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FOLHA DE RESPOSTA
Resolução / Resposta
Não está em conformidade com a legislação, pois de acordo com o artigo 10, II, do Ato das
Disposições Constitucionais Transitórias (ADCT), o empregado eleito para o cargo de direção de
comissões internas de prevenção de acidentes (CIPA) detém garantia de emprego desde sua
candidatura e, se eleito, até um ano após o final de seu mandato.
Contudo, a estabilidade provisória do cipeiro não é uma vantagem ou garantia pessoal, mas sim,
uma garantia para as atividades dos membros da CIPA, ocorrendo sua extinção nas seguintes
hipóteses:
- Rescisão do contrato de trabalho por justa causa nos termos do art. 165 e 482 da CLT;
- Extinção do estabelecimento para o qual a CIPA fora constituída nos termos do inciso II da
Súmula 339 do Tribunal Superior do Trabalho;
Pouco se fala sobre essa última hipótese, contudo, a mesma tem previsão expressa na Norma
Regulamentadora nº 5 – NR 5 em seu Item 5.30 que assim dispõe:
5.30 O membro titular perderá o mandato, sendo substituído por suplente, quando faltar a mais
de quatro reuniões ordinárias sem justificativa.
Isso porque em se tratando de garantia de emprego que não possui caráter pessoal, exige-se que
a atuação do membro titular da CIPA obedeça a critérios mínimos como a participação regular em
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reuniões ordinárias da CIPA, com número não superior a quatro faltas injustificadas.
Ou seja, caso o membro titular com mandato ativo na CIPA, que tenha sido formalmente
convocado, faltar injustificadamente a mais de quatro reuniões ordinárias, perderá seu mandato e
junto com ele todas as suas garantias, devendo a CIPA formalizar, em reunião ordinária ou
extraordinária a destituição do referido membro de seu cargo e convocar de imediato o suplente
constando em ata os motivos, nos termos do Item 5.31 da NR 5, senão vejamos:
5.31 A vacância definitiva de cargo, ocorrida durante o mandato, será suprida por suplente,
obedecida a ordem de colocação decrescente que consta na ata de eleição, devendo os motivos
ser registrados em ata de reunião. (Alterado pela Portaria SIT n.º 247, de 12 de julho de 2011)
Importante, no entanto, sempre ressalvar a necessidade de análise prévia a ACT/CCT aplicável que
pode dispor de forma distinta à NR 5 (art. 611-A da CLT), e ainda se atentar aos requisitos e as
formalidades necessárias de serem seguidas para consubstanciar os fatos, evitando assim maiores
celeumas futuras, mormente em razão do ônus da prova que, neste caso, recairá sobre o
empregador.
Fotes:
https://www.fius.com.br/a-estabilidade-ao-empregado-membro-da-cipa-e-a-prorrogacao-da-
eleicao-em-tempos-de-
pandemia/#:~:text=De%20acordo%20com%20o%20artigo,o%20final%20de%20seu%20mandato.
https://www.advpraa.com.br/index.php/noticias/item/132-a-estabilidade-do-
membro-titular-da-cipa-e-as-possibilidades-de-sua-extincao
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