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RESUMÃO
Monitora: Maise Estrela
FONTES DO DIREITO
FONTE FORMAL PRIMÁRIA: LEI
A Lei é uma norma jurídica (norma agendi). Trata-se de um imperativo autorizante.
o É considerada um imperativo porque emana de autoridade competente, sendo
dirigida a todos (generalidade);
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Os costumes podem ser conceituados como sendo as práticas e usos reiterados, com
conteúdo lícito e relevância jurídica.
PRINCÍPIOS
São normas que orientam o legislador na elaboração da sistemática jurídica, ou seja,
aqueles princípios que, baseados na observação sociológica e tendo por escopo regular
os interesses conflitantes, impõem-se, inexoravelmente, como uma necessidade da vida
do homem em sociedade.
Jurisprudência
É o conjunto de decisões dos tribunais, ou uma série de decisões similares sobre uma
mesma matéria. Pode ser considerada o próprio “direito ao vivo”, cabendo-lhe o
papel de preencher lacunas do ordenamento nos casos concretos.
Equidade
Pode ser conceituada como sendo o uso do bom-senso, a justiça do caso particular,
mediante a adaptação razoável da lei ao caso concreto. Segundo o art. 140, parágrafo
único do CPC, o juiz só decidirá por equidade nos casos previstos em lei.
o CPC/2015 Art. 140. O juiz não se exime de decidir sob a alegação de lacuna ou
obscuridade do ordenamento jurídico. Parágrafo único. O juiz só decidirá por
equidade nos casos previstos em lei.
Súmula Vinculante
É a interpretação pacífica ou majoritária adotada por um Tribunal a respeito de um
tema específico, a partir do julgamento de diversos casos análogos, com a dupla
finalidade de tornar pública a jurisprudência para a sociedade bem como de
promover a uniformidade entre as decisões.
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PROCESSO LEGISLATIVO
O processo legislativo consiste nas regras procedimentais, constitucionalmente previstas,
para a elaboração das espécies normativas.
O art. 59 da CF/88 estabelece que o processo legislativo envolverá a elaboração das
seguintes espécies normativas:
→ emendas à Constituição;
→ leis complementares;
→ leis ordinárias;
→ leis delegadas;
→ medidas provisórias;
→ decretos legislativos;
→ resoluções.
Emendas à Constituição
Iniciativa: art. 60, CF; os legitimados a apresentar a propositura são 1/3 dos deputados
federais ou senadores. Presidente da República e mais de 50% das Assembleias
Legislativas.
Quórum de votação: maioria absoluta (primeiro número inteiro acima da metade da
totalidade de um colegiado)
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Quórum de aprovação: PEC 3/5 em 2 turnos de cada casa do CN
Sanção/veto: não há
Promulgação: mesas da Câmara e do Senado
Publicação: Congresso Nacional
LEIS COMPLEMENTARES
Iniciativa: Art. 61, CF. A iniciativa das leis complementares e ordinárias cabe a qualquer
membro ou Comissão da Câmara dos Deputados, do Senado Federal ou do Congresso
Nacional, ao Presidente da República, ao Supremo Tribunal Federal, aos Tribunais
Superiores, ao Procurador-Geral da República e aos cidadãos, na forma e nos casos
previstos nesta Constituição
§ 2º A iniciativa popular pode ser exercida pela apresentação à Câmara dos Deputados
de projeto de lei subscrito por, no mínimo, um por cento do eleitorado nacional,
distribuído pelo menos por cinco Estados, com não menos de três décimos por cento dos
eleitores de cada um deles.
Quórum de votação: maioria absoluta
Quórum de aprovação: art.69.CF; maioria absoluta; um turno e cada casa
Sanção/veto: Presidente da República
Promulgação: Presidente da República
Publicação: Presidente da República
LEIS ORDINÁRIAS:
Iniciativa: art. 61, CF
Quórum de votação: maioria absoluta
Quórum de aprovação: maioria relativa ou simples (trata-se do primeiro número inteiro
acima da metade dos presentes); um turno em cada casa.
o *OBS: é a principal e única diferença entre lei complementar e ordinária.
Sanção/veto: Presidente da República
Promulgação: Presidente da República
Publicação: Presidente da República
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TRÂMITE DAS LEIS COMPLEMENTARES E ORDINÁRIAS:
FASE CONSTITUTIVA LEGISLATIVA- Salvo nos PLSs, o processo legislativo se inicia na CD.
O PL aprovado numa casa será revisto pela outra, em um só turno de discussão e votação,
e enviado à sanção ou promulgação, se a Casa revisora o aprovar, ou arquivado, se o
rejeitar.
Sendo o PL emendado, voltará à Casa iniciadora.
A Casa na qual tenha sido concluída a votação enviará o projeto de lei ao Presidente da
República, que, aquiescendo, o sancionará.
FASE CONSTITUTIVA EXECUTIVA- Se o Presidente da República considerar o projeto
inconstitucional ou contrário ao interesse público, vetá-lo-á total ou parcialmente.
O veto será apreciado em sessão conjunta do CN, só podendo ser rejeitado pelo voto da
maioria absoluta dos Deputados e Senadores.
Se o veto não for mantido, será o projeto enviado, para promulgação, ao Presidente da
República e do Senado, sucessivamente.
A matéria constante de projeto de lei rejeitado somente poderá constituir objeto de novo
projeto, na mesma sessão legislativa, mediante proposta da maioria absoluta dos
membros de qualquer das Casas do Congresso Nacional.
LEIS DELEGADAS
Iniciativa: Art. 68, CF. As leis Delegadas serão elaboradas pelo Presidente da República,
que deverá solicitar delegação do Congresso Nacional.
Quórum de votação: maioria absoluta
Quórum de aprovação: maioria simples ou relativa
Sanção/veto: Dispensável; Art.68, parágrafo 3
Promulgação: Presidente da República
Publicação: Presidente da Republica
MEDIDAS PROVISÓRIAS
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Iniciativa: art. 62, CF: Em caso de relevância e urgência, o Presidente da república poderá
adotar medidas provisórias, com força de lei , devendo submetê-las de imediato ao
Congresso Nacional
Quórum de votação: maioria absoluta para a conversão em lei
Quórum de aprovação: maioria relativa ou simples
Sanção/veto: Só é exigível se houver modificação no projeto de conversão pelas casas
legislativas
Promulgação: Presidente do Senado
Publicação: Presidente da República
DECRETO LEGISLATIVO
RESOLUÇÕES
Regulamentam matérias de competência privativa da Câmara e Senado; produzem
efeitos internos; tem aplicabilidade no âmbito da Câmara e do Senado
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Promulgação: mesa da respectiva casa
Publicação: mesa da respectiva casa
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1- parte preliminar:
1.1 epígrafe - título designativo da espécie normativa grafada em caracteres maiúsculos
+ número respectivo + data de promulgação
OBS: a) ECs têm numeração iniciada a partir da Constituição
b) II - leis (complementares, ordinárias e delegadas) têm numeração sequencial em
continuidade às séries iniciadas em 1946.
1.2 ementa - explicita concisamente, sob a forma de título, o objeto da lei.
1.3 preâmbulo - indica o órgão ou instituição competente para a prática do ato e sua
base legal
2 - parte normativa - o texto das normas de conteúdo substantivo relacionadas com a
matéria regulada
3 - parte final - disposições finais, transitórias, de vigência e de revogação
QUESTÕES
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2- Considere as assertivas abaixo e, depois, assinale a alternativa correta:
I – Caso o Presidente da República vete o projeto de lei, o Congresso Nacional, por maioria
simples, poderá derrubar o veto presidencial e manter o projeto originalmente aprovado.
II – Qualquer eleitor, desde que maior e capaz, tem legitimidade para individualmente
apresentar projetos de lei ordinária.
III – Enquanto a aprovação de leis complementares depende da aprovação por maioria
simples, as leis ordinárias exigem aprovação por maioria absoluta.
a) Não se destinando à vigência temporária, a lei terá vigor até que outra a
modifique ou revogue
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b) A lei penal posterior, que de qualquer modo favorecer o acusado, aplica-se aos
fatos anteriores à sua vigência, ainda que já decididos por sentença condenatória
transitada em julgado
c) Lei posterior revoga a anterior quando expressamente o declare, quando seja
com ela incompatível ou quando regule inteiramente a matéria de que tratava a
lei anterior.
d) No Brasil, salvo disposição em contrário, a lei entra em vigor 45 dias após
oficialmente promulgada
a) Quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso de acordo com a analogia, os
costumes e os princípios gerais de direito". Assim, o intérprete é obrigado a
integrar o sistema jurídico, ou seja, diante da lacuna (a ausência de norma para o
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caso concreto), ele deve sempre encontrar uma solução adequada. O verbo
“decidirá” é a indicação do efeito impositivo à decisão do caso concreto.
b) A lei tem por objetivo resolver o problema do conflito e da contradição das
normas impostas ao caso concreto. Mas, quanto à aplicação da lei existe uma
hierarquia que coloca como norma maior a Constituição, dentre as leis
complementares e ordinárias, os decretos, portarias e demais normatização
administrativa inexiste hierarquia rígida.
c) O artigo 4º do CC não estabelece uma hierarquia entre as fontes, pois o juiz
poderá valer-se de outras fontes, que não as elencadas.
d) A análise da norma à aplicação ao caso concreto gera, para o intérprete, um
processo metodológico que busca preencher lacunas. Assim, o uso das fontes do
direito constitui a garantia da prestação jurisdicional, ainda que a lei seja omissa.
e) Doutrina é o conjunto de indagações, pesquisas e pareceres dos cientistas do
Direito, relativos a matéria não codificada, como no Direito Administrativo.
a) (Certo)
b) (Errado)
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por ele avaliado. O Presidente da República, tendo dúvidas sobre se a condição
imposta pelo Poder Legislativo é violadora da ordem jurídico constitucional
brasileira, solicita esclarecimentos à sua assessoria jurídica. Sobre a exigência do
Congresso Nacional, assinale a afirmativa correta.
Alternativas
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b) A discussão e a votação do projeto deveriam ter se iniciado na Câmara dos
Deputados, havendo, por isso, vício no processo legislativo.
c) A ocorrência de dois turnos de discussão e votação do projeto de lei
ordinária, pressuposta no adequado processo legislativo, não ocorreu no
caso narrado.
d) A lei é constitucional, pois o processo legislativo foi hígido.
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a) absoluta, como a lei ordinária.
b) simples, como a lei ordinária.
c) absoluta, diferente da lei ordinária.
d) simples, diferente da Emenda à Constituição.
12- A Lei Complementar Federal, que é promulgada sem a sanção expressa ou tácita
do Presidente da República, deve ser considerada
Alternativas
a) formalmente inconstitucional.
b) materialmente inconstitucional.
c) constitucional, se a promulgação ocorreu com base em relevância e urgência.
d) constitucional, se a promulgação ocorreu em período de impedimento do
Presidente da República.
a) ao Procurador-Geral da República.
b) à Comissão do Congresso Nacional.
c) aos Tribunais Superiores.
d) ao Conselho da República.
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a) iniciativa, podendo esta ser exercida pelo presidente da República.
b) aprovação pelo quórum de maioria simples.
c) apresentação de veto pelo presidente da República.
d) promulgação pelo presidente da República.
a) em dois turnos, por três quintos dos votos dos respectivos membros.
b) em dois turnos, por maioria absoluta dos votos dos respectivos membros.
c) em único turno, por maioria absoluta dos votos dos respectivos membros.
d) em único turno, por três quintos dos votos dos respectivos membros.
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