Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Novo Documento 2020-03-06 08.35.37
Novo Documento 2020-03-06 08.35.37
par ey oe oe
eno-tundsculdando da tatla de wr 3 srs giao age Bo pl ponds tes PAE “Nios no, eu
other, entao
2a‘voc? deixa este que jé est na sua mio e leva aquele que voct vit,
chorar, pois o que havia sido escolhido
© pai concorda e deixa que cle leve 0
dois, Mas, gerantidos os dois, hd também aquele outro chaman-
do por ele e falando mais alto. Agora 0 menino resolve:
Eaquele ali que eu quero” E a mie, jé meio impaciente, di:
‘voce precisa escolher! F a crianca comiega a entrar na tortu
de ter de escolher.-Esse tereeiro bringuedo também é tho legal!
‘A partir dai, vira tudo uma choradeira e 0s pais ficam bravos.
‘Talves, ao terminar essa cena, a crianga tenha levado varios brin-
‘quedas para casa. Se iver sido assim, a0 chegar em casa, deve ter
‘escolher com qual brinquedo comegar a
car a crianga nessa situagio? Interessunte
@ ver que os adultos fazem isso com as criancas com 2 melhor
inten¢io, carinhosamente.
ser pensado s
' posse, & a remincia. 8 que, em primeiro lugar,
livre para renunelae,Escolher ura
‘Mas uma pestoa pode dizer: “Nio quero me comprom
2
erdade” Se perguntar-
io excolhe para ndo perder
1c esolhe, perde e588
aliberdade, ela
indo preserva
se Bin iberdade. Ela nfo e5-
que a sua liberdade implica,
‘Um serccro pont a ser lembra to do
ado a respite do ser lve:
ara Datin, ser live sigific servis como oeeeio perenne
23‘entes se manifestem em sua verdade. Sendo aberto nas possibili
dades, o Dasein é aberto também naquilo tudo que esta para além
Go real, para o que transcende o real, isto é, sua abertura diz res-
peito ao que ainda no é mas pode ser, ao que fé fol e nio & mais
s virtualmente. Aberto nas possibl-
|. mas esse escapar do real 0
‘mais clara essa ideia, valho-me das palavras de
go Paulo Barros, quando ainda éramos estudan-
‘Ele tinha duas imagens para falar de liberdade.
tes d
‘A primeira & a da crianga que esté descobrindo um piano, Ela
Chega, abre o piano, comega a mexer nele: aperta as teclas aleato-
‘brancas, as pretas, pode pisar nos pedais, interessa-
mado, Paulo dizia que, para ele, essa era uma das imagens
mnifcativas da iberdade: a curiosidade, o encantamento,
crianga que brinea| live
b fea erianga seja menos livre,
jue brinea no piano. Néo qué menos |
an laridade da lberdade do panistaconsiste em ser 9
Jhocdede que lberta também 0 piano, isto é deixa-o se" PICO.
mente aquilo que ele é, um plano; deixa que ele s©
jas as ponlidades
celher a novidede ©
cotand, :
plesmente thane | Gefen encobrmento se manifea. E ainda mais a mise ae
Soe uaqucteencontofatimo entre piaista€
eat sc deiza aque gue ouve ser Plenamente em sua
oorbte de ourinte que se entrega 2 msiea O ouvinte se des
nec cer aber ao belo, o elo que pode aparecer.E, por
Sinead gue pera ni conse a cata lbertagio que o ser livre
Seifanista ngendre porque, quanto rai familiar e intima for
angio entre le ©'9plano, mais familiaridade, intimidade ©
do piano. Nao hé divida de que descob:
la sem referéncias prévias,
\dade serio dadas. A familiaridade niio se consome, ela,
iplica, O ser livre desse pianista liberta 0 seu préprio ser
tal modo que se torna cada vez mais intima a correspon-
déncia com tudo © que com cle se iberta. E, nesse libertar que
liberta a si proprio, o tempo se alonga, num alongamento que
7 TAAVS atom enn 0 Re
“ALVES bem Jad ors
2010, . 67. sea Hasse ‘Campinas: Papirus Editors,
stencn do planes
: oa e uma entrega do
plantar um
Pana, Mag aguela terra ago era sua. Diz ele:
4
25,faz do tempo temporalidade. & diferente daquele tempo curto
‘em que todas as coisas precisam ser decididas de imediato. Dife-
“iaposto em diregto.a.e
spo jade dg colar dupont a esata: obedecer star
Sapte adnan alguna. Assn, como is Ny
Se an O Encantarento do humano,"s palawra
Mangabeis OSE) er de ovr vvida Do seatido represive da
oo ese da punlgio pare Fesgaarmos seu sentido mais
26
Ouvindo asi mesmo, de certa forma o Daseinslonga 0 tempo €
0 delxatransbordar para além do imediato em diregi 20 fut-
0 € 20 passado, Ease tempo alongado se apresenta como algo
4ue restos, © 0 Dasein precisa ouvir essa ressonincia do tempo
Tonge, Quando falamos em tempo longo, podemos ter levados a
5 ns NGER, Nancy Mangabeira O Encantamento do amano eclogia
‘pitas io Palos Editors Loyola, 191, p58.pensar num longo que seria uma esc sueeeo de momento
‘eperenids por me ln, lcomo cote com ome
ologico, Mas o tempo longo aque te rel
terol age! ¢ aque on
aque éamibém largo fo lrg de resondnelnqueedajuneee
po. B como te trpuformasene
me aber, que pdemor
a: kairo tempo que € oportunidad, o tempo que é oa, €
© tempo par. para esidar, para deteansr pra bulb pore
nidade é plantar 0 que
‘obedecer, poder reconhecer a oportunidade.
finalmente, ouvindo a si mesmo, ouvindo o mundo,-o
tem a possibilidade fundamental de ouvir 0 apelo dos
fo também Dasein. Aquele que ¢ eapaz
Expresso
a Medard Hoss, compreendi que o que I
Iberdade nto é a iberdade do outro, ¢ sim 0 meu
ey
stn ene
‘iti sist te
Ci i tna
ional So eros
Retomando o percurso que fizemos, podemos resumir nos
sa reflexto dizendo que a iberdade niio est num querer viver
fam compromissos, sem a perspectiva da temporalidade, nem na
feallzagio de desejos insaclivels de poder e dominagao, isso que
fevado o homem a se sentir cada vez mais sozinho, temeroso
samparado.
Para o Daseln, 0
alfca corresponder Aq
jar-se de seu dom de ser livre
se mortrem em soa verdedei
ceo fo gue rine o conte
o ele realisa quando far suas
‘HealhasE poder escolher& poder ser livre pars eset
ara se comprometer. a
“Apropriar-se de seu ser livre é t poder.
ebedecer aa mesmo, naa fdelidade a0 ee eenae et
=
teense gems coWPL
“Gato 4
Peng, -8- Gina OF te
Prenerea che dambio. Wire. opus
xinrroxgio melS gta. 0- Guts
de> wutokemedoxs bovaicoo AS
act: BOB Plo: E DUC, 208%
HISTORIA DOS DESEJOS
expressam 0s desejos do nosso coragao.
Falar em desejos me faz recordar uma coisa.
do me perguntavam 0 que eu mais desejava na vids,
resposta mais verdadetra que eu tinha era: “Que os mé
sonkossereaizen”. “oseoeamess
Sonhamos com coisas muito préximas, pequenas — por
‘exemplo, o fim de semana ou a viagem que desejamos -,aad Na Passaica 20 Saro0
sa sonbamos am —
as oncom aguas
uito grandes e mesmo distantes. iz
rs grandes sores qu ve hava aque
iar um mundo melhor, mais bonito, Nas conversas
com iets amigos viamos 6 mundo ameagado, e0 nosso
sonho era salvar o mundo, como naqueles contos en que
© principe, depois de muitas aventuras e dificuldades,
salvaa princesa,
10 queremos contar. Estes parecem tio
tro de nés, que, mesmo sendo tio bo-
talvez por isso mesmo, temos medo ou vergo-
ontar para os outros. Os sonhos de amor talvez
mais profundos, mais curtidos; chegam a as-
1ardados em segredo, O tema do amor nio
sono isolado; ele entra em quase todos os”
to gostons to hon, pelos quae nos
Bless tomar cadaver tals pre
tesdisivs escondidos. a ee
jullie ieee da varios
san bos Ds a
eos sonkos 580 bonitos, por que 0s escondemos,
on ee eet tones evel mat
Se pon dsc:
debtemos, quando mostramos nosso sonho, nés nos
Samos conta de que, embora ja convivamos com ele
dunes conn i > eee lop exemasmerte ig
‘Quanto mais importante ¢ 0 soriho, mais medo de con-
{ar Parece que.se 0 outro nio o entender, seo 011
“Faget noa sok, este val Semone
‘sonhos de amor sao muito sensiveis: Quando
Bees ca ae cee a ae
historias. Sonhava com ela numa praia maravilhosa, pas-
feesodrinaas coesess aes aun Bee
fitaneiacanu acer
Bla era a menina dos meus sonhos, com quem eu.
vivia todas as aventuras. Eu era heréi e salvava minha
cma
Nas tra gue sone havia encontrado ©
melo demi susan oa
emul eno, deals POSS BREE
aS ;
‘momento em que estavana bein ae ne ore RO
lidade, tudo se. ‘Passar para area-
Dosa secava, sum
a nag Sumiam os assuntos, eu tremia, sentia ver.”
Na Presea 00 S90
do meu sono, teria de Ihe dizer o quanto ela era impor
tante para mim dentro dos meus sonhos.
Secu era oherdi, ela era aheroina, eo queaconteca
no meu sonho se dava poi
Gla Ela tinha disparado dentro de mim essa vontade,
isa Capacidade de criar historias e deme envolvernes-
SHAS GU S80 05 nossos Sonhos. a
Eu tinha também um sonho raim. Era um pesadelo:
a menina nfo iria me entender, nao estaria ligada em
mim. Aj, eu sentia medo e percebia que meu sonho, que
me fazia tao forte, também me fazia muito fraco, 0 50-_
ho me fazia ficar enorme dentro dele e|
lidade.
‘Quando chegava perto da menina dos meus so-
nnhos, ex ia diminuindo, quase virava o Pequeno Pole-
gar. Outra sensagio vinha junto: ela ficava enorme, tio
ppoderosa como se fosse a dona dos meus sonhos, como
se ela tivesse ganho toda a forga que estava neles. Nas
nos dela, no entendimento dela, na aceitagio dela f-
cavam pendurados todos os meus sonhos. Eu estava na
dependéncia de ela dizer um sim ou um néo, entender 0
que eu estava falando ou rir de mim.
‘Voces no imaginam como eu tinka medo de que
a menina dos meus sonhos risse deles. Se ela desse ri
sada dos meus sonhos, ¢ esse era o meu pesadelo, tudo
aquilo que eu tinha de mais bonito, de mais forte, de
rar furnaca. Parecia que, num passe de
as we fosse uma bruxa, essa menina poderia
fae ade ison ficaria vario. Sobrariam para
Seisso acontece™® Tndo tinha colocado no sonho,
coisas Senas, quebradas, pois as bonitas
ts coisas feias, pequenas, 5, er)
cole esaparecido, Sobraria 86 0 lixo, 0 resto, Mew
teria deePam pore, sea menina dos meus sons
ase deles, cla os tornaria ridiculos. Bu mesmo ficaria
fom vergoniha de tos sonhado, das minhas historias,
Ge tudo 0 que eu tinha de melhor. Imaginem en!40 a
vvergonha que eu teria do pior.
‘Compreendi o quanto era preciso que ela contri-
buisse, que pelo menos entendesse o que estava no mett
sonho; parecia que minha relago com meus sonhos pas-
sava por ela, que dependia da aceitacéo, da compreen-
sfo, do envolvimento dela. Mesmo que essa menina no
pudesse corresponder Aquilo que eu tinha sonhado, que
ela ndo me amasse, néo me admirasse como eu tinka
‘maginado no meu sono, mesmo que ea tivesse de me
seeaveansea ences
eae pa tosdiil So assustador quanto
a que meus sonhos poderiam ser destruidos
= ieee — © que tinha sido fonte de pra-
, de entusiasmo, poderia se evaporar7
a Nausea 00 Soo oe :
Rey.
se transformar numa fonte de vergonha. Pot iso, eu
tinha'medo, vergonha de ficar tio tho pe
visas ndo podiam ser to bonitas como no sonho. E9
tinha sea curtia mais os momentos da despesi
i Pequenininho perto meio esquisito, eu
“oc = ou May et = da.da separ a a duvidar se
Esses eram meus medos. Mas, enfim, uma hora eu ‘Que estaria acontecendo? Comesave
gostava mesmo dela. Ficava com medo de sonar, Po
_menina dos meus sonhos. Ficava aflito ao sentir que ela
seafastava, nao estava mais tio envolvida comigo.
Foi assim mais de uma vez, e eu comecei a pensar:
“Sera que o amor s6 &
quando é novo e depois
cestava longe, eu sonhava com cla. Es-
tando'perto, o sono ficava meio delado, parecia queas
lizé-lo; mas o sonho realizado nio era tio bon ie
sonhado, Esse sonho aos poucos morria, ‘como 0fa Na Psocaco Smns0
Em outras ocasiges, as coisas se passavam de out
isto, Quando eu me sproximava de menina dos mets
sonhos para lhe falar dos sonhos que tinha sonhado, da
minha paixio, ela ficava constrangida, meio assustada;
sabia que aquilo néo tinha nada a ver, ela estava ligada
em outra pessoa.
‘Ai, ento, eu pensava na sensagio de vergonha que
teria diante daquele que era o heréi dos sonhos da me
nina dos meus sonhos. Se ela estava ligada nele, com
certeza ele era muito maior que eu, pois sendo ela estaria
ligada em mim e nao no outro.
ra uma tristeza quando 0 sonho acabava.
Era muito mais triste, porém, quando a menina
dos meus sonhos nfo entendia nada do que eu estava,
dizendo, quando ela achava engragado, quando olhava
‘para mim como se eu fosse um bicho estranho. Além de
‘nao me amaz, ela achava ridieulos os meus sons. Essa
era a pior situagio de todas, a mais dofda. Esse sonho
instantaneamente mora.
‘No momento em que o sonho morria eu vivia uma
profunda solidio. Eram initeiso amor dos outros, pre-
‘senga dos outros, Bu estava vazio, um buraco, sem ter como
responder ao inferesse, ao amor da familia, dos amigos. .
{sso porque a menina dos meus sonhos tinha se apode-
ado de hid aquilo que eu tinke de bom, de tudo aqui
com 9 amor das
a”
one 00s DIOS
io si snhos de amor
Jpriqueno s80 $6.05 50%
{__ Maistarde dese yam sds Toda vezque tems UT
‘muito curtido, no qual esVocê também pode gostar