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MOÇAMBIQUE
CURSO DE DIREITO
Docente:
Grácio Muchanga
Beira
2021
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INSTITUTO SUPERIOR DE COMUNICAÇÃO E IMAGEM DE
MOÇAMBIQUE
Curso: Direito
Discentes:
Constância Dulce M. Jorge
Erica Jeque
Félix José Daniel
Lúcia Marlene
Beira
2021
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Índice
Introdução ..................................................................................................................... 1
Conclusão.................................................................................................................... 11
Referências .................................................................................................................. 12
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1. Introdução
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2. Teoria de separação de poderes
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Presidente dialoga diretamente com o Legislativo, tendo o poder de sancionar ou
rejeitar uma lei aprovada pelo Congresso Nacional.
Para te ajudar a entender, preparamos três vídeos sobre o que faz cada um dos
cargos do executivo.
O Judiciário tem como função interpretar as leis e julgar os casos de acordo com
as regras constitucionais e leis criadas pelo Legislativo, aplicando a lei a um caso
concreto, que lhe é apresentado como resultado de um conflito de interesses.
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3. MECANISMOS DE FREIOS E CONTRAPESOS
Todo homem que detém o poder tende a abusar dele, afirma Montesquieu.
Seguindo o pensamento dessa corrente, tudo estaria perdido se o poder de fazer as
leis, o de executar as resoluções públicas e o de punir crimes ou solver pendências
entre particulares se reunissem num só homem ou associação de homens.
A separação dos poderes, portanto, é uma forma de descentralizar o poder e evitar
abusos, fazendo com que um poder controle o outro ou, ao menos, seja um
contrapeso. Vamos exemplificar:
Esse mecanismo assegura que nenhum poder irá sobrepor-se ao outro, trazendo
uma independência harmônica nas relações de governança. Existem diversas
outras medidas de relacionamento desses poderes tendo sempre como escopo o
equilíbrio.
Tendo em mente o que é o princípio da separação dos poderes, podemos afirmar que este
possui ligação com o princípio democrático, com a forma republicana de governo.
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5. Importância da Separação de Poderes
Outra importância que se constata com a separação dos poderes é a garantia de efetividade
dos direitos fundamentais dos indivíduos. A Constituição faz previsão das competências
de cada poder e inclusive faz previsão da instituição do Ministério Público para evitar
desrespeitos e arbítrios aos direitos.
Caso haja edição de lei pelo poder Legislativo que cujo conteúdo viole a Constituição
Feral, os indivíduos poderão por meio do controle difuso recorrer ao poder Judiciário,
bem como pode o Judiciário apreciar tal questão ao ser provocado por meio do controle
concentrado.
Veja que as garantias, direitos e ações e mecanismos que a Constituição prevê tem uma
ligação, de forma que tudo caminha para consagração de um Estado Democrático de
Direito.
Ora, vemos de logo uma das importâncias em se manter a separação dos poderes dentro
de um Estado Democrático de Direito. Há uma garantia efetiva de alternância no exercício
do poder, pois como o poder não está somente em determinado “órgão” ou “pessoa”, este
não poderá realizar ações nas esferas de poder visando seu interesse pessoal, não poderá
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de forma autoritária permanecer no poder, muito menos alterar forma e sistema de
governo, forma de Estado etc.
Numa primeira análise, é necessário sublinhar que não se pode confundir separação
de poderes com a divisão do Estado, pois este é uno e indivisível.
Através dos seus representantes, o povo expressa a sua vontade como uma
unidade política;
As leis são elaboradas visando atender a este conjunto de vontades que pretende
representar a vontade geral ou maioritária de uma dada sociedade;
O poder político, tem como elemento principal a força, não que isto significa dizer que
o poder político sempre é exercido através da força física. Principalmente, no Estado atual
o poder político vem sendo exercido de diversas formas, no qual caracteriza ainda, a
manipulação e domínio da sociedade. No Estado Democrático de Direito, essa força na
qual impõe a subordinação do povo vem da própria lei, assevera BAKUNIN que “apesar
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da constituição política ser igualitária, é a burguesia que governa, e é o povo, operários e
camponeses, que obedecem suas leis.
O principal objetivo do Estado Democrático de Direito, como o próprio nome já diz nada
mais é do que uma junção do Estado Democrático com o Estado de Direito. Contudo
mister se faz analisá-los de modo distinto, apesar de que vários doutrinadores não
conseguirem fazer a distinção entre um e outro. Com relação ao Estado de Direito no qual
pressupõe a subordinação de todo poder ao direito, ou seja, o governante esta submetido
ao direito mesmo ele criando ou não as leis. No entanto, segundo Nunes (1991, p. 101) é
necessário que este Estado de Direito passe de um Estado formal e se torne um Estado
material, ou seja, que concretize os anseios da sociedade. Para que esse Estado passe do
formal para o material, é preciso a interferência da democracia, caracterizando assim o
Estado Democrático de Direito, instituído através de uma Constituição.
Sendo assim, percebe-se que se vivencia uma constante dominação, e o que na realidade
deveria ser usado como meio de limitar o Poder Político, qual seja, a elaboração de leis,
uma Constituição rígida que respeite os ideais democráticos, o contrário pode ocorrer,
pois, como já conhecido, a dominação deixa os povos á mercê do poder político, visto
que exerce sua força de dominação até mesmo sobre a forma de Estado democrático.
Diante do exposto, valem as considerações realizadas por ZIMMERMAN (2002, p. 64-
65) sobre algumas características desse Estado de modo a correlacionar os ideais de
democracia e de limitação do poder estatal. Dentre as importantes características
apontadas, destaca-se uma qual seja o “império da lei”, no sentido de legalidade que se
sobrepõe a vontade governamental. Assim, segundo ele, uma das principais
características do Estado Democrático de Direito é a imperatividade da lei sobre os atos
dos governantes.
Tendo em vista que é o governante quem exerce o poder, sendo que o cidadão possui
apenas a legitimidade formal, qual consiste em eleger o detentor do poder, mas, após as
eleições o cidadão perde sua legitimidade. Deste modo, alguns Estados possuem
mecanismos próprios para que se exijam algumas prestações ou fiscalize os abusos de
poder, mas, com um povo onde a dominação impera poucas vezes se observam a
utilização desses mecanismos. Frente a essas considerações, pode-se dizer que as leis
limitam o poder político? Como é estabelecido esse poder, sendo que os próprios
governantes é que elaboram as leis? Sobre essas questões, importante as considerações
feitas por Bobbio:
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Por inclusividade se entende a possibilidade de intervir, de
modo imperativo, em todas as esferas possíveis da atividade
dos membros do grupo e de encaminhar tal atividade ao fim
desejado ou de a desviar de um fim não desejado, por meio
de instrumentos de ordenamento jurídico, isto é, de um
conjunto de normas primárias destinadas aos membros do
grupo e de normas secundárias destinadas a funcionários
especializados, com autoridade para intervir em caso de
violação daquelas. Isto não quer dizer que o poder político
não se imponha limites. Mas são limites que variam de uma
formação política para outra. (BOBBIO, 1998, p. 957).
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do autoritarismo, em que um poder se sobrepõe aos outros e que os dirigentes violam os
códigos do contrato social e se colocam acima daquilo que determina o Estado de Direito.
Desta forma entende-se que o estado de direito é um dos principais pilares de uma
sociedade contra os abusos de poder e o autoritarismo. Na segunda metade do século XX,
em especial, o Estado de Direito passou a significar a base de uma democracia. Cidadãos
que defendem os regimes democráticos em contextos de governos autoritários
costumeiramente defendem o Estado de Direito, ou seja, defendem a garantia do
funcionamento das instituições. O Estado de Direito, portanto, é o contrário do uso da
força de forma arbitrária. O que se pode interpretar é que não só as pessoas como também
– e principalmente – os governos estão submetidos a ele e devem obedecer ao conjunto
de leis e normas e serem regulados por elas.
Este é um conceito bem definido que serve para orientar a organização da sociedade e dar
segurança às democracias. O Estado de Direito muito comumente está atrelado a um outro
conceito, o de Estado Social, e, desta forma, entende-se que nesse contexto há a garantia
de direitos fundamentais. No mundo ocidental atual a garantia de direitos fundamentais
está diretamente relacionada a garantia de liberdades: liberdade pessoal, liberdade política
e liberdade econômica e, dessa forma, demonstra-se a complexidade da aplicação do
conceito, que garante a ação do Estado, mas que, ao mesmo tempo, garante as liberdades
individuais, ou seja, coloca-se contra a intervenção estatal. Os estados, portanto, são
regulados entre o pacto coletivo firmado pelo regime de leis, e as liberdades burguesas
individuais.
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Na segunda metade do século XX a América do Sul viveu sob regimes
autoritários. Foi no final do mesmo século que países como Chile, Argentina e Brasil
viram-se em processos de redemocratização. Nestes contextos o apelo a um Estado de
Direito passou a ser constante. No Brasil a principal marca do pacto social firmado é a
Constituição Cidadã de 1988, que afastou o autoritarismo do poder, colocou novamente
os governantes sob a legislação vigente e não acima dela, e garantiu direitos básicos e
fundamentais à população.
Com a ascensão de governos autoritários pelo mundo nas primeiras décadas do século
XXI o Estado de Direito entrou na pauta dos debates diários.
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8. Conclusão
Este observa também a sua origem, o valor da separação destes poderes, o fundamento
da limitação dos poderes políticos e os estados de Direito.
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9. Referências Bibliográficas
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