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MODELO DE LAUDO EXTRAJUDICIAL DE VÍCIOS DE CONSTRUÇÃO

CIVIL.

LAUDO DE VISTORIA

INTERESSADO:
Condomínio Ilha de Malta
CNPJ 22.222.222/0001-02
Endereço: Rua General Augusto, 2888
Pelotas – RS
Fone: 53 3898 9898
FINALIDADE: Constatação de vícios de construção
LOCALIZAÇÃO DO IMÓVEL: Rua General Augusto, 2888, Centro,
Pelotas – RS

SUMÁRIO
1 Condições Preliminares
2 Dados do imóvel
3 Vistoria

1 CONDIÇÕES PRELIMINARES
Visa o presente laudo constatar a existência de defeitos, condições e
estado da construção de prédio de apartamentos, recém-construído,
pertencente ao interessado, Condomínio Ilha de Malta.

2 DADOS DO IMÓVEL
No terreno do interessado, localizado à Rua General Augusto, 2888,
Centro, município de Pelotas – RS, foi construído, pela Construtora e
Incorporadora Novo Mundo LTDA., CNPJ 33.333.333/0001-33, um prédio de
apartamentos do tipo residencial com 15(quinze) pavimentos, sendo que, em
2(dois) pavimentos, estão localizados portaria, salão de festas, sala do zelador,
cozinha dos empregados e garagem, mais 13 (treze) pavimentos com
apartamento, e mais um andar para a parte superior dos apartamentos da
cobertura, totalizando 66 (sessenta e seis) unidades residenciais. Trata-se de
uma construção de padrão médio elevado, de uso unifamiliar.

3 VISTORIA
3.1 Danos devido a vícios de construção

3.1.1 A Infiltração de água na laje do segundo pavimento


A laje do segundo pavimento está com o contrapiso e a parte inferior das
paredes localizadas acima dela, empregados de águas das chuvas, exceto na
área da garagem.

Contribuição de: Rui Juliano, Eng. Civil CREA 42.102


A água da chuva cai no piso externo oeste e leste (cobertura da casa de
força), infiltra-se por todo o contrapiso da área coberta e sobe pelas paredes,
através do fenômeno denominado capilaridade. O encharcamento dos tijolos
propicia a fomração de bolhas na tinta interna e externa(fotos 4) e a posterior
deterioração prematura do reboco (esfarelamento), assim como goteira (veja
mancha de unidade no gesso recém-refeito, na foto 3).
A falta de uma impermeabilização sem falhas proporciona a inundação
do contrapiso da referida área coberta do segundo pavimento. Nas fotos 01 e
02, vemos a formação de bolhas na pintura externa, devido à umidade interna
da parede, abaixo da laje onde falta a impermeabilização.
Existem soluções paliativas e arriscadas quanto a possibilidade de daren
certo, porém, a maneira correta é ser quebrado todo o piso leste, norte e oeste
do segundo pavimento e ser realizada aa correta e perfeita impermeabilização.

3.1.2 Infiltração de água da chiva na garagem


Na cobertura da garagem, junto às paredes leste, sul e oeste da
garagem, há infiltração de águas da chuva. A água escorre pelas paredes.

3.1.3 Rampa da garagem


A rampa da garagem, quando atinge o nível do segundo piso, oferece
uma deflexão exagerada, ocasionando batida de fundo de determinados
automóveis, com suspensão original de fábrica.

3.3 Portas externas das unidades


As portas externas das unidades residenciais efetivamente instaladas
são do tipo internas. Na construção civil, as portas internas de um apartamento
são leves, para das conforto àqueles que a manuseiam; frágeis, porque não
necessitam de uma maior segurança, e são, inevitavelmente, de custo mais
baixo, o que atrai indevidamente o construtor.
Pode-se constatar que são portas do tipo internas ao se observar a foto
05, onde um homem, fazendo média força transversal na parte superior da
porta, com apenas uma mão, trancando com o pé a parte inferior, ocasiona a
gritante deformação dela. A porta, em tela, não fica paralela à parede
localizada imediatamente ao lado.

3.4 Som passa de uma unidade para outra


Cada unidade residencial tem a sua laje superior. Logo abaixo dela,
existe o forro de gesso, com seu respctivo negativo no entorno do
compartimento em que está instalado. Entre o forro e a laje, estão as
tubulações de energia elétrica. Entre uma unidade residencial e outra, pode
passar, pelo menos, uma tubulação de energia elétrica.
Atualmente, constata-se a passagem de som, de forma expressiva, do
interior de algumas unidades residenciais para outras contíguas. As ondas de
som viajam de um compartimento de uma unidade para outra, da seguinte
forma:

Contribuição de: Rui Juliano, Eng. Civil CREA 42.102


a) O som sai do compartimento de uma unidade, passa pelos buracos
dos negativos do forro de gesso, localizados entre a placa de gesso e
a parede.
b) As ondas de som entram no interior da camada de ar existente entre
a laje e o teto superior do compartimento de onde foram emanadas.
c) Depois, as ondas passam pelo buraco desmesurado, em que passa,
também, a tubulação de energia elétrica (o buraco deveria ser justo e
lacrado no entorno da tubulação), e entram na camada de ar, entre o
gesso e a laje, existente no apartamento contíguo.
d) Dali, as ondas de som descem pelos buracos dos negativos do gesso
e invadem o compartimento do apartamento vizinho.

As ondas de som, quando encontram um buraco em uma superfície,


entram pelo buraco e passa a ser um novo centro de propagação de som, e
dali por outros buracos. Como afirma o prof. Péricles Silva, “O som passa até
no buraco de fechadura [...]” (SILVA, 2002, p.80).
Assim como passa o som de um apartamento para outro, contata-se que
o cheiro produzido em um passa para o outro, exemplo do cheiro de comida.

A solução mais adequada seria fazer um arremate nos negativos de


gesso para impedir a entrada e a saída de som no compartimento.

Vai o presente laudo impresso, via computador, em 04 (quatro) folhas


escritas de um só lado,todas elas rubricadas e a última datada e assinada.
Acompanham 02 (dois) anexos, conforme relação.
I – Fotos feitas pelo perito (dez)
II – Memorial Descritivo

Contribuição de: Rui Juliano, Eng. Civil CREA 42.102

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