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Registro: 2022.0000689909
ACÓRDÃO
VITO GUGLIELMI
Relator(a)
Assinatura Eletrônica
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO
VOTO Nº 54.734
Luís Fabiano Poletti, em face de quem a autora desistiu da ação , de sorte que
apenas ele, na qualidade de vendedor, é quem possuía algum dever de informá-la,
enquanto adquirente do bem, sobre suas características. Lembra que ela adquiriu,
daquele terceiro, o imóvel já pronto e acabado, de modo que possuía perfeitas
condições de, vistoriando-o, enjeitá-lo caso não atendesse às suas expectativas
enquanto compradora. Salienta, ainda, que, para o adquirente original o corréu
Luís todas as informações atinentes à presença das caixas de inspeção em área
privativa foram transmitidas. Discorre, sucessivamente, sobre a perfeita adequação
técnica de tais equipamentos, ainda que situados na área privativa da unidade, não
se constatando qualquer vulneração a norma ou diretriz técnica aplicável. Pugna,
assim, o afastamento de sua condenação ao pagamento de indenização pelos
danos materiais e morais ou, subsidiariamente, a minoração dos respectivos
valores. Conclui pela reforma.
É o relatório.
no caso, o prazo geral de dez anos previsto no artigo 205 do Código Civil na
esteira, aliás, do que estabelece a Súmula 194 do Superior Tribunal de Justiça,
com as adaptações necessárias ao advento do Código Civil ora vigente, verbis:
“Prescreve em vinte anos a ação para obter, do construtor, indenização por
defeitos da obra”.
Nesse sentido:
DIREITO CIVIL E DO CONSUMIDOR. RECURSO
ESPECIAL. AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER
CUMULADA COM REPARAÇÃO DE DANOS
MORAIS E COMPENSAÇÃO DE DANOS MORAIS.
PROMESSA DE COMPRA E VENDA DE IMÓVEL.
DEFEITOS APARENTES DA OBRA. PRETENSÃO
DE REEXECUÇÃO DO CONTRATO E DE
REDIBIÇÃO. PRAZO DECADENCIAL.
APLICABILIDADE. PRETENSÃO INDENIZATÓRIA.
SUJEIÇÃO À PRESCRIÇÃO. PRAZO DECENAL.
ART. 205 DO CÓDIGO CIVIL.
danos morais.
Vito Guglielmi
Relator