Propriedades Mecânicas e Térmicas

PROPRIEDADES DOS MATERIAIS
Materiais Elétricos
Engenharia Elétrica
Prof.ª Msc. Aline da Silva Magalhães.
Conteúdo Primeira Prova
• Propriedades dos materiais;

• Modelo da matéria por bandas de energia;
• Fenômeno da condução elétrica;
• Materiais e dispositivos condutores.
2
Propriedades dos Materiais
Figura 1 – Classificação das propriedades dos materiais.

Relembrando...
Propriedades Elétricas
• Divisão dos materiais elétricos:

Condutores, Semicondutores e Isolantes.
• Condutividade e Resistividade Elétrica:
Capacidade de conduzir ou não corrente elétrica.
• Permissividade Dielétrica:
Capacidade de polarização do material.
• Rigidez Dielétrica:
4
Capacidade de isolação elétrica do material.
Relembrando...
Propriedades Magnéticas
• Permeabilidade Magnética:
Facilidade com que o fluxo magnético se
estabelece no interior de um material.
• Retentividade:
Capacidade do material em manter um
magnetismo residual com a retirada do campo.
5
Relembrando...
Propriedades Físicas
• Estado Físico:
Sólido, liquido e gasoso.
• Ligações Químicas:
Ligação iônica, ligação covalente e ligação
metálica.
• Massa Específica:
Descreve a quantidade de massa de um material
necessária para ocupar um determinado volume.
Propriedades Mecânicas
As propriedades mecânicas estão

relacionadas à capacidade de um material em
resistir ou de ser moldado por esforços
mecânicos a ele aplicados, ou seja,
corresponde à tensão mecânica máxima 8
suportada pelo material.

Resistência Mecânica
A tensão mecânica (σ) aplicada em um corpo
de teste de um material qualquer é a grandeza
definida por:
Força de tração
(N/mm²)
9
Área A do corpo
transversal a força
A resistência mecânica dos materiais é

uma medida de capacidade destes de
oferecer oposição quando submetidos a
esforços, ou seja, corresponde à tensão
10
mecânica máxima suportada pelo material.
Definida como razão entre a força limite de

tração ou compressão aplicada ao material
pela área transversal à força aplicada, ou seja,
corresponde à tensão mecânica máxima
suportada pelo material.
11
Material Resistência a tração

(N/mm²)
Concreto 2,07
Alumínio 91
Cobre 220
Ferro Ba do 345
Aço Estrutural 345
Ferro Fundido 620 12
Tabela 1 – Resistência a tração de alguns materiais.

Resistência Mecânica - Exemplo
Como exemplos de aplicações com interesse nesta
propriedade pode-se citar: cabos aéreos (seu próprio
peso o submete a esforços de tração), estruturas de
suporte (isoladores, cruzetas, postes e torres de
transmissão, etc.), conexões (buchas, braçadeiras,
terminais, etc.), confinamento de equipamentos e
componentes elétricos (gabinetes, carcaças de motores
e de transformadores, etc.) e estaiamento (ancoramento 13
por cabos de estruturas como postes e torres, para
prover estabilidade e equilíbrio).
Resistência Mecânica - Exemplo
14
Figura 2 – Exemplo de elementos submetidos a esforços mecânicos

Elasticidade
Todo corpo submetido a tensões mecânicas
para esforços de tração sofre um alongamento
proporcional à força aplicada.
Elasticidade é a capacidade de um material

de sofrer alongamentos sob esforços de tração
sem sofrer uma deformação permanente 15
após a retirada da força.

Elasticidade Tensão Mecânica de
Tração.
16
Figura 3 – Curva tensão x deformação.

Elasticidade
Região de deformação elástica (A-B):
deformação reversível, a qual define a propriedade
de elasticidade do material pela Lei de Hooke.
Módulo de elasticidade
E (N/mm2) descreve a
proporcionalidade
17
ε (adimensional) é a
onde σ (N/mm²) é a
deformação sofrida.
tensão aplicada.
Elasticidade
deformação reversível.
Razão entre o
alongamento
Comprimento
∆ℓ do material e o seu final.
comprimento inicial
ε
=
∆

l
l0
=

l − l 0
0 18
Deformação sofrida.
l
Comprimento inicial.
Elasticidade
E = tg θ
define a propriedade
elasticidade do
19
material, chamado
módulo de elasticidade.
Elasticidade (E)
Material Elasticidade (E)

(104 N/mm²)
Alumínio 7
Chumbo 1,5
Cobre 11,5
Ferro Ba do 19,29
Aço Estrutural 20,67
Ferro Fundido 8,5 20
Tabela 2 – Módulo de elasticidade de alguns materiais.

Elasticidade
Região de deformação plástica (B-E): sofrem
deformações permanentes;
B-C: escoamento - aumento da deformação sem
aumento de tensão.
C-D: encruamento - novo ganho de resistência do
material.
D-E: estricção - redução na área da seção do
material até sua ruptura (ponto E).
Exemplo 1
Um fio com 4m de comprimento e 1cm de diâmetro é
submetido a uma força de tração de 5000N e sofre
deformação elástica até o comprimento de 4,01m.
Determine o módulo de elasticidade do material em N/mm².
F 5000
σ= σ=
A 78,54
l − lo σ lo
= 1cm = 10mm σ =E ∙ E=
lo l −l o
63,66 × 0,004
E=
A fio =78,54 mm ² 0,004 01− 0,004 22
N𝟒
E =𝟐 , 𝟓 × 𝟏𝟎
mm ²
Maleabilidade ou Plasticidade
Capacidade de um material em sofrer
deformações permanentes em todas as
direções sem comprometer sua integridade
física (sem se tornar quebradiço).
Descreve a maior ou menor possibilidade do
material ser moldado em mais de uma
dimensão relevante (barras, chapas, esferas,
canos).
Ductibilidade
Capacidade de um material de sofrer

deformações permanentes em somente
uma direção sem se romper.
Indica a maior ou menor possibilidade de um
material ser estirado ou reduzido a fios.
Maleabilidade x Ductibilidade
A argila tem boa maleabilidade mas

pequena ductilidade.
O ouro é mais dúctil e maleável que o

cobre ou o alumínio.
Dureza
Capacidade da estrutura física do material

em resistir a penetração ou ser riscado,
sendo avaliada por um teste realizado com
base na divisão de uma tensão aplicada pela
área de penetração na superfície do
material.
Tenacidade
Capacidade de um material de resistir a

grandes tensões e deformações sem
ruptura, ou ainda, sua resistência a
choques mecânicos.
Dureza x Tenacidade
Dureza e tenacidade não são

sinônimas!
Vidro e diamante apresentam elevada

dureza (difíceis de serem gastos), mas de
pouca resistência a golpes (pouca
tenacidade).
Propriedades Térmicas
Devem ser previstas as

consequências da energia térmica
para o comportamento dos materiais,
tais como dilatação e capacidades de
condução e absorção de calor.
30
Dilatação Térmica ()
As partículas estão em constante estado de
agitação, quando ocorre o aumento da
temperatura essa agitação aumenta e tem-
se o aumento do volume do corpo.
Dilatação térmica expressa a capacidade de

um material em alterar suas dimensões 31
físicas quando submetido a uma variação de

temperatura.
A elevação de temperatura acarreta em um

aumento no grau dessa agitação, obrigando
as partículas do corpo a ocupar um espaço
maior e acarretando, desse modo, em um
aumento de volume do corpo.
A propriedade que expressa a capacidade de um material
em alterar suas dimensões físicas quando submetido a 32
uma variação de temperatura é denominada dilatação

térmica, traduzida pelo seus coeficientes de dilatação.
Dilatação linear : quando apenas uma dimensão
é relevante (fios, cabos, barras, pilares...).
∆ l=l −l 0 =α l 0 ∆ T
Variação linear
33
Figura 4 – Dilatação linear.

Dilatação superficial: quando 2 dimensões
são relevante (placas, chapas).
∆ S=S − S 0 =2α S 0 ∆ Τ
Variação Superficial
34
Figura 5 – Dilatação superficial.

Dilatação volumétrica: quando as 3 dimensões
são relevante (cubos, parafusos).
∆ V =V −V 0 =3 α V 0 ∆ Τ
Variação Volumétrica
35
Figura 6 – Dilatação volumétrica.

Coeficiente de dilatação linear
Dilatação Térmica () do material do corpo
α(oC -1)
36
Figura 7 – Tipos de dilatação térmica.

Observações
A Tabela a seguir apresenta os valores médios do

coeficiente de dilatação linear de alguns materiais de
interesse, onde observa-se que os líquidos (no caso,
mercúrio) possuem coeficientes normalmente mais
elevados que os sólidos.
Os coeficientes de dilatação térmica são em geral

positivos (material se dilata com o aumento da 37
temperatura).
Dilatação Térmica (ɑ)
Material
(10-5 C-1)
Alumínio 2,40
Chumbo 2,94
Cobre 1,70
Aço 1,36
Ferro 1,25
Tijolo 0,95
38
Porcelana 0,35
Mercúrio 18,0
Tabela 3 – Coeficiente de dilatação térmica de alguns materiais.
Aplicações
O efeito da dilatação térmica pode ser aproveitado como sensor de
temperatura por meio do encurvamento de dois metais soldados e com
coeficientes de dilatação distintos, denominado bimetal.
O guiamento de cabos entre torres ou postes em redes elétricas

consiste em um exemplo de preocupação da dilatação térmica em
aplicações Eletrotécnicas, onde o efeito da contração dos cabos com a
diminuição da temperatura pode ocasionar a ruptura dos mesmos no
ponto de ancoragem, ou ainda, o alongamento com o aumento da
temperatura pode prover um contato elétrico indevido dos cabos com
estruturas alheias à rede (edificações, árvores, etc.). Neste caso, os 39
cabos apresentam normalmente um formato curvo, conhecido como
flexa, para mitigar este problema.
Exemplo 2
A figura mostra uma plataforma P apoiada horizontalmente
sobre um pilar de material alumínio e outro de material
ferro. Determine os comprimentos dos pilares para que a
plataforma permaneça na horizontal a qualquer
temperatura.
Τo l oFe
l oAl
+ 0,46
∆ Τ Fe =Δ Τ Al
∆ l= α l 0 ∆ Τ
Exemplo 2
∆ Τ Fe =∆ Τ Al
α Fe l oFe ∆ Τ Fe= α Al l o Al ∆ Τ Al
α Fe l oFe =α Al l o Al
1,25 l oFe =2 ,40 l o Al
l oFe =1 ,92 l o Al
Exemplo 2
l oFe=1 ,92l o Al
+ 0,46
l o Fe =1 ,92 x 0,5
1,92 l oAl =l oAl + 0,46
= ,
0,92 l oAl =+0,46
l oAl =+0,5 m
Conteúdo Primeira Prova
• Propriedades dos materiais;

• Modelo da matéria por bandas de
energia;
• Fenômeno da condução elétrica;
• Materiais e dispositivos condutores.
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• Propriedades dos materiais;

• Materiais e dispositivos condutores.

Figura 1 – Classificação das propriedades dos materiais.

• Divisão dos materiais elétricos:

As propriedades mecânicas estão

suportada pelo material.

A resistência mecânica dos materiais é

Definida como razão entre a força limite de

Material Resistência a tração

Tabela 1 – Resistência a tração de alguns materiais.

Figura 2 – Exemplo de elementos submetidos a esforços mecânicos

Elasticidade é a capacidade de um material

após a retirada da força.

Figura 3 – Curva tensão x deformação.

Material Elasticidade (E)

Tabela 2 – Módulo de elasticidade de alguns materiais.

Capacidade de um material de sofrer

A argila tem boa maleabilidade mas

O ouro é mais dúctil e maleável que o

Capacidade da estrutura física do material

Capacidade de um material de resistir a

Dureza e tenacidade não são

Vidro e diamante apresentam elevada

Devem ser previstas as

Dilatação térmica expressa a capacidade de

físicas quando submetido a uma variação de

A elevação de temperatura acarreta em um

uma variação de temperatura é denominada dilatação

Figura 4 – Dilatação linear.

Figura 5 – Dilatação superficial.

Figura 6 – Dilatação volumétrica.

Figura 7 – Tipos de dilatação térmica.

A Tabela a seguir apresenta os valores médios do

Os coeficientes de dilatação térmica são em geral

O guiamento de cabos entre torres ou postes em redes elétricas

• Propriedades dos materiais;

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