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DA IGUALDADE
RACIAL E DE
GÊNERO
Lei n. 2.889/1956 – Crimes de Genocídio
SISTEMA DE ENSINO
Livro Eletrônico
PROMOÇÃO DA IGUALDADE RACIAL E DE GÊNERO
Lei n. 2.889/1956 – Crimes de Genocídio
Péricles Mendonça
Sumário
Lei n. 2.889/1956 – Crimes de Genocídio............................................................................................................4
Conceitos Iniciais..............................................................................................................................................................4
Hediondo................................................................................................................................................................................5
Crimes em Espécie...........................................................................................................................................................5
Questões de Concurso...................................................................................................................................................9
Gabarito................................................................................................................................................................................12
Gabarito Comentado.....................................................................................................................................................13
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Apresentação
Vamos iniciar agora o estudo da Lei n. 2.889/1956, que trata sobre os crimes de genocídio.
Uma lei bem antiga e pouco cobrada em provas. Ah, professor, então não vou nem estudar
essa lei. Não faça isso, meu(minha) querido(a), porque já está presente em seu edital, ela po-
derá ser cobrada e esse ponto poderá fazer a diferença na sua aprovação.
Essa é uma lei bem pequena e você deve fazer a sua leitura direta, ou seja, é muito impor-
tante que você leia a lei seca.
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Eita, professor, então quer dizer que o indivíduo poderá ser julgado duas vezes pelo mes-
mo delito? Uma vez na Justiça do próprio país e outra no TPI?
Não, meu(minha) querido(a), não teremos bis in idem por expressa previsão do próprio
Estatuto de Roma, que afirma que nenhuma pessoa poderá ser julgada pelo Tribunal por atos
constitutivos de crimes pelos quais este já o tenha condenado ou absolvido.
Quando estivermos estudando os crimes propriamente ditos veremos que o legislador só
nos trouxe o preceito primário dos crimes, ou seja, somente a sua definição.
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Hediondo
Conforme previsão expressa na Lei de Crimes Hediondos, Lei n. 8.072/90, os crimes de
genocídio previstos nos artigos 1º, 2º e 3º são considerados hediondos, em sua forma consu-
mada e até mesmo tentada.
Art. 1º, Parágrafo único. Consideram-se também hediondos o crime de genocídio previsto nos arts.
1º, 2º e 3º da Lei n. 2.889, de 1º de outubro de 1956, e o de posse ou porte ilegal de arma de fogo
de uso restrito, previsto no art. 16 da Lei n. 10.826, de 22 de dezembro de 2003, todos tentados ou
consumados. (Lei n. 8.072/90)
Crimes em Espécie
Art. 1º Quem, com a intenção de destruir, no todo ou em parte, grupo nacional, étnico, racial ou reli-
gioso, como tal: (Vide Lei n. 7.960, de 1989)
a) matar membros do grupo;
b) causar lesão grave à integridade física ou mental de membros do grupo;
c) submeter intencionalmente o grupo a condições de existência capazes de ocasionar-lhe a des-
truição física total ou parcial;
d) adotar medidas destinadas a impedir os nascimentos no seio do grupo;
e) efetuar a transferência forçada de crianças do grupo para outro grupo;
Será punido:
com as penas do art. 121, § 2º, do Código Penal, no caso da letra “a”;
com as penas do art. 129, § 2º, no caso da letra “b”;
com as penas do art. 270, no caso da letra “c”;
com as penas do art. 125, no caso da letra “d”;
com as penas do art. 148, no caso da letra “e”.
Trata-se de um crime comum, ou seja, qualquer pessoa poderá figurar como sujeito ativo
do delito. O legislador não exigiu nenhuma qualidade especial do agente.
O elemento subjetivo do tipo penal é o dolo, e esse dolo é específico.
Professor, por que você diz que deve ter um dolo específico?
Meu(minha) querido(a), sempre que você ler um tipo penal e ele afirmar, por exemplo, “com
a intenção de...”, é necessário que o agente tenha essa intenção para consumar o delito.
Em nosso caso, é necessário que o agente tenha a intenção de destruir, no todo ou em par-
te. Essa destruição significa o extermínio, a eliminação daquele povo.
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O legislador separou em algumas alíneas as ações do agente, ou seja, ele afirma como é
possível o agente realizar essa destruição.
Matar membros do grupo: Essa é a conduta de homicídio, semelhante a prevista no artigo
121 do Código Penal. E por que não utilizamos aquela pena? Porque aqui aplicamos o princípio
da especialidade, onde o dolo do agente está no especial fim de agir.
Dessa forma, é possível que o agente responda por genocídio mesmo que venha a matar
somente um membro de determinado grupo, desde que a intenção dele seja de exterminar o
grupo inteiro.
Como vimos anteriormente, o legislador não trouxe as previsões das penas, fazendo remis-
são a outro crime em outro diploma legal.
Causar lesão grave à integridade física ou mental de membros do grupo: Esse também é
um delito semelhante a outro previsto no Código Penal, que é a Lesão Corporal. Fique atento(a)
porque o legislador afirmou que o crime ocorre com a lesão grave e não com a lesão leve, ok?
Submeter intencionalmente o grupo a condições de existência capazes de ocasionar-lhe
a destruição física total ou parcial: essa é uma conduta que acaba por completo com a liber-
dade individual dos membros do grupo, não sendo necessário que isso ocorra com todos os
membros, mas deve ocorrer com um número razoável de pessoas.
O crime se consuma no momento em que as vítimas são expostas a uma situação de peri-
go que possa causar a destruição física total ou parcial.
Adotar medidas destinadas a impedir os nascimentos no seio do grupo: a doutrina clas-
sifica esse crime como sendo o genocídio biológico. Ela poderá ocorrer, por exemplo, com a
esterilização de todos os membros do grupo, ou ainda com o aborto provocado em todas as
mulheres gestantes.
Efetuar a transferência forçada de crianças do grupo para outro grupo: é importante ficar
atento(a) a essa forma de praticar o genocídio do artigo 1º, já que o legislador deixou claro que
o sujeito passivo é uma criança e não um adolescente, por exemplo.
Então, se o examinador lhe der a idade da vítima, lembre-se de que criança em nosso orde-
namento é aquela com 12 anos incompletos.
Art. 2º Associarem-se mais de 3 (três) pessoas para prática dos crimes mencionados no artigo
anterior: (Vide Lei n. 7.960, de 1989)
Pena – Metade da cominada aos crimes ali previstos.
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Mais uma vez o legislador não exigiu nenhuma qualidade especial do agente, sendo, então,
classificado como um crime comum.
A pena será a metade da pena atribuída para o correspondente tipo penal no artigo 1º. A
sua consumação se dá com a mera associação destinada ao cometimento do crime.
Art. 3º Incitar, direta e publicamente alguém a cometer qualquer dos crimes de que trata o art. 1º:
(Vide Lei n. 7.960, de 1989)
Pena – Metade das penas ali cominadas.
§ 1º A pena pelo crime de incitação será a mesma de crime incitado, se este se consumar.
§ 2º A pena será aumentada de 1/3 (um terço), quando a incitação for cometida pela imprensa.
Temos agora o crime de incitação, ou seja, será punido aquele que estimular a prática de
genocídio. Essa conduta de incitar deverá ser pública, ou seja, deverá atingir um número inde-
terminado de pessoas.
A mera incitação tem a pena atribuída como sendo a metade da pena prevista ao crime fim.
Agora se o crime se consumar, a pena da incitação será a mesma do crime praticado.
O parágrafo 2º traz uma causa de aumento de pena que ocorrerá quando esta incitação
acontecer através da imprensa. Esse aumento se dá em razão do maior alcance desta incita-
ção, atingindo um número indeterminado de pessoas.
Art. 4º A pena será agravada de 1/3 (um terço), no caso dos arts. 1º, 2º e 3º, quando cometido o
crime por governante ou funcionário público.
Essa é uma causa de aumento de pena para todos os crimes estudados, ou seja, tanto os
do artigo 1º, quanto os dos artigos 2º e 3º. O que vamos avaliar para a incidência dessa causa
de aumento de pena será a qualidade especial do agente, ou seja, é necessário que o sujeito
ativo seja um governante ou um funcionário público (em seu conceito mais amplo).
Art. 5º Será punida com 2/3 (dois terços) das respectivas penas a tentativa dos crimes definidos
nesta lei.
Temos aqui uma tentativa punida de forma diferente da prevista no Código Penal. Então a
tentativa de genocídio não será punida conforme o artigo 14 do Código Penal, e, sim, conforme
o artigo 5º deste diploma legal.
Art. 6º Os crimes de que trata esta lei não serão considerados crimes políticos para efeitos de
extradição.
A constituição afirma em seu artigo 5º que não será extraditada a pessoa que tiver co-
metido crimes políticos, e aqui no artigo 6º da Lei o legislador deixou bem claro que o crime
de genocídio não será considerado crime político, ou seja, nos casos em que a pessoa tenha
cometido crime de genocídio ela poderá ser extraditada.
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Meu(minha) querido(a), veja que rapidamente terminamos a nossa aula. Como eu disse,
não é uma lei grande e, por isso, é muito importante a sua leitura.
Vamos resolver algumas questões agora para fixar o conteúdo. Como não é muito cobra-
da pelas bancas, não temos uma grande quantidade de questões sobre essa lei nos bancos
de questões.
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QUESTÕES DE CONCURSO
001. (CESPE/DPE-PI/DEFENSOR PÚBLICO/2022) A Lei n. 2.889/1956:
a) não prevê causa de aumento de pena no caso de o crime de incitação ao genocídio ser co-
metido pela imprensa.
b) prevê que os crimes nela definidos não serão considerados crimes políticos para efeitos de
extradição.
c) não prevê redução da pena para a tentativa em relação aos crimes nela definidos.
d) não prevê agravamento da pena no caso de o crime ser praticado por governante ou funcio-
nário público.
e) prevê que a pena pelo crime de incitação ao genocídio será a mesma para o crime incitado,
independentemente de sua consumação.
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a) O ato de causar lesão grave à integridade física ou mental de membros de grupo nacional,
étnico, racial ou religioso constitui genocídio que somente deve ser apenado caso praticado
por integrantes do governo.
b) Entende-se por genocídio, dentre outros atos, efetuar a transferência de crianças de um gru-
po nacional, étnico, racial ou religioso para outro grupo, com a intenção de destruir o grupo no
todo ou em parte.
c) Adotar medidas destinadas a impedir os nascimentos no seio de grupo nacional, étnico,
racial ou religioso constitui ato de genocídio.
d) As pessoas que tiverem cometido o genocídio serão punidas, sejam governistas, funcioná-
rios ou particulares.
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GABARITO
1. b
2. b
3. b
4. c
5. b
6. C
7. E
8. a
9. E
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GABARITO COMENTADO
001. (CESPE/DPE-PI/DEFENSOR PÚBLICO/2022) A Lei n. 2.889/1956:
a) não prevê causa de aumento de pena no caso de o crime de incitação ao genocídio ser co-
metido pela imprensa.
b) prevê que os crimes nela definidos não serão considerados crimes políticos para efeitos de
extradição.
c) não prevê redução da pena para a tentativa em relação aos crimes nela definidos.
d) não prevê agravamento da pena no caso de o crime ser praticado por governante ou funcio-
nário público.
e) prevê que a pena pelo crime de incitação ao genocídio será a mesma para o crime incitado,
independentemente de sua consumação.
a) Errada. A pena será aumentada de 1/3 (um terço), quando a incitação for cometida
pela imprensa.
b) Certa. Os crimes de que trata esta Lei não serão considerados crimes políticos para efeitos
de extradição.
c) Errada. Será punida com 2/3 (dois terços) das respectivas penas a tentativa dos crimes de-
finidos nesta lei.
d) Errada. A pena será agravada de 1/3 (um terço), no caso dos arts. 1º, 2º e 3º, quando come-
tido o crime por governante ou funcionário público.
e) Errada. A pena pelo crime de incitação será a mesma de crime incitado, se este se consumar.
Letra b.
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Art. 3º Incitar, direta e publicamente, alguém a cometer qualquer dos crimes de que trata o art. 1º:
Pena – Metade das penas ali cominadas.
Letra b.
Vamos recorrer à letra da lei, mais precisamente ao previsto no art. 3º, caput, e § 2º, da Lei n.
2.889/1956:
Art. 3º Incitar, direta e publicamente, alguém a cometer qualquer dos crimes de que trata o art. 1º:
(Vide Lei n. 7.960, de 1989)
Pena – Metade das penas ali cominadas.
(...)
§ 2º A pena será aumentada de 1/3 (um terço), quando a incitação for cometida pela imprensa.
Letra b.
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d) Comete o crime de genocídio quem, com a intenção de destruir, no todo ou em parte, grupo re-
ligioso, submeter intencionalmente o grupo a condições de existência capazes de ocasionar-lhe
a destruição física total ou parcial;
e) Comete o crime de genocídio quem, com a intenção de destruir, no todo ou em parte, grupo
étnico ou religioso, adotar medidas destinadas a impedir os nascimentos no seio do grupo.
Art. 1º Quem, com a intenção de destruir, no todo ou em parte, grupo nacional, étnico, racial ou religio-
so, como tal: (Vide Lei n. 7.960, de 1989)
a) matar membros do grupo;
b) causar lesão grave à integridade física ou mental de membros do grupo;
c) submeter intencionalmente o grupo a condições de existência capazes de ocasionar-lhe a destrui-
ção física total ou parcial;
d) adotar medidas destinadas a impedir os nascimentos no seio do grupo;
e) efetuar a transferência forçada de crianças do grupo para outro grupo;
Será punido:
Com as penas do art. 121, § 2º, do Código Penal, no caso da letra “a”;
Com as penas do art. 129, § 2º, no caso da letra “b”;
Com as penas do art. 270, no caso da letra “c”;
Com as penas do art. 125, no caso da letra “d”;
Com as penas do art. 148, no caso da letra “e”.”
Perceba que a conduta de “ofender membro do grupo” étnico não está prevista no dispositivo,
então é a alternativa a ser marcada.
Letra c.
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e) praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou pro-
cedência nacional.
a) Errada. Veja que o examinador disse que seria por negligência, imprudência ou imperícia, ou
seja, por culpa, e vimos em nossa aula que o elemento subjetivo do tipo é o dolo com o especial
fim de agir.
b) Certa. Essa é a letra da lei em seu artigo 1º, “d”.
c) Errada. Temos a previsão de matar membros de grupo, porém não em razão de sua orienta-
ção sexual.
d) Errada. A associação de mais de três pessoas será criminosa quando para a prática dos
crimes previstos no artigo 1º.
e) Errada. O tipo penal não fala em discriminação ou preconceito, a incitação é dos crimes
previstos no artigo 1º.
Letra b.
Essa é a previsão do artigo 6º da Lei, e conforme vimos em nossa aula, aquele indivíduo que
responde por genocídio poderá, sim, ser extraditado.
Certo.
Não, meu(minha) querido(a), o crime de genocídio não é equiparado a hediondo, ele é sim con-
siderado hediondo, conforme previsão do parágrafo único do artigo 1º da Lei.
Errado.
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b) Entende-se por genocídio, dentre outros atos, efetuar a transferência de crianças de um gru-
po nacional, étnico, racial ou religioso para outro grupo, com a intenção de destruir o grupo no
todo ou em parte.
c) Adotar medidas destinadas a impedir os nascimentos no seio de grupo nacional, étnico,
racial ou religioso constitui ato de genocídio.
d) As pessoas que tiverem cometido o genocídio serão punidas, sejam governistas, funcioná-
rios ou particulares.
a) Errada. Temos aqui um crime previsto na Lei de Genocídio, porém o examinador trouxe uma
condição que não está prevista na Lei, ou seja, não é necessário que o agente seja integrante
do governo para que ocorra o crime.
b) Certa. Essa é a previsão do artigo 1º, “e”.
c) Certa. Essa é a previsão do artigo 1º, “d”.
d) Certa. Temos um crime comum, ou seja, qualquer pessoa poderá ser sujeito ativo do crime
de genocídio. Ocorre que governantes e particulares tem uma causa de aumento de pena.
Letra a.
Como vimos em nossa aula, a legislação somente contempla o genocídio doloso e ainda prevê
o dolo específico.
Errado.
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Péricles Mendonça
Péricles Mendonça de Rezende Júnior é Agente da Polícia Civil do Distrito Federal (aprovado no concurso
realizado pelo CESPE em 2013).
Hoje, com 32 anos, tem em seu histórico aprovações em concursos como o do BRB, Serpro (Analista),
Secretaria de Educação (Analista de Gestão Educacional), MPU (Técnico e Analista), PMDF/2009 e
PCDF/2013 (Agente e Escrivão).
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