Ernst Fischer foi um ideólogo e teórico comunista, crítico da arte do
século XX. Em seu livro “A Necessidade da Arte” escrito em 1959, o autor usa seu olhar crítico e diz que a função da arte não é apenas entender o mundo ao redor, já que a arte a arte vem de dentro de si e das experiencias de um indivíduo. O capítulo começa citando Mondrian, que dizia que a arte se tornaria dispensável à medida que o homem encontra seu equilíbrio. Porém segundo Fischer, isso é impossível, pois a arte nunca desaparecerá. A necessidade de se sentir um homem total, uma plenitude impedida pelas limitações humanas, faz o homem não se satisfazer com a sua própria existência, portanto a arte é o meio necessário para a união entre o indivíduo e o todo. Ele diz que a arte é resultado da relação entre a realidade e a abordagem feita para representar essa realidade, de forma que o resultado seja visivelmente diferente da realidade empírica. No início, a arte era um conjunto de áreas presentes no interior daquilo que era entendido como arte e se desenvolveu conforme o tempo e se transformou em uma ferramenta capaz de influenciar a sociedade atual, mas nunca seria uma representação exata da realidade. Como conclusão, o Fischer afirma que “a arte é necessária para que o homem se torne capaz de conhecer e mudar o mundo. Mas a arte também é necessária em virtude da magia que lhe é inerente.” Uma parte que eu discordo seria quando o autor argumenta que o processo de produção não é feito baseado apenas na emoção ou inspiração, e sim é preciso de uma série de métodos e técnicas para produzir uma arte, sendo que cada um faz sua própria arte independentemente da idade, nível de educação ou nacionalidade, toda arte deve ser válida e lida como arte.