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Registro: 2022.0000454684
ACÓRDÃO
Voto nº 41.964.
Apelação Cível nº 1016460-55.2020.8.26.0451.
Apelantes/Rés: MRV Eng. e Participações e Parque Piazza Florença
Incorp. SPE Ltda.
Adv.: André Jacques Luciano Uchôa Costa, Leonardo Fialho Pinto.
Apelado/Autor: Cícero Felix da Silva Júnior.
Adv.: Juliana Cesta Benincasa.
Juiz Dr. Lourenço Carmelo Tôrres.
Origem: 3ª Vara Cível do Foro de Piracicaba.
É o relatório.
Compromisso de compra
e venda. Ação de nulidade de cláusula contratual
c.c. restituição de valores e indenização por danos
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO
APELAÇÃO Ação de
Indenização por Danos Morais - Instrumento
Particular de Promessa de Compra e Venda de
Imóvel - Pretensão de ressarcimento por danos
morais decorrentes da entrega de imóvel com
características diversas do apartamento decorado
mostrado pelas rés na ocasião da venda Sentença
de procedência - Inconformismo das rés, alegando,
preliminarmente a decadência da pretensão autoral,
e no mérito, que a construção da unidade imobiliária
"sub judice" observou rigorosamente o projeto
original, não havendo se falar falha ou alteração
indevida, especialmente quanto ao posicionamento
da janela da lavanderia Preliminar rechaçada
Pretensão da autora tem natureza indenizatória,
sendo aplicável o prazo prescricional quinquenal
aludido do artigo 27 do Código de Defesa do
Consumidor Alegação de mérito rechaçada - Caso
em que, ao se valerem da exposição de imóvel
decorado como técnica de venda de unidades
imobiliárias, as rés geram aos seus clientes a
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“Restou indene de
dúvidas que a unidade entregue à parte autora
apresentou divergências em relação ao que lhe foi
prometido, notadamente, com colunas que embutem
fios, conduítes e encanamento, bem como vaga de
garagem com perímetro menor ao previsto no
projeto. As rés ponderam não ter havido falha de
informação, pois a parte autora havia tomado
conhecimento dos pormenores do empreendimento,
contudo, tratando-se de relação de consumo,
deveria constar com destaque que o apartamento
possuiria colunas, bem como que a vaga de
garagem poderia ter perímetro menor ao previsto no
projeto. Destarte, por falta dessa informação
adequada e com destaque, considero ter o autor
sido ludibriado, sofrendo o considerável dissabor de
constatar configuração diversa da unidade adquirida
com aquela que lhe foi prometida quando da sua
aquisição. Em suma, houve defeito na prestação de
serviços pelas rés, ao não alertarem devidamente o
autor sobre esses aspectos construtivos, o que
causou efetivos danos morais. Passando-se à
fixação do quantum devido, entendo que a quantia
de R$ 8.000,00 é suficiente para repressão de
condutas idênticas e reparação do abalo sofrido pelo
autor, sem acarretar o enriquecimento sem causa”.
(fls. 625).
Voto nº 37150/2022
Apelação Cível nº 1016460-55.2020.8.26.0451
Comarca: Piracicaba
Apelantes: Mrv Engenharia e Participações S.a. e Piazza Florença
Incorporações Spe Ltda
Apelado: Cicero Feliz da Silva Junior
L. B. Giffoni Ferreira
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