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INSTITUTO SUPERIOR DE COMUNICAÇÃO E IMAGEM DE

MOÇAMBIQUE

CURSO DE DIREITO

Teoria de Separação de poder de John Locke e Charles Montesquieu


- Origem
- O valor da separação de poderes como técnica limitação do poder politico
- Fundamento da limitação do poder politico
- Estado de Direito

Docente:
Grácio Muchanga

Beira
2021

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INSTITUTO SUPERIOR DE COMUNICAÇÃO E IMAGEM DE
MOÇAMBIQUE

Curso: Direito

Tópico: Teoria de Separação de poder de John Locke e Charles Montesquieu


 Origem;
 O valor da separação de poderes como técnica limitação do poder
politico;
 Fundamento da limitação do poder político;
 Estado de Direito.

Discentes:
Constância Dulce M. Jorge
Erica Jeque
Félix José Daniel
Lúcia Marlene

Beira
2021

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Índice
Introdução ..................................................................................................................... 1

Teoria de separação de poderes .................................................................................... 2

MECANISMOS DE FREIOS E CONTRAPESOS ...................................................... 4

O valor da separação de poderes como tecnica de limitação do poder politico ........... 4

Importancia da separação de poderes ........................................................................... 5

Vantagens da separação de poderes num Estado de direito .......................................... 6

Fundamento da limitação do poder politico.................................................................. 6

Estado de direito ........................................................................................................... 8

Conclusão.................................................................................................................... 11

Referências .................................................................................................................. 12

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1. Introdução

Neste presente trabalho iremos abordar primeiramente sobre as teoria de


separação de poderes que a teoria lockeana da separação de poderes não gera um
equilíbrio entre os eles como ocorre, por exemplo, na teoria de Montesquieu. Ao
contrário, estabelece uma relação de subordinação dos demais poderes ao poder
legislativo. A supremacia do poder legislativo adviria da primazia deste em relação aos
outros poderes na organização da sociedade civil. A este respeito, Locke afirma que a
primeira lei positiva e fundamental de todas as comunidades consiste em estabelecer o
poder legislativo. Assim, somente este poder tem autoridade para elaborar leis que devam
ser cumpridas. Somente o legislativo pode, consubstanciado no consentimento e
reconhecimento públicos, estabelecer leis com legitimidade.

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2. Teoria de separação de poderes

Ao longo da história diversos autores falaram sobre a


corrente Tripartite (separação do governo em três), sendo Aristóteles o pioneiro
em sua obra “A Política” que contempla a existência de três órgãos separados a
quem cabiam as decisões de Estado. Eram eles o Poder Deliberativo, o Poder
Executivo e o Poder Judiciário.

Em seguida Locke, em sua obra “Segundo Tratado Sobre o Governo


Civil”, defende um Poder Legislativo superior aos demais, o Executivo com a
finalidade de aplicar as leis, e o Federativo, mesmo tendo legitimidade, não poderia
desvincular-se do Executivo, cabendo a ele cuidar das questões internacionais de
governança.

Posteriormente, Montesquieu cria a tripartição e as devidas atribuições do modelo


mais aceito atualmente, sendo o Poder Legislativo aqueles que fazem as leis para
sempre ou para determinada época, bem como, aperfeiçoam ou revogam as já
existentes; o Executivo – o que se ocupa o Príncipe ou Magistrado da paz e da
guerra -, recebendo e enviando embaixadores, estabelecendo a segurança e
prevenindo invasões; e por último, o Judiciário, que dá ao Príncipe ou Magistrado
a competência de punir os crimes ou julgar os litígios da ordem civil. Nessa tese,
Montesquieu pensa em não deixar em uma única mão as tarefas de legislar,
administrar e julgar, já que a concentração de poder tende a gerar o abuso dele.

2.1. Poder Executivo:

Cabe ao Executivo a administração do Estado, observando as normas vigentes no


país, além de governar o povo, executar as leis, propor planos de ação, e
administrar os interesses públicos.

Este poder é exercido, no âmbito federal, pelo Presidente da República, juntamente


com os Ministros que por ele são indicados, os Secretários, os Conselhos de
Políticas Públicas e os órgãos da Administração Pública. É a ele que competem os
atos de chefia de Estado, quando exerce a titularidade das relações internacionais
e de governo e quando assume as relações políticas e econômicas. Além disso, o

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Presidente dialoga diretamente com o Legislativo, tendo o poder de sancionar ou
rejeitar uma lei aprovada pelo Congresso Nacional.

Já na esfera estadual, o poder executivo se concentra no governador e seus


Secretários Estaduais, e na esfera municipal, no prefeito e seus Secretários
Municipais.

Para te ajudar a entender, preparamos três vídeos sobre o que faz cada um dos
cargos do executivo.

2.2. Poder Legislativo:

Ao Legislativo cabe legislar (ou seja, criar e aprovar as leis) e fiscalizar o


Executivo, sendo ambas igualmente importantes. Em outras palavras, exerce
função de controle político-administrativo e o financeiro-orçamentário. Pelo
primeiro controle, cabe a análise do gerenciamento do Estado, podendo, inclusive,
questionar atos do Poder Executivo, pelo segundo controle, aprovar ou reprovar
contas públicas.

Este poder é exercido pelos Deputados Federais e Senadores, no âmbito federal,


pelos Deputados Estaduais, no âmbito estadual, e pelos Vereadores, no âmbito
municipal. Você também pode conferir melhor o que fazem deput ados e senadores
nos vídeos abaixo.

2.3. Poder Judiciário :

O Judiciário tem como função interpretar as leis e julgar os casos de acordo com
as regras constitucionais e leis criadas pelo Legislativo, aplicando a lei a um caso
concreto, que lhe é apresentado como resultado de um conflito de interesses.

O Judiciário é representado pelos juízes, ministros, desembargadores. E atenção:


pela Constituição Federal, os promotores de justiça não são integrantes do Poder
Judiciário, mas sim do Ministério Público.

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3. MECANISMOS DE FREIOS E CONTRAPESOS

Todo homem que detém o poder tende a abusar dele, afirma Montesquieu.
Seguindo o pensamento dessa corrente, tudo estaria perdido se o poder de fazer as
leis, o de executar as resoluções públicas e o de punir crimes ou solver pendências
entre particulares se reunissem num só homem ou associação de homens.
A separação dos poderes, portanto, é uma forma de descentralizar o poder e evitar
abusos, fazendo com que um poder controle o outro ou, ao menos, seja um
contrapeso. Vamos exemplificar:

 O Poder Executivo em relação ao Legislativo: adoção de Medidas Provisórias,


com força de Lei, conforme determina o artigo 62 da Constituição Federal de
1988 – “Em caso de relevância e urgência, o Presidente da República poderá
adotar Medidas Provisórias, com força de lei, devendo submetê-las de imediato
ao Congresso Nacional”.
 O Poder Legislativo em relação ao Executivo: compete ao legislativo processar
e julgar o Presidente e Vice-Presidente da República, assim como promover
processo de impeachment.
 Poder Judiciário em relação ao Legislativo: observa-se o Art. 53. §1º, que diz
que “os deputados e senadores desde a expedição do diploma serão submetidos
a julgamento perante o Supremo Tribunal Federal”.

Esse mecanismo assegura que nenhum poder irá sobrepor-se ao outro, trazendo
uma independência harmônica nas relações de governança. Existem diversas
outras medidas de relacionamento desses poderes tendo sempre como escopo o
equilíbrio.

4. O Valor da Separação de Poderes como Tecnica de Limitação do Poder


Politico

O princípio da separação de poderes é um modelo político que visa à melhor


governança de um Estado pela fragmentação do seu poder em órgãos distintos e
independentes, cada qual especializado em um aspecto ou área de governo.

Tendo em mente o que é o princípio da separação dos poderes, podemos afirmar que este
possui ligação com o princípio democrático, com a forma republicana de governo.

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5. Importância da Separação de Poderes

A separação de poderes tem inúmeras importâncias, dentre elas encontramos


importância em se manter a separação dos poderes dentro de um Estado Democrático de
Direito. Há uma garantia efetiva de alternância no exercício do poder, pois como o poder
não está somente em determinado “órgão” ou “pessoa”, este não poderá realizar ações
nas esferas de poder visando seu interesse pessoal, não poderá de forma autoritária
permanecer no poder, muito menos alterar forma e sistema de governo, forma de Estado
etc.

A independência e harmonia dos três poderes, Legislativo, Executivo e Judiciário, traz


legitimidade como modo de limitação e controle do poder, trazendo a legitimidade de seu
exercício.

Outra importância que se constata com a separação dos poderes é a garantia de efetividade
dos direitos fundamentais dos indivíduos. A Constituição faz previsão das competências
de cada poder e inclusive faz previsão da instituição do Ministério Público para evitar
desrespeitos e arbítrios aos direitos.

Caso haja edição de lei pelo poder Legislativo que cujo conteúdo viole a Constituição
Feral, os indivíduos poderão por meio do controle difuso recorrer ao poder Judiciário,
bem como pode o Judiciário apreciar tal questão ao ser provocado por meio do controle
concentrado.

Veja que as garantias, direitos e ações e mecanismos que a Constituição prevê tem uma
ligação, de forma que tudo caminha para consagração de um Estado Democrático de
Direito.

Os mecanismos de controlos recíprocos é o grande meio de efetividade na separação dos


poderes, pois é justamente por meio dele que um poder fiscaliza a outro, de modo que
sem tais mecanismos a previsão de separação dos poderes seria uma previsão “morta” da
Constituição, sem nenhuma efetividade prática.

Ora, vemos de logo uma das importâncias em se manter a separação dos poderes dentro
de um Estado Democrático de Direito. Há uma garantia efetiva de alternância no exercício
do poder, pois como o poder não está somente em determinado “órgão” ou “pessoa”, este
não poderá realizar ações nas esferas de poder visando seu interesse pessoal, não poderá

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de forma autoritária permanecer no poder, muito menos alterar forma e sistema de
governo, forma de Estado etc.

A independência e harmonia dos três poderes, Legislativo, Executivo e Judiciário, traz


legitimidade como modo de limitação e controle do poder, trazendo a legitimidade de seu
exercício.

6. Vantagens da Separação de Poderes num Estado de Direito

Numa primeira análise, é necessário sublinhar que não se pode confundir separação
de poderes com a divisão do Estado, pois este é uno e indivisível.

A separação de poderes apresenta as seguintes vantagens:

 Liberdade dos indivíduos na Vida social, dentro do Estado;

 Especialização das funções ou divisão dos poderes no Estado;

 Garantia do exercício da soberania;

 Protecção da comunidade e dos seus membros;

 Elaboração e fiscalização da implementação correcta de leis em pouco tempo e


por um órgão exclusivamente competente para o efeito;

 Através dos seus representantes, o povo expressa a sua vontade como uma
unidade política;

 As leis são elaboradas visando atender a este conjunto de vontades que pretende
representar a vontade geral ou maioritária de uma dada sociedade;

7. Fundamento da Limitação do Poder Politico

O poder político, tem como elemento principal a força, não que isto significa dizer que
o poder político sempre é exercido através da força física. Principalmente, no Estado atual
o poder político vem sendo exercido de diversas formas, no qual caracteriza ainda, a
manipulação e domínio da sociedade. No Estado Democrático de Direito, essa força na
qual impõe a subordinação do povo vem da própria lei, assevera BAKUNIN que “apesar

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da constituição política ser igualitária, é a burguesia que governa, e é o povo, operários e
camponeses, que obedecem suas leis.

O principal objetivo do Estado Democrático de Direito, como o próprio nome já diz nada
mais é do que uma junção do Estado Democrático com o Estado de Direito. Contudo
mister se faz analisá-los de modo distinto, apesar de que vários doutrinadores não
conseguirem fazer a distinção entre um e outro. Com relação ao Estado de Direito no qual
pressupõe a subordinação de todo poder ao direito, ou seja, o governante esta submetido
ao direito mesmo ele criando ou não as leis. No entanto, segundo Nunes (1991, p. 101) é
necessário que este Estado de Direito passe de um Estado formal e se torne um Estado
material, ou seja, que concretize os anseios da sociedade. Para que esse Estado passe do
formal para o material, é preciso a interferência da democracia, caracterizando assim o
Estado Democrático de Direito, instituído através de uma Constituição.

Sendo assim, percebe-se que se vivencia uma constante dominação, e o que na realidade
deveria ser usado como meio de limitar o Poder Político, qual seja, a elaboração de leis,
uma Constituição rígida que respeite os ideais democráticos, o contrário pode ocorrer,
pois, como já conhecido, a dominação deixa os povos á mercê do poder político, visto
que exerce sua força de dominação até mesmo sobre a forma de Estado democrático.
Diante do exposto, valem as considerações realizadas por ZIMMERMAN (2002, p. 64-
65) sobre algumas características desse Estado de modo a correlacionar os ideais de
democracia e de limitação do poder estatal. Dentre as importantes características
apontadas, destaca-se uma qual seja o “império da lei”, no sentido de legalidade que se
sobrepõe a vontade governamental. Assim, segundo ele, uma das principais
características do Estado Democrático de Direito é a imperatividade da lei sobre os atos
dos governantes.

Tendo em vista que é o governante quem exerce o poder, sendo que o cidadão possui
apenas a legitimidade formal, qual consiste em eleger o detentor do poder, mas, após as
eleições o cidadão perde sua legitimidade. Deste modo, alguns Estados possuem
mecanismos próprios para que se exijam algumas prestações ou fiscalize os abusos de
poder, mas, com um povo onde a dominação impera poucas vezes se observam a
utilização desses mecanismos. Frente a essas considerações, pode-se dizer que as leis
limitam o poder político? Como é estabelecido esse poder, sendo que os próprios
governantes é que elaboram as leis? Sobre essas questões, importante as considerações
feitas por Bobbio:
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Por inclusividade se entende a possibilidade de intervir, de
modo imperativo, em todas as esferas possíveis da atividade
dos membros do grupo e de encaminhar tal atividade ao fim
desejado ou de a desviar de um fim não desejado, por meio
de instrumentos de ordenamento jurídico, isto é, de um
conjunto de normas primárias destinadas aos membros do
grupo e de normas secundárias destinadas a funcionários
especializados, com autoridade para intervir em caso de
violação daquelas. Isto não quer dizer que o poder político
não se imponha limites. Mas são limites que variam de uma
formação política para outra. (BOBBIO, 1998, p. 957).

Percebe-se que segundo Bobbio, seja possível a limitação do poder através de


instrumentos do ordenamento jurídico, instrumentos esses que estão presentes de forma
explícita no Estado Democrático de Direito. Contudo, ainda de acordo com o que foi dito,
os limites do poder político, variam conforme a formação política de cada Estado.

7.1. Estado de Direito

É um conceito do mundo jurídico que define o que é um sistema institucional, ou


seja, determina que em uma nação todos estejam submetidos ao que determina o direito.
Assim, os cidadãos e cidadãs submetidos a um estado de direito devem respeitar as
normas estabelecidas pela sociedade na qual estão inseridos bem como tem seus direitos
fundamentais garantidos.

Ao entrar em contato com o termo Estado de Direito usualmente associamos


diretamente às pessoas comuns que vivem em determinada sociedade, no entanto, o
estado de direito garante também que os políticos que exercem cargos nestas sociedades
estejam submetidos a uma legislação vigente, ou seja, o estado de direito garante que os
políticos não o violem, mas sim estejam submetidos ao conjunto de leis e normas. Os
estados são divididos nos três poderes: executivo, legislativo e judiciário, em que todos
são independentes e limitados um pelo outro. O Estado de direito, desta forma, é o oposto

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do autoritarismo, em que um poder se sobrepõe aos outros e que os dirigentes violam os
códigos do contrato social e se colocam acima daquilo que determina o Estado de Direito.

Desta forma entende-se que o estado de direito é um dos principais pilares de uma
sociedade contra os abusos de poder e o autoritarismo. Na segunda metade do século XX,
em especial, o Estado de Direito passou a significar a base de uma democracia. Cidadãos
que defendem os regimes democráticos em contextos de governos autoritários
costumeiramente defendem o Estado de Direito, ou seja, defendem a garantia do
funcionamento das instituições. O Estado de Direito, portanto, é o contrário do uso da
força de forma arbitrária. O que se pode interpretar é que não só as pessoas como também
– e principalmente – os governos estão submetidos a ele e devem obedecer ao conjunto
de leis e normas e serem regulados por elas.

Há diversos segmentos da sociedade que defendem o Estado de Direito, de


diferentes direcionamentos políticos e ideológicos. Se por um lado a economia de
mercados necessita do pleno funcionamento das instituições e, portanto, da garantia de
um Estado de Direito, por outro os grupos que defendem a justiça social e os direitos
humanos também reivindicam um Estado de Direito contra regimes autoritários. Assim
sendo, o entendimento do conceito é plural e cabe em diversas interpretações de mundo,
sendo, portanto um guarda-chuva para diversas ideologias que entendem que a garantia
de um estado de direito é o mais básico e fundamental de uma sociedade. Defensores
da democracia, da economia liberal, dos direitos humanos, todos entendem a importância
do estado de direito.

Este é um conceito bem definido que serve para orientar a organização da sociedade e dar
segurança às democracias. O Estado de Direito muito comumente está atrelado a um outro
conceito, o de Estado Social, e, desta forma, entende-se que nesse contexto há a garantia
de direitos fundamentais. No mundo ocidental atual a garantia de direitos fundamentais
está diretamente relacionada a garantia de liberdades: liberdade pessoal, liberdade política
e liberdade econômica e, dessa forma, demonstra-se a complexidade da aplicação do
conceito, que garante a ação do Estado, mas que, ao mesmo tempo, garante as liberdades
individuais, ou seja, coloca-se contra a intervenção estatal. Os estados, portanto, são
regulados entre o pacto coletivo firmado pelo regime de leis, e as liberdades burguesas
individuais.

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Na segunda metade do século XX a América do Sul viveu sob regimes
autoritários. Foi no final do mesmo século que países como Chile, Argentina e Brasil
viram-se em processos de redemocratização. Nestes contextos o apelo a um Estado de
Direito passou a ser constante. No Brasil a principal marca do pacto social firmado é a
Constituição Cidadã de 1988, que afastou o autoritarismo do poder, colocou novamente
os governantes sob a legislação vigente e não acima dela, e garantiu direitos básicos e
fundamentais à população.

Com a ascensão de governos autoritários pelo mundo nas primeiras décadas do século
XXI o Estado de Direito entrou na pauta dos debates diários.

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8. Conclusão

O trabalho em questão aborda sobre a teoria de separação de poderes de John


Locke e Charles Montesquieu, teoria esta que é um modelo político que visa à melhor
governança de um Estado pela fragmentação do seu poder em órgãos distintos e
independentes, cada qual especializado em um aspecto ou área de governo.

Este observa também a sua origem, o valor da separação destes poderes, o fundamento
da limitação dos poderes políticos e os estados de Direito.

A separação de poderes é bastante importante pois ela da uma garantia efetiva de


alternância no exercício do poder, isto é, como o poder não está somente em determinado
“órgão” ou “pessoa”, este não poderá realizar ações nas esferas de poder visando seu
interesse pessoal, não poderá de forma autoritária permanecer no poder, muito menos
alterar forma e sistema de governo. A limitação deste poder e feita através de instrumentos
do ordenamento jurídico, instrumentos esses que estão presentes de forma explícita no
Estado Democrático de Direito.

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9. Referências Bibliográficas

 ARISTÓTELES. A Política. São Paulo: Martins Fontes, 2001;


 BOBBIO, Norberto. Dicionário de política I Norberto Bobbio, Nicola Matteucci e
Gianfranco Pasquino; trad. Carmen C, Varriale et ai.; coord. trad. João Ferreira; rev.
geral João Ferreira e Luis Guerreiro Pinto Cacais. - Brasília: Editora Universidade de
Brasília, 1 la ed., 1998;
 LOCKE, John. Segundo Tratado sobre o Governo Civil. Trad. Alex Marins,
São Paulo. Martin Claret: 2003;
 MONTESQUIEU, Charles de Secondat. O Espírito das Leis. Introdução, trad.
e notas de Pedro Vieira Mota. 7ª ed. São Paulo. Saraiva: 2000;
 VIEIRA, Oscar Vilhena. Estado de Direito. In: Enciclopédia Jurídica da
PUCSP. Disponível em: https://enciclopediajuridica.pucsp.br/verbete/78/edicao-
1/estado-de-direito Acesso em 30 de dezembro de 2020.

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