➢ Sim: Fundacionalismo.
Posição que defende que o conhecimento proposicional não é possível. Por mais fortes que
sejam as nossas crenças e por melhores que nos pareçam as suas justificações, estas serão
sempre insuficientes.
Não é possível o sujeito apreender o objeto, não sendo possível qualquer conhecimento.
Argumento Cético
1. Se há conhecimento as nossas crenças estão justificadas.
2. As nossas crenças não estão justificadas.
3. Logo, não há conhecimento.
O fundador do ceticismo foi Pirro de Élis. Os princípios da sua obra são expressos pela palavra
acatalepsia que define a impossibilidade de se conhecer a própria natureza das coisas.
Na teoria da CVJ, todas as crenças são justificadas através de outras e o cético baseia-se nisso,
por tal dá-se o ceticismo.
Ceticismo Critico/Filosófico
É aquele que apresenta argumentos para justificar que o conhecimento não é possível.
Falacia: falsos dilemas “Amas ou odeias”, argumentos que parecem verdades e não são.
Vai recuando na cadeia das causas/justificações até uma crença que seja injustificada
C1 -> C2-> C3-> C4->… (Big Bang; Deus) são crenças arbitrárias/injustificáveis
Deus existe porque a bíblia assim o afirma. A bíblia assim afirma porque se baseia em
Deus.
A B
3. Regressão infinita
Concluindo o ceticismo, se as nossas crenças não são justificadas então o conhecimento não é
possível.
Sócrates disse: “Só sei que nada sei”, o que acaba por ser cético uma vez que já sabe alguma
coisa.
O que é a dúvida?
A dúvida é uma arma cética usada por Descartes, é metódica, método, é um caminho,
estratégia, meio, instrumento para alcançar um objetivo, fim e de certa forma afastar tudo
aquilo que não é verdadeiro.
Esta é pode ser:
Se houver uma crença que sobreviva a isto então podemos construir um saber sólido.
Descartes
Se o edifício do conhecimento parece estar assente em falsidades devemos “deitar
abaixo” e filtrar o que é verdade ou não.
Coloca em dúvida os sentidos, uma vez que os considera enganadores (argumento utilizado).
Este argumento serve para equacionar a hipótese de que todo o conhecimento a meu dispor é
um cenário que este Génio Maligno coloca a meu dispor.
Coloca em causa a existência de toda a realidade. E agora para ser mais incisivo coloca ainda
em causa o próprio corpo.
Percebemos que esta a levar
isto ao expoente máximo.
Descartes colocou tudo em dúvida, ou seja, ficou sem nada, e por tal afirma que na verdade
nada é certo.
Ao afirmar “Penso, logo existo”, supera o facto de nada saber, de duvidar de tudo uma vez que
diz que pensa e por sabe que existe.
Porem, existo enquanto um ser que pensa porque, pode dar-se o caso de, deixando de
pensar, deixe de existir.
Mas não está seguro do Res extensa. Res cogitous – coisa pensante
substância que pensa.
É absolutamente possível ter a certeza que se é uma mente sem ter a certeza que se é
um corpo. (A mente não precisa de estar em nenhum bem material.) Com isto
presume como consegue pensar na existência de mente sem pensar no corpo, então
são completamente distintas que podem existir independentes.
A alma é imortal, pois esta pode continuar mesmo que o corpo padeça.
No entanto, não conseguimos pensar sem cérebro.
Eu ser imperfeito, não posso ser o autor da ideia de perfeição que reconheço em mim,
uma vez que não tenho capacidade de criar o padrão de perfeição. Por outras palavras, o
Homem não pode dar origem à perfeição.
Quem pode o mais difícil, pode o menos difícil, isto é, os efeitos não podem ser
superiores as causas. No cartesiano o nada não pode dar a realidade.
Assim, a ideia de perfeição só pode ter sido colocada na minha mente por um ser
absolutamente perfeito que aí a deixou tal como um artista deixa a sua própria marca na sua
obra, esse ser é Deus, para tudo dizer numa palavra.
2º argumento: Deus tem de existir, por ser um ser perfeito, logo não pode exibir a
imperfeição de não existir.
Deu jeito a Igreja, pois encontraram um filosofo que justificava a existência de Deus.
O problema de Descartes é que ele confunde a ideia de perfeição com a própria imperfeição.
Deus não sendo um ser enganador não me fará acreditar que tenho um corpo se não tivesse,
por tal acaba de matar a ideia do Génio Maligno.
Argumento da marca, a
causa da ideia de perfeição.
Racionalismo cartesiano
A origem do conhecimento é a razão “a priori”.
Mesmo que um ser esteja privado do conhecimento apenas com as ideias inatas consegue ter
cogito, ideia de perfeição e acreditar que Deus existe.
Criticas/objeções a Descartes
1. O dualismo cartesiano, ao defender uma divisão/separação radical entre a
mente (alma) e corpo, não está devidamente fundamentada e o modo de
ligação entre ambos defendido por Descartes (glândula pineal) não tem
sentido.
2. Ao cogito como eu penso. No momento em que descobre que pensa, usa a
expressão “eu penso”, mas se coloca tudo em causa não seria possível afirmar
que é um “eu”. Na fase da descoberta do Cogito, Descartes (tendo levado a
dúvida ao máximo limite possível) não estava em condições de assumir a
existência de um “eu”. Um “eu” significa uma separação, individualização de
algo que, nesta fase, Descartes não está em condições de garantir. Por isso,
devia antes ter dito “há pensamento”.
3. Critica às provas cartesianas da existência de Deus. Descartes, argumenta que
um ser imperfeito é por natureza incapaz de gerar algo mais perfeito, o que é
discutível. Por isso, alega que apenas um ser absolutamente perfeito pode ser
o autor da ideia de perfeição, confundido essa mesmo ideia com a perfeição
propriamente dita (se é que tal existe).
4. Ao círculo cartesiano. Descartes encontra no Cogito a sua 1ªcrença básica, a
partir da qual conclui a existência de Deus.
Deus, por sua vez, é fundamental no pensamento cartesiano, na medida em
que é o garante das outras crenças básicas, nomeadamente da confiança na
razão, na descoberta de verdades. Na medida em que justifica Deus a partir do
Cogito e a confiança no cogito a partir de Deus, Descartes incorre num
argumento circular.
Falácia
David Hume
Empirismo humano, vai buscar a sua tese a:
✓ Aristóteles (nada está na mente sem que primeiro tenha passado pelos
sentidos).
✓ Locke (a mente é uma tábua rasa)
As crenças básicas para David são as que provem diretamente da nossa experiência sensível
imediata. (exs. Visuais, auditivas) e é o que funciona como uma crença completamente
“indiscutível”.
Não põe nada em dúvida, porque considera que a mente está vazia.
O caminho do conhecimento, para David, é aquele que vem do exterior, que nos impressiona
de alguma forma através dos sentidos, sendo a porta direta para o conhecimento, mente.
São de 2 tipos: