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Jóias de 1 Reis 8

F. Israel reunido para dedicação do templo (8:1-66)


1. Arca trazida ao templo por sacerdotes aceitação de Jeová do templo é manifesta por enchê-lo de
nuvem depois que sacerdotes saem (8:1-13)
2. Salomão fala ao povo, ora pedindo favor de Deus abençoa povo, oferece sacrifícios e finalmente
despede assembléia no oitavo dia (8:14-66)

6:37-8:2 — Quando foi o templo inaugurado? Terminou-se a construção do templo no oitavo mês do


ano 1027 AEC, o décimo primeiro ano do reinado de Salomão. Pelo visto, trazer a mobília e cuidar
de outros preparativos levou mais 11 meses. O relato descreve outros projetos depois do término da
construção do templo e antes de mencionar sua inauguração, que deve ter ocorrido no sétimo mês
do ano 1026 AEC. Evidentemente, essa descrição serviu para concluir o relato sobre as obras de
construção. — 2 Crônicas 5:1-3.

8:22-53. Que apreço de coração Salomão demonstrou a Jeová — Deus de benevolência, Cumpridor de


promessas e Ouvinte de orações! Meditar na oração que Salomão fez ao inaugurar o templo
aumentará nosso apreço por esses e outros aspectos da personalidade de Deus.

Ore de coração
9, 10. O que você acha significativo nas referências ao coração que Salomão fez ao orar na inauguração do templo?

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 Para ser ouvida, a oração tem de vir do coração. Salomão fez uma oração assim, registrada
em 1 Reis, capítulo 8, diante de uma multidão reunida em Jerusalém para a inauguração do templo
de Jeová, em 1026 AEC. Depois que a arca do pacto foi colocada no Santíssimo e a nuvem de
Jeová encheu o templo, Salomão louvou a Deus.
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 Examine a oração de Salomão e note suas referências ao coração. Salomão reconheceu que
somente Jeová conhece o coração de uma pessoa. (1 Reis 8:38, 39) A mesma oração mostra que
há esperança para um pecador que ‘retorna a Deus de todo o seu coração’. Se um inimigo
capturasse os do povo de Deus, seus apelos seriam ouvidos se o coração deles fosse pleno para
com Jeová. (1 Reis 8:48, 58, 61) Certamente, pois, as nossas orações devem ser feitas de coração.
DE 1026 A 26 A.E.C
A dedicação do glorioso templo de Jeová, construído por Salomão, foi realizada no ano inicial do
quarto milênio. Este era meio caminho entre a criação de Adão e os nossos dias. Apropriadamente,
Salomão orou para que o templo em Jerusalém se tornasse casa de oração para todas as nações.
Mas, Jeová escolhera especialmente Israel como instrumento por meio do qual Ele revelaria Seu
propósito divino de restabelecer a humanidade, e por meio dele continuou a fornecer modelos
proféticos de acontecimentos futuros. — 1 Reis 8:1-66; Mar. 11:17.

Perguntas dos Leitores


Em que posição ficavam os varais para carregar a arca do pacto, visto que 1 Reis 8:8 indica
que era possível vê-los desde o Santo?
Quando Jeová deu a Moisés o projeto do tabernáculo no ermo, uma das particularidades principais
era a arca do pacto. Esta caixa retangular, coberta de ouro, continha as tábuas da Lei e outros
objetos. Era guardada no compartimento mais recôndito, no Santíssimo. Na tampa da Arca havia
dois querubins de ouro com asas estendidas. De cada lado da Arca havia argolas para que ela
pudesse ser carregada com dois varais feitos de madeira de acácia, recobertos de ouro. É lógico
que os varais passavam pelas argolas e por toda a extensão da Arca. De modo que, com a Arca no
seu lugar no Santíssimo do tabernáculo, cuja frente dava para o leste, os varais estavam
posicionados no sentido norte-sul. O mesmo se deu mais tarde quando a Arca estava no templo
construído por Salomão. — Êxodo 25:10-22; 37:4-9; 40:17-21.*
Uma cortina separava o Santíssimo do Santo (o compartimento externo). Os sacerdotes no Santo
não podiam olhar para dentro do Santíssimo e ver a Arca, sobre a qual Deus se apresentava.
(Hebreus 9:1-7) De modo que 1 Reis 8:8 pode parecer intrigante: “Os varais eram compridos, de
modo que as pontas dos varais eram visíveis desde o Santo na frente do compartimento mais
recôndito, mas não eram visíveis de fora.” O mesmo ponto é mencionado em 2 Crônicas 5:9. Como
podia alguém que estivesse no Santo do templo ver os varais?
Alguns têm imaginado que os varais tocavam na cortina, fazendo saliências visíveis. Mas isso não
se daria se os varais estivessem posicionados no sentido norte-sul, com a cortina em paralelo com
os varais. (Números 3:38) Há uma explicação mais razoável. Os varais talvez pudessem ter sido
vistos se houvesse uma pequena abertura entre a cortina e a parede do templo, ou quando o sumo
sacerdote tinha de entrar no Santíssimo. A cortina impedia qualquer vista da própria Arca, mas os
varais estendidos para cada lado talvez pudessem ser vistos pela abertura. Embora esta explicação
seja plausível, não podemos ser dogmáticos a respeito dela.
É evidente que há muitos pormenores que ainda podemos aprender. O apóstolo Paulo mencionou
alguns aspectos na sua carta aos hebreus. Comentou então: “Agora . . . não é ocasião para se falar
destas coisas em pormenores.” (Hebreus 9:5) A vindoura ressurreição dos fiéis deve oferecer uma
estimulante oportunidade para aprender algo de homens tais como Moisés, Arão, Bezalel e outros,
que estavam pessoalmente familiarizados com o projeto e o funcionamento do tabernáculo.
— Êxodo 36:1.
[Nota(s) de rodapé]
Os varais não deviam ser removidos das argolas, nem mesmo quando a Arca estava no seu lugar
no tabernáculo. Conseqüentemente, os varais não podiam ser usados para outros fins. Tampouco
seria necessário tocar na Arca; se os varais tivessem sido retirados das argolas, cada transporte
dela teria exigido manejar a Arca sagrada para reinserir os varais nas argolas. O comentário
em Números 4:6, sobre ‘colocar os varais’, pode referir-se a se ajeitarem ou se ajustarem os varais
para o transporte da caixa pesada para um novo acampamento.
A Arca servia de arquivo sagrado para a segura conservação das sagradas advertências, ou
testemunho, seu principal conteúdo sendo as duas tábuas do testemunho, ou os Dez Mandamentos.
(Êx 25:16) Um “jarro de ouro com o maná e a vara de Arão, que brotara”, foram adicionados à Arca,
porém, foram mais tarde removidos, algum tempo antes da construção do templo de Salomão. (He
9:4; Êx 16:32-34; Núm 17:10; 1Rs 8:9; 2Cr 5:10)

Salomão, construtor do templo em Jerusalém, declarou que os “céus, sim, o céu dos céus”, não podem
conter a Deus. (1Rs 8:27) A posição de Jeová, como Criador dos céus, é muito acima de todos eles,
e “só o seu nome é inalcançavelmente elevado. Sua dignidade está acima da terra e do céu”. (Sal
148:13) Jeová mede os céus físicos com a mesma facilidade que um homem mediria um objeto por
estender os dedos, para que o objeto ficasse entre a ponta do polegar e a do mindinho. (Is 40:12) A
declaração de Salomão não significa que Deus não tenha um lugar específico de residência.
Tampouco significa que ele seja onipresente, no sentido de literalmente estar em toda a parte e em
tudo. Isto se pode ver em Salomão falar também de Jeová como ouvindo “desde os céus, teu lugar
estabelecido de morada”, isto é, os céus do domínio espiritual. — 1Rs 8:30, 39.

MUITAS pessoas acreditam que Deus é onipresente, ou seja, que ele está literalmente em todo
lugar e em tudo. No entanto, o sábio Rei Salomão fez o seguinte pedido a Jeová em oração: “Que tu
mesmo ouças desde os céus, teu lugar estabelecido de morada.” (1 Reis 8:30, 39) Portanto,
segundo a Bíblia, Jeová Deus tem um lugar de morada. Salomão se referiu a esse lugar como “os
céus”. Mas o que isso significa?
Às vezes, a Bíblia usa as palavras “céu” e “céus” para se referir ao espaço físico ao redor de nosso
planeta. (Gênesis 2:1, 4) Mas, visto que Deus criou todas as coisas, é lógico concluir que seu lugar
de morada existia antes da criação do Universo. Assim, Deus habita um domínio que não está
relacionado a coisas materiais. Por isso, quando a Bíblia fala do céu como o lugar de morada de
Jeová Deus, ela não está se referindo a um lugar no céu físico ou no espaço, mas a um domínio
espiritual.
Na verdade, a Bíblia diz que Deus tem um lugar específico de morada — os céus. Ela registra uma
oração do Rei Salomão na qual ele clamou a Deus: “Que tu mesmo ouças desde os céus, teu lugar
estabelecido de morada.” (1 Reis 8:43) Quando ensinou seus discípulos a orar, Jesus Cristo disse a
eles para dirigir suas orações ao “Nosso Pai nos céus”. (Mateus 6:9) Depois de sua ressurreição,
Cristo entrou ‘no próprio céu, para aparecer perante a pessoa de Deus’, diz a Bíblia. — Hebreus
9:24.
Esses versículos indicam claramente que Jeová Deus mora apenas no céu, não em todos os
lugares. É claro que “os céus” mencionados nesses textos não se referem à atmosfera ao redor da
Terra nem à vasta expansão do espaço sideral. Os céus físicos não podem conter o Criador do
Universo. (1 Reis 8:27) A Bíblia diz que “Deus é Espírito”. (João 4:24) Ele reside nos céus
espirituais, num domínio à parte do Universo físico. — 1 Coríntios 15:44.

Jeová Deus deu o exemplo em ter pena dos aflitos, e ele pode induzir homens a mostrar este sentimento
amoroso. É por isso que o Rei Salomão podia apropriadamente orar pedindo que Jeová fizesse dos
israelitas objeto de dó ou misericórdia diante dos seus captores se se tornassem cativos deles por
motivo de infidelidade. (1Rs 8:50)

 Por que declarou Salomão: “O próprio Jeová disse que ia residir em densas trevas”?
— 1 Reis 8:12.
O Rei Salomão fez esta declaração depois de os sacerdotes terem depositado a Arca sagrada no
Santíssimo do templo e quando, em seguida, a nuvem encheu o santuário. (1 Reis 8:6-11) Esta
nuvem relembrou a Salomão a maneira em que Jeová Deus havia anteriormente revelado a sua
presença. Por exemplo, foi dito a Moisés: “Eis que chego a ti numa nuvem escura.” (Êxo. 19:9) Ao se
referir a isto numa outra ocasião, Moisés disse: “Havia escuridão, nuvem e densas trevas.” (Deu.
4:11) Pelo fato de que o próprio Altíssimo associou sua presença com uma nuvem, Salomão podia
corretamente dizer que ‘Jeová ia residir em densas trevas’.

A experiência humana comprova a veracidade das palavras do inspirado escritor, e discípulo cristão
Tiago: “Nós todos cometemos muitas falhas.” (Tia. 3:2, Herder) E, como disse o Rei Salomão em
sua oração na dedicação do templo de Jeová: “Não há homem que não peque.” É correto dizer,
então, que um pecado é um erro? Sim, pois a palavra traduzida “pecado” em nossas Bíblias
literalmente significa um erro, deixar de atingir o alvo. — 1 Reis 8:46.Visto que, devido à fraqueza
herdada, todos continuamos a cometer erros e assim não atingimos o alvo da perfeição, por que
parece ser tão difícil admitir um erro? Sem dúvida, em muitos casos, o motivo é o orgulho. Admitir um erro
reflete sobre as coisas das quais nos orgulhamos, tais como nosso conhecimento, nossa perícia ou nosso
cuidado. Queremos ter bom conceito aos olhos dos outros. Tentar “salvar as aparências” não se limita aos
orientais. Devido à vergonha que acompanha o erro, a tendência é lançar a culpa em outros, coisa que
nossos primeiros pais, Adão e Eva, tentaram fazer. (Gên. 3:11-13) Similarmente, Aarão, o irmão do profeta
Moisés, culpou o povo por seu erro em fazer o bezerro de ouro, assim como séculos depois o primeiro rei de
Israel, Saul, culpou o povo por seu próprio ato iludido de desobediência. (Êxo. 32:19-24; 1 Sam. 15:9-26) Se
reconhecermos por que agiram tão tolamente, isso nos poderá ajudar a evitar o mesmo laço.

Os que andam no nome de Jeová também o reconhecem como o Deus de profecias fidedignas. As previsões de
Jeová a respeito de eventos futuros foram registradas em seu próprio nome. É como se ele tivesse aposto
sua assinatura a elas, como garantia de sua autenticidade. Podemos depender de tais profecias. Por
exemplo, Jeová prometeu profeticamente libertar os israelitas da servidão egípcia e dar-lhes determinada
terra. Isto foi cumprido. (Êxo. 3:6-17; 14:19-31) Muitos anos depois, o Rei Salomão, de Israel, pôde dizer:
“Bendito seja Jeová, que deu ao seu povo Israel um lugar de descanso segundo tudo o que prometeu. Não
falhou nem uma única palavra de toda a sua boa promessa que ele fez por intermédio de Moisés, seu servo.”
— 1 Reis 8:56; veja também Josué 21:45.

Que condições estavam envolvidas, e com que garantia de serem ouvidos?

 Mas, como o Israel da antiguidade, tem de reconhecer o canal que Jeová usa para ouvir e
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responder a tais orações. Os israelitas não se podiam voltar para qualquer templo. Por certo que
não. Havia somente aquele que fora construído para o nome de Jeová, em sua cidade escolhida,
Jerusalém. Por obedecer a este requisito, que garantia foi dada de que tais orações seriam ouvidas?
Note o que Jeová disse a Salomão: “Ouvi a tua oração, e a tua súplica . . . santifiquei a casa que
edificaste, a fim de pôr ali o meu nome para sempre [por tempo indefinido, NM]: e os meus olhos e o
meu coração estarão ali todos os dias.” — 1 Reis 9:3, Al.
21. O que corresponde hoje em dia ao antigo templo de Israel?

 Como é que isto se aplica hoje em dia? Não há edifício religioso, quer em Jerusalém, quer em
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outra parte qualquer, que seja construído para o nome de Jeová e que seja usado por ele como
vínculo visível entre ele próprio e aqueles que desejam aproximar-se dele. No entanto, há um templo que
é visível hoje, embora não se localize em nenhuma parte da terra. O apóstolo Paulo falou sobre a
congregação cristã como formando este templo, conforme demonstrado pelo que escreveu à congregação de
Éfeso: “Fostes edificados sobre o alicerce dos apóstolos e profetas, ao passo que o próprio Cristo Jesus é a
pedra angular de alicerce. Em união com ele, o edifício inteiro, . . . desenvolve-se num templo santo para
Jeová. . . . como lugar para Deus habitar por espírito.” — Efé. 2:20-22; veja-se também 1 Ped. 2:4, 5.

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