Você está na página 1de 14

Curso de Engenharia de Alimentos

LABORATÓRIO DE ENGENHARIA Química


Aula Prática 7
Prof. José Roberto Delalibera Finzer
Uberaba 29 setembro de 2022
Secagem de grãos
Objetivos:
Verificar como as condições psicrométricas do ar de secagem influenciam na secagem de grãos e
sementes.

I – Introdução
A base da alimentação humana é constituída pelos nutrientes fornecidos pelos cereais (aveia “oat”; arroz
“rice” cevada “barley”; milho “corn”; trigo “wheat”,) e grãos leguminosos (soja “soybean”, feijão
“bean”). Em conseqüência deste fato, qualquer modificação na disponibilidade, qualidade e preço desses
produtos ou derivados, é imediatamente perceptível ao cidadão comum com profundas repercussões
sócio-econômicas (PUZZI, 1973).

A perda de grãos de cereais a partir da condição que atingem a maturação no campo varia com o diferente
tipo de cereal, variedades de grãos, regiões geográficas e clima, alcançando de “5 a 50%” da produção.
As perdas relacionadas com a umidade dos grãos contemplam: o campo, a colheita, retirada dos grãos
(milho), manuseio, secagem e armazenamento (BROOKER et al., 1974). Na atualidade as perdas vão
diminuindo com avanços tecnológicos.

Após colheita dos grãos pode-se efetuar a estocagem por tempo considerável antes do processamento.
A mudança na qualidade dos grãos durante a armazenagem depende das condições de colheita, tipos de
instalações de armazenagem e umidade dos grãos. A presença e proliferação de insetos e o
desenvolvimento de mofos e leveduras dependem do conteúdo de umidade dos grãos.

Muitos métodos industriais são usados para secagem de grãos. A equação de Page, Equação (1) pode ser
usada para quantificar a variação da umidade dos grãos durante a secagem.

[X(t) –Xe)] / [Xi –Xe)] = exp (-k ∙ tn) (1)

sendo: Xi o conteúdo inicial de umidade em base seca; Xe o conteúdo de umidade de equilíbrio em base
seca; X(t) é o conteúdo de umidade em função do tempo; “k” e “n” são parâmetros específicos para cada
tipo de grão.

II – Secadores

As Figuras 1 e 2 mostram esquemas de secadores que operam em batelada.


Figura 1. Secador em batelada para grãos.

Figura 2. Conteúdo de umidade dos grãos no processamento em batelada.

A Figura 3 mostra um secador contínuo operando com escoamento cruzado, porém, o escoamento
também pode ser, em correntes paralelas e em contracorrente.

Figura 3. Secador contínuo em correntes cruzadas.

A secagem de grãos como o arroz que são muito sensitivos à temperatura e necessitam de várias
passagens por um silo de secagem. Assim, em uma passagem durante 24 horas a umidade se reduz de

2
2%. Por exemplo, se a umidade inicial é de 24% e deve ser reduzida para 14% (base úmida), são
requeridas cinco passagens pelo secador.

Figura 4 . Secagem contínua de grãos em silos em várias passagens.

A secagem em leito fluidizado é usada na secagem de pequenas partículas.

Figura 5. Secagem em leito fluidizado.

II – Material e métodos
- secador
- grãos de milho
- sementes de girassol
- coletores de amostras
-estufa com circulação de ar

3
III - Procedimento experimental
1) Selecionar o grão a ser processado
2) Selecionar a temperatura do ar de secagem
3) Selecionar a umidade relativa do ar de secagem
4) Selecionar a umidade inicial dos grãos.
5) Selecionar o tempo de secagem

Operar com:
1) Secagem de grãos de milho: umidade inicial 50% (base seca)

a) T ar 60oC e umidade relativa de 30%


b) T ar 60oC e umidade relativa de 50%

2) Secagem de sementes de girassol: umidade inicial 50% (base seca)

c) T ar 60oC e umidade relativa de 30%


d) T ar 70oC e umidade relativa de 30%

V) Discussão e Conclusões

Quantificar os valores de k e de n para o grão de milho e semente de girassol usando as


condições experimentais, discutir os resultados e efetuar as conclusões.

Referências bibliográficas:

BROOKER, D. B.; BAKKER-ARKEMA, F. W.; HALL, C. W. Drying cereal grains. The AVI
Publishing Company. Westport. 1974. 265p.

PUZZI, D. Abastecimento e secagem de grãos. Instituto Campineiro de Ensino Agrícola. Campinas.


1973. 603p.

SINGH, P. & ERDOGDU, F. Virtual experiments in food engineering. Davis: RAR Press.
2004. 126p.

4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14

Você também pode gostar