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2009
La Guerra del Paraguay: historiografías, representaciones, contextos
Résumés
Español English
A partir do conflito latino-americano denominado Guerra do Paraguai e, particularmente do
episódio conhecido como Retirada da Laguna, problematizo a construção da memória, da
história e de uma identidade sul-mato-grossense que está vinculada aos desígnios de uma elite
dominante local. Para mediar tais discussões contextualizo historicamente a divisão do antigo
estado de Mato Grosso em duas unidades federativas, a saber: Mato Grosso e Mato Grosso do Sul
ocorrida no ano de 1977, e em um processo dialético vou explicitando como a Guerra do
Paraguai e a Retirada da Laguna foram e são alvos de inúmeras e diferenciadas manipulações
históricas, historiográficas, identitárias e ideológicas, sempre com o intuito de legitimar os
grupos que estão no poder no estado de Mato Grosso do Sul (Brasil).
This paper focuses on the Latin American conflict called War of Paraguay, and particularly the
episode known as ‘Withdrawal from Laguna’, to study the construction of memory, history and
identity by the elite of Mato Grosso. To facilitate the analysis of those issues its author historically
contextualizes the division of the former state of Mato Grosso into two federative units, namely:
Mato Grosso and Mato Grosso do Sul occurred in 1977, and also the dialectic process in which the
war in Paraguay and the referred withdrawal bacame objects of countless historical,
historiographic, ideological and identitary manipulations by those elites, aiming to maintain and
legitimize their power over the state of Mato Grosso do Sul (Brazil).
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Entrées d’index
Keywords: Elites, Memory, Paraguayan War
Palabras claves: Brasil, Mato Grosso do Sul
Palavras Chaves: Seculo XIX, Guerra do Paraguai, elites, Seculo XX, memória
Texte intégral
1 Mato Grosso do Sul, estado brasileiro localizado na região Centro-Oeste do país, tem
sua história intimamente ligada ao Mato Grosso. Até outubro de 1977, ano em que foi
sancionada a Lei Complementar nº 31, assinada pelo Presidente da República Ernesto
Geisel, que dividiu o então Mato Grosso em duas unidades federativas, a região sul
permaneceu de certa forma isolada, tendo sua história e memória atrelada as elites que
dominavam o cenário estadual e que se concentavam na então capital estadual Cuiabá.
2 A divisão do estado em Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, impôs sobretudo a este
último, a necessidade de pensar sua história, seu passado histórico, fosse esse recente
ou remoto, tendo em vista que com a cisão ocorrida, a unidade federativa recém criada
ficava “órfão de sua história”: todo aparato jurídico, político, administrativo, arquivos
etc, ficaram em Cuiabá, logo os documentos oficiais, a memória registrada ao longo dos
anos pela imprensa local, como também os escritos de estudiosos consolidados como
foi o caso de Virgílio Côrrea Filho, ficaram de posse da elite intelectual cuiabana.
3 Tendo em vista os desdobramentos dessa situação, a década de 1980 infligiu aos
intelectuais sul-mato-grossenses a necessidade, bem como a tarefa de criar e registrar
uma história e uma memória que sintetizasse o espírito sul-mato-grossense e delineasse
uma identidade capaz de unificar essa elite; para mediar tal discussão acerca da
memória tomo como refencial Jacques Le Goff que a entende como
4 Quanto a memória coletiva que é a que mais me interessa, Le Goff a vê como “um
instrumento e um objeto de poder”1; em relação a questão da necessidade imposta de se
forjar uma identidade sul-mato-grossense, vale a pena ressaltar que
“[…] as diferentes comunidades humanas criam uma história (ou várias), e assim
acontece um processo de gênese de identidade social; a história, por sua vez, dá
forma à comunidade portanto, um sentido particular de pertencer à comunidade
[…]”2.
5 Neste sentido a escrita de tal história deveria estar afinada com os desígnios desse
grupo dominante que galgou e se apossou do poder estadual; logo uma história e uma
memória que privilegiou determinados fatos históricos, nomes, heróis, episódios,
acontecimentos, famílias etc, que não destoaram da história que estava sendo gestada,
ao contrário, essas escolhas legitimaram as construções históricas que estavam se
processando, ao mesmo tempo em que definiu e legitimou uma identidade para o
“povo” sul-mato-grossense.
6 Conforme observou o historiador Osvaldo Zorzato, o discurso histórico, com fortes
conotações memorialistas, construído ao longo do século XX pelos intelectuais mato-
grossenses, esteve sempre, atrelado aos grupos que disputavam e partilhavam o poder,
dando-lhes principalmente, legitimidade3.
7 Em Mato Grosso do Sul os grupos que se aliaram e ficaram no poder passaram a
elaborar um “discurso histórico” que legitimassem sua história, memória e identidade;
tal discurso foi elaborado por um grupo de profissionais liberais representados por
jornalistas, escritores, poetas, advogados, economistas, engenheiros etc; por isso
denomino esses escritores de “memorialistas”, aqui entendido como um grupo que
representava a elite dominante sul-mato-grossense e, que logo após a divisão do estado
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14 Devo lembrar que a grande parte do solo brasileiro não se constituiu em “teatro de
operações” no decorrer do referifo conflito, apenas duas províncias vivenciaram
episódios beligerantes, a saber: o Rio Grande do Sul e o Mato Grosso; sendo que nesta
última ocorreu o episódio da Retirada da Laguna (maio-junho/1867); épico que acabou
por ser materializado e imortalizado nas páginas da clássica obra de Alfredo
d’Escragnolle Taunay intitulada A Retirada da Laguna.
15 O episódio da retirada da Laguna foi privilegiado na construção do discurso que
legitimou a história, memória e identidade sul-mato-grossense. Alfredo d`Escragnolle
Taunay (1843-1899), para redigir a obra em questão, teve como base um diário de
campanha e as suas “lembranças”, interessado em justificar a participação brasileira no
conflito platino e, principalmente, divulgar as “provações” passadas pela expedição
brasileira no sul de Mato Grosso. O autor foi um fiel súdito de Pedro II, a quem a obra
foi oferecida.Assim, os “interesses” do narrador coincidem com os do Império,
lembrando que, para Taunay, os homens é que dominaram, com bravura, os
acontecimetnos e não vice-versa. Entendo que não posso perder de vista que os
episódios narrados por Taunay nesta obra foram construídos para transformar uma
derrota militar em ato de heroísmo.
16 Ressalto que Taunay atuou como protagonista do conflito com o Paraguai no episódio
ocorrido em solo mato-grossense. Em fins de 1864, Solano López ocupou o sul de Mato
Grosso por duas frentes: uma por água e a outra por terra; essa tropa instalou-se nos
territórios litigiosos, por isso o governo imperial organizou uma coluna que, saindo de
São Paulo contou com o apoio de efetivos militares de Minas Gerais e Goiás. Seu
objetivo era deter o avanço paraguaio e retomar as terras invadidas. A coluna atuou
nesse espaço bélico entre os anos de 1865 e 1867. Taynau acompanhou o trajeto dessa
força expedionária, no cargo de ajudante da comissão de engenheiros. Tendo
ingressado na coluna ainda muito jovem, presenciou parte das cenas desencadeadas no
teatro de operações. Sobrevivendo à longa marcha, retornou ao Rio de Janeiro onde,
por insistência do pai, começou a escrever a obra que viria a imortalizar a grande
tragédia a que esteve submetido o exército brasileiro: “A retirada da Laguna”. Sua
primeira versão data de 1868, está redigida em francês e contém cerca de 50 páginas,
sendo sua versão integral publicada em 1871.
17 Para compor a citada obra, Taunay narrou a retirada utilizando como recurso, além
das anotações de um diário que fazia parte de suas obrigações profisionais, suas
reminiscências, o que me leva a concluir que não a produziu no “calor dos
acontecimentos”. Ao recompor suas lembranças, esteve sujeito às falhas a que o
substrato da memória nos expõe, mas tentou contorná-las acentuando homens e fatos
que em sua opinião deveriam ser reverenciados pelos brasileiros.
18 Colaborou, portanto, para que as primeiras interpretações – corretas ou não – sobre
o evento começassem a ser registradas e divulgadas. Fortaleceu a memória e
corroborou para alimentar, nas décadas seguintes, a história. Entretanto, a obra de
Taunay, sem dúvida, teve o mérito de não só registrar, como imortalizar a retirada
através de uma narrativa na qual os atores históricos agem como personagens de
empolgantes romances.
19 Ressalte-se que o exército brasileiro durante o conflito com o Paraguai, carecia de
uma estrutura de combate, aqui entendida como armamentos, atendimento médico,
abastecimento e uniformes, entre outros. Sabe-se que na maioria das vezes as decisões
a serem tomadas eram pensadas, discutidas e ordenadas a poucos metros de distância
do teatro de operações.
20 O episódio da retirada da Laguna não foge a essas constatações. Os oficiais do alto
comando militar possuíam conhecimento das carências bélicas da coluna, porém não
deixaram de efetivar a longa marcha. Taunay relatou todas essas inquietudes,
problemas e enfrentamentos com os paraguaios. Assumiu o fracasso da expedição, mas
narrou de forma romântica, épica e honrosa o desastre da retirada. O que se constituiu
em derrota para o exército brasileiro adquiriu, nas sucessivas páginas de sua obra,
outra dimensão. Em nome da pátria a glória prevaleceu.
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[…] a história daquilo que o homem tem realizado neste mundo, é no fundo a
história dos grandes nomes, êstes grandes homens, os modeladores, padrões e, em
sentido amplo, criadores de tudo o que a massa geral dos homens imaginou fazer
ou atingir; tôdas as coisas que nós vemos efetuadas no mundo são pròpriamente o
resultado material externo, a realização prática e a incorporação dos pensamentos
que habitam nos grandes homens mandados no mundo: a alma tôda a história
universal, pode justamente considerar-se, seria a história dêstes10.
23 Ou ainda:
[…] os grandes homens, seja como fôr que os tomemos, são companhia proveitosa.
Não podemos olhar, por mais imperfeitamente, para um grande homem, sem
lucrarmos alguma coisa com êle. Êle é a fonte corrente e viva, de que é agradável
estar perto. A luz que ilumina, que tem iluminado a escuridão do mundo; e isto
não sòmente como uma lâmpada acesa, mas antes como uma luminária natural
que brilha do céu; uma fonte corrente e viva, como disse, de visão nativa e
original, de virilidade e nobreza; - em cuja radiação tôdas as almas se sentem
bem11.
Vespasiano, Camisão
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Glória e tradição!
27 Guimarães em sua obra Mato Grosso do Sul, sua evolução histórica publicada no ano
de 1999, externalizou sua admiração por tais heróis; em meio a expressões como “brava
coluna” ou “homens valentes”, o escritor prosseguiu com a mitificação dos heróis mato-
grossenses. Homens como Camisão e Guia Lopes ganharam em suas páginas,
momentos de cristalização heróica. Eles teriam cumprido seu dever junto à nação
brasileira independente dos erros e/ou falhas a que submeteram a coluna. Na mesma
medida, a província mato-grossense teria dado sua contribuição ao resgate da honra da
nação brasileira.
28 A síntese do herói, do mito e do homem sul-mato-grossense, se delineou a partir do
encontro das qualidades herdadas de Lopes, Antônio João e Camisão; o sul-mato-
grossense é identificado assim como o homem que guia, o sertanejo, o solitário, o
grande desbravador e conhecedor da região, e também como um homem que resiste e
não sucumbe diante da realidade, mesmo que esta seja adversa.
29 No processo de construção identitário sul-mato-grossense outras ações foram
efetivadas, como por ejemplo, a nomeação de ruas, avenidas, monumentos e prédios
públicos com nomes que reverenciam e rememoram nomes, episódios e batalhas
relacionadas a Guerra do Paraguai e a retirada da Laguna.
30 Acredito que tal opção por nomear os espaços públicos no estado de Mato Grosso do
Sul com eventos e episódios relacionados com os acontecimentos relativos à Guerra do
Paraguai, encontra respaldo, entre outros fatores, na forma com que a história sul-
mato-grossense foi gestada, isto é, no contexto da divisão do estado (1977) o conflito
platino foi privilegiado como:
31 Destaco que Mato Grosso do Sul configurou-se como o principal teatro de operações
da coluna organizada por D. Pedro II, sobretudo a partir do momento em que o corpo
expedicionário chegou a Coxim e o conflito passou a atingir diretamente um palco de
operações que hoje pertence a Mato Grosso do Sul. Nesse sentido, a memória desse
conflito mantém-se viva, no estado, até a atualidade por meio de monumentos, ruas,
praças, avenidas e prédios públicos, que fazem referência a episódios ou personagens
ligados à Guerra do Paraguai. Interessante pontuar que essa memória do conflito
platino povoa o imaginário popular sul-mato-grossense, que está ligado a estórias e
“causos” da Guerra, como também desperta uma produção significativa, tanto
historiográfica quanto memorialista acerca desta temática.
32 A memória da Guerra do Paraguai em Mato Grosso do Sul pode ser visualizada e
percebida no que denomino de “espaços das batalhas” e que estão representados em
nomes de ruas e avenidas, tais como: Riachuelo, ocorrida em 11 de junho de 1865;
Passo da Pátria, em 5 de maio de 1866; Tuiuti, em 24 de maio de 1866; Curuzú, em 3 de
agosto de 1866; Curupaiti, em 22 de setembro de 1866; Humaitá, em 5 de agosto de
1868; Itororó, em 6 de dezembro de 1868; e, finalmente, Lomas Valentinas, em 27 de
dezembro de 1868.
33 Nos “espaços destinados aos heróis”, as ruas e avenidas homenageiam: o então
Marquês de Caxias, que assumiu o comando-em-chefe das forças brasileiras terrestres e
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durante as décadas de 1970 e 1980 e chegava ao topo um novo partido: o Partido dos
Trabalhadores, na figura de José Orcírio Miranda dos Santos que ao assumir o poder
ainda em seu primeiro mandato no início de 1999, juntamente com a Secretaria de
Cultura, Esporte e Lazer e outros setores, deu início a uma discussão visando à
possibilidade de criar uma trilha cultural em torno da Retirada da Laguna. Nesse
sentido destaco que o projeto em discussão configura-se como um projeto político de
âmbito governamental e nada mais pontual que o episódio da Guerra do Paraguai e da
retirada da Laguna para se criar “novas histórias”, “novas memórias” e “novas
identidades”...
40 Embora alguns estudiosos já viessem levantando algumas questões acerca da rota da
Retirada da Laguna, foi no referido governo, via Secretaria citada acima, que se
procedeu a uma discussão visando a elaboração de um projeto que contemplasse o
“cenário histórico, geográfico e paisagístico do qual fez parte a retirada da Laguna”.
41 Como afirmei no início desta reflexão, a Guerra do Paraguai foi objeto de
manipulação ideológica em diferentes momentos políticos, e, no estado de Mato Grosso
do Sul está sendo resgatada em um contexto histórico peculiar. Fica claro, portanto, que
a memória da Guerra não se configura como uma “memória patriótica”, e sim, como
uma memória conotativamente política.
42 Tendo em vista o exposto até o presente momento, posso afirmar com a devida
margem de segurança que o projeto da Trilha da Retirada da Laguna e outros que se
referem à Retirada, estão sendo articulados pelos municípios aqui já citados tendo
como justificativa dois pressupostos: 1º) a configuração e/ou consolidação de uma
identidade sul-mato-grossense ligada ao episódio da Guerra do Paraguai, e ao mesmo
tempo, à Retirada da Laguna; 2º) o intuito de implantar o Turismo Cultural e/ou
contemplativo como mecanismo de desenvolver tais municípios, gerando emprego e
renda.
43 Nesse contexto torna-se imperativo o apoio e o incentivo do Governo Estadual aos
projetos mencionados, na medida em que se consolida a construção de uma memória,
de uma história e de uma identidade ligada aos desígnios de uma elite dominante sul-
mato-grossense como forma de se perpetuar no poder. Por isso, a falta de compromisso
histórico com o fato em questão – A Guerra do Paraguai e a Retirada da Laguna – tais
episódios estão sendo, ao longo da história do estado, retomados e relembrados em
momentos políticos nos quais se tenta reforçar uma ideologia17 do estado. Vale ressaltar
que a memória da Guerra em Mato Grosso do Sul não é construída de forma linear e
cumulativa, ao contrário, é edificada com interrupções, sendo resgatada nos contextos
em que pode servir à determinada ideologia. Então, inversamente ao que insistem em
afirmar, isto é, de que a memória da Guerra e da Retirada caracterizam-se como uma
“memória de cunho patriótico”, acredito que seja a memória de uma “conotação
política” singular, haja vista, que em Mato Grosso do Sul os aspectos relacionados a
memória, a história e a identidade fazem parte dos processos de tentativas de
construções identitárias delineadas nos projetos políticos forjados seja por uma elite
local ou pelas instâncias governamentais.
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Notes
1 Cf.: Le Goff, Jacques. História e memória. Tradução de Bernardo Leitão e outros. Campinas:
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2 Barrio, Cristina Del; Hoyos, Olga. O significado cognitivo e afetivo da identidade nacional em
crianças e adolescentes colombianos e espanhóis. In: Carretero, Mario; Rosa, Alberto; González,
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3 Zorzato, Osvaldo. Conciliação e identidade: considerações sobre a historiografia de Mato
Grosso. São Paulo, 1998. Tese (Doutorado em História Social) – Faculdade de Filosofia, Letras e
Ciências Humanas, Universidade de São Paulo.
4 Bourdieu, Pierre. O poder simbólico. Memória e sociedade. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil,
1989, p. 116.
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5 Guimarães, Acyr Vaz. Seiscentas léguas a pé. Campo Grande-MS: Tribunal de Justiça de Mato
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6 Guimarães, Acyr Vaz. Mato Grosso do Sul, sua evolução histórica. Campo Grande: Ed. UCDB,
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7 Guimarães, Acyr Vaz. A Guerra do Paraguai: verdades e mentiras. Campo Grande: Instituto
Histórico e Geográfico de Mato Grosso do Sul, 2000. (volume 1).
8 Rodrigues, José Barbosa. Histórias da terra matogrossense. São Paulo: Editora do Escritor,
1983.
9 Campestrini, Hildebrando; Guimarães, Acyr Vaz. História de Mato Grosso do Sul. Campo
Grande: Gráfica e Papelaria Brasília, 1991.
10 Carlyle, Thomas. Os heróis. 2. Ed. Tradução de Antônio Ruas. São Paulo: Melhoramentos,
1963, p. 9.
11 Idem, ibidem, p. 9.
12 Sancionado pelo Decreto nº 3, de 1 de janeiro de 1979.
13 Squinelo, Ana Paula. A Guerra do Paraguai em novos campos de batalha. Fronteiras: revista
de História, Campo Grande, MS, 4/5 (7/9), pp. 79-81, 2000/2001.
14 No ano de 2002 foi realizada a 1ª Edição da Marcha Cívico-Cultural da Retirada da Laguna
que propunha “o refazer da epopéia dos bravos mato-grossenses e brasileiros, percorrendo os
caminhos por eles realizados, a pé ou motorizado, em trilhas dignas de qualquer turismo
ecológico. Comentando os principais eventos acontecidos e desfrutando das belezas da rica
natureza sul-mato-grossense”. Cf.:Projeto Cultural: V reedição da marcha cívico-cultural da
retirada da Laguna – revivendo a História de nosso estado, 2007. Aponto que tais marchas são
realizadas anualmente por militares do Exército Brasileiro, com o apoio do Governo Estadual, do
IHGMS e do Conselho Internacional de Museus (ICOM), e contam com a participação de
militares e parcelas da sociedade civil.
15 Cf.: Certeau, Michel de. A escrita da história. Tradução de Maria de Lourdes Menezes. Rio de
Janeiro: Forense Universitária, 1982.
16 Martins Júnior, Carlos; Trubiliano, Carlos Alexandre Barros. Revisitando A Retirada da
Laguna: um debate entre a Memória, História e Turismo. Revista Eletrônica História em
Reflexão: vol. 2, n. 3 – UFGD – Dourados, jan./jun., 2008, p. 14-13.
17 Utilizo o conceito de ideologia tal como definiu Michel Vovelle: “um conjunto de
representações, mas também de práticas e comportamentos conscientes ou inconscientes”. Cf.:
Vovelle, Michel. Ideologias e mentalidades. 2. ed. São Paulo: Brasiliense, 1991, p. 11 e 14.
Auteur
Ana Paula Squinelo
Doutora em História Social pela Universidade de São Paulo (USP/Brasil), Professora Adjunta do
curso de História do Centro de Ciências Humanas e Sociais (CCHS) da Universidade Federal de
Mato Grosso do Sul - Campo Grande/MS (Brasil), Coordenadora do Grupo de Pesquisa
“Historiografia e ensino de História”, e-mail: apsquinelo[at]yahoo.com.br
Droits d’auteur
https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/
https://journals.openedition.org/nuevomundo/49752 11/11