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PORTARIA Nº 067/2018

ARACAJU/SE, 10 de julho de 2018.

Estabelece condições e critérios e dá outras


providências, para o licenciamento ambiental de
Unidades/Estações de Transbordo de Resíduos
Sólidos Urbanos Não Perigosos.

O Diretor - Presidente da Administração Estadual do Meio Ambiente - ADEMA, no uso das


atribuições legais previstas no artigo 10, incisos I e II e § 1° da Lei n° 5.057, de 07 de novembro de
2003 e tendo em vista o disposto nos Arts. 1º, 2º, 3º e seu §1º do Decreto Estadual nº 24.571, de 13
de julho de 2007, no art. 1º do Decreto Estadual nº 30.178, de 19 de fevereiro de 2016 e demais
disposições aplicáveis;

CONSIDERANDO a necessidade de estabelecer critérios técnicos que viabilizem a análise mais


rápida e objetiva de projetos de grande relevância socioambiental;

CONSIDERANDO a crescente produção de resíduos sólidos e a necessidade do adequado


gerenciamento, visando a proteção do meio ambiente e a manutenção da qualidade dos solos, do ar,
dos corpos d'água superficiais e dos aquíferos subterrâneos.

CONSIDERANDO a competência da ADEMA para definir os estudos ambientais pertinentes ao


respectivo processo de licenciamento, nos termos do art. 3º, parágrafo único, da Resolução
CONAMA nº 237, de 19 de dezembro de 1997;

CONSIDERANDO a necessidade de revisão dos critérios, parâmetros e prazos outrora aplicados


aos processos de licenciamento e autorização ambiental no Estado de Sergipe para obtenção da
licença e autorização ambiental;

CONSIDERANDO a necessidade de modernizar e assegurar a sustentabilidade financeira do


Sistema Estadual de Licenciamento de Atividades Utilizadoras de Recursos Ambientais no Estado
de Sergipe; e

CONSIDERANDO a necessidade de garantir segurança jurídica aos casos aplicáveis para os


efeitos desta portaria, na forma nº Lei nº 13.655/2018 que altera a Lei de Introdução às Normas do
Direito Brasileiro – LINDB, em seu art. 30 dispõe que “As autoridades públicas devem atuar para
aumentar a segurança jurídica na aplicação das normas, inclusive por meio de regulamentos,
súmulas administrativas e respostas a consultas;

RESOLVE:

Art. 1° - Estabelecer critérios para o Licenciamento Ambiental de Unidades de Transbordo de


Resíduos Sólidos Urbanos Não Perigosos.
Parágrafo Único: Esta Portaria aplica-se apenas e tão somente às unidades de transbordo de
resíduos sólidos urbanos não perigosos.
Art. 2° - Para efeito desta Portaria, considera-se:
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I. Unidade de Transbordo de Resíduos Sólidos Urbanos Não Perigosos: área de transferência de
resíduos sólidos urbanos não perigosos de um veículo com menor capacidade de carga, com co-
processamento para outro veículo com maior capacidade de carga e posterior encaminhamento para
destinação final.
Art. 3° - Para efeito desta Portaria, as Unidades de Transbordo de Resíduos Sólidos Urbanos Não
Perigosos, são classificados de acordo com o porte. Porte do empreendimento: quantidade de RSU
recebida (tonelada/dia ou t/dia)
Pequeno: até 50 t/dia
Médio: entre 50 e 120 t/dia
Grande: acima de 120 t/dia
Art. 4º - Nas situações aplicáveis deverá ser solicitada a Autorização Ambiental para transporte de
resíduos, de acordo com o previsto nas resoluções específicas da ADEMA/SE.
Art. 5º - A Unidade de Transbordo de Resíduos Sólidos Urbanos Não Perigosos deverá contemplar
todas as medidas técnicas necessárias para evitar a proliferação de vetores, contaminação do solo,
subsolo, lençol freático, bem como controle de emissões atmosféricas.
Art. 6º - Os efluentes não poderão ser lançados em corpos hídricos ou infiltrados no solo,
independente de possíveis pré-tratamentos realizados e deverão ser encaminhados para empresa
devidamente licenciada para tratamento/disposição final.
Art. 7º - O tempo de permanência dos resíduos sólidos urbanos na área de transbordo deverá ser o
mínimo possível, não podendo ultrapassar 48 horas, de forma a garantir a não geração de odores e
de efluentes líquidos, para garantir que não haja atração de vetores nem incômodos à população.
Art. 8º - A Unidade de Transbordo de Resíduos Sólidos Urbanos Não Perigosos deverá:
I. ser devidamente isolada e sinalizada, sendo proibido o acesso de pessoas não autorizadas e
animais;
II. possuir sistema de drenagem de águas pluviais;
III. possuir sistema de drenagem, contenção e caixa/tanque de acúmulo dos efluentes percolados
(chorume);
IV. possuir impermeabilização de base, com geomembrana, piso de concreto ou sistemas similares
no local onde ocorrerá a transferência dos resíduos;
V. possuir vias de acesso que permitam a circulação de veículos pesados, mesmo em situações
climáticas adversas.
VI. manter a área específica, onde ocorre de transferência dos resíduos sólidos urbanos não
perigosos, a no mínimo 100 metros de residências isoladas e vias de domínio público, a no mínimo
200 metros de clínicas médicas, hospitais, escolas, indústrias, estabelecimentos comerciais, que
estiverem isolados, e a no mínimo 400 metros de núcleos populacionais;

Art. 10 - O estudo ambiental a ser apresentado na fase prévia dos processos de licenciamento
ambiental, deverá ser aquele indicado conforme porte do empreendimento:
Pequeno: EAS (Estudo Ambiental Simplificado)
Médio: EAS (Estudo Ambiental Simplificado)
Grande: EAS + PCA (Estudo Ambiental Simplificado + Plano de Controle Ambiental)
I. Estudo Ambiental Simplificado (EAS) envolve necessariamente o diagnóstico ambiental dos
meios biótico, físico e socioeconômico, avaliação de impactos ambientais, proposição de medidas
de controle, mitigação e compensação, conforme roteiro em anexo (ANEXO I), devendo ser
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assinado pelo coordenador e equipe técnica multidisciplinar qualificada e habilitada, sendo exigidas
as devidas Anotações de Responsabilidade Técnica – ART do respectivo conselho de classe, bem
como será apresentado pelo requerente da licença prévia.
II. Plano de Controle Ambiental (PCA)1 será apresentado pelo requerente da licença ambiental de
Instalação, contendo as medidas propostas para prevenir ou corrigir os impactos ambientais
negativos decorrentes da instalação da estação de transbordo, identificados no Estudo ambiental
Simplificado – EAS, conforme roteiro em anexo (ANEXO II), devendo ser assinado pelo
coordenador e equipe técnica multidisciplinar qualificada e habilitada, sendo exigidas as devidas
Anotações de Responsabilidade Técnica – ART do respectivo conselho de classe.

Art. 11 - Esta portaria entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 12 - Dê-se Ciência, Publique-se, Cumpra-se.

GILVAN DIAS DOS SANTOS


Diretor-Presidente da ADEMA

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Conforme o artigo 5º da Resolução CONAMA nº 09/1990, o PCA deve contemplar os projetos
executivos de mitigação dos impactos ambientais previstos e identificados na área de implementação da
atividade ou empreendimento.

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ANEXO I – ROTEIRO MÍNIMO PARA APRESENTAÇÃO DO ESTUDO AMBIENTAL
SIMPLIFICADO (EAS)

O EAS deve abordar a interação entre elementos dos meios físico, biológico e sócio-econômico, buscando a
elaboração de um diagnóstico integrado da área de influência do empreendimento. Deve possibilitar a
avaliação dos impactos resultantes da implantação do empreendimento/atividade, e a definição das medidas
mitigadoras, de controle ambiental e compensatórias, quando couber.
Este roteiro destina-se a empreendimentos ou atividades que não dispõem de roteiro específico previsto em
instrução normativa do órgão licenciador e apresenta o conteúdo mínimo a ser contemplado. Dependendo
da complexidade da atividade/empreendimento poderão ser solicitadas informações complementares.

1. INFORMAÇÕES GERAIS
Apresentar o contexto geral do projeto, contendo informações mínimas suficientes para compreensão acerca
do empreendedor, atividade/empreendimento objeto de estudo e equipe técnica responsável pela elaboração
do estudo. A equipe técnica multidisciplinar responsável pelo EAS deverá ser composta por, no mínimo, 03
(três) profissionais, sendo eles: 01 (um) profissional para meio físico, 01 (um) profissional para o meio
biótico e 01 (um) profissional para o socioeconômico.

2. JUSTIFICATIVA DA ATIVIDADE/EMPREENDIMENTO
Justificar a atividade/empreendimento proposto em função da demanda a ser atendida demonstrando, quando
couber, a inserção do mesmo no planejamento regional e do setor.

3. CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO
Deve conter a descrição do empreendimento proposto, seu processo construtivo e produtivo, de modo a
permitir avaliar a qualidade da alternativa técnica adotada para o empreendimento, tais como: a proposição
de soluções para abastecimento de água, tratamento e disposição final de efluentes líquidos, gerenciamento
de resíduos sólidos, emissões atmosféricas, dentre outros.

4. LEGISLAÇÃO APLICÁVEL
Levantamento da legislação federal, estadual e municipal incidente sobre o projeto em qualquer das suas
fases.

5. ÁREAS DE INFLUÊNCIA
Apresentar os limites das áreas de influência do projeto a ser diretamente afetada pelos seus impactos,
definidas como Área Diretamente Afetada – ADA e Área de Influência Direta – AID.
Deverá ser apresentada a justificativa da definição das áreas de influência para cada meio: físico, biótico e
socioeconômico, acompanhada de mapeamento em escala adequada.

6. DIAGNÓSTICO AMBIENTAL
Neste tópico, deverá ser realizada descrição e análise das áreas de influência do empreendimento (ADA e
AID), quanto as condições atuais dos meios físico, biológico e socioeconômico, de modo a caracterizar a
situação ambiental.

7. AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS AMBIENTAIS


Identificar e avaliar os principais impactos que poderão ocorrer em função das diversas ações previstas para
a implantação e operação do empreendimento.

8. MEDIDAS MITIGADORAS, COMPENSATÓRIAS E DE CONTROLE


Para cada impacto indicado, descrever as medidas mitigatórias, de controle ou de compensação
correspondente. Nos casos em que implantação da medida não couber ao empreendedor, deverá ser indicada
a pessoa física ou jurídica competente.

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9. PROGRAMAS AMBIENTAIS
Indicar os programas ambientais de monitoramento e os necessários para implementação das medidas do
item anterior.

10.CONCLUSÕES
Após a consideração de evidências, argumentos ou premissas apresentadas, apresentar uma proposição final
sobre a viabilidade técnica e ambiental da atividade/empreendimento.

11.BIBLIOGRAFIA
Deverá constar toda a bibliografia consultada e citada para os estudos, especificada por área de abrangência
do conhecimento. Quadros, Tabelas e Figuras deverão conter a fonte dos dados apresentados.

12.APÊNDICES E ANEXOS
Incluir materiais complementares ao EAS imprescindíveis à compreensão deste.

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ANEXO II – ROTEIRO MÍNIMO PARA APRESENTAÇÃO DO PLANO DE CONTROLE
AMBIENTAL (PCA)

O Plano de Controle Ambiental – PCA será apresentado pelo requerente da licença ambiental, é um estudo
que identifica e propõe medidas mitigadoras para prevenir ou corrigir os impactos ambientais negativos
decorrentes da instalação da Estação de Transbordo e identificados no Estudo ambiental Simplificado – EAS.

ROTEIRO BÁSICO PARA ELABORAÇÃO DO PCA

1. DADOS CADASTRAIS

1.1 Identificação do Empreendedor


• Nome, razão social, endereço e endereço eletrônico para correspondência;
• Inscrição Estadual e CGC;
• Nome, endereço, telefone e fax do responsável pelo empreendimento;

1.2 Identificação do Responsável Técnico pelo Licenciamento


• Nome e qualificação;
• Endereço, telefone, fax e endereço eletrônico;
• ART.

2. CARACTERIZAÇÃO GERAL DO EMPREENDIMENTO

2.1 Leiaute do empreendimento nas fases de implantação e operação.

2.2 Descrição do empreendimento e de seus processos de implantação e operação, contemplando, no


mínimo:

2.1.1 Estruturas: edifício; planta baixa das edificações.

2.2.2 Fluxograma das obras civis.

2.2.3 Terraplenagem: locais de bota-fora, áreas de empréstimo e jazidas (cascalheira, pedreira, areal);
identificação em planta.

2.2.4 Equipamentos, maquinário etc.

2.2.5 Cronograma executivo, considerando todas as atividades previstas nas diversas fases do
empreendimento.

3. ESTRUTURA DOS PROJETOS

3.1 As medidas mitigadoras, compensatórias e de monitoramento elencadas no EAS ou aprovadas na


Licença Prévia deverão ser detalhadas em projetos, observando basicamente a seguinte estrutura, com as
adequações que se fizerem necessárias frente às especificidades das medidas:

3.1.1Justificativa. Deve contemplar a caracterização do aspecto ambiental em questão e o prognóstico de


impacto que a medida pretende prevenir, mitigar ou compensar (origem, abrangência, intensidade,
frequência, reversibilidade, duração, etc.), de acordo com o EAS.

3.1.2 Objetivo.

3.1.3 Metas.
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3.1.4 Público-alvo.

3.1.5 Legislação pertinente.

3.1.6 Linhas de ação: descrição das intervenções a serem feitas com vistas ao alcance das metas.

3.1.7 Métodos, critérios técnicos e normas adotados.

3.1.8 Fluxogramas, memorial descritivo, planta de localização.

3.1.9 Equipamentos, recursos materiais e humanos necessários.

3.1.10 Nível de eficiência da medida em relação à minimização e compensação do impacto.

3.1.11 Responsável e co-responsáveis pela execução da medida.

3.1.12 Estimativa dos custos de manutenção e operação da medida.

3.1.13 Cronograma físico das ações propostas; demonstrar claramente a implementação da medida frente às
intervenções do empreendimento sobre o meio ambiente, de modo a promover efetivamente a prevenção,
mitigação ou compensação do impacto.

3.1.14 Monitoramento; instrumentos e periodicidade de avaliação dos resultados da implementação da


medida.

3.1.15 Bibliografia consultada

3.2 No caso dos sistemas de controle, acompanhamento e monitoramento de efluentes, os Projetos Básicos
deverão ser desenvolvidos de acordo com as normas técnicas aplicáveis, e contemplar, além dos quesitos
supracitados:

a) Justificativa técnica da concepção de tratamento proposta.

b) Manual sucinto de operação do sistema.

c) Rotina de manutenção preventiva e/ou preditiva do sistema.

4. RECOMENDAÇÕES ESPECÍFICAS
A seguir são apresentadas recomendações específicas para alguns dos projetos a serem apresentados no PCA.

4.1 Plano de Adequação das Vias de Acesso com a aprovação do órgão público competente, se couber.

4.2 Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos Urbanos recebidos e gerados na Estação.

4.2.1 Com base na caracterização dos resíduos sólidos urbanos, os aspectos da triagem, comprovar o
destinatário do material triado que os receberão, se está devidamente licenciado para este fim etc. Todas as
informações devem ser detalhadas no Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos.

4.3 Efluentes Líquidos

4.3.1 Redes internas de coleta de efluentes líquidos

Apresentar, em planta, a rede de coleta de efluentes líquidos, a rede de esgoto sanitário e a rede de drenagem
de águas pluviais, evidenciando as interligações existentes entre elas, como também as interligações das
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redes de efluentes líquidos com as unidades de tratamento e com as tubulações que conduzem ao corpo
hídrico receptor e/ou à rede pública de coleta de esgotos.

4.3.2 Projeto do Sistema de Tratamento de Efluentes Líquidos Sanitários

a) Na ausência de rede pública de coleta de tratamento dos efluentes sanitários gerados na Estação
Transbordo o empreendedor deverá construir um sistema próprio para tratamento de esgotos sanitários,
apresentando o Projeto Básico, com o memorial de cálculo e as plantas em escala adequada, segundo os
critérios das normas ABNT NBR 12.209/92; 7.229/93 e 13. 969/97.

b) Deverá ser especificado, qualquer que seja a alternativa adotada: o destino a ser dado ao lodo biológico
gerado em decorrência do tratamento; a frequência de remoção desse lodo; a disposição final do efluente
líquido tratado; os pontos de amostragem para os efluentes bruto e tratado.

c) Deverá ser detalhado o Programa de Automonitoramento dos Efluentes Sanitários, prevendo-se análises
periódicas dos efluentes bruto e tratado, considerando-se os parâmetros definidos EAS, bem como aqueles
porventura decorrentes de observações subsequentes.

4.3.3 Plano de Controle/Tratamento de Efluentes Líquidos Percolados (Chorume) Gerados na Atividade de


Transbordo.

a) Apresentar Projeto do sistema de tratamento para efluentes líquidos percolados (chorume) e/ou alternativa
para a destinação final ambientalmente adequada.

b) Detalhamento do Programa de Automonitoramento dos Efluentes Líquidos Percolados (bruto e tratado),


considerando os parâmetros definidos no EAS, bem como aqueles porventura decorrentes de observações
subsequentes.

c) Na hipótese dos efluentes líquidos não serem tratados dentro da área das instalações do empreendimento,
comprovar que o destinatário que os receberá está devidamente licenciado para este fim.

4.3.4 Plano de Controle/Tratamento de Águas Pluviais.


Deverá ser considerada a possibilidade de contaminação de águas pluviais incidentes em áreas passíveis de
contaminação dentro da Estação de Transbordo. Nestes casos, deverão ser apresentados os Projetos Básicos
dos sistemas de controle e/ou tratamento, conforme as necessidades. No caso das áreas de tancagem é
imprescindível a construção de bacias de contenção.
4.3.5 Lançamento de efluentes líquidos em corpo hídrico ou rede pública.

a) Deverão ser indicados, em planta a ser anexada ao PCA, os diversos pontos de lançamento de efluentes
líquidos no corpo hídrico receptor (tubulações e/ou canaletas), com legenda para cada ponto, discriminando a
vazão média e a natureza de cada despejo (efluente do processo de produção, efluente sanitário, efluente
pluvial etc.). Deverá ser explicitado que esses pontos de lançamento serão mantidos em evidência e com
acesso facilitado, para fins de fiscalização.

b) Deverá ser detalhado o Programa de Automonitoramento do Corpo d’Água Receptor dos Efluentes
Líquidos, considerando os resultados do estudo de autodepuração apresentado no EIA ou RCA, e o
comprimento da zona de mistura, com descrição dos procedimentos e/ou memorial de cálculo. Deverão estar
identificadas as coordenadas geográficas dos pontos de amostragem, a montante e a jusante do(s)
lançamento(s) de efluentes, prevendo-se frequência de análises mensal, que contemple parâmetros previstos
no EAS.

c) Para o lançamento dos efluentes líquidos em rede pública, deverá ser apresentado documento autorizativo
da concessionária dos serviços de esgotos, explicitando as exigências para esse lançamento.
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4.4 Plano de Controle e Monitoramento dos Níveis de Ruído e Vibrações.

4.4.1 O Projeto Básico deverá especificar o(s) tipo(s) de intervenção a ser(em) feito(s) e os critérios técnicos
a serem seguidos, visando ao controle do nível de ruído e vibrações.

4.4.2 O Plano de Monitoramento dos Níveis de Ruído e Vibrações deverá especificar os pontos, frequência,
equipamentos de medição e normas adotadas para o monitoramento.

4.5 Patrimônio Arqueológico – o escopo do detalhamento das medidas pertinentes deve observar a Portaria
IPHAN nº 230, de 17 de dezembro de 2002.

4.6 Interlocução com as partes interessadas – o detalhamento das ações a serem desenvolvidas após a
Licença de Instalação deve ser orientado por uma avaliação dos resultados das atividades desenvolvidas após
a concessão da Licença Prévia.

4.7 Educação ambiental – no caso de empreendimentos que foram objeto de EAS, o programa a ser
apresentado deve observar o disposto para a gestão de resíduos sólidos para Educação Ambiental não formal
no processo de Licenciamento Ambiental.

4.8 Programa de Atenuação da Poluição Visual.

4.8.1 Descrição das ações previstas para atenuação da poluição visual durante as fases de implantação,
operação e desativação do empreendimento.

4.9 Plano de Segurança

Considerando as possibilidades de acidentes na área do empreendimento, apresentar:

4.9.1Documento comprobatório da apresentação ao Corpo de Bombeiros Militar do projeto de controle e


combate a incêndios referente às instalações do empreendimento.
4.9.2 Projetos das ações ambientais recomendadas no EAS.

5. Considerações finais

Apresentação de informações adicionais que a consultoria e/ou o empreendedor ainda considerem


necessárias para descrever o Plano de Controle Ambiental a ser implementado.

5. Cronograma de execução

6. Equipe técnica

7. Bibliografia

8. Anexos
Anotações de Responsabilidade Técnica de todos os profissionais em relação à elaboração do Plano de
Controle Ambiental, cada qual em sua respectiva competência.

GILVAN DIAS DOS SANTOS


Diretor-Presidente da ADEMA

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