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De acordo com os
aspectos introdutórios da avaliação psicológica, aponte:
23- Qual a diferença entre atestado e declaração? Todos os documentos devem ser
encerrados com indicação do local, data da emissão e carimbo.
DECLARAÇÃO= Consiste num documento escrito que tem a finalidade de
registrar, de forma objetiva e sucinta informações sobre a prestação de serviço.
I-Comparecimento da pessoa atendida ou seu acompanhante II-
Acompanhamento psicológico realizado ou em realização III Informações sobre
o tempo de acompanhamento, dias e horários. I- Título II-Nome da pessoa a ser
atendida, finalidade, informações sobre o local, dias e horários e duração do
acompanhamento. ATESTADO= consiste num documento que certifica, com
fundamento em um diagnóstico psicológico, uma determinada situação, estado
ou funcionamento psicológico. Também comunicar o diagnóstico de condições
mentais que incapacitam a pessoa atendida a :- Justificar faltas e impedimentos
- Justificar estar apto ou não para atividades específicas, após realização de um
processo de avaliação psicológica- Solicitar afastamento ou dispensa. As
informações deverão ser registradas em texto corrido, separadas apenas pela pontuação, sem
parágrafos, evitando, com isso, riscos de adulteração. I- Título II- Nome da pessoa a ser
atendida, nome do solicitante, finalidade, descrição das condições psicológicas. Fica facultado
ao psicólogo o uso do CID ou outras classificações de diagnóstico. Facultado também destacar,
ao final, que este não poderá ser utilizado para fins diferentes do apontado acima e que possui
caráter sigiloso.
24- Qual a diferença entre laudo e relatório psicológico?
RELATÓRIO= Consiste num documento que, por meio de uma exposição
escrita, descritiva e circunstanciada, considera condicionantes históricos e
sociais da pessoa, grupo ou instituição atendida, podendo também ter caráter
informativo. Visa a comunicar a atuação do psicólogo em diferentes processos
de trabalhos já desenvolvidos ou em desenvolvimento, podendo gerar
orientações, recomendações, encaminhamentos e intervenções pertinentes à
situação descrita no documento, não tendo como finalidade produzir
diagnóstico psicológico. Composto por 5 itens: I- Identificação II- Descrição da demanda
III- Procedimento IV-Análise V- Conclusão IV-Análise. Neste item devem constar, de forma
descritiva, narrativa e analítica, as principais características e evolução do trabalho realizado,
baseando-se em um pensamento sistêmico sobre os dados colhidos e as situações
relacionadas a demanda que envolve o processo de atendimento ou acolhimento, sem que
isso corresponda a uma descrição literal das sessões. A análise deve apresentar
fundamentação teórica e técnica. MULTIPROFISSIONAL: podendo ser produzido em
conjunto com profissionais de outras áreas, preservando-se a autonomia e a
ética. - Identificação - Descrição da demanda – Procedimento - Análise - Conclusão. IV-
Análise Neste item orienta-se que cada profissional faça sua análise separadamente,
identificando, com subtítulo, o nome e a categoria profissional V- Conclusão pode ser realizada
em conjunto, principalmente nos casos em que se trate de um processo de trabalho
interdisciplinar. LAUDO= É resultado de um processo de avaliação psicológica,
com a finalidade de subsidiar decisões relacionadas ao contexto que surgiu a
demanda. Apresenta informações técnicas e científicas dos fenômenos
psicológicos, considerando os condicionantes históricos e sociais da pessoa,
grupo ou instituição atendida. deve apresentar os procedimentos e conclusões gerados pelo
processo de avaliação psicológica, limitando-se a fornecer as informações necessárias e
relacionadas à demanda e relatar: o encaminhamento, as intervenções, o diagnóstico, o
prognóstico, a hipótese diagnóstica, a evolução do caso, orientação e/ou sugestão de projeto
terapêutico. I- Identificação II- Descrição da demanda III- Procedimento IV-Análise V-
Conclusão VI- Referências.
25- Descreva o que é a avaliação psicológica do tipo psicodiagnóstico?
É o uso adequado de testes, técnicas e formulação de hipóteses para possíveis
resultados de uma queixa/problemas psíquicos das áreas- Integrar dados:
▪Área cognitiva, ▪Área motora ▪Área social ▪Área biológica ▪Área psicológica
(afetiva, emocional) ▪Área psicológica (personalidade) ▪Área psicológica
(comportamentos).
26- Qual o objetivo do brincar na avaliação infantil? 1. Vincular a
avaliação/psicoterapia e o terapeuta a atividades agradáveis 2. Identificar recursos
potencialmente reforçadores para a criança 3. Avaliar o grau de desenvolvimento
da criança 4. Identificar conceitos e autor regras da criança 5. Explorar o
comportamento de brincar como uma forma indireta dela expressar sua maneira
de vivenciar o mundo 6. Avaliar a relação terapeuta-criança 7. Mostrar à criança
antecedentes e consequências de seus comportamentos e, assim, ajudá-la a
perceber situações próximas em seu ambiente externo 8. Treinar comportamentos
adaptativos.
27-Quais são os tipos de atividades que podem ser utilizadas na hora lúdica?
Explique qual o objetivo de cada uma. BRINCADEIRA LIVRE: início da
sessão para criar vínculo, ◦Recomendada para a observação do comportamento
em situação com pouca estruturação ◦Considera-se o brincar livre aquele menos
controlado e sem regras estabelecidas*, indicando que a criança pode usufruir do
espaço e dos recursos disponíveis, sem muita interferência do psicólogo •Não
pode se ferir, ferir terceiros, quebrar propositalmente os brinquedos •Psicólogo não
pode perder de vista seu objetivo ao observar e/ou participar da brincadeira •Pode-
se utilizar brinquedos estruturados ou não-estruturados •Importante fornecer
brinquedos que possam ser reconhecidos como parte do contexto da criança, para
que seja utilizado como uma alternativa eficaz ao relato verbal •Caso a criança não
conheça o brinquedo, ele deve ser apresentado – cuidado: não limitar o processo
imaginativo da criança!! •É fundamental não reproduzir estereótipos (meninas
brincam de bonecas e meninos de carrinho) •Cuidado também com a segurança:
peças pequenas, tóxicas, sujeira. LIVRO: ◦A leitura pode ser uma interação entre a
criança e o livro, facilitando a aquisição de uma visão crítica, As histórias precisam
possuir um paralelo com a realidade da criança, estimular sua imaginação, tornar
claras suas emoções etc. ◦Deve-se apresentar o livro de forma lúdica, para engajá-
la ◦Quem fará a leitura? Se for o psicólogo, pode usar diferentes entonações
vocais e expressões faciais ◦Qual objetivo da atividade: avaliar habilidade de
leitura, discutir um tema específico, analisar a percepção da criança sobre o
comportamento de um personagem específico etc. ◦Definir: leitura contínua,
dividida, com pausa entre questões chaves, discussão ao final. FILMES: ◦Com o
avanço das tecnologias, as crianças passaram a ser mais expostas à televisão do
que aos livros ◦Verificar a indicação da faixa etária (muito complexo para as
crianças mais novas ou muito infantis para as mais velhas) ◦Pode-se solicitar que
se assista o filme em casa (verificar a possibilidade com os pais) ◦Pode-se assistir
ao filme todo em sessão ou partes importantes, É possível utilizar os
comportamentos dos personagens como mote para discussão e identificar qual
julgamento a criança faz dos comportamentos apresentados ◦Observar situações
espontâneas da criança ◦O psicólogo pode tanto sugerir os filmes como precisar
assistir os filmes sugeridos, para compreender o universo da criança. JOGOS:
avaliar seguimento de regras, ◦Os jogos estão presentes em todas as tradições
culturais, fazendo parte da história da humanidade há muito tempo ◦Por meio dele
são transmitidos valores, possibilitam a socialização e o desenvolvimento da
autonomia ◦os jogos são vistos como uma atividade que simula um conflito, com
regras, normas, instruções e exceções, e que implica em um resultado ◦Pode
observar: se a criança apresenta contato visual adequado, se oferece ajuda para
guardar os materiais, se ajuda espontaneamente, se pede auxílio, se pede
permissão, se responde verbalmente quando solicitado, se pergunta quando não
compreende, se faz comentários positivos ou negativos, se consegue ceder, se
reclama, se exerce direitos, se é assertiva etc. ◦Também é possível observar:
atenção, compreensão, memória, raciocínio lógico, organização, controle inibitório
etc. ◦Sentimentos, consequências (ex.: prestar atenção e ter êxito – nem sempre
dependemos da sorte). AVALIAÇÃO DO MATERIAL ESCOLAR: ◦Importante
fonte de informações a respeito dos aprendizes e da criança em um contexto
diferente do avaliativo ◦Dados coletados: cuidados com bens pessoais,
organização, limpeza, ordem, escrita, pressão no papel, correções, autocorreção...
◦Cuidados: 1. Olhar o material como um todo, do começo ao fim, para se ter uma
ideia de sua completude 2. Folheá-lo de forma cuidadosa 3. O ideal é pedir para
que a criança o apresente, solicitando explicações de algumas situações: ◦(atividades
repetitivas ◦atividades sem realização ◦“bilhetes” da professora,
◦o que pensa sobre seu caderno/se tem autocrítica válida ◦atividades que se sente competente para
fazer, de que gosta e não gosta. ◦Excelente oportunidade para a criança/adolescente
justificar aspectos de seu material, desde situações vivenciadas em sala de
aula, pensamentos a respeito da escola, dinâmica familiar em momentos de
realização de lições de casa etc.◦Se possível, solicitar ao professor que
possibilite a análise do material de outras crianças (uma mais “adiantada”,
outra mais “atrasada” e outra “semelhante” – além de análise comparativa,
podemos compreender como o docente localiza seu aluno em termos de
progressos e retrocessos.
28-Quais são os principais pontos que devem ser observados na brincadeira livre?
◦Geralmente, o que elas vivenciam no seu contexto natural, como as
relações familiares, escolares, sociais, os papéis que identificam em sua
sociedade (médicos, professores, policiais, personagens de novelas etc.) ◦O
psicólogo infantil deve estar ciente que, nem sempre, o comportamento
apresentado pela criança é reflexo de seu grupo social ou familiar: as
mídias têm exercido um grande controle sobre o comportamento dos
menores, oferecendo modelos nem sempre aceitos pelas famílias, por
exemplo ◦Variáveis que modificam o brincar: idade, gênero, nível de
desenvolvimento, tempo e exposição ao
brinquedo, o próprio setting terapêutico: ◦Crianças em idade escolar e adolescentes,
geralmente, preferem brincadeiras estruturadas e com regras ◦Familiaridade da criança com
recursos lúdicos (brinquedo conhecido x desconhecido)
-----> 1. A criança escolhe os brinquedos sozinha ou espera indicação? 2. Quais
brinquedos seleciona? (conhecidos x desconhecidos; para sua idade, para
maiores, para menores?) 3. Faz com ordem? Justifica suas escolhas? 4. Tem
facilidade para escolher? 5. Muda frequentemente de brinquedo? Termina a
brincadeira para pegar outro? Em qual situação ocorre a mudança: quando
perde? 6. Demonstra atenção e concentração durante a brincadeira? 7. Só
manipula o brinquedo ou é capaz de simbolizar? 8. Brinca sozinha ou convida o
psicólogo para brincar? 9. Cria regras? Em qual momento? Segue-as? 10. Há
lógica e coerência no brincar? Tem início, meio e fim? 11. Cria personagens?
Quais suas características físicas e psicológicas? 12. Como a criança se
expressa: é agressiva em termos verbais? É agressiva em termos
comportamentais? 13. A linguagem é adequada? É infantilizada? É pobre ou
diversificada? 14. Demonstra capacidade de resolução de problema? 15. Faz
uso da criatividade? 16. Demonstra afeto e capacidade empática? 17.
Demonstra autocontrole? 18. Em geral, suas brincadeiras envolvem disputas,
cooperação, situações de desamparo etc.?
29- Por que é preferível que a brincadeira livre deva ser usada no início do
processo de AP? ◦De forma geral, o brincar é uma atividade que se dá de forma
espontânea e prazerosa ◦É um dos comportamentos mais rotineiros da vivência
infantil ◦Criança precisa de um contexto facilitador para que ele ocorra e se
tornem mais desenvolvidas e complexas ◦No setting terapêutico é um
importante método de acesso ao comportamento da criança e ao seu contexto
social, Possibilita a construção de vínculo e o estabelecimento da aliança
terapêutica (diminuindo o risco de abandono e maior engajamento da
criança)◦Por meio do brincar é possível avaliar o repertório comportamental da
criança e da família, possibilitando conhecer sua história de vida, de forma
indireta, acessando pensamentos e emoções ◦Possibilita desenvolver outros
repertórios e firmar seu próprio ponto de vista