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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ

INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E NATURAIS

FACULDADE DE FÍSICA

AMANDA KARINE DA CONCEIÇÃO LIMA

JEFERSON ALVEZ RODRIGUES

JOSÉ REINALDO FERNANDES DE SOUZA FILHO

RELATÓRIO DA TEORIA DE ERROS

BELÉM

2022
AMANDA KARINE DA CONCEIÇÃO LIMA

JEFERSON ALVEZ RODRIGUES

JOSÉ REINALDO FERNANDES DE SOUZA FILHO

RELATÓRIO DA TEORIA DE ERROS

Relatório da disciplina de Laboratório de


Física 1, apresentado como requisito parcial
para a obtenção de aprovação em disciplina
obrigatória da faculdade de Física da
Universidade Federal do Pará.

Docente: Prof. Dr. Sérgio Vizeu Lima


Pinheiro.

BELÉM

2022
Objetivo

- Garantir que um conjunto de medidas de uma dada grandeza física esteja


correto.

Introdução

O seguinte relatório da aula de laboratório básico 1, tem como objetivo


esclarecer aspectos do assunto abordado na mesma, sobre teoria dos erros que
tem como objetivo obter o melhor valor para o mensurando a partir dos dados
obtidos experimentalmente em sala, disponíveis. Isto significa determinar em termos
estatísticos através de métodos matemáticos, também abordados em aula, a melhor
aproximação possível para o valor verdadeiro.

Para obter o resultado aproximado do valor real, necessita-se lidar com uma
incerteza de medida conhecida como faixa de desvio absoluto. A medida de uma
grandeza deve ser sempre medida com este desvio.

Desenvolvimento teórico

Podemos afirmar, a princípio, que nada é exato em uma ciência experimental.


Logo a teoria dos erros trata de uma solução para minimizar a discrepância do valor
real das medidas de um objeto.

Inicialmente, ao medir repetidas vezes o objeto estudado, organiza-se os


valores descobertos em uma tabela especifica denominada Histograma. Assim, os
resultados obtidos em Mi=M1, M2, M3,...Mn mostrarão uma dispersão, ou seja, uma
distribuição de valores próximos aleatórios. A tabela é distribuída em intervalos e
conta-se quantos resultados há em cada intervalo. A frequencia dos resultados é
dada em Fn, onde n é o número de intervalos.
Mi N° de ocorrências ou Frequencia
M1 F1
M2 F2
M3 F3
... ...
Mn Fn

A aleatoriedade dos valores das medidas é chamada de dispersão, a


dispersão indica um resultado mais preciso.

O valor médio se dá pela equação.

n
Mi
Valor Médio de M =∑
i n

Já é chamado desvio absoluto de uma medida a solução que contém a


diferença da soma dos valores medidos do objeto M i e a média de M i por n, onde n
é o número de medições do objeto. Logo,

n
Mi
∆ M i=M i − ∑ ∨
i n

Nesse caso, seria intuitivo somar os desvios e tirar as médias para encontrar
a dispersão. Porém, na aplicação, o resultado será nulo.

n n n n
Mi n
Mi n
M
∑ ∆ Mi ∑ M i −∑ ∑ n
∑ n ∑ ni
i=1 i=1 i=1 i i i
= = − =0
n n n n

Outra situação seria calcular dessa forma, porém em módulo, obtendo assim
a média do desvio absoluto com um resultado diferente e maior que zero.

∑ ∆ xi∨
i=1
≥0
n

O desvio relativo de uma medida é definido como a relação entre o erro


absoluto e o valor verdadeiro, da grandeza medida.

δMi=Mi − M ∨ ❑
M
A média do desvio relativo é dada por

∑ δ x i∨
i=1
δMi=
n

Contudo, há um outro meio mais usual de medir a dispersão que é pela soma
dos quadrados dos desvios, pois se o valor mais provável é a média aritmética das
medidas, a soma dos quadrados dos desvios resulta na dispersão mínima.

n
δi=∑ [ δxi ]
2

i=1

Desse modo, a garantia de um resultado aproximadamente verdadeiro é mais


palpável. Porém, para esse experimento, foi utilizado somente cálculos com o
desvio absoluto em razão de maior praticidade matemática.

Para organizar os valores, foram usadas tabelas onde os valores, medidos


várias vezes, foram organizados e assim calculou-se as medidas.

Procedimento Experimental

Para o experimento, foram reunidas 3 equipes de 3 pessoas, onde cada


equipe mediu 10 vezes as mesmas peças escolhidas pelo grupo, as quais foram o
cilindro e o cubo. Feita as medidas, as medições de um mesmo objeto diferiram
umas das outras. Ocorre isso em razão da teoria dos erros que prevê exatamente
esse resultado, onde é possível garantir resultados mais precisos a partir do cálculo
das medidas. Logo, ao unir a teoria com a prática, é possível compreender como
surgem as diferenças e lidar com elas obtendo o resultado desejado.

Primeiramente, ao medir os lados do cubo; o diâmetro e a altura do cilindro


com o paquímetro, calcula-se a média para usar na fórmula do desvio absoluto.

Ao medir os objetos em 3 balanças diferentes, sendo elas balanças


analógicas, analógica com Micrometro e digital, obtém-se artifícios para o cálculo do
volume e da densidade do cilindro e do cubo.
Materiais:

 Paquímetro
 Balança Analógica
 Balança Analógica com Micrometro
 Balança Digital
 Cilindro
 Cubo de Metal

Metodologia

Volume e Densidade do Cilindro

Foi realizada a medida do diâmetro do cilindro utilizando um paquímetro


(36,220mm ± 0,145mm)

Em seguida, foi medida a altura do cilindro utilizando um paquímetro


(30,480mm ± 0,254mm)

- Paquímetro

Fonte: Captura de tela do Google imagens

Utilizando uma balança analógica, encontra-se a massa do cilindro 42,23g


Fontes: Captura de câmera autoral

Utilizando uma balança analógica com micrometro encontra-se outro valor de


massa para o mesmo cilindro 43,00g

Fonte: Captura de câmera autoral

Utilizando uma balança digital encontrou-se a massa do cilindro (43,05g)


Fonte: Captura de câmera autoral

Com as informações de medida do cilindro, obtém-se o cálculo do volume da


seguinte forma.

Raio=d / 2

Área=π × r ²

Volume=π × r ² ×h

Logo,

( 36,220 ± 0,145 )
Raio= =( 18,110 ±0,072 ) mm=( 1,8110± 0,072 ) cm
2

2 2
Área=π ( 1,8110 ± 0,0072 ) =π ( 3,2797 ± 0,0260 )= (10,3034 ± 0,0816 ) cm

Volume=( 10,3034 ± 0,0816 ) × ( 3,048 ±0,0254 )=( 31,4047 ± 0,5104 ) cm3

Já a densidade é obtida através do desvio da massa.

Densidade=m/V
Média da massa

42,23+ 43,00+43,05
=42,76
3

Desvio absoluto de cada medida

|42,23− 42,76|=0,53

|43,00− 42,76|=0,24

|43,05− 42,76|=0,29

A média do desvio absoluto

0,53+0,24+ 0,29
=0,353
3

A densidade será

4 2,76 ± 0,353 3
Densidade= =g /cm
( 31,4047 ±0,5104 )

Densidade=1,3615 ± 0,0333=g/ cm3


Volume e Densidade do cubo

Com um paquímetro foi medido os lados do cubo (17,085mm ± 0,225mm)

Utilizando uma balança analógica, obtém-se a massa do cubo 57,80g

Fonte: Captura de câmera autoral

Utilizando uma Balança digital com Micrometro encontra-se outro valor para a
massa do cubo.

Fonte: Captura de câmera autoral

Utilizando uma balança digital encontramos a massa do cubo (58,75g)


Fonte: Captura de câmera autoral

Com essas informações podemos calcular o volume e a densidade através


das fórmulas:

3
Volume=l

3 3 3
Volume=( 17,085 ±0,225 ) =( 1,7085± 0,0225 ) cm=( 4,9869± 0,1968 ) cm

Já a densidade é obtida através do desvio da massa.

Densidade=m/V

57 , 37 ±0,383 3
Densidade= =g /cm
( 4,9869 ± 0,1968 )

3
Densidade=11,0541 ±0,5307=g/cm

Média da massa
57,80+58,57+58,75
=58,37
3

Desvio absoluto de cada medida

|57,80 −58,37|=0,5 7

|58,57 −58,37|=0,2

|58,75 −58,37|=0 , 38

A média do desvio absoluto

0 ,57 +0,2+0,38
=0,383
3
Tratamento de dados

Cilindro

Valor médio do Diâmetro do Cilindro

36,15+36,10+36,95+36,15+36,10+36,15+36,25+36,15+36,10+ 36,10
=36,22
10

Desvio Absoluto de Cada medida

|36,15 −36,22|=0,07

|36,10 −36,22|=0,12

|36,95 −36,22|=0,73

|36,15 −36,22|=0,07

|36,10 −36,22|=0,12

|36,15 −36,22|=0,07

|36,25 −36,22|=0,03

|36,15 −36,22|=0,07

|36,10 −36,22|=0,12

|36,10 −36,22|=0,12

Média do Desvio Absoluto


0,07+0,12+0,73+ 0,07+0,12+0,03+0,07+ 0,12+0,12
=0,145
10

Valor médio da Altura do Cilindro

30,80+30,35+30,00+30,20+30,10+30,60+30,75+30,55+ 30,75+ 30,70


=30,480
10

Desvio Absoluto de cada medida

|30,80 −30,48|=0,32

|30,35 −30,48|=0,13

|30,00 −30,48|=0,48

|30,20 −30,48|=0,28

|30,10 −30,48|=0,38

|30,60 −30,48|=0,12

|30,75 −30,48|=0,27

|30,55 −30,48|=0,07

|30,75 −30,48|=0,27

|30,70 −30,48|=0,22

Média do Desvio Absoluto


0,32+0,13+0,48+0,28+ 0,38+0,12+0,27+ 0,07+0,27+ 0,22
=0,254
10

Cubo

Valor Medio dos lados do cubo

17,10+17,10+17,05+17,05+17,15+17,15+17,10+17,05+17,05+17,05
=17,085
10

Desvio Absoluto de cada medida

|17,10 −17,085|=0,015

|17,10 −17,085|=0,015

|17,05 −17,085|=0,415

|17,05 −17,085|=0,415

|17,15 −17,085|=0,065

|17,15 −17,085|=0,065

|17,10 −17,085|=0,015

|17,05 −17,085|=0,415

|17,05 −17,085|=0,415

|17,05 −17,085|=0,415

Média do Desvio Absoluto

0,015+0,015+0,415+ 0,415+ 0,065+0,065+0,015+0,415+ 0,415+0,415


=0,225
10
Conclusão

Por meio do processo de experimentação, realizado em laboratório sob orientação do


professor, fez-se uso de instrumentos de medições que forneceram dados precisos, e
possibilitou de forma prática, à análise criteriosa de todos parâmetros verificados à cerca
da atividade. E dessa forma, aplicando-se os objetivos da teoria dos erros, obtém-se uma
melhor aproximação dos valores analisados.
Referencias

[1] Baseado na apostila do Laboratório de Física do UNIVASF, Teoria dos


Erros, uma introdução, disponível em: www2.fis.ufba.br/dfes/fis3/Teoria_dos_Erros.pdf

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