COMBUSTÍVEIS E BIOCOMBUSTÍVEIS (2022)

engenharia
de energia

PRACTICAL SCRIPT FOR BSW TEST

Carolayne Talya Godeiro Delgado

Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande de Norte
talya.d@escolar.ifrn.edu.br

ROTEIRO PRÁTICO PARA TESTE DE BSW

RESUMO
Este artigo trata-se de um roteiro prático para
realização do teste de BSW, sendo o se principal
objetivo a aferição do BSW com base em um roteiro
prático desenvolvida no laboratório de biocombustíveis
do IFRN – instituto federal do rio grande do norte
através da disciplina de biocombustíveis, no decorrer é
determinando os percentuais de sedimentos e água
contidos nas amostras de petróleo provenientes da
bacia potiguar e da bacia de Sergipe, buscando avalia-los
quando influenciados por solventes e desemulsificantes.

PALAVRAS-CHAVE: Óleo, BSW, Bacia Potiguar, Bacia Sergipe.

Engenharia de Energia 2022 1

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1 INTRODUÇÃO
Este artigo tem como objetivo a aferição do BSW com base em um roteiro pratico,
determinando os percentuais de sedimentos e água contidos nas amostras de petróleo
provenientes da bacia potiguar e da bacia de Sergipe, avaliando a influencia dos solventes e
desemulsificantes.
Segundo Jeferson Cavalcante Alves a Bacia Potiguar foi formada durante o rompimento
do supercontinente Gondwana, que culminou com a separação das placas Sul-Americana e
Africana. Ela apresenta diferentes tipos de rochas geradoras e, consequentemente, petróleos
com diferentes características químicas decorrentes das condições físico-químicas dos
paleoambientes deposicionais nos quais a matéria orgânica, que deu origem a esses petróleos,
foi depositada, como por exemplo: ambientes lacustres, transicional e marinho.

Do mesmo modo que para Tanai Gonçalves a bacia de Sergipe-Alagoas é uma das bacias
terrestres brasileiras cujos sistemas petrolíferos vêm sendo estudados desde o início da
exploração de hidrocarbonetos no Brasil. O campo de Carmópolis, cujas maiores acumulações de
petróleo se concentram nos reservatórios areníticos de um dos membros da Formação Muribeca
desta bacia, é, atualmente, o campo terrestre de maior produção de hidrocarbonetos no Brasil, e
fica localizado próximo à região alvo deste estudo. Os dados de geofísica de poços são os dados
mais utilizados na indústria de petróleo e gás, para caracterização petrofísica de reservatórios.

É importante ressaltar que as amostras do petróleo da bacia potiguar possuem uma

coloração mais escura, muito viscoso e não homogênea, diferentemente do óleo da bacia de
Sergipe, que por sua vez, possui uma coloração mais “amarronzada” e mais homogeneizada
embora seja um pouco menos viscoso.

Isso é notável, já que para a prática do calculo da BSW (Bottom Sediments Water) tendo
em vista que na indústria petrolífera, é comum a avaliação de propriedades físico-químicas por
exemplo: viscosidade, densidade, salinidade, teor de água e sedimentos, IAT (Índice de Acidez
Total), BSW e o IST (Índice de Sal Total), pois tais parâmetros apresentam uma grande relevância
no dimensionamento dos equipamentos utilizados na exploração e utilização do petróleo.

Segundo a Sociedade Brasileira de Química (SBQ) com base no artigo da FRINHANI,

Roberta, a análise de BSW é feita diluindo-se amostras de petróleos em solventes orgânicos na
presença de desemulsificantes com posterior centrifugação da mistura e o teor permitido para a
entrega do petróleo para refino é de no máximo 1%

2 METODOLOGIA
Para as práticas foram usadas porções de água (940 ml) e óleo (60 ml) totalizando 1000
ml. Considerando que, na primeira pratica mostrada na tabela 1, foi utilizado o
querosene, já na segunda prática através da tabela 2 o solvente foi o noneno.

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Material utilizado para a determinação de BSW:

• Proveta graduada de 1000 mls;
• Tubos de vidro graduados em percentual volumétrico (0-100% ou 0-10% v/v);
• Pipeta de Pasteur;
• Centrifuga;
• Banho Maria com aquecedor;
• Querosene ou outro solvente;
• Amostras de Desmulsificante.

Procedimento Amostra com água livre:

• Agitar vigorosamente a amostra;
• Completar até 1.000 ml na proveta graduada;
• Deixar a amostra em repouso o tempo necessário para separar o máximo de água;
• Registrar o volume de água e de óleo separados.

Procedimento Amostra sem água livre:

• Em dois tubos graduados adicionar SOLVENTE, até a marca dos 50% (5%);
• Agitar a amostra de óleo e completar até a marca dos 100% (10%);
• Adicionar 1 ou 2 gotas de desemulsificante.
Observação: A adição em excesso poderia criar uma emulsão mais forte.
• Agitar, manualmente, por 25 veres ou até conseguir uma boa mistura;
• Aquecer no banho Maria a temperatura do teste por 10 minutos. Após o
aquecimento, a parafina deveria estar solubilizada no óleo;
• Retirar e levar para a centrífuga por 15 minutos a 60 °C 1500 RPM;
• Registrar os percentuais de água, sedimentos e óleo observados.

Para o cálculo do BSW Total em amostra com água livre usar-se a seguinte formula:
𝐵𝑆W
*(𝑉 * ) + (𝑉 )+
0𝐿𝐸0 100 𝐴𝐺𝑈𝐴
𝐵𝑆W𝑇0𝑇𝐴𝐿 = * 100
𝑉
(1)

𝑉0𝐿𝐸0 = 𝑉𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝑑𝑒 ó𝑙𝑒𝑜 𝑑𝑎 𝑝𝑟𝑜𝑣𝑒𝑡𝑎

𝑉𝐴𝐺𝑈𝐴 = 𝑉𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝑑𝑒 á𝑔𝑢𝑎 𝑑𝑎 𝑝𝑟𝑜𝑣𝑒𝑡𝑎

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3 RESULTADOS E DISCUSSÕES
Após a divisão de duas amostras, seguindo a metodologia citada, obtemos os seguintes
dados:
Tabela 1: resultado de percentual de BSW das amostras das bacias de Potiguar e Sergipe usando o querosene como solvente.

Bacia Potiguar

Amostra I (1.9%) Amostra II (14%)

Querosene (50%) Querosene (50%)

Desemulsificante* A Desemulsificante* B

Óleo (50%) Óleo (50%)

BSW 94% BSW 95%

Bacia de Sergipe

Amostra I (2,5%) Amostra II (2%)

Querosene (50%) Querosene (50%)

Desemulsificante* A Desemulsificante* B

Óleo (50%) Óleo (50%)

BSW 94% BSW 94%

Desemulsificante* - Foi depositada uma gota do desmulsificante em cada amostra.

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Tabela 2: resultado de percentual de BSW das amostras das bacias de Potiguar e Sergipe utilizando o noneno como solvente.

Bacia Potiguar

Amostra I (34%) Amostra II (4,4%)

Solvente noneno (50%) Solvente noneno (50%)

Desemulsificante* A Desemulsificante* B

Óleo (50%) Óleo (50%)

BSW 96% BSW 94%

Bacia de Sergipe

Amostra I (2,6%) Amostra II (1%)

Solvente noneno (50%) Solvente noneno (50%)

Desemulsificante* A Desemulsificante* B

Óleo (50%) Óleo (50%)

BSW 94% BSW 94%

Desemulsificante* - Foi depositada uma gota do desmulsificante em cada amostra.

4 CONCLUSÃO
Portanto para o óleo da Bacia Potiguar o melhor BSW foi encontrado na amostra I
(desmulsificante A) para querosene como solvente, já para o solvente noneno o melhor BSW foi
na amostra II desemulsificante B e para o óleo da Bacia de Sergipe o BSW foi igual em ambas as
amostras.

5 REFERÊNCIAS
ALVES, Jeferson Cavalcante. CORRELAÇÕES GEOQUÍMICAS ENTRE AMOSTRAS DE PETRÓLEO
DA BACIA POTIGUAR E DEFINIÇÃO DE SUAS POSSÍVEIS ROCHAS GERADORAS. Disponível
em: https://www.scielo.br/j/qn/a/MvrjfbPYgdXY6mG4TWkJytG/?lang=pt. Acesso em: 03 jun.
2022.

GONÇALVES, Tanai. CARACTERÍSTICAS DOS RESERVATÓRIOS CARBONONÁTICOS DA

FORMAÇÃO MURIBECA, DA BACIA DE SERGIPE-ALAGOAS. Disponível em:

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https://app.uff.br/riuff/bitstream/handle/1/24278/265%20-%20DISSERT%20-
%20%20Tanai%20Gon%c3%a7alves%202017.pdf?sequence=1&isAllowed=y. Acesso em: 03
jun. 2022.

FRINHANI, Roberta Q.. Estudo da Correlação do Teor de Sal e BSW em Petróleos do

Estado do Espírito Santo. Disponível em: http://sec.sbq.org.br/cdrom/30ra/resumos/T0115-
1.pdf. Acesso em: 03 jun. 2022.

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