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ELETRICIDADE CC

Aula 02 – Eletrostática

Prof. David Nascimento Coelho


davidcoelho89@gmail.com

Atualização
Prof. Fco Mauro Parente de Albuquerque
Prof. Gilmar Lopes Ribeiro

Fortaleza - CE
2017
Sumário

Apresentação ........................................................................ 03

Tópico 1 – Continuando com os estudos...............................04

Tópico 2 – Grandezas eletrostáticas .................................... 08

Tópico 3 – Campo elétrico uniforme .................................... 11

Conclusão ............................................................................. 14

Referências ........................................................................... 15

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Apresentação

Nesta segunda aula da disciplina de Eletricidade CC,


continuaremos nossos estudos sobre eletrostática. Depois de
termos aprendido um pouco sobre força elétrica (Lei de Coulomb),
entenderemos o significado de campo elétrico, potencial elétrico,
diferença de potencial elétrico (d.d.p.) e, finalizando,
entenderemos como funcionam os capacitores eletrostáticos.

Vamos à aula!

Objetivos
 Compreender como acontece a interação das
partículas na presença de um campo elétrico.
 Compreender o potencial elétrico e como este pode
realizar trabalho elétrico.
 Conhecer como é formado um campo elétrico uniforme.

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Tópico 1 – Continuando com os estudos

Objetivo
 Compreender como acontece a interação das
partículas na presença de um campo elétrico.

Na primeira aula desta disciplina, conhecemos o princípio da


atração e da repulsão das cargas elétricas e como quantificar a
força de interação elétrica entre dois corpos carregados.
Continuando, veremos a influência de um corpo eletrizado na
presença de um campo elétrico.

1.1. Campo elétrico


Os efeitos elétricos
Você já percebeu que ao aproximar nosso braço da tela do que ocorrem nas
computador ou de outro dispositivo eletrônico ligado, este atrai os proximidades de
cargas elétricas são
pelos do nosso braço? Você sabe por quê? atribuídos à
existência de um
campo elétrico.

Esta atração ocorre porque as cargas do dispositivo eletrônico


produzem um campo elétrico. Você pode estar se questionando: “o
que é um campo elétrico?”.
A carga geradora do
campo é
denominada carga
Podemos definir campo elétrico como sendo região do espaço fonte (Q). Já uma
em torno de uma carga elétrica, que desempenha o papel de carga de valor
pequeno (que não
transmissor de interações entre cargas elétricas. Qualquer carga altere o campo
gerado pela fonte)
de prova inserida em uma região de campo elétrico, estará sujeita usada para detectar
o campo é chamada
a uma força de atração ou repulsão. carga de prova (q).

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O campo elétrico possui intensidade (valor), direção e sentido, ou
seja, é uma grandeza vetorial. Na figura 2.1, temos o efeito do
campo elétrico gerado pela carga Q.

Figura 2.1 - Efeito do campo elétrico gerado pela carga Q.


Fonte: Autor desconhecido

O vetor campo elétrico, gerado por uma carga Q atuando em uma


carga q, é definido por:

Assim, utilizando a equação da força elétrica, seu módulo terá


valor de:

k ≅ 9 x109 Nm 2C2
Q é medida em
Coulomb.
q é medida em
Coulomb (C).
d é medida em
metros (m).
O valor do campo elétrico dependerá da carga fonte (Q), da
distância (d) entre a carga fonte e a carga de prova (q), e da
constante eletrostática (k) que representa o meio onde as cargas
se encontram. Considerando que a força elétrica é medida em

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Newton (N) e a carga elétrica é medida em Coulomb (C), a unidade
de medida do campo elétrico é Newton/Coulomb (N/C).

1.2. Linhas de força

Como foi dito anteriormente, o campo elétrico é uma grandeza


vetorial, então quer dizer que utilizarmos apenas o módulo para
representá-lo não é suficiente. Desta forma, utilizam-se as linhas
de força para representar a direção e o sentido do campo elétrico.

Por convenção (como representado na figura 2.2), quando o campo


elétrico for formado por cargas positivas, ele terá um sentido de
Em outras palavras,
afastamento. Por outro lado, se a carga geradora de campo as linhas de força
“saem” da superfície
elétrico for negativa, ele terá um sentido de aproximação. das fontes geradoras
positivas, e “chegam”
na superfície das
fontes geradoras
negativas.

Figura 2.2 - Linhas de força do campo elétrico


Fonte: Autor desconhecido

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Considerando a convenção, quando uma carga de prova (q) é
abandonada em um campo elétrico, a direção da força elétrica
atuando em (q), coincidirá sempre com a linha de força do campo
elétrico.

Por outro lado, o sentido da força elétrica em (q) será o mesmo do


campo elétrico, caso a carga de prova seja positiva. De forma
análoga, a força elétrica será contrário ao campo elétrico caso a
carga de prova seja negativa (como podemos verificar na figura
2.3).

Figura 2.3 - Direção e sentido do campo e da força elétrica


Fonte: Autor desconhecido

Você recorda que falamos que o campo elétrico é uma grandeza


vetorial? Para entender essa afirmação, observe a figura 2.4, onde
o ponto (P), de uma determinada região do espaço é influenciado
pelas cargas QA e QB.

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Figura 2.4 - Campo elétrico
Fonte: Autor desconhecido

O campo elétrico resultante é dado pela soma dos dois vetores EA


e EB, resultando um vetor soma E P provocado pelas cargas
elétricas QA e QB.

Tópico 2 – Potencial elétrico e trabalho

Objetivo
 Compreender o potencial elétrico e como este pode realizar
trabalho elétrico.

Na mecânica, por convenção, dizemos que trabalho é a quantidade


de energia transferida para um corpo em razão da aplicação de uma .
força ao longo de um deslocamento, ou seja, trabalho é igual à
força vezes deslocamento (Trabalho = Força x Deslocamento). A
figura 2.5 exemplifica esta definição.

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Figura 2.5 - Trabalho de uma força
Fonte: http://goo.gl/GGYZfd

Este mesmo princípio é aplicado em eletricidade. Para entender


como funciona o trabalho realizado pelo campo elétrico, vamos
aprender três novos conceitos: Energia potencial elétrica, potencial
elétrico e diferencial de potencial elétrico.

2.1. Energia potencial elétrica

Quando colocamos uma carga de prova (q) em um campo elétrico,


dotamos o sistema (carga de prova e campo elétrico) de energia
potencial elétrica (EP), ou seja, a força elétrica está em condições
de realizar trabalho.

Desta forma, podemos calcular a energia potencial elétrica, através


da seguinte equação:

A unidade de medida
da energia potencial
elétrica é o Joule (J).

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2.2. Potencial elétrico

O potencial elétrico, mede o nível de energia potencial associada a


um ponto (P) qualquer do campo elétrico. Assim, o potencial elétrico
não depende da carga de prova (q), mas da carga fonte (Q).

A unidade de medida
Quando colocamos uma carga de prova em um ponto, esta adquire desta grandeza é o
Volt (V)
energia potencial (EP). Assim, o potencial elétrico (V) é definido
– Joules / Coulomb).
por:

Observação:
A primeira equação apresentada é mais geral, pois leva em
conta todo o potencial elétrico em um ponto. Já na segunda
equação, pressupõe-se que todo o potencial é vindo de apenas
uma carga (Q).

2.3. Diferença de potencial elétrica

Dado um potencial elétrico resultante no ponto A (VA) e o potencial


elétrico resultante no ponto B (VB), a diferença de potencial elétrica A unidade de medida
desta grandeza
(d.d.p.) entre esses dois pontos é dada por: também é o Volt (V –
Joules / Coulomb).

U = (VA - V B)

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Observação:
A diferença de potencial é mais conhecida por tensão elétrica.
Este conceito será muito importante não só para definir o
trabalho do campo elétrico, mas, também, para todo o restante
da disciplina (eletrodinâmica).

2.4. Trabalho em um campo elétrico

Definiremos agora o trabalho realizado em um campo elétrico.


Dado uma carga de prova (q), transportada do ponto A para o
ponto B por um operador. Durante esse transporte, as forças
elétricas do campo que atuam na carga elétrica (q) realizam um
(VA – VB) é a trabalho dado pela expressão:
diferença de
potencial entre os
pontos A e B. Assim,
a unidade de medida
da grandeza
trabalho é o Joule
(J).

Tópico 3 – Campo elétrico uniforme

Objetivo

 Conhecer como é formado um campo elétrico uniforme.

Até o momento, vimos como é gerado um campo elétrico em uma


região a partir de uma ou mais cargas elétricas. Porém, quando
medimos em dois pontos diferentes, pode-se haver diferença no
módulo, sentido ou direção.

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Ao contrário do campo elétrico qualquer, o campo elétrico uniforme,
é uma região no espaço onde o vetor representativo do campo
tem, em todos os pontos, a mesmo módulo, direção e sentido, ou
seja, o número de linhas de força que atravessam cada unidade de
área de um plano perpendicular a essas linhas é constante, como
podemos observar na figura 2.6:

Figura 2.6 - Campo elétrico constante.


Fonte: Autor desconhecido

Uma forma de conseguir gerar este tipo de campo elétrico seria


eletrizarmos duas placas condutoras planas e idênticas, sendo uma
com carga positiva e outra com carga negativa, e colocando-as de
frente uma para a outra, de modo que a distância entre elas seja
suficiente para criar um campo elétrico.

A figura 2.7 representa esta definição.

Com isso, tem-se um


campo elétrico
constante entre as
placas, e um campo
elétrico nulo fora
desta região.

Figura 2.7 – Campo elétrico entre duas placas


Fonte: Autor desconhecido
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Um elemento de circuitos elétricos que se baseia neste princípio é
Saiba mais sobre
campo elétrico o capacitor. Estudaremos melhor o funcionamento sobre este
uniforme:
elemento na aula 04.
http://goo.gl/Jt4dl9

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Conclusão

Nesta aula, finalizamos nosso estudo sobre eletrostática, onde


passamos a compreender sobre diversos conceitos que serão
essenciais para o estudo da eletrodinâmica.

Para aprofundar seus conhecimentos, pesquise em outras fontes,


revise os conceitos apresentados, realize anotações e resolva
exercícios.

Até a próxima aula!

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Referências

[1] ALEXANDER, C. K.; SADIKU, M. N. Fundamentos de


Circuitos Elétricos. 1ª ed. São Paulo: Bookman, 2003.

[2] EBAH. Disponível em: http://goo.gl/TmPEOk. Acesso: 10 set.


2014.

[3] FREITAS, J. A. L.; ZANCAN M. D. Eletricidade. Santa Maria:


Universidade Federal: Colégio Técnico Industrial de Santa Maria,
2008.

[4] RAMALHO JR., F.; FERRARO, N. G.; SOARES, P. A. T. Os


Fundamentos da Física 3. 9a Ed. São Paulo. Moderna Ltda.,
2008.

[5] SHARED. Disponível em: http://goo.gl/GPvxaK. Acesso 10 set.


2014.

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