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Cronograma de Estudos – I.E.

Thiago Camargo Comelli

 Hans Kelsen – Pai da ciência jurídica e da Teoria Pura do Direito.


 Teoria Pura do Direito:

Direito Moral
Norma Valor

 De acordo com Kelsen, as duas áreas (Direito e Moral) são distintas, são
dois campos separados.
 Kelsen quis tornar o Direito uma ciência. Para tanto, aplicou um estudo
com base sistemática.
 Kelsen era um Normativista/Positivista.

 Teoria Positivista – Direito ignorando os valores, utilizando-se


somente das normas jurídicas, decidindo assim se o Direito é válido ou
inválido; legal ou ilegal; constitucional ou inconstitucional. Não se vê
o Direito como certo ou errado; justo ou injusto; virtuoso ou vicioso.

 Direitos Positivos – Tratam-se dos direitos criados pelo homem,


vigente e válido dentro de um território, um direito imposto pelo Estado.

 Direitos Naturais - São os direitos que já existem, são partes da


natureza humana e não foram necessariamente criados pelo homem.

 Para Kelsen, os valores são variados, e não universais. Logo, a separação


da moral/valores da esfera normativa do Direito, pela abstração da moral
(alto grau de generalização, não é concreto).
 Kelsen afirma que o Direito deve estar na lei; O Direito deve estar de
acordo e fundamentar-se na norma superior. Dito posto, o Direito não é
válido se contrariar a norma superior.

 Pirâmide Hierárquica de Ordenamento Jurídico - Criada por


Kelsen, na qual o mesmo coloca a Constituição Federal acima de todas as
outras normas jurídicas (parafraseando a norma superior dita
anteriormente). Vale ressaltar que para a criação de outras normas
jurídicas abaixo da CF, as mesmas não podem ser contrárias a CF, ou
seja, a norma menor deve fundamentar-se na norma maior.

 Norma Hipotética Fundamental – Tal norma afirma que para que


uma norma seja criada, ela não deve contrariar a CF. Deve fundamentar-
se numa norma superior imediata. A norma hipotética fundamental é
pressuposta, logo, não está escrita. É última e mais elevada

 3°Bimestre – Hermenêutica Jurídica

 Trata-se de uma ciência (ciência essa dentro da ciência que é o Direito)


que se preocupa em estudar os métodos de interpretação da norma
jurídica.
 Engloba a interpretação (extrair um significado da norma), aplicação e
integração da norma jurídica.
 Não se pode deixar um caso sem resolução por falta de lei. Nesse
caso, entram outros métodos de interpretação, sendo a analogia um
exemplo destes.
 No sentido estrito – A Hermenêutica Jurídica corresponde a ciência que
trata da interpretação das normas.
 No sentido lato - A Hermenêutica Jurídica corresponde a interpretação,
integração e aplicação do direito. Trata-se da integração e aplicação
porque são processos relacionados com a interpretação, são fins. A
justificativa é didática e os processos são muito próximos.
 A interpretação é um processo, e a hermenêutica é a ciência que estuda
tal processo, lançando lhes princípios, teorias e métodos de
concretização. É uma ciência que busca sistematizar princípios, teorias e
métodos aplicáveis ao processo de interpretação. A Interpretação é o
processo/instrumento à determinação do sentido e do alcance das
normas.
 De acordo com Washington de Barros Monteiro, interpretar a norma é
determinar com exatidão seu verdadeiro sentido, descobrindo os
vários elementos significativos que entram em sua compreensão e
reconhecendo todos os casos a que se estende sua aplicação.

 Critérios para Classificação das Espécies de Interpretação:


 Quanto ao agente da interpretação, quanto ao resultado e quanto aos
métodos ou meios.
 A doutrina aponta várias classificações de interpretação. Esta é a mais
aceita dentre elas.

 Quanto ao agente da interpretação – Divide-se em autêntica,


jurisprudencial e doutrinária.
 Autêntica – É a interpretação produzida pelo mesmo órgão que construiu
a norma jurídica. Seria, ilustrativamente, a interpretação da norma pelo
Poder Legislativo por meio de nova norma. Devem ser leis de mesma
hierarquia e não podem ofender ao direito adquirido, ato jurídico perfeito
ou a coisa julgada. Um exemplo de interpretação autêntica seria a
definição das palavras CASA e FUNCIONÁRIO PÚBLICO (tais palavras
encontram-se explicadas explicitamente nas leis, permitindo assim uma
fácil interpretação por parte do agente do Direito em algum caso
específico).
 Jurisprudencial – É aquela produzida pelos tribunais a partir de
reiteradas decisões no mesmo sentido sobre determinada matéria. É feita
por desembargadores nos tribunais. Um exemplo desta seria um homicídio
por vingança ser considerado torpe (motivo repugnante) ou fútil.
 Torpeza X Futilidade – o motivo fútil seria um motivo banal, incapaz de dar
ao fato explicação razoável ou relevante ao fato em questão. Não é um
motivo injusto, mas sim uma motivação frívola e ridícula em suas
proporções. Ex. Atentar com a vida de outrem por razões frívolas, sem
sentido ou justificativa.
 Doutrinária – Interpretação proveniente dos juristas, doutrinadores,
pesquisadores e estudiosos do direito, com base em suas análises sobre
determinada norma. Embora a mesma não possua qualquer força
coercitiva, é inegável sua relevância na interpretação do Direito.
 Quanto ao Agente: Público (legisladores, Tribunais/jurisprudencial) e
Privado (doutrinadores).

 Quanto ao resultado da interpretação/ou sua extensão –


Divide-se em declarativa, extensiva e restritiva.
 Declarativa – É aquela que conclui corresponder a transparente
expressão linguística da norma à exata vontade e sentido da norma. A
letra da lei é a vontade do legislador.
 Extensiva – Tal interpretação é aquela que conclui ser a transparente
expressão linguística da norma menos ampla do que o exato sentido
observado pela norma, ou seja, a letra da lei diz menos que o necessário.
Neste caso é necessário interpretar a mesma de forma a ampliar o
sentido do texto legal. Ex. A bigamia é um crime. Logo, conclui-se que
num caso de poligamia também será considerado crime; é considerado
crime comprar objeto roubado. Porém, um menor de idade não comete
crime, mas sim ato infracional. Se um menor de idade estiver vendendo
então um objeto roubado, será crime compra-lo? Sim, pois é feita então
uma interpretação extensiva que considera o ato ilícito de qualquer forma,
mesmo sendo cometido por um menor de idade.
 Restritiva – É aquela que conclui ser a transparente expressão linguística
da norma mais ampla do que o exato sentido objetivado pela norma em
questão. A letra da lei diz mais que o pretendido, cabendo então ao
intérprete restringir o sentido do texto para que o mesmo atinja o sentido
pretendido. Ex. No caso de se ameaçar alguém ser considerado crime,
deve se presumir que o “alguém” em questão seja um indivíduo racional
que compreenda o sentido da ameaça em questão (logo, não irá se aplicar
a uma criança pequena ou alguém com transtornos mentais).

 Quanto aos Métodos de Interpretação: Divide-se entre


gramatical, lógico/racional, sistemático, histórico e teleológico:

 Gramatical – Trata-se da interpretação com base nas regras e métodos


linguísticos (buscando assim o sentido literal). Baseia-se na análise literal
do texto normativo e das palavras que o compõe.
 É a modalidade mais tradicional, sendo originária de interpretações
realizadas pelas antigas escolas de hermenêutica.

 Lógico/Racional – Busca interpretar a harmonia dentro da norma jurídica.


Analisa a coerência e significado no texto legal. Parte de um pressuposto
que de que a norma, após produzida, possui vontade própria.

 Sistemático – Busca interpretar a norma perante ao sistema jurídico,


buscando harmoniza-la com o mesmo; busca a harmonização sistêmica,
analisando de forma mais ampla que o método lógico (que realiza a
análise interna da norma), pois busca todo um sistema de normas
correlatas, buscando assim uma intepretação harmônica.
 É através desse método que se revela aos aspectos transformadores,
retificadores ou continuativos da norma recente com a ordem jurídica
respectiva.

 Histórico – Visa interpretar e analisar o momento histórico da elaboração


da norma, assim como todas as contingências que permearam sua
criação.
 Isso se faz visando uma interpretação que se adeque ao momento em que
se deva ser aplicada a norma (até para afastar a sua aplicação a
determinado caso concreto).

 Teleológico – Busca-se a finalidade da norma, devendo analisar assim os


fins da mesma, os fins almejados.
 O intérprete deve pesquisar os fins a que a norma objetiva, para que sua
interpretação não conspire contra essa finalidade.
 Atualmente, a Hermenêutica Jurídica destaca uma harmonização entre
os métodos Lógico-Sistemático e o Teleológico, formando assim um
todo unitário (após feita uma “aproximação” da norma com o método
gramatical).
 A interpretação não pode prescindir de observar a coerência interna
da norma (Lógico), assim como a harmonização com o sistema jurídico
em que ela se inclui (Sistemático), não olvidando conhecer o fim ao
qual ela se objetiva (Teleológico). Não podem haver contradições entre
os 3 métodos citados.

 Aplicação e Integração do Direito: Interpreta-se a norma para


aplicar então o Direito, sendo a lei inicialmente Abstrata e Geral.
 Abstrata/Geral – Aplica-se para todos, de uma forma geral e não
específica.
 O objetivo da interpretação é transformar a lei inicialmente Abstrata e
Geral numa lei Concreta e Individual.
 Deve-se concretizar e individualizar a norma para que se aplique a um
caso específico.
 No Direito, estuda-se primeiramente a parte abstrata e geral das leis, para
aí então chegar na parte da concretização (tal é um método passivo de
estudo, no qual inicia-se com a teoria para ir ao prático).
 Aplicar a norma a um caso (por meio de sentenças e decisões
administrativas), é tornar a mesma concreta;
 Conclui-se então que o intérprete submete um caso adequado à uma
norma abstrata, assim concretizando-a.

 Silogismo: Dois fatos conclusivos que levam à uma conclusão; duas


premissas, uma maior e outra menor (e no meio, uma média, entre
ambas); Ex. Toda empregada tem direito a 30 dias de férias (Maior); Maria
é empregada (Menor); Empregada (Médio).
 Deve-se aplicar a lei ativamente, interpretando-a de forma que melhor seja
aceita socialmente e seja justa. Deve-se visar o bem social maior.

 Integração do Direito: Nesse caso, existe uma lacuna que deve ser
preenchida na lei.
 O ordenamento jurídico é pleno; as lacunas encontram-se nas leis, sendo
que o próprio ordenamento fornece os meios para preenche-las. Com isso,
conclui-se que o ordenamento é autossuficiente, pleno e de ordem
jurídica.
 Classificam-se os modos de Integração de duas formas: Auto integração
e Hétero Integração.
 Auto Integração – A lei preenche uma lacuna recorrendo a outra lei, de
forma análoga, recorrendo a leis semelhantes para sanar a lacuna em
questão.
 Hétero Integração – forma de preenchimento que se encontra “fora da
lei”, por meio de costumes, princípios gerais e equidade.
 A integração das normas jurídicas não pode ser confundida com as
“fontes”, nem com os processos de “interpretação” do direito. Os
elementos de integração não constituem fontes porque não formulam
diretamente a norma jurídica, apenas orientam o aplicador para localizá-
las; a integração não se ocupa em definir o sentido e o alcance das
normas jurídicas. Uma vez assentada a norma aplicável, aí sim se
desenvolve o trabalho interpretativo.
 Logo, conclui-se que na interpretação, partimos da lei existente. Já na
integração, partimos da inexistência da lei.

 Meios para Sanar as Lacunas da Lei: A lacuna pode ser definida


como a ausência da lei num caso concreto. A lacuna existe quando um
fato não foi contemplado como pressuposto ou fato-tipo numa norma,
havendo então a falta de uma hipótese típica da qual o fato se inclui como
seu correspondente existencial concreto.

 Analogia – Trata-se da busca de uma norma semelhante, que discipline


da mesma maneira a lei em questão; um exemplo famoso de analogia é
no antigo meio de transporte ferroviário (que passou para rodoviário). Não
haviam leis para crimes (na época) que recaíssem sobre os meios
rodoviários, sendo então necessária a analogia para resolver os litígios;
trata-se da aplicar a um caso não previsto pelo legislador, uma norma
jurídica prevista para um outro caso fundamentalmente semelhante ao não
previsto.
 A doutrina distingue dois tipos de analogia (analogia legal e jurídica),
porém vale ressaltar que carece de qualquer valor prático tal doutrina e
nada se perde em dispensá-la. Por meios de praticidade maior, a analogia
é só uma.
 Exclusão da Analogia – Existem campos do Direito no qual é largamente
aplicado, porém devemos ressaltar que em alguns casos, existem
reservas à mesma nos seguintes setores:
 Âmbito Penal – Só será utilizada analogia em Bonam Partem, nunca para
prejuízo do réu; princípio da reserva legal (sem lei, não há crime); não
pode ser utilizada visando prejuízo do réu ou agravamento da pena da
situação ou pena do mesmo.
 Âmbito Tributário – Tributos dependem da lei; princípio da legalidade;
não se aplica também o procedimento analógico no Direito Fiscal, quando
for para impor tributos ou penas ao contribuinte; Ex. Um tributo de um
munícipio não pode ser imposto a outro que não o tenha (por meio da
analogia).
 Normas de Exceção – As quais restrinjam ou suprimam um direito (não
pode ser utilizada, pois claramente prejudicaria o réu).

 Costumes – Comportamentos reiterados, possuidores de elementos


objetivos (comportamento uniforme) e subjetividade (caráter de
obrigatoriedade); vale ressaltar que os costumes não revogam a lei.
Dividem-se em Praeter Legem (não regulado pela lei), Secundum Legen
(segundo/de acordo com a lei) e Contra Legen (contra a lei).

 4°bimestre - LINDB

 Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro:


 Disciplina a leis e seu âmbito de aplicação. Trata-se da lei das leis (tem
como objeto estabelecer normas sobre outras leis);
 Teve seu nome mudado por lei para evitar confusões (no caso, de ser
confundida como sendo aplicável apenas para o âmbito civil, sendo que a
mesma é na verdade aplicável para todas as leis, num sentido maior.
 Trata-se dos seguintes assuntos: Vigência e eficácia das normas
jurídicas, conflito de leis no tempo, conflito de leis no espaço critério
hermenêutico, critérios de integração do ordenamento jurídico e
normas de direito internacional privado.
 Vale ressaltar que é uma lei que introduz às leis, pois a mesma apresenta
princípios gerais sem quaisquer discriminações. Logo, é aplicável a todos
os ramos do direito.

 Conceito e Classificação – A lei nada mais é do que a norma


jurídica escrita, emanada do Poder Legislativo, trajada de caráter
genérico e obrigatório.
 1) Características:
 a) Generalidade ou Impessoalidade – Dirige-se a todos, indistintamente.
Abre exceções, contanto, para as leis formais ou singulares (lei que é
determinada para uma parcela específica de indivíduos) que não são
propriamente vistas como leis, mas sim como atos administrativos.
 b) Obrigatoriedade e Imperatividade – Seu descumprimento autoriza a
imposição de uma sanção.
 c) Permanência ou Persistência – Não se finda/exaure numa só
aplicação.
 d) Autorizante – Sua violação legitima o ofendido a pleitear indenização
por perda e danos.

 Segundo sua força obrigatória, as leis podem ser:


 a) Cogentes ou Injuntivas – Normas de ordem pública, imodificáveis por
vontade das partes ou do juiz (existe uma preocupação no que tange a
coletividade); são imperativas. Ex: Casamento (só é aceito pela lei um
casamento entre 2 pessoas, não mais).
 b) Subjetivas ou Permissivas – Lei dispositivas, que tutelam
patrimônios/contratos e que podem ser modificadas por vontade das
partes, sendo assim supletivas. Nesse caso, os direitos são estritamente
condizentes para com as partes, com casos que não afetam diretamente a
coletividade. Ex: Contratos.

 Segundo a intensidade da sanção, as leis podem ser:


 a) Perfeitas – Preveem como sanção sua violação, estabelecendo assim
uma consequência caso uma norma seja violada, a anulabilidade do ato
ou negócio jurídico caso sejam violadas.
 b) Mais que perfeitas – São as que preveem como sanção à sua violação
tanto a anulabilidade do contrato/negócio jurídico quanto uma pena
criminal. Ex: Bigamia (além do casamento ser anulado, tem-se uma pena
para o fato).
 c) Menos que perfeitas – Possuem uma “sanção” que gera uma
consequência diversa da nulidade ou anulabilidade. Ex. um jovem de
18 anos que se casa com uma senhora de mais de 80 anos. Neste caso a
comunhão será a de separação de bens (o contrato não será anulado pois
o casamento se manterá, porém terá uma sanção diversa que é a da
separação de bens ao invés da comunhão de bens).
 d) Imperfeitas – A violação dessas leis não acarreta qualquer
circunstância jurídica (ato não é nulo e o agente não é punido).
 2)Código, Consolidação, Compilação e Estatuto:
 a) Código – Conjunto de normas estabelecidas por lei. Trata-se da
regulamentação unitária de um mesmo ramo do direito. Ex: Código Civil e
Penal.
 b) Consolidação – Regulamentação unitária de lei preexistentes.
Conjunto de leis esparsas que são reunidas num só corpo. Vale ressaltar
que não podem ser objeto de consolidação medidas provisórias ainda não
convertidas em lei. A Consolidação apenas reúne as leis já existentes
(não as revoga e nem cria, como o Código faz). Ex: Consolidação das Leis
de Trabalho.
 c) Compilação – Consiste num repertório de normas organizadas pela
ordem cronológicas ou matéria.
 d) Estatuto - Regulamentação unitária dos interesses de uma categoria
de pessoas. Ex: Estatuto da Criança e Adolescente.

 Vigência da Normas:
 Dispõem o artigo 1° da LINDB que salvo disposição contrária, a lei começa
a vigorar em todo o país 45 dias após sua publicação oficial. No caso de
países estrangeiros, 3 meses depois da publicação oficial.
 Vacatio Legis – Trata-se do período que medeia entre a publicação de
uma lei e sua entrada em vigor no país. Esse tempo em questão é um
período no qual a sociedade se prepara para a lei.
 A Vacatio Legis é obrigatória em 2 casos: 1) Lei que cria ou aumenta
contribuição social para Seguridade Social. Neste caso, a lei só
passara a vigorar após 90 dias após sua publicação; 2) Lei que cria
ou aumenta tributo, só podendo vigorar após 90 dias de sua data de
publicação, devendo ainda ser observado o princípio da
anterioridade (podendo apenas vigorar no ano seguinte da data de
publicação).
 Forma de contagem:
 Quanto a contagem do prazo de vacatio legis, se incluí o dia da
publicação e o último dia.
 Prazo Material – Dia do começo (publicação) e final (dia seguinte ao dia
final).
 Prazo Processual – Exclui o dia do começo (caso caia num sábado, só
na segunda feira para vigorar); começa e termina em dia útil; não retroage,
ao contrário do prazo material.

 Correção da lei: Caso a lei ainda não esteja em vigor,


independentemente do dia que estiver na vacatio legis, contam-se os 45
novamente, da data da correção pra frente;
 Se já estiver vigorando, apenas o artigo alterado terá o prazo de 45 dias
de vacatio legis para realmente validar.

 Princípio da Obrigatoriedade: Ninguém se escusa de cumprir a lei;


de acordo com este princípio, uma vez em vigor a lei, toda as pessoas
indistintamente devem obedecer a lei, inclusive incapazes (pois a lei
dirige-se a todos.
 Princípio Juria Novit Curia: Princípio que expressa que o juiz
conhece a lei; “Dai-me os fatos que te dou a lei”; com esse princípio, torna-
se desnecessário provar a existência da lei para o juiz.
 Esse princípio comporta como exceções o direito estrangeiro, municipal,
estadual e consuetudinário (que provém dos costumes); O juiz possui
obrigação em conhecer as leis que provém do âmbito da União, não tendo
a obrigação de conhecer todas de âmbito estadual, municipal ou
costumes.
 As leis só podem ser revogadas por suas devidas competências. Ex: lei
municipal apenas pode ser revogada pelo município em questão, que
publicou a lei; Assis não pode admitir pena de morte, pois tal ato iria ferir o
Código Penal (que é de âmbito da União).
 Vale ressaltar que a União pode vir a iniciar uma emenda, visando alterar
a C.F, neste caso sendo então analisada a pena de morte em questão.

 Repristinação: Trata-se da restauração da vigência de uma lei


anteriormente revogada em virtude da revogação da lei revogadora.
 Lei A – B – C; a Lei A (vigente em 2015) foi revogada em virtude da lei B
(vigente em 2017). A lei C (advinda de 2018) então vem e revoga a lei B,
trazendo de volta o vigor da lei A.
 Não é admitida no direito brasileiro, salvo em caso expresso.

 Revogação da Norma: A norma jurídica perde sua validade em duas


hipóteses: revogação e ineficácia;
 Vale ressaltar que em certos casos a lei revogada pode manter sua
eficácia, como nos casos de direito adquirido, ato jurídico perfeito e
coisa julgada;
 Em contrapartida, existem os casos onde a lei em vigor não goza de
eficácia.
 A revogação é a cessação definitiva da vigência de uma lei em razão de
uma nova; apenas a lei revoga a lei, conforme ressalta o princípio da
continuidade das leis;
 Saliente-se que o legislador não pode inserir na lei uma proibição para
revogação da mesma.
 Revogação Total ou Parcial – Como o próprio nome demonstra, a
revogação pode ser total (ab-rogação) onde revoga-se totalmente ou
parcial (derrogação) quando se aproveita algumas partes da lei.
 Revogação Expressa – A lei indica expressamente os dispositivos que
estão sendo revogados.
 Revogação Tácita – Encontra-se implícita a revogação da lei; a nova lei é
incompatível com a anterior, contrariando-a de forma absoluta.
 Revogação Global – Ocorre quando a lei revogadora disciplina
inteiramente a matéria disciplinada pela lei antiga, englobando-a; os
dispositivos legais não repetidos são revogados, ainda que compatíveis
com a nova lei.

 Princípio da segurança e estabilidade social – Leis que devem


ser respeitadas, visando assim proteger as relações jurídicas constituídas
sob a égide da lei revogada.
 Direito Adquirido – Trata-se do direito que pode ser exercido desde já
por ter sido estabelecido anteriormente, encontrando-se incorporado ao
patrimônio jurídico da pessoa.
 Ato Jurídico Perfeito – Ato já consumado de acordo com a lei vigente ao
tempo em que se efetuou; vale ressaltar que a lei não pode retroagir caso
prejudique um direito (ato jurídico perfeito) para não causar insegurança
social.
 Coisa Julgada – Sentença julgada na qual não se cabe mais recurso.

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