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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ

INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E NATURAIS

FACULDADE DE FÍSICA

AMANDA KARINE DA CONCEIÇÃO LIMA

JEFERSON ALVEZ RODRIGUES

JOSÉ REINALDO FERNANDES DE SOUZA FILHO

NAYRA VARELA LEAL

constante elástica pela lei Hook

BELÉM
2022
Relatório da disciplina de Laboratório de
Física 1, apresentado como requisito parcial
para a obtenção de aprovação em disciplina
obrigatória da faculdade de Física da
Universidade Federal do Pará.

Docente: Prof. Dr. Sérgio Vizeu Lima


Pinheiro.
objetivo
Determinar a constante elástica de duas molas.
objetivo proposto pelo experimento, que foi determinar as constantes elásticas das molas
individuais e após feito isso determinar as constantes elásticas das mesmas associadas em série e
em paralelo com a finalidade de comparar tais valores, foi atingido.

introdução
Muitas forças da natureza têm a mesma forma matemática que a força exercida por uma
mola. Assim esta força em particular, podemos compreender muitas outras. Pela lei de
Hooke, a cada esforço F realizado numa mola helicoidal cilíndrica fixa por uma das
extremidades corresponde uma deformação proporcional y. A constante k é chamada de
constante elástica (ou constante de força), e é uma medida da rigidez da mola, onde k dá-se
a denominação de constante elástica F= K.y
A constante elástica depende do material de que a mola é feita e das suas características
geométricas. A força resultante no sistema é o peso da massa, portanto m.g = K.y
A associação em paralelo caracteriza- se por duas ou mais molas são postas lado a lado e coloca-se
uma superfície sobre elas. Sobre essa superfície então são aplicadas as forças. Esse tipo de
associação é utilizado em colchões de mola. A força é distribuída pelas molas. Para não haver
desequilíbrio, as molas são dispostas de Modo simétrico, e todas possuem o mesmo coeficiente de
reconstituição. Já na associação em série prende-se uma mola na outra em série, de modo a obter-
se uma mola maior, com constante elástica menor. Na verdade, qualquer mola pode ser considerada
uma associação em série de várias molas menores. Na prática essa associação não é muito utilizada,
porém ela passa uma ideia muito boa, quanto maior a mola menor o coeficiente de restituição. Essa
ideia é utilizada em bungee jumps, em que toda a corda funciona como um elástico, com constante
elástica baixa, o que proporciona uma desaceleração menor, proporcionando uma sensação de
queda livre. Sabemos ainda que acelerações altas sejam desconfortáveis para as pessoas, podendo
inclusive causar danos sérios, objetivo dessa experiência consiste em determinar as constantes
de elasticidade de molas obtidas pela combinação de duas outras, de constantes conhecidas,
associadas em série e em paralelo, para isso utilizaremos os seguintes materiais: Corpo Básico,
armadores, escala milimetrada complementar, compensador para associação de molas em
paralelo, bandeja, conjunto de massas padronizadas, duas molas e gancho em Z.

Metodologia

Para o trabalho em questão, a equipe analisou o experimento para


determinar a constante elástica (rigidez) de duas molas diferentes uma da outra
(uma maior e outra menor), onde, mediu – se o processo proposto pela atividade de
cada uma individualmente, os quais foram, os alcances quando as mesmas sofrem
deformações por serem submetidas a ação de massas variadas partindo do ponto
inicial definido na medida em que ela estar em equilíbrio. Em outro momento foi
proposto verificar o mesmo processo, mas para três molas iguais, mas associadas
umas com as outras, o primeiro formato foi de uma mola individual, depois em uma
associação em série entre duas molas, em seguida a mesma associação com três
molas, depois uma associação em paralelo entre duas molas, em seguida a mesma
associação com três molas. Dessa forma, ao fim do procedimento com as medições
dos intervalos de posições obtidos no processo, fez-se o cálculo das medidas, onde,
uniu-se a prática com a teoria, que foi possível garantir valores objetivos e com isso,
obter-se os resultados proposto pela atividade.

Materiais:

 Duas molas (diferentes)


 Três molas (iguais)
 Régua
 Cinco pesos de massas variadas

Procedimento Experimental

Durante o procedimento, partindo de uma posição marcada como inicial em


um ponto da régua na altura da parte inferior de cada mola quando em equilíbrio,
onde para a mola 1 essa posição marcou 𝑥0 =39 𝑐𝑚, e para a mola 2 marcou
𝑥0 =35,1𝑐𝑚 .

Em seguida, verificou-se as posições marcadas com a colocação de pesos


que variavam um dos outros, mais precisamente,
𝑚1=100 𝑔 , 𝑚2=200 𝑔 ,𝑚3 =300 𝑔 ,𝑚 4=400 𝑔 , 𝑚5=500 𝑔, os registros das posições
foram medidos para cada peso correspondente, ou seja, a posição para 𝑚1 foi
𝑥1=44 𝑐𝑚 para 𝑚2 foi 𝑥2 =48,3 𝑐𝑚 para 𝑚3 foi 𝑥3 =52,5𝑐𝑚 para 𝑚4 foi 𝑥 4=57 𝑐𝑚 e
para 𝑚5 foi 𝑥 4=61,4 𝑐𝑚 isso para a mola 1, para a mola 2 𝑚1 foi 𝑥1=37 𝑐𝑚 para 𝑚2
foi 𝑥2 =38,5𝑐𝑚 para 𝑚3 foi 𝑥3 =40,2 𝑐𝑚 para 𝑚4 foi 𝑥 4=41,9𝑐𝑚 e para 𝑚5 foi
𝑥5 =43,4 𝑐𝑚, além disso, verificou-se a força elástica das molas pela equação
𝐹 𝑒𝑙𝑎𝑠𝑡 . =𝑝=𝑚 ⋅𝑔 que é igual a força gravitacional pelo fato de o aparato experimental
estar num formato vertical, assim, com as medidas encontradas para as duas
molas, montou-se uma tabela com esses dados obtidos experimentalmente,
possibilitando a construção de um gráfico que mostra a diferença de inclinação da
constante elástica de cada mola.

Já para associação de molas, verificou-se também as posições marcadas


para cada associação quando estas estão sob a ação de pesos com massas
variados, mais precisamente, 𝑚1=50 𝑔 , 𝑚2=100 𝑔 , 𝑚3=150 𝑔 , 𝑚4 =200 𝑔 , 𝑚5=250 𝑔 .
Onde as posições foram medidas para cada associação, para a mola individual
𝑥1=15,9𝑐𝑚 , 𝑥2 =21,1𝑐𝑚 , 𝑥3 =26,2𝑐𝑚 , 𝑥 4=31,4 𝑐𝑚 , 𝑥5 =36,6 𝑐𝑚, para a associação
em série entre duas molas 𝑥1=34,2𝑐𝑚, 𝑥2 =44,6 𝑐𝑚, 𝑥3 =55 𝑐𝑚, 𝑥 4=65,5 𝑐𝑚,
𝑥5 =75,4 𝑐𝑚, para a associação em série entre três molas 𝑥1=52,5𝑐𝑚, 𝑥2 =68,1𝑐𝑚,
𝑥3 =83,8 𝑐𝑚, 𝑥 4=99,3 𝑐𝑚, 𝑥5 =114,5𝑐𝑚 , para a associação em paralelo entre duas
molas 𝑥1=12,7 𝑐𝑚, 𝑥2 =15,4 𝑐𝑚, 𝑥3 =18,2𝑐𝑚, 𝑥 4=20,9 𝑐𝑚, 𝑥5 =23,4 𝑐𝑚, para
associação em paralelo entre três molas, 𝑥1=12𝑐𝑚, 𝑥2 =13,6 𝑐𝑚, 𝑥3 =15,4 𝑐𝑚,
𝑥 4=17,2 𝑐𝑚, 𝑥5 =18,9𝑐𝑚 , onde no tratamento de dados foi feita a conversão de 𝑐𝑚
em 𝑚e os cálculos para obter os valores das constantes para cada formato de
associação e também a força elástica.

-Formato do aparato experimental


Fonte: Captura de tela do Google imagens

-Associação em série
Fonte: Captura de tela do autoral.

-Associação em paralelo
Fonte: Captura de tela do autoral.

-Pesos de massas variadas


Fonte: Captura de tela do autoral.

Tratamento de dados

Utilizando a fórmula P=mg determinamos o peso de cada uma das massas. Esse peso é
equivalente à forca elástica das massas dadas.

Em seguida transformamos o deslocamento X de centímetros para metros para se encaixar


no sistema internacional de unidades.

Assim dividimos a força elástica pelo deslocamento para obtermos a constante elástica da
mola utilizando:

𝐹 𝑒𝑙𝑎𝑠𝑡 . =−𝑘𝑥
−𝐹
𝑘=
𝑥
Mola 1

Medidas mola 1 Força elástica X (m) Força elástica / Desvio Padrão


(N) X Absoluto
M1 980 0,050 -19600 1620,8
M2 1960 0,093 -21075 145,8
M3 2940 0,135 -21777 556,2
M4 3920 0,180 -21777 556,2
M5 4900 0,224 -21875 654,2
MÉDIA -21220,8 706,64

𝑘=− 21220,8± 706,64 𝑁 /𝑚

Mola 2

Medidas mola 2 Força elástica X (m) Força elástica / Desvio Padrão


(N) X Absoluto
M1 980 0,019 -51578 5133
M2 1960 0,034 -57647 936
M3 2940 0,051 -57647 936
M4 3920 0,068 -57647 936
M5 4900 0,083 -59036 2325
MÉDIA -56711 2053,2

𝑘=− 56711± 2053,2 𝑁 /𝑚

Associação de molas
Utilizando massas de 50g, 100g, 150g … 250g determinamos os pesos de cada uma delas
através da fórmula
P=mg

Onde o P é o peso que é equivalente a força elástica

E g a aceleração da gravidade g≃9,8 𝑚/ 𝑠2

De acordo com a lei de Hooke e associação de molas


Ao colocamos molas em série ou em paralelo elas devem obedecer às seguintes equações:
1 1 1
= +
𝑘𝑠 𝑘1 𝑘2

Quando as molas estão em série, onde a constante elástica tende a diminuir


E
𝑘𝑝 =𝑘1 +𝑘2

Quando as molas estão em paralelo, onde a constante elástica tende a aumentar

Utilizaremos essas equações por comparação


Uma mola Força elástica X(m) Força elástica / Desvio padrão
(N) X absoluto
M1 490 0,052 9.423,08 28,54
M2 980 0,104 9.423,08 28,54
M3 1470 0,155 9.483,87 32,25
M4 1960 0,207 9.468,60 16,98
M5 2450 0,259 9.459,46 7,84
Média 9.451,62 22,83

𝑘=9.451,62 ± 22,83 𝑁 /𝑚

Molas em série
Duas molas em Força elástica X(m) Força elástica / Desvio padrão
série (N) X absoluto
M1 490 0,104 4.711,54 5,04
M2 980 0,208 4.711,54 5,04
M3 1470 0,312 4.711,54 5,04
M4 1960 0,417 4.700,24 16,34
M5 2450 0,516 4.748,06 31,48
Média 4.716,58 12,59

Constante obtida

𝑘=4.716,58± 12,59 𝑁 /𝑚

Onde

1 1 1
+ =
9.451,62± 22,83 9.451,62± 22,83 4.725,81± 11,41

Três molas em Força elástica X(m) Força elástica / Desvio padrão


série (N) X absoluto
M1 490 0,156 3.141,03 1,90
M2 980 0,312 3.141,03 1,90
M3 1470 0,469 3.134,33 8,60
M4 1960 0,624 3.141,03 1,90
M5 2450 0,776 3.157,22 14,29
Média 3.142,93 5,72

Constante obtida

𝑘=3.142,93 ± 5,72 𝑁 /𝑚

Onde

1 1 1 1
+ + =
9.451,62± 22,83 9.451,62± 22,83 9.451,62 ±22,83 3.150,54 ± 7,61

Molas em paralelo

Duas molas em Força elástica X(m) Força elástica / Desvio padrão


paralelo (N) X absoluto
M1 490 0,026 18.846,15 435,34
M2 980 0,053 18.490,57 79,76
M3 1470 0,081 18.148,15 262,66
M4 1960 0,108 18.148,15 262,66
M5 2450 0,133 18.421,05 10,24
Média 18.410,81 210,13

Constante obtida

𝑘=18.410,81 ±210,13 𝑁 /𝑚

Onde

9.451,62 ±22,83+ 9.451,62± 22,83=18.903,24 ± 45,66

Três molas em Força elástica X(m) Força elástica / Desvio padrão


paralelo (N) X absoluto
M1 490 0,019 25.789,47 1604,90
M2 980 0,035 28.000,00 605,63
M3 1470 0,053 27.735,85 341,48
M4 1960 0,071 27.605,63 211,26
M5 2450 0,088 27.840,91 446,54
Média 27.394,37 641,96

Constante obtida

𝑘=18.410,81 ±210,13 𝑁 /𝑚

Onde

9.451,62 ±22,83+ 9.451,62± 22,83+9.451,62 ±22,83=28.354,86 ± 68,49

As molas ainda podem ser associadas paralelamente ou em série.


A associação em paralelo ocorre quando duas ou mais molas são
organizadas lado a lado de modo que suportem o peso de uma massa enquanto
deformam em conjunto.

Fontes: Captura de tela Google.

A associação se dá por:
𝐹 𝑒𝑞 =𝐹 1 + 𝐹 2 +…+ 𝐹 𝑛

Onde,
𝐹 𝑒𝑞 =¿ Força elástica equivalente, que será a soma das forças até n forças.

𝑘𝑒𝑞 𝑥 𝑒𝑞=𝑘1 𝑥1 +𝑘2 𝑥 2+ …+𝑘𝑛 𝑥 𝑛

Nesse caso, como todas as deformações das molas, independente de quantas


sejam, são iguais – considerando molas iguais – podemos assumir que:
𝑘𝑒𝑞=𝑘1+ 𝑘2+ …+𝑘𝑛

As molas com associação em série são organizadas de forma que formem uma
fileira que deformam em conjunto, obtendo o seguinte resultado.

Fonte: Captura de tela Google.

A fórmula para essa associação se dá por:


𝐹1
𝐹 1 =𝑘1 𝑥1 𝑥1 =
𝑘1
𝐹2
𝐹 2 =𝑘2 𝑥2 𝑥2 =
𝑘2

.
.
.
𝐹𝑛
𝐹 𝑛 =𝑘𝑛 𝑥 𝑛 𝑥𝑛 =
𝑘𝑛
𝑥𝑒𝑞 =𝑥 1 +𝑥 2 +…+ 𝑥 𝑛

𝐹 𝑒𝑞 𝐹 1 𝐹 2 𝐹𝑛
= + + …+
𝑘𝑒𝑞 𝑘1 𝑘2 𝑘𝑛
1 1 1 1
= + +…+
𝑘𝑒𝑞 𝑘1 𝑘2 𝑘𝑛

conclusão
Após o término do experimento e análise dos resultados, concluímos que as molas
realmente seguem a Lei de Hooke, pois a deformação da mola é proporcional à força
exercida sobre a mesma e também quanto maior o valor da constante, mais rígida é a mola
(menor deformação). Na realização da experiência, deduzimos que a maior diferença
encontrada na medida dos centímetros de deformação ocorreu nos maiores pesos.
Podemos observar através do experimento, que quanto maior o número de espiras menor será o
valor da constante de elasticidade. Já que, quando colocamos duas molas em série, a mola
resultante fica com um maior número de espiras e o Keq da mesma se tornou menor que o de suas
molas originárias. A constante de elasticidade de duas molas colocadas em paralelo é igual à soma
das mesmas.

Referências bibliográficas
R. Resnick, D. Halliday, e J.Merrill
Fundamentos de Física
, vol. 1Mecânica, 7
a ed., LTC, 2006.H. M. Nussenzveig
TIPLER, P. A.; MOSCA, G.

Física para Cientistas e Engenheiros

. v. 1. 5. ed. Rio de Janeiro, RJ:

Livros Técnicos e Científicos, 2006. 840 p

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