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12/04/2016 Pós­Lapsarianismo 

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Pós­Lapsarianismo REDES SOCIAIS
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PÓS­LAPSARIANISMO[1]

PROBLEMÁTICA

Era Jesus semelhante a Adão antes ou depois da queda?

Aqueles  que  defendem  a  teoria  pós­lapsariana[2]  insistem  em  afirmar  que  Jesus  assumiu  a
natureza humana pecaminosa, em Sua encarnação, tanto física quanto a moral e a espiritual, com todas as
características da humanidade caída. Assim sendo, Jesus teria sido exatamente como qualquer um de nós em
termos  de  forma  e  essência;  Ele  não  seria  em  nada  diferente  de  qualquer  outra  pessoa  nascida  (RODON,
2008, p. 46 e 47).

“Em Sua natureza humana, não há uma partícula de diferença entre Ele e vocês.” (Citado por
 
KNIGHT, 2005, 121).
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Esta  era  a  posição  de  A.T.  Jones,  um  dos  pioneiros  do  pós­lapsarianismo.  Diante  dessa
afirmação  temos  que  nos  reportar  a  Bíblia  e  ao  Espírito  de  Profecia  para  vermos  o  que  nos  falam  sobre  a COMO VOCÊ AVALIA NOSSO SITE?
condição natural do homem após o pecado.
Excelente

A  Bíblia  nos  apresenta  um  quadro  em  nada  elogioso  quanto  a  condição  humana  pós­queda: Muito Bom
“Enganoso  é  o  coração,  mais  do  que  todas  as  coisas,  e  desesperadamente  corrupto;  quem  o  conhecerá?” Regular
(Jeremias 17:9); “Eu nasci na iniquidade, e em pecado me concebeu minha mãe.” (Salmo 51:5); “Porque bem
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sabemos que a lei é espiritual; eu, todavia, sou carnal, vendido à escravidão do pecado.” (Romanos 7:14).
Votos até o momento: 16 
Para  Ellen  G.  White:  “no  seu  âmago  [depois  da  queda],  a  natureza  humana  foi  corrompida. Dias restantes para votar: 673 
Desde então, o pecado alcançou todas as mentes” (Review and Herald, 16/04/1901); “Com relação ao primeiro
Adão, os homens nada receberam dele senão a culpa e a sentença de morte” (Orientação da Criança, 475).
ESTUDO BÍBLICO
Assim, o problema é: Embora Jesus não fosse um pecador, como corretamente entendido pelo
pós­lapsarianismo,  teria  Ele  sido,  realmente,  participante  da  natureza  humana  corrompida,  tanto  fisicamente
quanto moralmente, com tendências, propensões para o pecado e inclinada para o mal?

SOLUÇÃO

Os  defensores  do  pós­lapsarianismo  –  tendo  como  proeminentes  expoentes Alonzo  T.  Jones,
Ellet J. Waggoner, W.W. Prescott, M.L. Andreasen – acreditam que Cristo assumiu a natureza humana após a
queda  de  Adão,  passando  a  ter  natureza  igual  a  nossa  (KNIGHT,  2005,  p.  120  e  128;  QUESTÕES  sobre
doutrina, 2008, p. 441); com isso eles afirmam que assim como Cristo teve vitória sobre o pecado nós também
podemos ter vitória perfeita sobre o pecado, ao nos tornarmos perfeitos como Cristo foi perfeito (WHIDDEN,
2004, p. 15). Ele deixa de ser nosso divino substituto, e se torna nosso modelo de perfeição.

Devemos ter em mente que Cristo foi totalmente Deus e totalmente humano enquanto esteve na Clique na imagem e faça o seu curso online...
terra (NISTO Cremos, 2008, p. 56 a 66). Diversos autores abordam esse assunto de maneira equilibrada, (entre
eles: DEDEREN, 2011; DONKOR, 2008; WHITE, 2007; KNIGHT, 2005; NISTO Cremos, 2008; QUESTÕES sobre
doutrinas, 2008; RAMOS, 2004; RAND, 2008; RODOR, 2011 e 2008; WHIDDEN, 2004), assumindo que Cristo

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realmente  assumiu  a  natureza  humana  (física),  mas  sem,  contudo,  se  contaminar  com  o  pecado  (natureza
moral).  Era  necessária  a  união  entre  as  duas  naturezas  –  divina  e  humana  –  para  que  houvesse  uma Acesso Teológico
reconciliação da humanidade com Deus, para esconder a divindade por trás da humanidade e para que Ele 330 curtidas
tivesse uma vida vitoriosa pois sua humanidade sozinha não poderia vencer as tentações de Satanás (NISTO
Cremos, 2008, p. 67 a 69).

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Cristo  tomou  sobre  Si  a  natureza  humana  física  em  sua  condição  caída,  nasceu  com  carne
pecaminosa,  contudo,  sem  ser  um  pecador  (em  sua  natureza  moral)  (DONKOR,  2008,  p.  22  e  23;  RODOR,
2008, p. 47), sem participar, o mínimo que fosse, do seu pecado, afinal Ele nunca pecou (II Coríntios 5:21; I Seja o primeiro de seus amigos a curtir isso.
Pedro 1:19), e nEle não havia a propensão ao mal, nisso podemos apontar sua singularidade. Simplesmente
Ele não era outro ou mais um homem, era Deus feito homem (RAND, 2008, p. 37). O fato dEle participar da
natureza humana não O isentou de estar sujeito à enfermidades e fraquezas (Mateus 8:17), coisas inerentes
ao pecado, nisso podemos apontar Sua identidade com a raça humana pós­queda (WHITE, 2007, p. 117).
RÁDIO SÓ BOAS NOVAS
Após leitura da bibliografia pesquisada para esta pesquisa, cremos que os termos que melhor se
aplicam  a  questão  da  natureza  humana  de  Cristo  sejam  os  de  Identidade  –  com  nossa  natureza  pecadora
física – e Singularidade – por ser sem pecado (WHIDDEN, 2004, p. 17, 19 e 20). Afinal, cremos que Jesus não
era totalmente pós­queda, e nem pré­queda[3] (que está no outro extremo da discussão da natureza humana
de Cristo)[4]. Um breve resumo do pré e pós­lapsarianismo pode ser visto no quadro a seguir:
 
Debilidades Inocentes[5] Propensões Pecaminosas4 Ouça a Rádio que traz Esperança
Adão antes da queda Não Não
Adão depois da queda Sim Sim SEJA PARCEIRO
Cristo Sim Não
Acesso Teológico
Fonte: Questões sobre doutrina, 444.
 
A identidade de Cristo com os seres humanos se reflete nas debilidades inocentes (dor, sede, <center><a 
fome, morte) que O acometeu, ou seja, Ele foi afetado pelo pecado,  identificando­se conosco (RODOR, 2011, href="http://www
p. 33), afinal era necessário que assim fosse para se tornar nosso substituto, como parte do plano de salvação .acessoteologico
em  prol  da  humanidade  caída.  Ellen  White  diz  que  o  objetivo  da  identidade  de  Cristo  foi  obedecer  a  lei  de .com/" 
Copie o Código acima e cole no seu Blog/site
Deus, tornando­se nosso exemplo (WHITE, 2010, p. 139 a 141).
Tecnologia do Blogger.
Já a singularidade de Cristo fala da sua impecabilidade humana, ou seja, Ele não era infectado
pelo pecado (WHIDDEN, 2004, p. 42 e 43), era livre da corrupção, depravação hereditária e do pecado efetivo
que  nos  acometem  (NISTO  Cremos,  2008,  p.  64  e  65),  afinal  Ele  era  o  perfeito  Cordeiro  pascal  e  que  se
houvesse  pecado  não  poderia  ser  nosso  perfeito  exemplo  para  a  salvação.  Portanto,  a  identidade  e  a
singularidade  da  natureza  humana  de  Cristo,  se  combinam  de  forma  perfeita  e  complementar  para
testemunhar  que,  mesmo  após  quatro  mil  anos  de  pecado,  onde  Adão  falhou  antes  do  pecado,  Jesus  (o
segundo Adão) poderia vencer (e venceu) e se tornar nosso exemplo, mesmo que Ele estivesse afetado pelo
pecado.

RESUMO

O pós­lapsarianismo em si mesmo não é a solução para o entendimento da natureza humana de
Cristo. O mais coerente e convincente é buscarmos relacionar: 1) sua identidade com a humanidade, o fato
dEle ter assumido à forma humana em carne pecaminosa e afetado pelo pecado, ter que sofrer as debilidades
inocentes em sua experiência, para com isso poder redimir o ser humano e se tornar nosso exemplo único; 2)
sua singularidade como Deus homem, Ele não era apenas mais um ser humano, era Deus, que foi afetado
mas  não  infectado  pelo  pecado,  pois  não  tinha  propensões  para  o  mal.  A  compreensão  da  união  das
naturezas  divina  e  humana  em  Cristo  foi,  é  e  sempre  será  um  mistério  para  nós.  Sua  morte  na  cruz  afetou
apenas Sua humanidade, mas nunca Sua divindade.

Esse  é  nosso  incomparável  Jesus  Cristo,  o  segundo  Adão,  nosso  Supremo  exemplo,  Deus
conosco, nosso Salvador, que apesar de Sua singularidade como Deus­homem, nos entende como pobres e
miseráveis  pecadores  que  somos,  carecidos  de  Sua  graça,  pois  afinal  Ele  se  identificou  conosco  ao  tomar
sobre si nossas fragilidades e nossos pecados tomou sobre si, entregando­se para que por Ele obtenhamos a
vida eterna.

BIBLIOGRAFIA

DEDEREN,  Raoul.  Cristo:  Pessoa  e  Obra.  In:  Tratado  de  Teologia  Adventista  do  Sétimo  Dia.  1ª  edição.  Tatuí­SP:  Casa
Publicadora Brasileira, 2011. Págs. 180–230.
DONKOR,  Kwabena.  A  natureza  de  Cristo:  a  questão  soteriológica.  In:  Parousia  –  Revista  do  Seminário  Adventista  Latino­
Americano  de  Teologia.  Ano  7,  Nº  1.  Engenheiro  Coelho­SP:  Unaspress  –  Imprensa  Universitária  Adventista,  1º  semestre  de
2008. Págs. 19–30.
KNIGHT,  George  R.  Uma  exploração  dupla  da  natureza  humana  de  Cristo.  In:  Em  busca  de  identidade  –  o  desenvolvimento
das doutrinas adventistas do sétimo dia. 1ª edição. Tatuí­SP: Casa Publicadora Brasileira, 2005. Págs. 120–128.
NISTO  Cremos  –  As  28  crenças  fundamentais  da  Igreja  Adventista  do  Sétimo  Dia.  Deus  Filho.  8ª  edição.  Tatuí­SP:  Casa
Publicadora Brasileira, 2008. Págs. 48–76.
QUESTÕES  sobre  doutrinas.  A  natureza  de  Cristo  durante  a  encarnação.  1ª  edição.  Tatuí­SP:  Casa  Publicadora  Brasileira,
2008. Págs. Págs. 435–467.
RAMOS,  José  Carlos.  A  condição  humana  de  Jesus  nos  escritos  de  Ellen  G.  White.  In:  Parousia  –  Revista  do  Seminário
Adventista  Latino­Americano  de  Teologia.  Engenheiro  Coelho­SP:  Unaspress  –  Imprensa  Universitária  Adventista,  2004.  Págs.
47–52. Disponível em: http://circle.adventist.org/files/unaspress/parousia2004024706.pdf. Acessado em 9 de outubro de 2012, às
15:30.
RAND,  Benjamim  (Pseudônimo).  Que  natureza  humana  Jesus  assumiu?  Não  caída.  In:  Parousia  –  Revista  do  Seminário

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Adventista Latino­Americano de Teologia. Ano 7, Nº 1. Engenheiro Coelho­SP: Unaspress – Imprensa Universitária Adventista, 1º
semestre de 2008. Págs. 31–44.
RODOR,  Amin  A.  O  incomparável  Jesus  Cristo.  1ª  edição.  Engenheiro  Coelho­SP:  Unaspress  –  Imprensa  Universitária
Adventista, 2011.
_____________. Cristo e os cristãos. In: Parousia – Revista do Seminário Adventista Latino­Americano de Teologia. Ano 7, Nº
1. Engenheiro Coelho­SP: Unaspress – Imprensa Universitária Adventista, 1º semestre de 2008. Págs. 45–73.
WHIDDEN, Woodrow W. Ellen White e a humanidade de Cristo. 2ª edição. Tatuí­SP: Casa Publicadora Brasileira, 2004.
WHITE, Ellen G. O desejado de todas as nações. 9ª edição. Tatuí­SP: Casa Publicadora Brasileira, 2007.
_____________. A encarnação. In: Mensagens Escolhidas, vol. 3. 3ª edição. Tatuí­SP: Casa Publicadora Brasileira, 2007. Págs.
125–142.

[1] Artigo apresentado a disciplina de Cristologia no Seminário Adventista Latino­americano de Teologia, pelos alunos: Jailson

Noronha; Jeovan de Souza; José Jeová; José Nilton; Josinaldo Bispo (Naldo JB)

[2] Pós­lapsarianismo significa depois do lapso, depois da queda, da entrada do pecado (Gênesis 3).

[3] Ou, pré­lapsarianismo. Defende que Jesus era um homem sem a tendência para recar igual à de Adão antes do pecado; Sua

natureza moral e espiritual era como Adão antes da queda.

[4]  Ambos  os  termos  (pré  e  pós­lapsarianismo)  se  tornaram  cheios  de  controvérsias  das  mais  diversas,  contendo  pontos

doutrinários equivocados e contrários ao que diz a Bíblia e o Espírito de Profecia.

[5]  “Debilidades  inocentes”  –  coisas  como  fome,  dor,  fraqueza,  tristeza,  morte.  “Propensões  pecaminosas”  –  inclinação  ou

‘tendência’ para pecar. Conceito defendido por Tim Poirier, do White Estate, após analisar o uso que Ellen White faz do  Sermons

by Henry Melvill intitulado “The Humiliation of the Man Christ” (KNIGHT, 2005, p. 126).

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2 comentários:

José Roberto Maurer Filho 27 de fevereiro de 2014 11:36
Sem desmerecer o tempo despendido para o estudo dessa questão, existem pontos que,
se  estudados  isoladamente,  poderão  ter  uma  resultante  de  pensamento  diversa  à
apresentada  aqui.  No  quadro  debilidades  inocentes,  mostra­se Adão  como  isento  de  dor,
sede,  fome  e  morte.  Isso  é  contestável:  em  Gênesis  2:21,  Deus  fez  Adão  cair  em
profundo  sono  para  retirada  de  uma  de  suas  costelas.  Ora,  se  o  homem  não  fosse
suscetível  à  dor,  Deus  o  teria  feio  com  Adão  acordado  mesmo.  Não  faia  sentido
anestesiá­lo  para  o  procedimento.  Também,  a  história  da  criação  mostra  que  Deus  criou
todas as coisas antes de criar Adão, montando um habitat ideal para manutenção da vida
do homem na terra. Criou os vegetais que o homem (e os animais) comeriam, água, ar e a
árvore  da  vida  (a  mesma,  da  qual  os  salvos  terão  que  se  alimentar  de  suas  folhas,  uma
vez  por  mês,  para  se  manterem  vivos  na  nova  terra).  Nessa  situação,  vê­se  Adão
suscetível à dor, fome (até porque é necessária a transformação do alimento em energia,
ou  nutrientes,  para  a  manutenção  do  corpo  físico,  ou  seja,  essa  é  uma  caraterística  de
toda  a  vida  física,  não  espiritual),  sede  (ou  não  beberia  água)  e  morte  (ou  não  precisaria
comer da árvore da vida, conforme se entende em Gênesis 3:22). Ou seja, no quadro que
mostra  "Não"  para  as  debilidades  inocentes  de Adão,  deveria  haver  um  "Sim",  tornando
essas  características  iguais  às  de  Cristo.  O  propósito  central  da  salvação  é  dividido  em
duas  partes:  a  primeira  (que  é  o  foco  da  discussão  entre  pré  e  pós  lapsarianismo)  era
provar  que  era  possível  ao  homem  (eu  acredito  que  o  ainda  não  caído)  abster­se  do
pecado. A  segunda  era  pagar  o  resgate,  com  sangue  inocente  (louvado  seja  o  nome  do
Senhor),  pelo  Adão  caído,  o  que  não  é  discussão  desse  tema.  Nós  receberíamos,  por
herança, o benefício que também receberíamos se Adão escolhesse não pecar. O ponto­
chave está no homem ainda não caído, não no homem já corrompido pelo pecado. Ainda,
com  relação  ao  pecado,  se  considerarmos  que  Cristo  é  homem  como  nós  (não  na
natureza física, mas moral), então nos é possível também não pecar, o que está incorreto.
Nós só venceremos o pecado se recebermos, pelo Santo Espírito, o caráter de Cristo. Se
este fosse também o caráter de homem, não haveria, para nós, sucesso.
Responder

José Roberto Maurer Filho 27 de fevereiro de 2014 11:47
No texto anterior esqueci de mencionar que se considerei o Adão antes da queda.
Responder

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