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UNOPAR

SOCIOLOGIA LICENCIATURA

NOME

A IMPORTÂNCIA DAS CIÊNCIAS HUMANAS PARA A


COMPREENSÃO DA SOCIEDADE

Taguatinga/DF
2022
UNOPAR

NOME

A IMPORTÂNCIA DAS CIÊNCIAS HUMANAS PARA A


COMPREENSÃO DA SOCIEDADE

Produção Textual individual apresentado como requisito


da graduação do curso de Sociologia Licenciatura.

Orientadora: Prof.ª Cibelia Aparecida Pereira

Taguatinga/DF
2022
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO.......................................................................................................3
2 DESENVOLVIMENTO...........................................................................................4
3 CONCLUSÕES......................................................................................................7
REFERÊNCIAS.............................................................................................................8
ANEXOS.......................................................................................................................9
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1 INTRODUÇÃO

Após um recente acontecimento, que foi a tentativa de privatização


das Universidades Públicas, é essencial falarmos sobre a importância da educação
para a sociedade.
Por que devemos questionar esse e outros acontecimentos?
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2 DESENVOLVIMENTO

“Conhecimento: ato de perceber ou compreender por meio da razão


e/ou experiência”. O conhecimento é algo presente em toda história da Filosofia. Por
um motivo ou outro, o ser humano está sempre atrás do conhecimento. O
conhecimento traz segurança à sua existência, acredita-se que o desconhecido é
perigoso, imprevisível. Conhecer torna sua existência além de segura, mais
poderosa.
O ser humano tem um desejo natural de conhecer, assim como
outros desejos e necessidades (como, comer, ser amado, reconhecido e etc.).
Inicialmente devemos entender que tudo é um problema filosófico,
que geram dúvidas sobre o “funcionamento” de algo. Para Descartes duvidar é o
caminho para que possa chegar a algo verdadeiro. Esse pensador entendia que o
homem tem ideias inatas, ou seja, que sempre estiveram em sua mente.
No empirismo, vemos o contrário do racionalismo. Para Locke,
nenhuma ideia vai parar na mente, sem ter passado pelos sentidos. Ou seja, neste
caso para se obter o conhecimento é necessário a experiencia.
O fato de conhecer não é simples e óbvio. O problema filosófico é
muito amplo, como falamos sobre racionalismo e empirismo. Porém, esse problema
filosófico tem grande importância na sociedade, pois gera questionamentos, que
geram soluções e melhorias.

A emancipação humana é a quebra de correntes, que faz com que o


homem não tenha uma ideia fixa sobre algo. O que o faz questionar, que leva a
resoluções de conflitos e um entendimento melhor sobre situações da sociedade.
Prender-se a uma ideia fixa de algo é acreditar na verdade que
algum dia pensou por si só, mas ter a liberdade de pensar por conta própria nos faz
ter muitas opções de escolha.
Pensando nisso temos muitos exemplos para avaliar. Podemos
lembrar da ditadura militar no Brasil, onde era imposto o modo de se vestir, quais
músicas podiam tocar e até mesmo o que o professor podia falar em sala de aula.
Por isso a educação é tão importante para a compreensão da
sociedade. Estudar sobre fatos ocorridos nos leva ao questionamento, que é livre
graças a emancipação humana/política. “Um questionamento bem elaborado é um
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caminho que se abre, já uma questão não definida é a ausência de caminho”.


Refletir sobre a frase de Luis Fernando Crespo é o ponta pé para estudantes das
Ciências Humanas. A ciência é essencial para a compreensão da nossa sociedade e
para organização dela.
Questionar esses fatos faz com que menos casos iguais ocorram
novamente. Pensando como líderes políticos, a emancipação é algo perigoso e ruim.
Pessoas que questionam não aceitam qualquer coisa. Recentemente o governo Jair
Bolsonaro excluiu os cursos de humanas do edital de bolsas de Iniciação Científica
do CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico), o que
claro, gerou uma mobilização, fazendo com que a decisão não fosse tomada.
Para o professor José Álvaro Moisés, do Departamento de Ciência
Política da FFLCH, a decisão de corte das bolsas é uma clara indicação de um
aspecto da natureza do atual governo. “É uma decisão obscurantista, que vai contra
o significado e a importância da ciência. Os membros desse governo não têm
nenhum apreço, nenhuma preocupação, nenhuma relação com a perspectiva do
conhecimento, com a ideia de que o conhecimento fundamenta as ações, inclusive
as ações políticas.”
Há um temor escondido de que possa revelar aspectos do
funcionamento do governo que são considerados precários, já que a ciência qualifica
pessoas para se imporem em sociedade, para cooperar na criação de políticas
públicas para todos e não para privilégio de uns.
No dia 24 de maio desse ano, deputados da base do governo
Bolsonaro tentaram aprovar a PEC nº 206/19 que institui a cobrança de mensalidade
nas universidades públicas. Graças as mobilizações, foi suspensa a decisão, por
ora, para passar por audiências públicas. Mas isto é mais uma prova, recente, que o
governo não quer pessoas com conhecimento em sociedade. As universidades
públicas são as chances de várias “tribos” se misturarem, oportunidades essas que
antes não era possível, não so pela dificuldade de ingressar, mas principalmente
pelos preconceitos que foram e estão sendo quebrados graças a ciência, que
debate, que questiona e não aceita tudo que é imposto.
A educação em todos os seus aspectos é a principal forma do
indivíduo conseguir sua independência, pois é através dela que descobrimos coisas
desconhecidas, é através da educação que que quebramos as correntes da
imposição que foi criada para todos na sociedade.
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Libertar-se não é fácil, não é fácil para quem ensina e não é fácil
para quem está aprendendo. Sair da nossa zona de conforto dói, pois vemos duras
realidades que por vezes nós criamos e práticas involuntariamente. Nascemos em
um mundo onde tudo já estava imposto, onde já tinha o certo e o errado, o bom e o
mal.
A atuação do professor nesse momento de emancipação é
fundamental, mas não é de total responsabilidade dele, ele se faz apenas como
instrumento. Seu objetivo é fazer com que a dúvida seja criada, a intenção é que o
indivíduo tenha vontade de questionar. Daí, sim, o pensamento pode transformar a
realidade e encaminhar o homem para a emancipação.

“A saída do homem de sua menoridade, da qual


o culpado é ele próprio. A menoridade é a incapacidade de fazer
uso de seu entendimento sem a direção de outro indivíduo. O
homem é o próprio culpado dessa menoridade se a sua causa
não estiver na ausência de entendimento, mas na ausência de
decisão e coragem de servir-se de si mesmo sem a direção de
outrem.” (KANT, 2003, p. 115)

Todos carregam vivencias em si, não podemos dizer que uma


pessoa vê o mundo de um modo “neutro” por que todos estamos inseridos em
alguma estrutura social, nós ponderamos nossas decisões com base na nossa
colocação social.
Vivemos um momento que questionar ainda é tabu, que não é
prioridade, que ser diferente nem sempre é bom, que não há incentivo para
aprender, que momentos de marco social são facilmente esquecidos. Mas a questão
é que, as escolas precisam estar ali para plantar a semente da dúvida. Mesmo com
tantos empecilhos, com o governo tentando engessar as escolas, ainda é uma
esperança.
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3 CONCLUSÕES

Com base no exposto, compreendemos que o questionamento, a


dúvida é aliada no processo da emancipação humana. Que não devemos aceitar o
que é imposto, mas sim questionar. Apesar de existirem várias estruturas sociais,
deve-se analisar a sociedade como um todo, e através da educação isso será
possível.
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REFERÊNCIAS

CRESPO, Luís Fernando; et. al. Os pressupostos filosóficos e a educação. In:


CRESPO, Luís Fernando; et. al. Fundamentos da Educação. Londrina: Editora e
Distribuidora Educacional S.A., 2017.

AMBROSINI, Tiago Felipe. Educação e Emancipação Humana: uma fundamentação


filosófica. Revista HISTEDBR On-line, Campinas, Set. 2012, n. 47, p. 378-391.

COSTA, Claudia. As sociedades não evoluem sem as Ciências Humanas. Jornal da


USP. Maio, 2020. Disponível em: https://jornal.usp.br/cultura/a-sociedade-nao-
evolui-sem-as-ciencias-humanas/

PADILHA, Alexandre. Objetivo do governo Bolsonaro é desmontar e privatizar as


universidades públicas. Carta Campinas. Maio, 2022.

MOREIRA, Gilvander. Emancipação humana é possível? Jornalistas Livres.


Outubro, 2021.
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ANEXOS

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