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Brasília-DF.
Elaboração
Revisor Técnico:
Produção
APRESENTAÇÃO.................................................................................................................................. 4
INTRODUÇÃO.................................................................................................................................... 7
UNIDADE I
PODIATRIA COMO CIÊNCIA DA SAÚDE................................................................................................... 9
CAPÍTULO 1
LEGISLAÇÃO APLICADA À ENFERMAGEM PODIÁTRICA E AO USO DO LASERTERAPIA ............... 13
CAPÍTULO 2
EQUIPAMENTOS, PACIENTES E PROFISSIONAIS DE SAÚDE ADAPTADOS PARA PODIATRIA NA
SEGURANÇA DO PACIENTE..................................................................................................... 41
CAPÍTULO 3
PRODUTOS HOSPITALARES – PROCESSAMENTO DE PRODUTOS PARA SAÚDE ............................. 50
UNIDADE II
CUIDADOS INTEGRAIS EM PODIATRIA.................................................................................................... 56
CAPÍTULO 1
PROTOCOLO PARA ATENDIMENTO EM ONICOCRIPTOSE.......................................................... 56
CAPÍTULO 2
IMAGINOLOGIA E EXAMES COMPLEMENTARES EM PODIATRIA................................................. 66
CAPÍTULO 3
GERENCIAMENTO DOS PROTOCOLOS ASSISTENCIAIS............................................................ 104
CAPÍTULO 4
CADEIA EPIDEMIOLÓGICA EM PODIATRIA.............................................................................. 108
REFERÊNCIAS................................................................................................................................. 149
Apresentação
Caro aluno
Conselho Editorial
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Organização do Caderno
de Estudos e Pesquisa
Provocação
Textos que buscam instigar o aluno a refletir sobre determinado assunto antes
mesmo de iniciar sua leitura ou após algum trecho pertinente para o autor
conteudista.
Para refletir
Questões inseridas no decorrer do estudo a fim de que o aluno faça uma pausa e
reflita sobre o conteúdo estudado ou temas que o ajudem em seu raciocínio.
É importante que ele verifique seus conhecimentos, suas experiências e seus
sentimentos. As reflexões são o ponto de partida para a construção de suas
conclusões.
Atenção
5
Saiba mais
Sintetizando
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Introdução
O profissional deve se relacionar com o cliente de forma que este tenha confiança
no profissional para que seja possível identificar causas específicas e realizar o
tratamento adequado. O cuidado de enfermagem possibilita ao enfermeiro organizar,
planejar e estruturar a ordem e a direção do cuidado, constituindo-se no instrumento
metodológico da profissão, subsidiando o enfermeiro quanto à tomada de decisões
e na efetivação do feedback necessário para prever, avaliar e determinar novas
intervenções. É um método sistemático de prestação de cuidados humanizados
que foca na obtenção de resultados desejados de uma maneira rentável. (ALFARO-
LEFEVRE, 2005).
Este processo é uma prática deliberada, ordenada e sistemática, devendo ser realizada
de maneira organizada e lógica, atendendo o raciocínio clínico da patologia existente
no momento em podiatria.
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demonstradas experimentalmente e que se relacionam entre si”. Ainda segundo o
autor, “o que caracteriza uma ciência é a indicação clara de seu objeto, sua descrição,
explicação e previsão. O objeto do conhecimento científico não é o ser, porque esse,
por si próprio, é inobjetivável”.
Objetivos
Esta disciplina tem como objetivo geral:
» Aplicar a assistência integral ao cliente pelo enfermeiro podiatra.
» Identificar a podiatria como ciência da saúde.
» Entender a legislação aplicada à enfermagem podiátrica e o uso do
laserterapia.
» Usar a legislação aplicada à segurança do paciente de podiatria.
» Entender os cuidados com produtos hospitalares – processamento de
produtos para saúde.
» Aplicar os protocolos para atendimento em Onicocriptose.
» Aplicar os exames complementares em podiatria.
» Gerenciar os protocolos assistenciais em podiatria.
» Entender a cadeia epidemiológica em Podiatria.
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PODIATRIA COMO UNIDADE I
CIÊNCIA DA SAÚDE
Então, mais estritamente, essa área foi definida como o ramo da podologia que, como
ciência da saúde, tem como objetivo os cuidados centrados nos pés do cliente iniciando
através da prevenção, tratamento e reabilitação da saúde dos pés.
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UNIDADE I │ PODIATRIA COMO CIÊNCIA DA SAÚDE
Podemos salientar:
Alterações da pele
» Calosidades.
» Infecções fúngicas.
» Úlceras.
» Verrugas.
» Gretas.
» Lesões.
Alterações
» Mudança biomecânica.
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PODIATRIA COMO CIÊNCIA DA SAÚDE │ UNIDADE I
» Estudos de caminhada.
Pé diabético
» Feridas e úlceras.
» Modificações estrutural.
Pé pediátrico
» As alterações da pele.
» Malformações congênita.
» Lesões e ferimentos.
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UNIDADE I │ PODIATRIA COMO CIÊNCIA DA SAÚDE
a saúde dos pés como: onicocriptose (unhas encravadas), helomas (calos) e verrugas
(vírus do papiloma).
Objetivo geral
Oferecer assistência integral ao paciente com alterações podiátricas em qualquer
fase da vida.
Objetivo específico
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CAPÍTULO 1
Legislação aplicada à enfermagem
podiátrica e ao uso do laserterapia
A Podiatria Clínica é a área da podiatria que é diferente da podologia e que pode ser
exercida por enfermeiros. O principal público alvo são as pessoas que têm doenças
crônicas dos pés, nos últimos anos a procura por esse profissional tem aumentado
muito principalmente aqueles em que os pacientes tem doenças crônicas
resultando das complicações da pele e unhas, tais como diabéticos, pessoas com
patologias que usam dispositivo, doenças do sistema circulatório e pessoas idosas.
Embora esta seja a algumas da patologia, a podiatria é a profissão que cuida dos
pés, tanto de pacientes com patologias, como de forma preventiva, para evitar que
a doença se instale, através de ações simples e direcionadas conforme o paciente.
Essa especialidade é uma das principais exercidas por enfermeiros para trabalhar
em podiatria, realizar o tratamento das ulcerações e terapia fotodinâmica (com
LASER), tratamento de fungos, bem como tratamento do distrofias e infecções
das unhas com uso de tecnologias avançadas. Em outros países essa profissão é
exercida especificamente por profissionais que tenha uma graduação , no Brasil
por não existir associação de classe em podiatria, essa especialidade ficou a cargo
do especialista em dermatologia ou estomoterapeuta que é representado pela
Sociedade Brasileira de Enfermagem em Dermatologia (Sobende).
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UNIDADE I │ PODIATRIA COMO CIÊNCIA DA SAÚDE
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PODIATRIA COMO CIÊNCIA DA SAÚDE │ UNIDADE I
» esfigmomanômetro;
» estetoscópio;
» gel condutor;
» glicosímetro;
» podoscópio;
» baropodômetro;
» pelvímetro;
» prumo;
» pedígrafo;
» máquina fotográfica;
» paquímetro;
» antropômetros:
» estadiômetro;
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UNIDADE I │ PODIATRIA COMO CIÊNCIA DA SAÚDE
» oxímetro de pulso;
» balança;
» régua.
Glicosímetro
Podoscópio
Baropodrômetro
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PODIATRIA COMO CIÊNCIA DA SAÚDE │ UNIDADE I
Pelvímetro
Prumo
Pedígrafo
O pedígrafo é um aparelho simples que possui uma tela de borracha e uma base
resistente. Aplica-se tinta de carimbo sob a tela de borracha e deixa-se uma folha de
papel em branco sobre a base. Em seguida, pede-se ao paciente que pise sobre a tela de
borracha, conseguindo-se uma impressão (borrão) da planta do pé.
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UNIDADE I │ PODIATRIA COMO CIÊNCIA DA SAÚDE
Antropômetros
Lupa
Material fotográfico
Fotopodograma
Com o paciente em pé, pede-se para que ele simule o movimento de deambulação sem
sair do lugar, durante 5 segundos aproximadamente, parando na posição final sem se
movimentar (para que a sua posição bípede seja normal, sem forçar uma situação falsa
que influencie na tomada da impressão). Com um pé suspenso, espalha-se o revelador
na planta deste pé usando um chumaço de algodão ou gaze embebido em líquido
revelador. Deve-se ter cuidado para não encharcar nem aplicar pouco revelador;
umedecer sem excesso e sem escorrer ou gotejar. Pede-se para o paciente pisar
sobre papel fotográfico, previamente exposto sob luz solar ou artificial durante trinta
segundos aproximadamente, deverá ficar nessa posição, sem nenhum movimento. O
profissional deve, então, circundar o pé usando uma caneta sobre o papel fotográfico
e traçar riscos transversais nos maléolos lateral e medial e nas articulações metatarso-
falângicas do primeiro dedo e do dedo mínimo.
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PODIATRIA COMO CIÊNCIA DA SAÚDE │ UNIDADE I
Número real do calçado (No C): quociente do CTP dividido por 0,66 (medida do
calçado brasileiro)
Istmo (meio do pé): consegue-se tendo como resultado o quociente da LA dividido por
3 (define -se é pé cavo ou plano e sua gravidade).
Os resultados devem ser comparados com a figura. Toda diferença maior que 0,5
cm se deve considerada como patológico, e menor que 0,5 cm vagueia dentro da
normalidade. (conforme tabela 2).
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UNIDADE I │ PODIATRIA COMO CIÊNCIA DA SAÚDE
<https://www.youtube.com/watch?v=JqwVfNmHZfA>. (vídeo)
Objetivos
Aplicação
Responsáveis
» Profissionais de saúde.
» Pacientes.
» Acompanhantes e Visitantes.
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PODIATRIA COMO CIÊNCIA DA SAÚDE │ UNIDADE I
Frequência
» após ir ao banheiro;
» nos pacientes colonizados por por Clostridium difficile deve ser feita
antes e após cada procedimento;
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UNIDADE I │ PODIATRIA COMO CIÊNCIA DA SAÚDE
6. Esfregar o dorso dos dedos de uma mão com a palma da mão oposta,
segurando os dedos, com movimento de vai-e-vem, e vice-versa.
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PODIATRIA COMO CIÊNCIA DA SAÚDE │ UNIDADE I
11. Secar as mãos com papel toalha descartável, iniciando pelas mãos e
seguindo pelos punhos. No caso de torneiras com contato manual para
fechamento, sempre utilizar papel toalha.
Fonte: Brasil, 2013.
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UNIDADE I │ PODIATRIA COMO CIÊNCIA DA SAÚDE
Somente poderá higienizar com álcool gel se as mãos não apresentarem sujidade
visível:
Importante:
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PODIATRIA COMO CIÊNCIA DA SAÚDE │ UNIDADE I
Materiais necessários:
» água;
Descrição do procedimento:
11. caso a torneira não possua fechamento automático ou outro tipo que
dispense o contato com as mãos, fechá-la utilizando o papel toalha.
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UNIDADE I │ PODIATRIA COMO CIÊNCIA DA SAÚDE
Itens de controle
Em caso de surtos
Criar condições favoráveis para diminuir a carga microbiana das mãos, nas seguintes
situações principalmente:
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PODIATRIA COMO CIÊNCIA DA SAÚDE │ UNIDADE I
» não calçar luvas com as mãos molhadas porque pode causar irritação na
pele;
Ações corretivas:
» retirar adornos;
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UNIDADE I │ PODIATRIA COMO CIÊNCIA DA SAÚDE
Indicação:
O QUE UTILIZAR:
» A antissepsia com álcool a 70% não possui efeito residual, por isso
deve ser usada apenas nos casos de sensibilidade aos outros agentes
degermantes.
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UNIDADE I │ PODIATRIA COMO CIÊNCIA DA SAÚDE
Logo após a Higienização das mãos o profissional deve iniciar a aplicação do laser e
higienizar as mãos sempre que necessário com água e sabão ou álcool gel.
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PODIATRIA COMO CIÊNCIA DA SAÚDE │ UNIDADE I
Laserterapia
O homem tem usado a luz através dos milênios, bem no tempo a.C.
582 - 500: Pitágoras afirma que a luz é emitida pelos olhos, formada por partículas
que saem deles.
320 - 275: Euclides estuda a refração da luz na água e tem a intuição de que a
velocidade da luz é muito alta.
187 - 218: afirma-se que Arquimedes teria usado a luz como uma arma para
destruir embarcações romanas. Essa informação tem sido utilizada em estudos nas
universidades, para averiguação de sua veracidade.
Esta lacuna de tempo até o próximo fato histórico a respeito do estudo da luz,
bem como vários outros fatos posteriormente importantes que ocorreram na
Idade Média, infere que o mundo ocidental esteve mergulhado em conflitos
religiosos e guerras chamadas santas deixando de lado muitos acontecimentos
e estudos importantes. Esta lacuna foi preenchida por alguns cientistas do
mundo árabe, d.C. (depois de Cristo):
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UNIDADE I │ PODIATRIA COMO CIÊNCIA DA SAÚDE
1642 - 1727: Isaac Newton elabora uma primeira teoria sobre a natureza
corpuscular da luz.
1900: Max Planck revoluciona o conceito sobre a luz ao descrever que ela é
formada por pacotes de energia que ele nomeia como fótons.
1913: Niels Bohr formula o modelo atômico, demonstrando que os elétrons giram
em órbitas ao redor do núcleo do átomo. Os elétrons com carga elétrica negativa
e o núcleo formado por prótons, com carga elétrica positiva, e por nêutrons, sem
carga elétrica.
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PODIATRIA COMO CIÊNCIA DA SAÚDE │ UNIDADE I
1964: Townes, Prokorov e Basov ganham o Prêmio Nobel devido aos avanços
obtidos com a invenção do laser. Patel cria o primeiro laser a gás de HeNe e C02’.
1966: tem-se a informação de que Mester teria usado pela primeira vez um laser
terapêutico para cicatrização de uma úlcera.
1985: na Podologia o laser vem sendo utilizado há algumas décadas. Dr. Bernardo
Herrera Garcia descreve o seu uso podológico, assim como o podologista espanhol
José Maria Carnero. O podologista José Antonio Teatino, de Albacete, Espanha, utiliza
o laser terapêutico desde a década de 1980, influenciando Armando Bega no uso
desses equipamentos por meio do envio de diversos artigos e estudos sobre o assunto
e também demonstrando a sua utilização no ano de 1997 e em outras oportunidades.
1997: Armando Bega traz da Espanha, da Clínica Teatino, uma maleta com um laser
terapêutico que também emite ondas na banda do infravermelho, porém muito mais
potente e com regulagem de pulsos que chega a 5 Kz. Esse laser foi usado até 2006,
quando, em contato com a Ecco Fibras, Bega adquire um laser com comprimento
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UNIDADE I │ PODIATRIA COMO CIÊNCIA DA SAÚDE
de onda na banda do vermelho (em torno de 660 nm). Desde então, o uso do laser
terapêutico se tornou comum na pedologia brasileira.
Para melhor entender, é preciso ressaltar que o biólogo russo Alexander Gurvich, em
1923, fez uma descoberta importantíssima com trabalhos sobre cultivos celulares,
ao perceber que uma célula em cultivo, no início da divisão celular, transmite uma
mensagem à célula vizinha para que nela ocorra uma divisão exatamente igual.
Ele chamou esse fato de fenômeno de indução biológica. Ainda segundo Ynyushin, o
bioplasma é uma segunda energia corpórea, um organismo bem determinado presente
no interior do corpo de todos os seres vivos, sendo fortemente sensível a variações
elétricas e magnéticas, com propriedades de semicondutor e de grande estabilidade
quando repleto de energia.
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PODIATRIA COMO CIÊNCIA DA SAÚDE │ UNIDADE I
Monocromaticidade
Emite ondas no mesmo comprimento da faixa espectral e, dessa forma, a luz emitida é
considerada uma luz pura, pois não apresenta fótons de diferentes comprimentos, ou
seja, de outras cores.
Coerência
Colimação
Os fótons gerados pelo laser trafegam na mesma direção e seguem paralelos, o que
confere uma quantidade maior de energia depositada no seu alvo: “quantum” de
energia.
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UNIDADE I │ PODIATRIA COMO CIÊNCIA DA SAÚDE
Classificação
Lasers terapêuticos
Os tipos de lasers terapêuticos mais conhecidos são o HeNe (hélio néon) e o AsGa
(arseneto de gálio).
O laser HeNe age mais superficialmente nos tecidos, por isso é mais utilizado nos
processos cicatriciais, enquanto o laser AsGa age mais profundamente, atingindo
músculos profundos e tendões, por isso é mais utilizado no tratamento das algias e
distúrbios musculares e articulares.
Ações primárias
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PODIATRIA COMO CIÊNCIA DA SAÚDE │ UNIDADE I
Ações secundárias
» Efeito analgésico.
A radiação laser pode provocar danos à visão, por isso se preconiza o uso de
óculos de proteção para o profissional e para o paciente. O efeito é cumulativo
no globo ocular.
Indivíduos que estão fazendo uso de medicamentos fotossensíveis não devem ser
submetidos à radiação laser, pois ela neutraliza o efeito dos medicamentos.
Dosimetria
» Analgésico: 2 a 4 joules/cm2.
» Anti-inflamatório: 1 a 3 joules/cm2.
» Cicatrizante: 4 a 6 joules/cm2.
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UNIDADE I │ PODIATRIA COMO CIÊNCIA DA SAÚDE
Desde a apresentação da teoria e da técnica da aplicação que deve ser realizada pelo
podiatria, a partir de meados da década de 1990, os estudos têm evoluído, e o laser tem
se mostrado um excelente aliado no tratamento de lesões por solução de continuidade
e nos processos dolorosos e inflamatórios, o profissional deve ter o cuidado de aplicar
conforme especificações do fabricante.
Além do meio ativo que está dentro da cavidade de ressonância, podemos verificar a
existência de dois espelhos, um com 100% de reflexão, no fundo da cavidade, e outro
com 99% de reflexão, na parte da frente da cavidade.
Os fótons que atingem o espelho com 100% de reflexão retornam excitando os elétrons
pelo meio do caminho e produzindo mais fótons e uma pequena quantidade deles ao
atingir a porção com 99% de reflexão consegue escapar da cavidade de ressonância
formando o feixe de laser que o equipamento emite, ou seja, 1% desses fótons.
Nesse orifício por onde sai 1% dos fótons existe um sistema de lentes que faz a
colimação desse feixe e daí surge o modo de entrega, que pode ser de várias formas,
sendo os mais comuns: fibra ótica e ponteira ou caneta.
No início, era utilizado o gás HeNe como meio ativo para produzir o LASER na faixa
de 630 nm, ou seja, na cor vermelha, cujos efeitos terapêuticos já foram amplamente
discutidos e estudados pela comunidade científica internacional durante décadas.
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PODIATRIA COMO CIÊNCIA DA SAÚDE │ UNIDADE I
Figura 4. Laser.
cavidade ressonante
A seguir, serão enumeradas aquelas que são as variáveis mais importantes para se
considerar no uso do LBI na biomodulação dos tecidos.
Comprimento de onda
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UNIDADE I │ PODIATRIA COMO CIÊNCIA DA SAÚDE
Para que seja possível entender essa lógica, basta dizer que frequência é a quantidade
de vezes que uma onda é gerada e, portanto, é repetida por segundo. Seu ciclo é dado
em Hertz (Hz).
Resumindo: uma onda com pequeno comprimento, raio gama, por exemplo, tem
uma grande frequência, se comparada com uma onda no espectro da visibilidade,
vermelha, por exemplo.
Potência do laser
Por outro lado, se forem realizados 30s de aplicação de LBI 100 mW nesse mesmo
tecido, teremos depositado 3J de energia e resultará, também, em penetração mais
profunda dos fótons no tecido. Logo, a potência é um fator importante na interação do
LASER com os tecidos biológicos. Observe a figura a seguir.
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CAPÍTULO 2
Equipamentos, pacientes e profissionais
de saúde adaptados para podiatria na
segurança do paciente
O profissional para ter um bom desempenho deve usar de forma correta e sistemática
os equipamentos, sempre tendo o cuidado de usar como solicita o fabricante. É
importante que o equipamento ser de qualidade reconhecida e liberado pelos órgãos
fiscalizadores, sempre fazendo a manutenção conforme o protocolo institucional e
seguindo sempre os prazos estabelecidos, pois isso reduz os custos operacionais.
Devemos sempre observar os riscos que esses equipamentos da área da saúde podem
causar aos pacientes, profissionais e meio ambiente.
Deve sempre haver treinamento sistemático para todos os profissionais sobre como
manusear os equipamentos em parceria com empresas privadas ou representantes
desses equipamentos, principalmente aqueles que são usados raramente.
Antes de ser conectado ao paciente, o equipamento deve ser testado. Deve-se confirmar
sua instalação através de um checklist, para ter a certeza de seu adequado manuseio.
Pode-se fazer uso de gravuras no caso de dúvida ao manipular o equipamento.
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UNIDADE I │ PODIATRIA COMO CIÊNCIA DA SAÚDE
Para uma manutenção preventiva ou calibração periódica devem ser usadas folhas de
controle individuais.
Pacientes
A lei garante aos usuários dos serviços de saúde o direito de preservar sua autonomia,
a fim de defender sua integridade física e moral e informações relacionadas à sua
saúde.
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PODIATRIA COMO CIÊNCIA DA SAÚDE │ UNIDADE I
Segundo Brasil (2013), dada a diversidade étnica, gênero, orientação sexual, nível
socioeconômico, idade, crenças religiosas e políticas, o profissional de saúde deve
reconhecer a individualidade de cada indivíduo e demonstrar aceitação e respeito.
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UNIDADE I │ PODIATRIA COMO CIÊNCIA DA SAÚDE
Segundo Brasil (2013), ao término dos procedimentos, tenha certeza de que recebeu
e compreendeu todas as orientações de autocuidado, para dar continuidade aos
cuidados de modo seguro em sua casa.
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PODIATRIA COMO CIÊNCIA DA SAÚDE │ UNIDADE I
Ainda segundo Brasil (2013), deve-se dedicar um tempo para conversar com o
paciente/acompanhante e, assim, conhecer as suas percepções sobre o ambiente de
prestação de serviços, identificando precocemente riscos e pontos de vulnerabilidade.
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UNIDADE I │ PODIATRIA COMO CIÊNCIA DA SAÚDE
A parceria com o paciente contribui para um cuidado seguro e pode evitar erros, a
responsabilidade pela segurança do paciente recai sobre os profissionais de saúde,
incluindo os podiatras.
Profissionais de saúde
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PODIATRIA COMO CIÊNCIA DA SAÚDE │ UNIDADE I
Domínio 2 - trabalho em
equipe, maximizar segurança
Domínio 6 - reconhece o evento e a qualidade do cuidado.
adverso e previne a repetição. Domínios
para
segurança do
paciente/
cliente. Domínio 3 - comunicação
efetiva.
Domínio 5 - maneja a
relação entre
caracteristicas
individuais/ ambientais e
otimiza a segurança do
cliente. Domínio 4 - maneja os
riscos para evitar danos
ao cliente.
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UNIDADE I │ PODIATRIA COMO CIÊNCIA DA SAÚDE
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PODIATRIA COMO CIÊNCIA DA SAÚDE │ UNIDADE I
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CAPÍTULO 3
Produtos hospitalares – processamento
de produtos para saúde
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PODIATRIA COMO CIÊNCIA DA SAÚDE │ UNIDADE I
Ainda conforme Brasil (2012), algumas embalagens, como papel kraft, papel toalha,
papel manilha, papel jornal e lâminas de alumínio, assim como as embalagens tipo
envelope de plástico transparente não destinadas ao uso em equipamentos de
esterilização, não são permitidas. As seguintes embalagens são comumente utilizadas
para a esterilização de produtos para saúde.
Graziano (2003) sustenta que papel grau cirúrgico é uma das embalagens mais
utilizadas para esterilização, sendo comumente empregada com uma face de filme
plástico para permitir a visualização do conteúdo. É descartável e resistente até a
temperatura de 160ºC. Há opções de papel grau cirúrgico com diferentes densidades e
tamanhos, que variam de acordo com a finalidade do uso.
Segundo Brasil (2012), a selagem de embalagens tipo envelope deve ser feita por
seladora térmica, conforme a orientação do fabricante. As seladoras térmicas têm de
ser calibradas, no mínimo, anualmente.
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UNIDADE I │ PODIATRIA COMO CIÊNCIA DA SAÚDE
Tecido não tecido: Graziano (2003) afirma que o invólucro Spunbond Meltblown
Spunbond (SMS), ou manta de polipropileno, combina duas tecnologias de não
tecido. Essas embalagens resistem às condições físicas impostas pelos processos de
esterilização que incluem mudanças drásticas de temperatura, pressão e umidade. A
vantagem do não tecido é sua excelente barreira contra micro-organismos e também
a sua proteção contra líquidos. Há opções de tecido não tecido com diferentes
gramaturas e tamanhos, que variam de acordo com a finalidade do uso.
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PODIATRIA COMO CIÊNCIA DA SAÚDE │ UNIDADE I
Contêiner rígido - são caixas com perfurações controladas que possuem filtros
permeáveis à saída do ar e entrada de agentes esterilizantes que vêm aos poucos
substituindo as caixas metálicas perfuradas. Essas embalagens só podem ser utilizadas
em autoclaves que contenham uma bomba de vácuo pulsátil. A opção por essa
embalagem requer qualificação térmica da carga, assim como cuidados para completa
secagem do material após o ciclo (GRAZIANO, 2003). É possível também a sua
utilização em métodos de esterilização a baixa temperatura, após validação prévia.
I. nome do produto;
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UNIDADE I │ PODIATRIA COMO CIÊNCIA DA SAÚDE
V. método de esterilização;
1.Nome do
produto
6.Nome do
responsável 2.Número do
pelo preparo lote
RDC 15
5.Método de 3.Data da
esterilizaçãoo esterilização
4.Data limite
de uso
O produto embalado deve ser estocado em local seco, limpo e arejado (ABNT, 2003).
Com efeito, a vida de prateleira dos produtos para saúde depende de eventos
relacionados que podem ser associados aos questionamentos abaixo em relação aos
pacotes/caixas esterilizados (JEVITT, 1984):
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PODIATRIA COMO CIÊNCIA DA SAÚDE │ UNIDADE I
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CUIDADOS
INTEGRAIS EM UNIDADE II
PODIATRIA
CAPÍTULO 1
Protocolo para atendimento em
onicocriptose
Outro ponto importante é a escolha da técnica que deve ser satisfatória para a remoção
da espícula da unha do paciente. Os curativos devem ser realizados levando-se em
conta diversos fatores, como veremos a seguir.
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CUIDADOS INTEGRAIS EM PODIATRIA │ UNIDADE II
A prática de esportes ou dança, usando o freio e/ou a ponta dos pés, como no caso
dos tenistas, jogadores de futebol, basquete, vôlei e bailarinas, também causa
onicocriptose adquirida.
É bom salientar que a onicocriptose pode ser uma porta aberta para a entrada de
fungos causadores de onicomicoses, de bactérias patogênicas causadoras de erisipela,
de vírus causadores de verrugas, além de desencadearem o fenômeno de Koebner,
desencadeante da psoríase.
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UNIDADE II │ CUIDADOS INTEGRAIS EM PODIATRIA
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CUIDADOS INTEGRAIS EM PODIATRIA │ UNIDADE II
Técnicas de espiculectomia
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UNIDADE II │ CUIDADOS INTEGRAIS EM PODIATRIA
Alicate de ponta reta: coloca-se o alicate de ponta reta na parte distal do corpo da unha,
apontando-o para a base da unha e traçando uma linha reta imaginária até o final do
corte desejado. Lembre-se de que o ângulo final deve ficar próximo de 00 (entre 50, no
mínimo e 150, no máximo).
O alicate de ponta reta, também conhecido como alicate para espícula, é inserido por
baixo do corpo da unha, na região que apresenta onicólise, até a região determinada
pelo podologista como sendo o final do corte.
Realiza-se, então, o corte da espícula, que deve ser retirada com o auxílio de uma
pinça mosquito. É imprescindível salientar que a pinça mosquito não deve tracionar a
espícula em direção à porção distal do dedo, caso a mesma ainda esteja aderida.
A pressão exercida sobre a unha costuma provocar dor, acumulando poeira do corpo
da unha quando cortada, que penetra na lesão comprimindo e causando dor.
Unha normal: unha corte incorreto Unha normal. Unha normal com corte
Tratamento: não necessário Incorreto
Tratamento: correção: acrílica
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CUIDADOS INTEGRAIS EM PODIATRIA │ UNIDADE II
Curativos e coberturas
As técnicas empregadas na realização de curativos, em onicocriptoses, dependem da
lesão no que diz respeito aos seguintes aspectos: presença de processo inflamatório ou
infeccioso, presença ou não de espícula, presença ou não de granuloma, aspectos do
granuloma (altura, extensão, localização e se é pedunculado) e exsudato (cor, volume
e odor).
O granuloma pedunculado pode ser estrangulado, através da sua base, onde se aplica
um nó com fio de sutura, fio dental ou fio de gaze, apertando-se esse nó, respeitando-
se o limiar de dor do cliente, até provocar uma isquemia no granuloma, levando à
desvitalização do mesmo e sua necrose. Após alguns dias, o granuloma, seco, cairá
espontaneamente.
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UNIDADE II │ CUIDADOS INTEGRAIS EM PODIATRIA
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CUIDADOS INTEGRAIS EM PODIATRIA │ UNIDADE II
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UNIDADE II │ CUIDADOS INTEGRAIS EM PODIATRIA
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CUIDADOS INTEGRAIS EM PODIATRIA │ UNIDADE II
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CAPÍTULO 2
Imaginologia e exames
complementares em podiatria
Quando apresenta alterações da pele dos pés, dor é geralmente a primeira razão para
se procurar uma consulta com um especialista na área de podiatria , devendo levar em
consideração sua etiologia, escala da dor , alterações de pele e seus anexos e condições
clínicas como:
» onicocriptose;
» mudança na queratinização;
» reações alérgicas.
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CUIDADOS INTEGRAIS EM PODIATRIA │ UNIDADE II
» Osteocondromas.
» Cistos epidérmicos.
Podoscópio
O podoscópio é um aparelho que permite observar o paciente de forma estática
com apoio plantar e melhor entender as disfunções o e alteração dérmicos dos pés
localizada tais como hiperqueratose e hematomas.
Baropodometria
É um aparelho que tem como objetivo avaliar os pés de forma estática e dinâmica,
a baropodometria estuda os resultados completos do estudo da mudança estrutural,
funcional e sistêmica dos pés avaliando as implicações, integridade dérmica e aparelho
musculoesquelético.
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UNIDADE II │ CUIDADOS INTEGRAIS EM PODIATRIA
Luz
Coletas laboratoriais
Alergologia
A eletroterapia
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CUIDADOS INTEGRAIS EM PODIATRIA │ UNIDADE II
Modelos usados:
Cuidados
Jamais operar o dispositivo sobre peles com artefatos que contenham álcool ou
ingredientes inflamáveis ou com marcas ou manchas de cor e densidades alteradas.
Contraindicações:
» Grávidas.
» Convulsivos.
Não necessitamos reter o eletrodo por mais de três segundos no mesmo local,
porque a pele queima, enegrece (escurece).
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UNIDADE II │ CUIDADOS INTEGRAIS EM PODIATRIA
Eletricidade
Desde a antiguidade, ocorrências físicas contendo a luz vêm sendo observadas, mas
nos últimos séculos é que os pesquisadores sentiram necessidade de entendê-las
melhor.
Para esclarecer inúmeras atrações e repulsões entre os conjuntos dos itens citados, há
uma característica chamada de carga elétrica.
» Positiva.
» Negativa,
Quanto mais rápida é a frequência das etapas, chegando à cifra de 1.000 por segundo
ou mais, ela atravessa o organismo, dando a impressão de calor, isso é o que ocorre
com a corrente de alta-frequência, que pela aceleração de mudanças anula alguma ação
química e gera outra de acordo com a sua sensibilidade. Em 1938, na França, a estética
introduziu essa ferramenta, atualmente considerada um dos auxiliares essenciais para
o profissional de podiatria, pela extensão de seu emprego por profissionais da área.
Ozônio
O ozônio tem sua origem não conforme produto químico, mas como gás. É
um gás em conformidade com cheiro penetrante, que se desfaz depressa em
ligação junto ao ar.
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CUIDADOS INTEGRAIS EM PODIATRIA │ UNIDADE II
Administração do ozônio
» Na profilaxia de ambientes.
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UNIDADE II │ CUIDADOS INTEGRAIS EM PODIATRIA
» CHENON: tem cor azulada e uma coisa ação mais invasiva acerca de a
pele. É adequado para peles preferencialmente frágeis.
Seu efeito hemostático estanca pequenos ferimentos e destrói agentes invasivos pelo
efeito esterilizante.
Nesta ferramenta é criado o gás NEON, esse gás é menos adverso à pele que os
demais gases.
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CUIDADOS INTEGRAIS EM PODIATRIA │ UNIDADE II
Pode-se empregar o ozônio em todos os tipos de pele, desde que ela esteja seca
e sem nenhum produto para que a substância (ozônio) atue com todas as suas
propriedades. Para higienizar os eletrodos, basta limpá-los com papel toalha e
álcool 70° (setenta graus Celsius), se não houver sujidade visível, caso haja aplica-se
uma camada de sabão retira-se com chumaço de algodão, gazes (de proximal para
distal), usando o chumaço uma única vez, logo após realiza-se uma desinfecção de
baixo nível com álcool 70%.
O polo (eletrodo) fica por oito minutos no mesmo local e em casos de eletrocauterização
não se deve manter a ponteira sobre a pele por mais de três segundos no local e
posição, levando a pele a apresentar manchas.
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UNIDADE II │ CUIDADOS INTEGRAIS EM PODIATRIA
Ocorre a penetração dos fungos nas unhas por meio do corte curto na unha ou pela
unha muito comprida, com limpeza insuficiente, causando separação da unha,
descolamento ou contaminação pela eliminação da eponíquio, muita das vezes
chegando a matriz ungueal, levando a afecção por fungos (ou entrada de bactérias que
podem levar a infecção).
Quando ocorre a afecção o paciente pode ser acometido por fungos, apresenta
manchas esbranquiçadas sob leito ungueal, devendo ter o cuidado ao usar esmaltes
nas unhas, avaliando e observando se a unha se encontra sadia.
Há diversos fatores que causam contaminação por fungos, como por exemplo:
1. Alterações vasculares.
4. HIV/AIDS.
Ocorre devido aos traumas sobre os ramos plantares ou sobre o próprio nervo tibial
posterior, quedas na posição em pé e apoio plantar inadequado (região localizada no
meio da planta do pé).
O nervo tibial posterior passa pelo canal do tarso, formado pelo ligamento do talo-
calcâneo. Lembremos de que o ligamento é formado por tecido conjuntivo que liga um
osso a outro.
Apresenta em seu quadro clínico: dor e “formigamento” sentido pelo nervo mais
afetado.
Por exemplo:
O tratamento mais indicado seria: repouso, incisão cirúrgica no ligamento (em casos
compressivos) e uso de anti-inflamatórios.
Podopatias vasculares
Nossos pés têm pequenas artérias, ou seja, de diâmetro muito pequeno e capilares a
baixa pressão; qualquer lesão que os afete causa graves danos aos tecidos e pode levar
à amputação.
Os dedos dos pés são os primeiros a sofrer alterações nas doenças vasculares, pois
estão nas extremidades do corpo. Abaixo, você encontrará alterações vasculares
(suprimento arterial) a nível dos membros inferiores:
» Existem mais veias em nosso corpo do que artérias, isso é devido à força
da gravidade, o sangue aumenta mais e, por isso, tem mais veias para
facilitar a execução.
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UNIDADE II │ CUIDADOS INTEGRAIS EM PODIATRIA
» Dor em queimação.
» Claudicação intermitente.
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CUIDADOS INTEGRAIS EM PODIATRIA │ UNIDADE II
Fenômeno de Raynauld.
Características:
» Mudança de coloração.
Fases da crise:
Tratamento:
» Evitar o fumo.
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UNIDADE II │ CUIDADOS INTEGRAIS EM PODIATRIA
Características:
Gangrena
Tipos de gangrena:
A função do podiatra
Além do clássico mal perfurante, existem outras patologias que têm alterações quanto
à sensibilidade e trofismo esquelético. Sabemos que o bom funcionamento das
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CUIDADOS INTEGRAIS EM PODIATRIA │ UNIDADE II
extremidades do nosso corpo necessita não só de uma boa irrigação sanguínea, como
também de inervação normal.
Ultrassonografia – pé
Artroscopia
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UNIDADE II │ CUIDADOS INTEGRAIS EM PODIATRIA
A artroscopia também, embora mais raramente, pode ser utilizada como método
diagnóstico, uma vez que a articulação pode ser “explorada” por meio do uso do
artroscópio na tentativa de se localizar uma lesão que não está completamente
elucidada ou que não foi diagnosticada após o exame físico e outros métodos
diagnósticos como raios X, tomografia e ressonância magnética.
Contraindicações
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CUIDADOS INTEGRAIS EM PODIATRIA │ UNIDADE II
Extração de um tecido por punção ou técnica cirúrgica para estudar sua natureza
benigna ou maligna. É um método diagnóstico e terapêutico útil e seguro em
numerosas afetações dermatológicas.
BIOPSIA POR PUNÇÃO: elemento de corte cilíndrico que realiza punção até o
tecido celular subcutâneo.
Técnica:
» Evite formar uma figura cónica para evitar problemas durante o estudo
anatomopatológico.
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UNIDADE II │ CUIDADOS INTEGRAIS EM PODIATRIA
Em uma pesquisa feita pelo exame de Densitometria Óssea podem ser identificados ou
avaliados, quanto à massa óssea:
» Osteopenia.
» Osteoporose.
» Risco de fraturas.
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CUIDADOS INTEGRAIS EM PODIATRIA │ UNIDADE II
Alterações dérmicas
A etiologia da dor pode ser diversificada e nas alterações dérmicas e de seus anexos é
comum nas seguintes condições clínicas:
» Onicocriptose.
» Infecções cutâneas.
» Reações alérgicas.
» Osteocondromas.
» Cistos epidérmicos.
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UNIDADE II │ CUIDADOS INTEGRAIS EM PODIATRIA
Exostose subungueal
Hemograma
» Testes de reflexos.
» Testes de temperatura.
» Índice dedo-braço.
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CUIDADOS INTEGRAIS EM PODIATRIA │ UNIDADE II
Alterações estruturais
Cintilografia óssea
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UNIDADE II │ CUIDADOS INTEGRAIS EM PODIATRIA
Electromiografia(eletroneuromiografia)
É o nome atribuído à modalidade médica que usa métodos diversos de análise através
de imagens do corpo humano em busca de um diagnóstico. Em podiatria, destacamos
a radiologia convencional (raios-X, radiografia simples ou contrastada), comumente
utilizada para diagnósticos das estruturas ósseas; a tomografia computadorizada
possibilita fazer imagens de estruturas gerais, como na ressonância magnética, esse
procedimento forma imagens, contudo não utiliza radiação ionizante e visualiza
adequadamente os tecidos moles e demonstrando músculos e tendões e possibilita
visualizar imagens de estruturas e a densitometria óssea consegue avaliar os casos de
osteoporose entre outros aspectos na área de imaginologia.
Radiologia convencional
Assim, uma TC indica a quantidade de radiação absorvida por cada parte do corpo
analisada (radiodensidade) e traduz essas variações numa escala de tons de cinza,
produzindo uma imagem. Cada pixel da imagem corresponde à média da absorção dos
tecidos nessa zona, expresso em unidades de Hounsfield (em homenagem ao criador
da primeira máquina de TC).
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UNIDADE II │ CUIDADOS INTEGRAIS EM PODIATRIA
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CUIDADOS INTEGRAIS EM PODIATRIA │ UNIDADE II
Densitometria óssea
A Densitometria Óssea mede a massa óssea da coluna lombar, fêmur e punho, pois
estes são os locais mais acometidos pela Osteoporose.
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UNIDADE II │ CUIDADOS INTEGRAIS EM PODIATRIA
» mulheres na pós-menopausa;
Abaixo será explicado o procedimento de acordo com cada região em que se realiza o
exame.
Tornozelo
O maléolo tibial é mais alto e mais anteriorizado do que o fibular. Por isso, forma entre
eles um eixo que se inclina para baixo de medial para lateral e da frente para trás. Com
relação à perna, o ponto médio intermaleolar deve estar no eixo longitudinal que sobe
até a tuberosidade anterior da tíbia. Quando deslocado para dentro desse eixo, há uma
torção tíbiofibular interna e quando deslocado para dentro desse eixo, há uma torção
tibiofibular interna. Quando deslocado para fora, há uma torção tibiofibular interna e,
quando deslocado para fora, há uma torção tibiofibular externa. Com relação ao pé, o
ponto médio intermaleolar deve estar em linha com o segundo metatársico e olhar para
o segundo interdígito. Se estiver deslocado internamente, o pé está abduzido (também
chamado de metatarsos varos congênitos) e quando deslocando externamente, o pé
está abduzido (pés valgos).
Complexo subtalar
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CUIDADOS INTEGRAIS EM PODIATRIA │ UNIDADE II
Articulações metatarsofalângicas
Articulações interfalângicas
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UNIDADE II │ CUIDADOS INTEGRAIS EM PODIATRIA
O exame dos tamanhos relativos dos dedos dos pés (fórmula digital) define três tipos
principais de conformação às quais denominamos:
O exame dos tamanhos relativos dos metatarsos define três tipos de pés de
acordo com o comprimento desses ossos:
» Índex-plus: (1>2>3>4>5).
e. Índex-minus: (1<2>3>4>5).
Exame estático
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CUIDADOS INTEGRAIS EM PODIATRIA │ UNIDADE II
O arco longitudinal medial deve ter pelo menos 14 mm de diâmetro no adulto, o que é
visível pela inserção de calçados cada vez maiores nessa área do pé, até que um deles
se encaixe perfeitamente.
Podogramas, imagens em papel da superfície plantar dos pés com a carga de peso,
devem ser obtidos para observar a relação entre os eixos dos pés, a forma da imagem
plantar e as relações lineares e angulares entre as diferentes regiões do pé.
Em um pé normal, o retropé imprime uma imagem oval cujo eixo mais longo, quando
projetado, atinge o segundo interdígito ou terceira polpa digital. O desvio médio deste
eixo indica um desvio para fora (parte posterior do pé) ou abdução (afastamento de
um membro do eixo do corpo, da linha média) antepé (anterior do pé).
O desvio do eixo lateral pode indicar uma adição de varo (desvio para fora) do
retropé ou um determinado movimento para o plano mediano em relação à região
posterior ao pé.
A manobra na ponta dos pés é simplesmente pedir ao paciente que fique em pé sobre
a cabeça do metatarso, elevando os calcanhares e, ao mesmo tempo, solicitamos
informações importantes sobre o grau de mobilidade da articulação embaixo do
tornozelo (subtalar), força muscular e a integridade de certos tendões (posterior tibial).
O teste é considerado positivo e normal quando se levanta na ponta dos pés, há uma
variação progressiva do retropé que rapidamente provoca um valgismo fisiológico.
Exame dinâmico
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UNIDADE II │ CUIDADOS INTEGRAIS EM PODIATRIA
Quatro dados básicos da marcha devem ser coletados após observação cuidadosa do
paciente durante a caminhada:
» o eixo de deslocamento;
» o ângulo de inclinação;
» a amplitude do passo;
» o passo.
À medida que o passo evolui, o peso concentra-se na porção média do antepé, apoiam-
se as polpas digitais e o hálux adere-se firmemente ao solo; ao mesmo tempo, o
retropé já se ergue do solo. Por último, o peso desloca-se medialmente sob a cabeça
do I metatársico e sesamoides do hálux e transmite-se para a extremidade do grande
dedo que vai dorsifletindo-se e elevando-se até que desprenda do solo iniciando a fase
de balanço do passo, ocasião em que o pé se desloca para frente sem o peso do corpo
para finalmente voltar ao ponto de partida pelo choque da borda póstero-externa do
calcanhar com o solo.
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CUIDADOS INTEGRAIS EM PODIATRIA │ UNIDADE II
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UNIDADE II │ CUIDADOS INTEGRAIS EM PODIATRIA
Bursites
A bursa é uma bolsa com líquido que em contato entre áreas forma um atrito, com
tendões e ossos, ou mesmo entre articulações e outras estruturas, como pele e
músculos. A inflamação dessa bolsa é uma condição clássica conhecida como bursite,
a mais conhecida é no ombro, mas o pé também apresenta bursite. No interior do
hálux, na articulação metatarsofalângica, a bursa pode frequentemente inflamar-se,
observando vermelhidão e muita dor ao toque local. É importante diferenciá-la de
uma infecção articular, gota ou outras causas que podem levar dor no local. A presença
de joanetes, especialmente em mulheres que amam sapatos de saltos altos, é um forte
fator predisponente para este evento. A sensualidade feminina está intimamente
relacionada ao uso de salto alto. Quando o calcanhar do sapato é elevado, ocorre a
transferência do pé (retropé) para a região anterior (antepé), causando sobrecarga na
região correspondente às cabeças dos ossos metatarsos. Essa sobrecarga pode causar
calos e processos inflamatórios na região plantar e, consequentemente, dor.
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CUIDADOS INTEGRAIS EM PODIATRIA │ UNIDADE II
Quando a parte anterior do calçado, chamada de câmara anterior, for muito estreita,
típico dos calçados de bico fino, ocorre urna incompatibilidade, isto é, o antepé não
cabe adequadamente. Por isso, fica apertado e deformado no seu interior, sendo
possível demonstrar essa alteração por meio de radiografias realizadas com os pés
descalços ou com o salto alto e bico fino. Portanto, é uma associação frequente e
maléfica aos pés estando intimamente ligada à gênese das deformidades em questão.
Entretanto é possível conciliar a vaidade com a saúde dos pés. Para tanto, deve-se
evitar o uso contínuo e diário de calçados de salto alto e bico fino, reservando-os para
eventos sociais e festivos. Exercícios visando o alongamento do tendão de Aquiles
e para a região plantar do pé e dedos devem ser realizados diariamente para evitar
contraturas musculotendíneas e ligamentares prevenindo, assim, as deformidades
futuras. Devem sempre ser levadas em consideração a hereditariedade e as doenças
sistêmicas associadas, em especial as reumáticas, já que elas podem por si só acentuar
as deformidades.
Gota - podagra
A gota é um tipo de artrite que tem como principal sinal o acúmulo excessivo de
cristais de ácido úrico nas articulações ou ao redor das articulações (tendões ou
estruturas periarticulares). Há os sinais flogísticos como: dor, vermelhidão, inchaço,
especialmente na articulação do dedão do pé, e também podem afetar outras
articulações, como tornozelo, joelho e até tendões.
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UNIDADE II │ CUIDADOS INTEGRAIS EM PODIATRIA
A joanete cebola ou halux valgus é a sequela que causa deformação nas articulações
dos dedos e no metatarso I (metatarso-falangeano). É caracterizada pelo desvio lateral
do halo, que leva ao desenvolvimento de calos e uma saliência dolorosa na borda
interna do pé.
Halux rigidus
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CUIDADOS INTEGRAIS EM PODIATRIA │ UNIDADE II
Além da ruptura do ligamento, é muito comum associar certas lesões, como lesões de
cartilagem das articulações, tendões laterais (fibulares), que retêm certos sintomas,
mesmo que o ligamento se cure bem.
Existem suportes e solas que podem ajudar a corrigir deformidades associadas, como
o varo calcâneo (inclinação lateral do pé), bem como para o uso profilático em certos
esportes (estabilizadores de tornozelo para o esporte).
Fascite plantar
Tecido fibroso que vai do calcanhar até os dedos dos pés também conhecido
como dor na região da fáscia plantar, mais conhecida como esporão do
calcâneo. De fato, a causa específica da dor, embora conhecida como espigão
do calcâneo, não tem nada a ver com o esporão, mas com a fáscia.
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UNIDADE II │ CUIDADOS INTEGRAIS EM PODIATRIA
São causas que levam a patologia: sobrecarga, dor na fáscia, pés chatos (hiperpronados
ou chatos), cavos (abóbada muito alta), obesidade, encurtamento dos músculos
(tríceps e sola sural), uso de sapatos baixos sem salto, especialmente em pessoas que
ficam em pé por um longo tempo.
Ocorre a dor devido a uma lesão no calcanhar, que geralmente ocorre pela
manhã, ao levantar e começar a andar, porém ocorre melhora durante o dia. Essa
estabilização acontece ao iniciar a mobilização, com melhora da marcha, tendo
piora ao final do dia, devido ao esforço físico.
A algia melhora com o repouso, para que esta estabilize ou diminua deve-se eliminar
os fatores desencadeantes, com medidas como: perder peso, corrigir a deformidade
dos pés (plana, oca), fazer os exercícios corretos (alongamento), corrigir os sapatos
(evitar os sapatos inadequados, evitar andar descalço), procurar um sapato com
amortecedor no calcanhar e que, de preferência, tenha salto.
Com a correção das alterações biomecânicas dos pés e seus apoios, além de excessos
(tanto exercícios incorretos quanto peso).
Artrite
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CUIDADOS INTEGRAIS EM PODIATRIA │ UNIDADE II
Acontece a piora ao usar sapatos de salto alto ou sapatos com solas muito finas
quando ocorre o desgaste articular, chamados osteoartrite, que possui como fator
predominante a dor localizada e a inflamação articular.
Neuroma de Morton
Doença que tem como causa: dor, hematomas, dormência no antepé, principalmente
entre III e IV dedo e metatarsos. Geralmente ocorrem câimbras e queimação ao
utilizar sapatos fechados, tendo predominância principalmente no uso de sapato do
bico fino e rígido, obtendo-se melhora com a retirada do calçado, movimentação dos
dedos e massagem.
101
UNIDADE II │ CUIDADOS INTEGRAIS EM PODIATRIA
Exostose subungueal
Os grandes pododáctilos são afetados pelo crescimento do tecido ósseo, pode ocorrer
com a presença dos seguintes sinais e sintomas: edema solitário, roxo ou arroxeado,
firme, sob a unha que pode atingir um tamanho de 8 a 10 mm de diâmetro.
Encondromas
Tumor que geralmente ocorre nas falanges distal, de forma solitária, porém doloroso
com: acropaquia, paroniquia, espessamento das unhas e descoloração, pode ocorrer a
subida de sulcos e unhas e fraturas patológicas.
Osteoma/osteoide
Carcinoma
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CUIDADOS INTEGRAIS EM PODIATRIA │ UNIDADE II
Melanoma subungueal
Tratamento: exerese do afetado (total ou parcial) e até da falange distal, podendo ser
realizado se for diagnosticado precocemente.
Pé plano
Fascite plantar
Processo inflamatório que ocorre pela sobrecarga, por trauma de repetição, que leva
a separação microscópica. Acontece em cordão medial, sua origem é proveniente da
fascia do calcâneo, cuja suspeita de desencadeamento ocorre pelo encurtamento da
musculatura posterior: da perna, pé cavo ou pé plano. Tem como sinal dor localizada,
cuja intensidade ocorre pela manhã.
103
CAPÍTULO 3
Gerenciamento dos protocolos
assistenciais
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CUIDADOS INTEGRAIS EM PODIATRIA │ UNIDADE II
Em concordância com Luz (2005), a mensuração das ações ocorre e, no processo final,
apresenta indicadores de resultados e processos, que são formas de representação
quantificáveis de características de processos, utilizados para acompanhar e melhorar
resultados ao longo do tempo.
Luz (2005) ainda assevera que os indicadores de qualidade podem ser definidos como:
Protocolos assistenciais
Segundo Zanon (1987), a gestão do conhecimento possibilita o uso efetivo do
conhecimento em benefício dos serviços, por meio da construção de protocolos
assistenciais. A existência de tensões e conflitos nos serviços de saúde decorre da
necessidade de construir esses protocolos como foco entre gerentes e profissionais de
saúde, tornando-os parceiros para o compartilhamento de ideias sobre as etapas dos
protocolos assistenciais.
Pereira (2010) afirma que o conteúdo existente nos protocolos deve ser escolhido
de acordo com a identificação dos problemas encontrados na instituição ou sistema
de saúde avaliado usando os critérios de magnitude (frequência), transcendência
(gravidade) e vulnerabilidade (efetividade da intervenção).
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UNIDADE II │ CUIDADOS INTEGRAIS EM PODIATRIA
Publicar sistema
Divulgar e treinar
Melhorar resultados
Etapas:
1.Elaborar
2.Validar
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CUIDADOS INTEGRAIS EM PODIATRIA │ UNIDADE II
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CAPÍTULO 4
Cadeia epidemiológica em podiatria
É muito importante, como aponta Brasil (2013), conhecer motivo e a fisiopatologia das
infecções relacionadas à assistência à saúde. Significa um sucesso na implantação de
métodos profiláticos de forma a reduzir dentro de qualquer área, inclusive podiátrica,
essas infecções. Independentemente dos recursos disponíveis, é importante que
saibamos quais são as formas de contato com os agentes infecciosos.
Segurança do paciente
O Serviço de Saúde deve propor métodos estratégicos e medidas diversas para
Segurança do Paciente, tais como (BRASIL, 2013):
108
CUIDADOS INTEGRAIS EM PODIATRIA │ UNIDADE II
Condições organizacionais
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UNIDADE II │ CUIDADOS INTEGRAIS EM PODIATRIA
› À educação permanente.
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CUIDADOS INTEGRAIS EM PODIATRIA │ UNIDADE II
› Aos programas.
Segundo a ANVISA (2013) Responsável Técnico – RT: deve ser habilitado tanto
profissional, como técnico, registro no conselho de classe e vigilância sanitária sendo
responsável pela instituição de saúde. Deve realizar os seguintes protocolos para o
serviço de saúde:
Prontuário do paciente
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UNIDADE II │ CUIDADOS INTEGRAIS EM PODIATRIA
De acordo com Brasil (2014), o Serviço deve ter um responsável técnico (RT) e um
substituto, legalmente habilitados pelo respectivo conselho de classe e deve sempre
notificar a vigilância sanitária local quando houver alteração do RT ou de seu
substituto. A direção e o RT do Serviço têm a responsabilidade de planejar e adotar
ações para garantir a qualidade dos processos, incluindo:
Segurança e qualidade
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CUIDADOS INTEGRAIS EM PODIATRIA │ UNIDADE II
Na confecção das escalas de serviços dos profissionais deve conter dados como:
nome, número do registro em conselho de classe, quando couber, e horário de
atendimento, deve ser mantida em local visível e acessível ao público. Os registros de
formação e qualificação dos profissionais, que devem ser compatíveis com as funções
desempenhadas, devem estar disponíveis para as autoridades sanitárias (como
vigilância sanitária e conselho de classe).
Educação permanente
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UNIDADE II │ CUIDADOS INTEGRAIS EM PODIATRIA
a. Hemorragias.
d. Monitoração do bem-estar.
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CUIDADOS INTEGRAIS EM PODIATRIA │ UNIDADE II
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UNIDADE II │ CUIDADOS INTEGRAIS EM PODIATRIA
g. Processos assistenciais.
h. Segurança e Qualidade.
i. Eventos adversos.
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UNIDADE II │ CUIDADOS INTEGRAIS EM PODIATRIA
A New Health System for the 21st Cen-tury), de 2001, faz uma chamada para a
mudança na qualidade dos serviços de saúde, recomendando um redesenho no
sistema de saúde norte-americano (BRASIL, 2013).
Devido ao grande sucesso, o IHI expandiu esta iniciativa para a campanha intitulada
“Salve 5 milhões de vidas”, que associou seis novas intervenções àquelas já propostas
na campanha “100.000 vidas”, entre elas a prevenção de infecção por Staphylococcus
aureus resistente à meticilina (Methicillin-Resistant Sta-phylococcus aureus –
MRSA). As duas campanhas do IHI inspiraram instituições por todo o mundo a
implementar melhorias na segurança do paciente e na qualidade da assistência a seus
pacientes.
118
CUIDADOS INTEGRAIS EM PODIATRIA │ UNIDADE II
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UNIDADE II │ CUIDADOS INTEGRAIS EM PODIATRIA
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CUIDADOS INTEGRAIS EM PODIATRIA │ UNIDADE II
Quatro síndromes clínicas são responsáveis pela maioria das IRAS: Infecção da
Corrente Sanguínea associada a Cateter Vascular Central (CVC), Infecção do Trato
Urinário associada a Cateter Vesical de Demora (CVD), Infecção de Sítio Cirúrgico
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UNIDADE II │ CUIDADOS INTEGRAIS EM PODIATRIA
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CUIDADOS INTEGRAIS EM PODIATRIA │ UNIDADE II
Gerenciamento da qualidade
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UNIDADE II │ CUIDADOS INTEGRAIS EM PODIATRIA
Para cada evento sentinela, deve ser realizada uma análise de causa-raiz com foco
no manejo do paciente antes e depois da infecção para definir, estudar e determinar
o problema. O profissional de controle de infecção deve identificar os fatores
contribuintes para a infecção e, então, desenvolver e implementar as medidas de
melhoria.
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CUIDADOS INTEGRAIS EM PODIATRIA │ UNIDADE II
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UNIDADE II │ CUIDADOS INTEGRAIS EM PODIATRIA
Este plano estratégico deve ser revisado anualmente pelos profissionais da segurança
do paciente e controle de infecção hospitalar e, se necessário, com base nos temas,
surtos ou resultados da investigação que surgirem na instituição.
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CUIDADOS INTEGRAIS EM PODIATRIA │ UNIDADE II
O programa de vigilância deve ser capaz de dar suporte a um sistema que possa
prevenir a maioria das infecções e outros eventos adversos com os recursos
disponíveis. Dependendo dos objetivos do programa, o sistema de vigilância poderá
ser considerado efetivo se detectar infecções, danos ou outros eventos adversos em
tempo real; identificar tendências sinalizando mudanças na ocorrência de um evento;
detectar surtos; identificar fatores de risco associados à infecção ou ao evento; prover
uma estimativa da magnitude do evento em monitoramento; avaliar a efetividade
dos esforços de prevenção e controle; e levar a uma melhoria das práticas pelos
profissionais de saúde.
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UNIDADE II │ CUIDADOS INTEGRAIS EM PODIATRIA
Estrutura
Avaliação dos Serviços
Processo
Resultado
Satisfação do usuário
128
CUIDADOS INTEGRAIS EM PODIATRIA │ UNIDADE II
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UNIDADE II │ CUIDADOS INTEGRAIS EM PODIATRIA
Nível
superficial
Núcleo
Segundo nível
Neste processo, pacientes e familiares são tratados com respeito e dignidade e devem
ser encorajados a relatar ou perguntar tudo que se refere à sua segurança. Por exemplo,
solicitar ao profissional para que higienize as mãos ou perguntar ao seu médico se o
dispositivo ainda é necessário (CVC ou CVD). E, os profissionais devem ser orientados
a ouvir e atuar adequadamente (Joint Comission International, 2009).
130
CUIDADOS INTEGRAIS EM PODIATRIA │ UNIDADE II
» Comemorar o sucesso.
131
UNIDADE II │ CUIDADOS INTEGRAIS EM PODIATRIA
A comunicação inclui uma atitude projetada – gestos, tom de voz, ritmo, volume e
entoação - em adição a palavras faladas (aspectos verbais e não-verbais).
A comunicação efetiva é:
132
CUIDADOS INTEGRAIS EM PODIATRIA │ UNIDADE II
Anotações
Material necessário
Investigação
Principais metas
Considerações especiais
Redução de custos
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UNIDADE II │ CUIDADOS INTEGRAIS EM PODIATRIA
Cuidado domiciliar
Transcultural
Tabela 4. Implementação.
134
CUIDADOS INTEGRAIS EM PODIATRIA │ UNIDADE II
Finalidade
Reduzir a ansiedade.
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UNIDADE II │ CUIDADOS INTEGRAIS EM PODIATRIA
Diagnóstico de enfermagem
Principais metas
Considerações especiais
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CUIDADOS INTEGRAIS EM PODIATRIA │ UNIDADE II
Geriatria
Pediatria
Redução de custos
Figuras podem ser usadas se estiver sendo falada uma língua diferente. Há muitas
facilidades de acesso para intérpretes de várias línguas, se necessário (inglês, espanhol
ou libras), adapte o seu cuidado conforme a necessidade do cliente que está atendendo
para facilitar a comunicação e o tratamento.
137
UNIDADE II │ CUIDADOS INTEGRAIS EM PODIATRIA
Implementação
› O método de ensino.
› O método de avaliação.
Justificativa
Envolver o paciente.
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CUIDADOS INTEGRAIS EM PODIATRIA │ UNIDADE II
Avaliação
Documentação
Conteúdo
Métodos de ensino
139
UNIDADE II │ CUIDADOS INTEGRAIS EM PODIATRIA
Métodos de avaliação
Exemplo de documentação
A orientação ao paciente foi realizada com relação à importância de ter uma dieta
conforme orientações relacionadas à sua patologia ou comorbidades no tratamento
relacionado à podiatria (lesão em pé com diagnóstico a esclarecer). O paciente
selecionou, a partir de urna lista, alimentos (como exemplo: baixo teor de sódio com
80% de acurácia). Participou ativamente no aprendizado. Ele nega preocupações
relacionadas ao tópico, neste momento, e informa que tem interesse em seguir as
orientações estabelecidas pelo podiatra.
Sinais vitais
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CUIDADOS INTEGRAIS EM PODIATRIA │ UNIDADE II
Comunicação terapêutica
Material
Calendários.
Relógios.
Finalidade
Investigação
» Idade do paciente.
» Nível de desenvolvimento.
» Nível educacional.
141
UNIDADE II │ CUIDADOS INTEGRAIS EM PODIATRIA
Diagnóstico de enfermagem
Principais metas
142
CUIDADOS INTEGRAIS EM PODIATRIA │ UNIDADE II
Especiais
» repita-as frequentemente;
» movimente-se cuidadosamente;
» tranquila e deliberadamente;
143
UNIDADE II │ CUIDADOS INTEGRAIS EM PODIATRIA
Material
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CUIDADOS INTEGRAIS EM PODIATRIA │ UNIDADE II
Finalidade
Investigação
Diagnóstico de enfermagem
Principais metas
Considerações especiais
Implementação
Justificativa
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UNIDADE II │ CUIDADOS INTEGRAIS EM PODIATRIA
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CUIDADOS INTEGRAIS EM PODIATRIA │ UNIDADE II
Justificativa
» Permitir a objetividade.
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UNIDADE II │ CUIDADOS INTEGRAIS EM PODIATRIA
Neurologia
Respiratória
Cardiológico
Velocidade do pulso, ritmo, padrão ECG (se avaliável), sons do coração, avaliação
do pulso (ausente para 4+), turgor da pele, edema, distensão da veia do pescoço,
pressão hemodinâmica (se avaliável), se fez uso de terapia intravenosa (com
controle) e incisões/curativos.
Gastrointestinal
Geniturinário
148
Referências
Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 14990- 2: Papel grau cirúrgico para
fabricação de embalagens para esterilização a vapor saturado sob pressão, Rio de
Janeiro, 2003.
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