNIDADE
110.762-2 2º Sgt Demetrius Ferreira De Sousa DLF

Síntese do recurso: O recorrente alega que em momento algum foi destacado que a
arma era propriedade particular do 3º Sgt BM “B” e, desta maneira, nenhuma das
alternativas estão corretas no caso hipotético, pois o texto ao dispor de um empréstimo
de um revólver calibre.38 sem definição quanto a sua propriedade de arma remeteu-se
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ao entendimento de que no caso hipotético o 3º Sgt BM “B” já estava em cometimento


de crime previsto no Art. 12 da Lei nº 10.826/2003.

Parecer/justificativa: No enunciado da questão consta sim que o revólver era de


propriedade do 3º Sgt BM “B”, tanto que o Sd BM “A” o pediu emprestado. Neste ponto,
independentemente se a arma era propriedade particular ou se estava apenas
acautelada com o 3º Sgt BM “B”, persistirá o ilícito penal perante a Lei nº 10.826/2003.
Note-se que a assertiva correta, “D”, não específica qual crime fora praticado, apenas
relata uma hipótese ilícita e a responsabilização criminal do 3º Sgt BM “B” em
emprestar uma arma particular a outra pessoa. Cabe esclarecer ainda que todas as
demais assertivas, “A”, “B” e “C” estão incorretas e, mesmo que a informação da
propriedade da arma fosse omitida, única assertiva correta é a “D”.

Solução: INDEFERIMENTO e manutenção do gabarito.

RECURSOS INDEFERIDOS

QUESTÃO 30
NUMERO GRAD. NOME UNIDADE
110.762-2 2º Sgt Demetrius Ferreira De Sousa CSM

Síntese do recurso: O recorrente alega que todas as alternativas estão de acordo com
a Lei, estando assim o gabarito equivocado e solicita a anulação da questão.

Parecer/justificativa: O comando da questão solicita a alternativa incorreta. A


alternativa “a” da referida questão traz a seguinte redação:

A) Lesão corporal dolosa de natureza GRAVE (art. 129, § 2º) e lesão corporal
seguida de morte (art. 129, §3º), quando praticadas contra autoridade ou
agente descrito nos arts. 142 e 144 da Constituição Federal, integrantes do
sistema prisional e da Força Nacional de Segurança Pública, no exercício da
função ou em decorrência dela, ou contra seu cônjuge, companheiro ou
parente consanguíneo até terceiro grau, em razão dessa condição.

A redação da lei traz a seguinte:

Lesão corporal dolosa de natureza GRAVÍSSIMA (art. 129, § 2º) e lesão


corporal seguida de morte (art. 129, § 3o), quando praticadas contra autoridade
ou agente descrito nos arts. 142 e 144 da Constituição Federal, integrantes do
sistema prisional e da Força Nacional de Segurança Pública, no exercício da
função ou em decorrência dela, ou contra seu cônjuge, companheiro ou
parente consanguíneo até terceiro grau, em razão dessa condição.

O recursante foi tão precipitado na elaboração de seu recurso que não efetuou a
devida comparação dos textos, que diferem LITERALMENTE em seu conteúdo, não
deixando nenhuma dúvida que a argumentação apresentada por ele não prospera.

Solução: INDEFERIMENTO e manutenção do gabarito.


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RECURSO INDEFERIDO

QUESTÃO 30
NUMERO GRAD. NOME UNIDADE
125.191-7 2º Sgt Eduardo Mota Carvalho 2ºCOB

Síntese do recurso: O recorrente alega que a alternativa “D” da referida questão (que
pedia a assertiva incorreta) também se apresenta como assertiva incorreta, estando
assim a questão passível de anulação, visto que supostamente apresenta duas
respostas corretas.

Parecer/justificativa: O comando da questão é literal, trazendo o seguinte enunciado:

Acerca da Lei n° 8.072/1990, a Lei de Crimes Hediondos, assinale a alternativa que


NÃO está em conformidade com o artigo 1° da referida lei, que traz os crimes que
são tipificados como hediondos:
A alternativa “a” é a única alternativa que apresenta conteúdo diverso do que está
literalmente na lei, todas as demais são trechos retirados da própria redação normativa.
Portanto, no que tange ao comando da questão, que solicita a alternativa que NÃO
está em conformidade com o artigo 1° da referida lei, não resta dúvida de que a
questão está com seu gabarito corretamente indicado.
Ainda assim, o argumento do recursante não prospera pelo seguinte motivo: o tipo
penal denominado (doutrinariamente) como sequestro relâmpago (previsto no artigo
158) é diferente do tipo penal elencado na alternativa, de extorsão mediante sequestro
e na forma qualificada, do artigo 159, artigo esse citado na alternativa inclusive para
dirimir qualquer tipo de dúvida em sua interpretação. Nesse sentido, a jurisprudência é
clara:
EXTORSAO MEDIANTE SEQÜESTRO QUALIFICADA(ART. 159, 1º, DO CP)
– AUTORIA E MATERIALIDADE COMPROVADAS – PARTICIPAÇAO DO
APELANTE RILDO DEMONSTRADA – INDUZIMENTO, PREPARAÇAO E
AUXÍLIO MATERIAL NA CONDUTA – INTELIGÊNCIA DO ART. 29 , DO CP –
PRETENDIDA DESCLASSIFICAÇAO PARA O DELITO DE SEQUESTRO-
RELÂMPAGO (ART. 158 , 3º , DO CP )- IMPOSSIBILIDADE – PRIVAÇAO DA
LIBERDADE E INTENÇAO DE OBTENÇAO DE RESGATE – CRIME FORMAL
– PRIVAÇAO DA LIBERDADE – CONSUMAÇAO – OBTENÇAO DA
VANTAGEM ECONÔMICA – MERO EXAURIMENTO – DOSIMETRIA DA
PENA CORRETA – RECURSOS DESPROVIDOS.
(...) 2. Resta impossível acolher o pleito desclassificatório
da extorsão mediante sequestro para a figura do sequestro-relâmpago
(art. 158, 3º, do CP), quando fica demonstrado que os agentes privaram a
liberdade da vítima por tempo juridicamente relevante (07 horas), com a
finalidade indiscutível de obter resgate. 3. A extorsão mediante sequestro,
por interpretação extensiva da Súmula nº 96, editada pelo Superior Tribunal de
Justiça, trata-se de um crime formal, o qual não exige para a sua consumação
a ocorrência do alcance da almejada vantagem econômica, bastando para
tanto a mera atividade de sequestrar pessoa com a finalidade de obter o
resgate.

A confusão do recursante se estabelece em acreditar que o sequestro relâmpago


citado no artigo 158 e a extorsão mediante sequestro e na forma qualificada
apresentada no artigo 159 são conceitualmente iguais, sendo que não são. São tipos
penais distintos, como apresentado na jurisprudência acima, embora bastante
semelhantes. O fato de poderem receber as mesmas penas no caso de resultado
morte, por exemplo, não os tornam conceitualmente iguais, até porque não faria
sentido termos dois tipos penais para a mesma conduta. E ainda que haja a discussão
sobre a possibilidade de enquadramento do sequestro relâmpago (do artigo 158) como
crime hediondo por interpretação extensiva constitucional (e não como analogia contra
11

o réu, como alegado equivocadamente pelo recursante), essa discussão não


descaracteriza a alternativa “d”, visto que o que é apresentado nessa opção não
aborda em sua redação o artigo 158, mas sim deixa taxativamente apresentado o
artigo 159, o que independente das discussões do artigo 158, permanece sendo
verdadeiro. Portanto, a lógica apresentada no recurso se equivoca ao transformar um
processo indutivo em dedutivo na relação entre os artigos citados, não devendo
prosperar a alegação do candidato.

Solução: INDEFERIMENTO e manutenção do gabarito.

RECURSO INDEFERIDO

Questão 33
NUMERO GRAD. NOME UNIDADE
120.965-9 2º Sgt Márcio Cândido Dos Reis 8º BBM

Síntese do recurso: O recorrente alega que o conceito de “área” e “arena” são


diferentes, dizendo que arena seria uma especificação do conceito de área.

Parecer/justificativa: A solicitação não é procedente, uma vez que os termos “área” e


“arena”, diante de todo o texto do item 8.6.19 da IT 33, não possuem distinção para a a
aplicação e entendimento da norma supracitada.

Solução: INDEFERIMENTO e manutenção resultado da 1º fase.

RECURSO INDEFERIDO

Questão 37
NUMERO GRAD. NOME UNIDADE
125.191-7 2º Sgt Eduardo Mota Carvalho 2º COB

Síntese do recurso: O recorrente alega que, via de regra, todo deslocamento de


viatura operacional, independente a hierarquia ou função do seu chefe, necessita sim
ser empenhada pelo COBOM através do Sistema CAD, inclusive a própria viatura do
CBU.

Parecer/justificativa: a Instrução Técnica Operacional nº 17 - Administração


Operacional dos Pelotões Descentralizados é clara em seu item 4.4 que “O CBU da
UEOp a que pertence o Pelotão deverá deslocar-se, simultaneamente, com as viaturas
daquela Fração, quando se tratar de ocorrência de 1º socorro ou 1º salvamento. As
demais ocorrências que o CBU queira acompanhar, deverá ser dado conhecimento
ao “COBOM” e não empenhado pelo do COBOM como a assertiva, tornando o recurso
improcedente.

Solução: INFERIMENTO e manutenção do resultado da 1ª fase.


12

RECURSO INDEFERIDO

Questão 38
NUMERO GRAD. NOME UNIDADE
125.191-7 2º Sgt Eduardo Mota Carvalho 2º COB

Síntese do recurso: O recorrente alega que a questão da letra “C” também está
correta uma vez que o fato de ter sido retirado parte do texto original não desqualifica
ou descaracteriza a opção escrita na questão.

Parecer/justificativa: Não há diferença na escrita da opção “C” da questão em lide,


estando ipsis litteris com a tradução Técnica de referência publicada no Edital, não
tendo sido retirado nenhuma parte do texto original e que se enquadra como áreas que
NÃO se aplica.

Instrução Técnica nº 08/2017-2º Edição


2 APLICAÇÃO
2.1 Esta Instrução técnica (IT) se aplica a todas as edificações, podendo,
entretanto, servir como exemplo de situação ideal que deve ser buscada em
adaptações de edificações existentes, consideradas suas devidas limitações.
2.2 Esta Instrução Técnica não se aplica:
a) às áreas externas descobertas não destinadas a saídas de emergência
de edificações;
b) às unidades autônomas de edificações residenciais;
c) aos equipamentos insdutriais suas áreas de inspeção e manutenção,
plataformas, torres de comunicação, silos, tanques e similares;
d) às escadas do tipo marinheiro, escadas móveis e outras de acesso exclusivo
a áreas de manutenção onde não haja permanência de pessoas. (GN)

Solução: INDEFERIMENTO e manutenção resultado da 1º fase.

RECURSO INDEFERIDO

Questão 39
NUMERO GRAD. NOME UNIDADE
125.191-7 2º Sgt Eduardo Mota Carvalho 2º COB

Síntese do recurso: O recorrente alega que o item III da questão em lide também está
correto, uma vez que, embora não esteja especificado/descrito no Protocolo de
referência, o procedimento adotado para acidentes com cobras do gênero Bothrops
(Jararacas) é o mesmo para as do gênero Crotalus (Cascavel) concluído assim, que
dois itens estariam corretos e a resposta da questão passaria para a letra “C”.

Parecer/justificativa: a referência para a realização da questão foi Protocolo de


Atendimento Pré Hospitalar, 2º Ediação 2017 previsto no edital e não há amparo legal
para o recurso.

Atendimento Pré Hospitalar, 2º Ediação 2017


P122-XIV. Em caso de acidente com cobras do gênero Bthrops (jararacas),
manter o membro afetado elevado acima do nível do coração para diminuir o
edema e evitar o desenvolvimento da síndrome compartimental; (GN)

Solução: INDEFERIMENTO e manutenção resultado da 1º fase


13

RECURSO INDEFERIDO

Questão 41
NUMERO GRAD. NOME UNIDADE
110.762-2 2º Sgt Demetrius Ferreira De Sousa DLF

Síntese do recurso: o recorrente alega que a ITO nº 23 descreve que “Uma leitura da
SpO2 entre 94 e 100% geralmente indica uma oxigenação adequada” e, com base
nisso, aduz que a palavra “adequada” logo no início da assertiva o remeteu ao
entendimento de uma condição de conveniência e oportunidade em relação à
administração de oxigênio, o que não seria procedente.

Parecer/justificativa: o objetivo da questão, por meio da assertiva IV, era avaliar o


candidato que fosse capaz de correlacionar a situação apresentada com um caso de
“load and go”, no caso, trauma combinado com idade maior que 55 anos. Em razão do
risco associado, torna-se adequada a administração de oxigênio suplementar,
conforme recomendação da ITO 23: “oxigênio suplementar não é necessário se a
SpO2 ≥ 94%, a menos (...) em pacientes vítimas de Laod and Go [sic].”

Solução: INDEFERIMENTO e manutenção do resultado da 1ª fase.

RECURSOS INDEFERIDOS

Questão 43
NUMERO GRAD. NOME UNIDADE
110.762-2 2º Sgt Demetrius Ferreira De Sousa DLF
132.237-9 2º Sgt Kollek Pereira Da Silva 7º BBM

Síntese do recurso: trata-se de recurso em relação à assertiva “IV - Em que pese a


Resolução Conjunta nº 166 ser do ano de 2012, até o momento, o CBMMG ainda não
criou ou estabeleceu nenhum doutrinamento ou manual para orientar a atuação
bombeiro militar sobre o assunto.” Nesse sentido, o recorrente alega que não havia no
rol de matérias previsto no Anexo B do Edital do certame, disciplina que comportasse a
resolução da questão.

Parecer/justificativa: o objetivo da questão, por meio da assertiva IV, era verificar os


candidatos que, com o auxílio da dica aposta no enunciado da questão em relação à
ITO nº 01, houveram compreendido o disposto nos itens 6.6.15 e 6.6.16 da referida ITO,
que assim dispõe: “6.6.15 - Para padronização da estrutura organizacional, instalações,
áreas e ações no estabelecimento e atuação do SCO será adotado como referência,
até que seja realizado o doutrinamento próprio do CBMMG, o Manual de
Gerenciamento de Desastres e o guia de campo do Sistema de Comando em
Operações da Secretaria Nacional de Defesa Civil/Ministério da Integração.”

Presidente da Comissão – O disposto no item 3.4 do Edital (ITO 01) contempla


conteúdo normativo suficiente para elucidação da assertiva IV, questão 43. (Itens
6.6.15 e 6.6.16 – ITO 01).

Solução: DESCONHECER o recurso interposto pelo nº 110.762-2, 2º Sgt Demétrius


Ferreira de Sousa por se referir a recurso idêntico referente à questão nº 48. Do
recurso interposto, a solução é pelo INDEFERIMENTO e manutenção do resultado da
1ª fase.
14

RECURSO INDEFERIDO

Questão 46
NUMERO GRAD. NOME UNIDADE
110.762-2 2º Sgt Demetrius Ferreira De Sousa DLF

Síntese do recurso: o recorrente alega que a resposta contida no item III da prova
deixaria dúvidas, uma vez que a questão considera que somente a sua ocupação e uso
estariam dentre aquelas que definem o grau de risco, e que as demais seriam apenas
uma “sequencia” citando as demais.

Parecer/justificativa: A solicitação não é procedente, uma vez que o hall de


características elencadas nas questões para definição do grau de risco é taxativo e não
restritivo. Além disso, o advérbio somente não restringe em hipótese alguma as
demais características.

Presidente da Comissão - “homologo com a seguinte ressalva: o rol elencado na


norma é taxativo e, como tal, é também restritivo. Dessa forma seleciona as
características pelas quais será definido o grau de risco. Entretanto, como todas as
hipóteses elencadas pela norma constam no rol descrito pela questão ela está correta.
A palavra “somente” tem o condão de classificar como aptas apenas às hipóteses ali
elencadas, excluindo da hipótese de incidência da norma outras. Por isso, a
interpretação do candidato de que a palavra “somente” abarca apenas “ocupação de
uso” não encontra guarida. Após o “somente” a questão cita sequencialmente as
hipóteses abarcadas pela norma e não há no direito ou na língua portuguesa razão que
justifique apenas a eleição do primeiro item citado “ocupação e uso” e exclusão das
outras. Por essa razão, considero como incorreta a interpretação do recorrente e
resolvo homologar o INDEFERIMENTO do recurso e manutenção do gabarito”.

Solução: INFERIMENTO e manutenção do resultado da 1ª fase.

RECURSOS DEFERIDOS E ANULAÇÃO DA QUESTÃO

Questão 48
NUMERO GRAD. NOME UNIDADE
110.762-2 2º Sgt Demetrius Ferreira De Sousa DLF
125.191-7 2º Sgt Eduardo Mota Carvalho 2º COB
132.237-9 2º Sgt Kollek Pereira Da Silva 7º BBM
122.401-3 2º Sgt Ricardo Alexandre Lobello Coelho 2ºCIA
IND
Síntese do recurso: Em suma, os recorrentes alegam: a) em relação à assertiva III,
que a competência para expedição de Instruções técnicas é do Diretor de Atividades
Técnicas e não do “CBMMG”; b) em relação à assertiva I, que a expressão “poder
polícia”, traz erro material que impediria saber se tratar-se-ia de poder “de” ou “da”
polícia, o que implicaria em significados diametralmente distintos; em relação à mesma
assertiva, a alegação é que o conteúdo não estaria dentro do Programa de matérias
para o certame; e, por fim, c) em relação à assertiva II, o recorrente alega que a
ausência de instrumentos preventivos não é a “única” razão para aplicação de sanção
e que há outras irregularidades que justificariam também a sanção.
15

Parecer/justificativa: na ordem de apresentação dos recursos, visto anteriormente,


cabe dizer que o objetivo da questão, por meio da assertiva III, era verificar se o
candidato compreendeu a possibilidade de aplicação subsidiária de outras normas na
Prevenção contra Incêndio e Pânico em Minas Gerais, notadamente a ABNT. O
argumento a) não subsiste porque, ao comparar entes como ABNT e CBMMG, não
cabe a minúcia de dizer que, por delegação, o Diretor de Atividades Técnicas acaba
por representar o órgão CBMMG em relação à expedição da matéria. Em relação ao
argumento b), é evidente o erro de forma em relação à expressão “poder de polícia”,
citado no bojo da ITO n° 21 e que, nitidamente não se relaciona a “poder da polícia”,
especialmente pelo fato de esta última expressão nem estar prevista em conteúdo
programático. O objetivo da assertiva I, era verificar o candidato que compreendeu as
razões de elaboração da ITO nº 21 e, acatar o argumento exposto de que o erro
material poderia induzir à compreensão de “poder da polícia” seria cometer injustiça e
afronta aos subtenentes/sargentos que se debruçaram sobre o conteúdo programático
e cuja expressão “poder de polícia” lhes é certamente, mais familiar do que “poder da
polícia.” Ademais, em relação à argumentação da letra c) cabe salientar que a
interpretação é um dos esteios do sucesso do candidato na resolução das questões e,
neste caso, a expressão “sob a única justificativa” visava, na verdade, delimitar o
enunciado, uma vez que a justificativa poderia ser que o estabelecimento gozava de
prorrogações de prazos ou estava em processo de regulamentação, por exemplo.

Presidente da Comissão - A expressão “Poder de Polícia” diverge da expressão


“Poder da Polícia”. Por tanto, o erro de digitação altera o sentido da frase
materialmente não se constituindo em mera irregularidade formal.

Solução: DEFERIMENTO do recurso e anulação da questão.

RECURSO INDEFERIDO

Questão 50
NUMERO GRAD. NOME UNIDADE
131.706-4 2º Sgt Leslie Amaral Menon BOA

Síntese do recurso: em suma, o recorrente alega que a assertiva II está incorreta,


motivo pelo qual o gabarito deveria ser alterado para letra “A - Apenas uma afirmativa
está correta.”

Parecer/justificativa: de fato a assertiva II está errada. As únicas duas assertivas


corretas da questão são as contidas em I e III, conforme publicado em gabarito.

Solução: INDEFERIMENTO e manutenção do resultado da 1ª fase.

II – HOMOLOGAR E DIVULGAR o novo gabarito após a solução dos recursos.


16

GABARITO CHO BM 2019

Questão 01 -A Questão 11 - D Questão 21 - A Questão 31 - C Questão 41 - B


Questão 02 - C Questão 12 - C Questão 22 - B Questão 32 - A Questão 42 - D
Questão 03 - D Questão 13 - B Questão 23 - C Questão 33 - C Questão 43 - C
Questão 04 - B Questão 14 - B Questão 24 - B Questão 34 - D Questão 44 - B
Questão 05 - D Questão 15 - C Questão 25 - B Questão 35 - A Questão 45 - D
Questão 06 - B Questão 16 - C Questão 26 - D Questão 36 - C Questão 46 - B
Questão 17 -
Questão 07 - A Questão 27 - A Questão 37 - C Questão 47 - D
ANULADA
Questão 48 -
Questão 08 - B Questão 18 - B Questão 28 - D Questão 38 - A
ANULADA
Questão 09 - B Questão 19 - B Questão 29 - B Questão 39 - A Questão 49 - B
Questão 10 - B Questão 20 - C Questão 30 - A Questão 40 - B Questão 50 - B

III - HOMOLOGAR E DIVULGAR o resultado preliminar da Prova Objetiva (1ª


Fase), apresentado pela comissão de correção de prova.

IV - ESCLARECER que o desempate foi apurado de acordo com o art. 37 do


edital que regula o certame.

CANDIDATOS APROVADOS

Ord. N. BM Grad. Nome Acerto Nota


1. 132.237-9 2º Sgt Kollek Pereira Da Silva
40 100,8
2. 131.742-9 2º Sgt Luciana De Mello Andrade
40 100,8
3. 131.928-4 2º Sgt Edson Ferreira Caixeta
40 100,8
4. 125.593-4 2º Sgt Joéferson Januário Mendes
39 98,4
5. 132.184-3 2º Sgt Salatel Da Glória Julião
35 88,8
6. 132.323-7 2º Sgt Alexandre Lopes Alves
35 88,8
7. 122.401-3 2º Sgt Ricardo Alexandre Lombello Coelho
34 86,4
8. 125.191-7 2º Sgt Eduardo Mota Carvalho
33 84
9. 132.186-8 2º Sgt Rômulo Próton De Abreu
33 84
10. 126.531-3 2º Sgt Wesley Carlos Paconi
33 84
11. 127.217-8 2º Sgt Welber Geraldo De Melo
33 84
12. 127.208-7 2° SGT Anderson Carlos Andrade Dos Santos
33 84
13. 126.102-3 2º Sgt Ricardo Tavares
33 84
14. 126.151-0 1º Sgt Samuel Almeida Costa
32 81,6
15. 126.584-2 1º Sgt Henrique Oliveira Fonseca Silva
32 81,6
16. 131.728-8 2º Sgt Alison Paulo De Almeida
32 81,6
17. 126.403-5 2º Sgt Edmar Silva Almeida
32 81,6
18. 132.001-9 2º Sgt João Marcos Santos Oliveira
32 81,6
19. 132.240-3 2º Sgt Laércio Rodrigues Leite
32 81,6
20. 132.014-2 2º Sgt Marcos Antônio Andrade
31 79,2
21. 126.227-8 2º Sgt Rudy Rogers Da Silva Santos
31 79,2
17

22. 126.523-0 2º Sgt Ricardo Ferreira


31 79,2
23. 131.708-0 2º Sgt Ivo Dias Dos Reis
31 79,2
24. 127.201-2 2º Sgt Fabiano Gualberto Pena
31 79,2
25. 123.397-2 2º Sgt Ronei Alves De Miranda
31 79,2
26. 126.276-5 1º Sgt Wlater Blasamão Junior
30 76,8
27. 127.454-7 1º Sgt Valdinei José De Souza
30 76,8
28. 131.949-0 2º Sgt Fabrício De Freitas Siqueira
30 76,8
29. 132.152-0 2º Sgt Davidson Gatti
30 76,8
30. 125.626-2 2º Sgt Elton Anatálio De Sant’ana
30 76,8
31. 128.013-0 2º Sgt Pablo Campos De Siqueira
30 76,8
32. 132.411-0 2º Sgt Ivan Novaes Guimarães
30 76,8
33. 126.472-0 2º Sgt Dalso Araujo Soares
30 76,8
34. 126.204-7 1°Sgt Ricardo Cristiano Paulino Nunes
29 74,4
35. 131.706-4 2º Sgt Leslie Amaral Menon
40 74,4
36. 120.965-9 2º Sgt Márcio Candido Dos Reis
40 74,4
37. 132.183-5 2º Sgt Ana Paula Fernandes Aquino 29 74,4
38. 121.276-0 2º Sgt Anibal Perreira De Souza 29 74,4
39. 132.227-0 2º Sgt Jayme Araújo Dos Santos Filho 28 74,4
40. 125.870-6 2º Sgt Eduardo Dias Dos Santos 28 74,4
41. 126.486-0 2º Sgt Udson Leonardo Diniz Costa 28 72
42. 118.621-2 2º Sgt Márcio Luiz De Araújo França 28 72
43. 132.154-6 2º Sgt Marco Paulo Lages 28 72

CANDIDATOS REPROVADOS

Ord. N. BM Grad. Nome Acerto Nota


1. 126.436-5 1º Sgt André De Lima Gomes 27 69,6
2. 132.132-2 2º Sgt Juliano Antônio De Oliveira 27 69,6
3. 131.739-5 2º Sgt Marcelo Américo Franco 27 69,6
4. 126.107-2 1º Sgt Roberto Salles Do Nascimento 27 69,6
5. 125.658-5 2º Sgt Cleonilson Saturnino Da Silva 26 67,2
6. 126.313-6 1º Sgt Izaac Edwi Martins Andrade Mendes 26 67,2
7. 131.774-2 2º Sgt Juliana Cristina Marchito 26 67,2
8. 127.441-1 2º Sgt Luciano Costa Batista 26 67,2
9. 125.630-4 2º Sgt Nixon Fonseca Da Silva 26 67,2
10. 126.112-2 2º Sgt Robson Barbosa Magalhães 26 67,2
11. 131.866-6 2º Sgt Ailton Pereira De Sousa 25 64,8
12. 121.178-8 1º Sgt Alex Correia De Abreu 25 64,8
13. 131.702-3 2º Sgt Wagner Augusto Leles De Oliveira 25 64,8
14. 127.170-9 2°Sgt Willian Vaz Figueiredo 25 64,8
15. 132.120-7 2º Sgt Alexandre Dos Santos Evangelista 24 62,4
16. 127.461-2 2°Sgt Anderson Eugênio Da Silva 24 62,4
17. 131.884-9 2º Sgt Valdemir Moreira De Castro 24 62,4
18. 131.961-5 2º Sgt William Duarte De Oliveira 24 62,4
19. 127.351-5 1º Sgt Cássio Martins Lino 23 60
20. 131.780-9 2º Sgt Cláudio Ronaldo Pereira Santos 23 60
18

21. 110.762-2 2º Sgt Demetrius Ferreira De Sousa 23 60


22. 128.145-0 2º Sgt Douglas Paulino De Oliveira 23 60
23. 122.442-7 2º Sgt Gilson De Carvalho Alves 23 60
24. 123.376-6 2º Sgt Juliano Caixeta De Lima 23 60
25. 131.757-7 2º Sgt Julio Cézar Vaz 23 60
26. 123.582-9 2º Sgt Leandro Batista Corrêa 23 60
27. 126.272-4 2º Sgt Waliston Alex D. Siqueira 23 60
28. 124.946-5 2º Sgt Antônio Ricardo Campos Mello 22 57,6
29. 132.233-8 2º Sgt Jackson Fagner De Assis Costa 22 57,6
30. 120.917-0 2º Sgt Joaquim Rodrigues Ramos 22 57,6
31. 120.920-4 2º Sgt Júlio Cesar Gomes Ribeiro 22 57,6
32. 124.928-3 2º Sgt Júlio Cesar M. De Paula Souza 22 57,6
33. 123.554-8 2º Sgt Carlos Eduardo Rodrigues 21 55,2
34. 120.968-3 2º Sgt Cláudio Marques Trindade 21 55,2
35. 121.160-6 2º Sgt Dawison Maia Fernandes 21 55,2
36. 126.454-8 2º Sgt Emiliano Lima Ribeiro 21 55,2
37. 128.019-7 2º Sgt Leonel Cristiano Do Couto 21 55,2
38. 126.076-9 2º Sgt Marcelo Alexandre Mizael 21 55,2
39. 131.700-7 2º Sgt Diogo H. Fernandes Coelho 20 52,8
40. 128.018-9 2º Sgt José Zito Da Silva Filho 20 52,8
41. 126.410-0 2º Sgt Valter De Fatima Dias 20 52,8
42. 127.519-7 2º Sgt Wesley Bernades Faria 20 52,8
43. 126.586-7 1º Sgt Avilmar Ferreira Lima 19 50,4
44. 128.001-5 2º Sgt Cléssius Lázaro Da Silva 19 50,4
45. 128.128-6 2º Sgt Gilmar De Sá Torres 19 50,4
46. 132.000-1 2º Sgt Januce Almeida 19 50,4
47. 121.149-9 1º Sgt Sávio Marcelino C. De Araújo 19 50,4
48. 122.446-8 2º Sgt Gilmar Luis Pinto 18 48
49. 122.435-1 2° Sgt Daniel Alexsandro Ferreira 17 45,6
50. 124.978-8 1º Sgt Luiz Gustavo Gonçalves Ferreira 17 45,6
51. 123.409-5 2º Sgt Roberto Antônio Dos Santos 17 45,6
52. 123.259-4 2º Sgt Wellington Dornelas 17 45,6
53. 123.704-9 2º Sgt Ribamar Alves De Resende 16 43,2
54. 126.407-7 2º Sgt Reginaldo Alves Aparecido Batista 14 38,4
55. 120.961-8 2º Sgt Valderico José Borges Filho 14 38,4

CANDIDATOS AUSENTES

Ord. N. BM Grad. Nome Unidade


1. 131.763-5 2º Sgt Felipe Santana De Macedo 9º BBM
2. 127.533-8 2º Sgt José Maria Carvalho Mendes Filho 6º BBM
3. 126.049-6 2º Sgt Luciano De Faria Campos 4º BBM
4. 122.453-4 2º Sgt Maurílio De Almeida 3º BBM
5. 132.091-0 2º Sgt Valdirene Maria De Souza 10º BBM
6. 117.284-0 1º Sgt Waldiley Felix Ferreira 2º BBM
7. 121.136-6 Sub Ten Wellington Renato De Carvalho Mrad 4º BBM
19

V – ALERTAR as Unidades para o cumprimento do previsto no item III 1 da


homologação do CHEM do Edital nº 01/19, considerando a tabela dos candidatos
ausentes.

Belo Horizonte, 26 de abril de 2019.

(a)WILLIAM DA SILVA ROSA, CORONEL BM


COMANDANTE DA ABM

1
III - Os candidatos deverão ser dispensados às 20h do dia anterior à data de realização de todas as provas e
exames do processo seletivo, devendo as unidades adequarem suas escalas de serviço, ficando os comandantes
orientados a adotar providências disciplinares, caso os militares liberados para o certame não compareçam para a
prova.

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