O capítulo primeiro descreve o local onde o leitor é introduzido a dois personagens
principais: Tuahir e Muidinga, os quais estão no meio de uma estrada suja, com cores tristes, demonstrado através de automóveis queimados e pessoas mortas. Uma guerra civil acontece! O velho Tuahir, que é magro e não sabe ler, está acompanhado de Muidinga, um jovem que acolheu, após o mesmo ficar doente. Mesmo sem estar completamente recuperado, Muidinga “Caminha à frente desde que saíra do campo de refugiados.” Depois de resolverem buscar abrigo em um dos ônibus, foram enterrar os corpos que ali jaziam e no caminho encontraram outro corpo, morto a tiros e ao seu lado uma mala que continha cartas e cadernos intilulados como “Cadernos de Kindzu”.
Primeiro caderno de Kindzu Kindzu era filho de um pai com visões do futuro e irmãos e mãe que acreditavam em tudo. Durante a guerra, a família foi lentamente perdendo a felicidade que tinha e um dos irmãos, Vinticinco de Junho, nomeado após de um dos sonhos do pai de Kindzu, desapareceu. Não muito longe do desaparecimento do filho, o pai falece e a mãe se distancia. Kindzu já não se sentia parte da família, que agora era formada apenas por ele e sua mãe; sua presença lembrava a sua mãe de seus irmãos, o que a deixava triste, dessa maneira pouco a pouco ela foi deixando de demonstrar afeto a Kindzu. Tudo isso contribui para que o menino tomasse distância da família. Por conta do afastamento da família, Kindzu passava a maior parte de seu tempo livre com o comerciante indiano. O homem tratava Kindzu com afeto, cuidava do menino, o alimentava, conversava com ele, lhe fazia bem. Kindzu tinha raiva da guerra, raiva de quem o fez perder o irmão, a família, os amigos. Diante de tanta tristeza, resolveu fugir de casa e tentar ser feliz em outro lugar.