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Índice

Introdução...................................................................................................................................3

1. Contextualização das Pequenas e Medias Empresas..............................................................4

1.1. Contribuições das PME’s para a Economia.........................................................................5

1.2. Características das Pequenas e Medias Empresas...............................................................5

2. Saúde Pública..........................................................................................................................6

2.1. Financiamento e Empresa....................................................................................................6

2.2. As PME`s e Segurança na Saúde.........................................................................................6

2.3. Acções em Saúde e Segurança.............................................................................................7

2.4. Indicadores de Saúde Publica..............................................................................................8

2.4.1. Indicadores que Favorecem a Saúde Pública....................................................................8

2.4.2. Indicadores que Não Favorecem a Saúde Pública............................................................8

2.5. Incentivos existentes no Domínio das PME’s a Nível Geral...............................................9

Conclusão..................................................................................................................................10

Bibliografia...............................................................................................................................11
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Introdução

As Pequenas e Médias Empresas (PME`s) constituem actualmente um agente importante na


estratégia de promoção de emprego, na inovação, na criação de rendimentos e no crescimento
e desenvolvimento económico e social. A promoção de incentivos à criação e ao crescimento
de actividade das PME`s são considerados um dos vectores integrantes na redução da pobreza
e a exclusão social, e numa melhoria do nível do bem-estar sobretudo na saúde dos residentes,
porque crê-se que a sua dinamização incentiva as camadas pobres da sociedade a criarem os
seus próprios negócios e a providenciarem os seus rendimentos.

O sucesso de uma PME está intimamente ligada a uma política de gestão adequada, que
começa com a elaboração de estratégias, e análise entre oportunidade e desafios. No que tange
aos seus contributos perante a saúde publica, para poder atingir os objectivos traçados hoje
mais do que nunca as empresas devem ter uma gestão sanitária de excelência,  para poderem
acompanhar e integrar no bem-estar e económico moderna no mundo globalizado.

O papel estratégico que as PME`s, desempenha na saúde Moçambicana actualmente, é


fundamental. Por isso é necessária uma gestão eficaz e eficiente, para poder minimizar os
riscos no ambiente de trabalho, aumentando assim a sua produtividade e consequentemente,
ser mais competitivo no mercado.
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1. Contextualização das Pequenas e Medias Empresas

Entende-se por empresa qualquer entidade que, independentemente da sua forma jurídica,
exerce uma actividade económica. São nomeadamente, consideradas como tal, as entidades
que exercem uma actividade artesanal industrial ou outras actividades a títulos individuais ou
familiares, e ainda as sociedades de pessoas ou associações que exerçam regularmente uma
actividade económica.

A definição das PMEs varia de acordo com a metodologia adoptada por cada país, mais
especificamente, pelo tamanho de cada mercado. O ambiente que caracteriza tais
organizações é melhor descrito de acordo com a forma de propriedade, grau de informalidade,
poder de mercado e nível de sofisticação tecnológica, que não está sempre correlacionado
com o tamanho da firma.

Segundo Silva (1993, p.47) “a pequena empresa é a que emprega menos de 5 trabalhadores, e
a média empresa a que tem entre 5 e 400 trabalhadores”.

Não existe critério único universalmente aceito para definir as PME´s. Vários indicativos
podem ser utilizados para a classificação das empresas nas categorias micro, pequena, média e
grande, mas eles não podem ser considerados completamente apropriados e definitivos para
todos os tipos de contexto.

Como afirma Filion (1990, p. 47), “a maioria das tentativas de definição dos tipos de empresa
nos mais variados países foi feita não apenas por razões fiscais. Com elas, visa-se também a
estabelecer critérios de identificação de empresas elegíveis para receber diferentes tipos de
benefício oferecidos pelos governos. Por exemplo, com os critérios de definição, pode-se
seleccionar empresas admissíveis em programas de subcontratação (terceirização, etc.) ou de
fornecimento de produtos e serviços a organizações governamentais”.

Os Estados Unidos foram os primeiros a definir oficialmente as pequenas empresas na lei.


Durante a Grande Depressão dos anos 30, instituições foram criadas neste país para apoiá-las
ou estudar projectos de financiamento a elas dirigidos. Esta iniciativa estava claramente
inserida numa lógica de incentivos para a recuperação económica do país.

De acordo com a Recomendação 2003/361/CE adoptada pela Comissão Europeia em 6 Maio


de 2003, encontra-se em vigor desde 1 de Janeiro de 2005 uma definição de como de pequena
e média empresa (PME), que visa “promover o espírito empresarial, o investimento e o
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crescimento, facilitar o acesso ao capital de risco, reduzir os encargos administrativos e


aumentar a segurança jurídica”.

.A conceituação de pequenas e médias empresas (PMEs) constitui-se em um elemento


relevante na formulação de políticas públicas voltadas ao desenvolvimento económico (Filion,
1991, p. 49). A despeito disso, não existe critério único universalmente aceito para classificar
as pequenas e médias empresas (PMEs). Diferentes organizações classificam as empresas
segundo conceitos distintos para atender propósitos específicos.

As pequenas e médias empresas (conhecidas também pelo acrónimo PME) são firmas com
características distintivas, tendo uma dimensão com determinados limites de empregados e
financeiros fixados pelos Estados ou Regiões administrativas. São agentes com lógicas,
culturas, interesses e espírito empreendedor próprios.

1.1. Contribuições das PME’s para a Economia 

A primeira refere-se à criação de novos postos de trabalho e por essa razão, como ponto-
chave para o emprego e redução da pobreza. Em especial, os trabalhos criados pelas PMEs
são mais consistentes em condições de relativa abundância de mão-de-obra e deficiência de
capital.

A segunda contribuição é que as mesmas são fonte de consideráveis actividades de inovação,


o que contribui para o desenvolvimento do talento empreendedor e competitividade de
exportação como base para uma futura expansão industrial. Finalmente, elas adicionam uma
maior flexibilidade à estrutura industrial e promovem um grande dinamismo na economia
(Petty, 2004, 35).

1.2. Características das Pequenas e Medias Empresas

De acordo com Chiavenato (2004, p. 111), “as principais características das PME’s são:

 Produtos e serviços de baixo preço unitário;


 Predominam vendas ao consumidor final;
 Atendem necessidades básicas da população;
 Escalas de produção muito baixas;
 Capital, insumos, materiais, mão-de-obra, etc;
 Geração de novos empregos;
 Fonte de inovação;
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 Estimula a competição económica;


 Auxilio às grandes empresas;
 Produção eficiente de bens e serviços.

As PME’s representam uma importante fonte de geração de riqueza para o país, portanto
ignorar o potencial desses empreendimentos significa desvalorizar um importante agente de
fomentação da economia, que contribui de forma significativa para o seu desenvolvimento.

2. Saúde Pública

Segundo Vasconcellos (2000, p. 39), a “saúde pública está inserida no campo das políticas
públicas de responsabilidade pública e como direito social, entendida como uma política
social de protecção às pessoas”.

De acordo com a época e o funcionamento das cidades e de seus habitantes vai se definindo a
organização do trabalho da saúde pública, surgindo da necessidade de compreender a vida
comunitária, seus costumes, formas de sociabilidade, diversidade dos modos de vida,
conformando-se assim nas suas formas de assistência e protecção.

2.1. Financiamento e Empresa

A fraca importância dos mercados financeiros no financiamento das PMEs, quando


comparado com o financiamento bancário, é comum na maioria dos países europeus e uma
característica do modelo continental em contraste com o que acontece em países como os
Estados Unidos e o Reino Unido (modelo anglo-saxónico) (Payne, 2006, p. 82).

O financiamento é essencial para as empresas poderem expandir qualquer parte de sua


actividade, quer seja para investigação, para produção, para financiamento de estoques ou
para promoção internacional; porém as organizações não têm capacidade, por norma, para
fazer isso apenas com os recursos que geram, assim, são necessárias fontes de financiamento
a um custo razoável.

2.2. As PME`s e Segurança na Saúde

De maneira geral as pequenas empresas se vêem obrigadas a responder demandas na área de


saúde, segurança e meio ambiente do trabalho sem, contudo, na maioria dos casos, estarem
preparadas e tão pouco contarem com o apoio necessário para tal.
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É sempre bom que se diga que uma pequena empresa não é uma versão menor de uma grande
empresa. Ela é diferente. Da mesma forma que uma criança não é um adulto de pequena
estatura, são desiguais.

Estas diferenças precisam ser levadas em conta quando se planejam estratégias, leis ou ações
que pretendam atingir o universo das pequenas empresas. Em se tratando de direitos
trabalhistas a questão é ainda mais complexa pois não se pode suprimir direitos de
colaboradores de pequenas empresas visto que os mesmos não são nem mais nem menos,
como pessoas, do que os funcionários das grandes corporações. O que se deve ter são formas
alternativas de aplicação da lei, por exemplo, de maneira que se possa equiparar direitos
tratando as diferenças entre grandes e pequenas organizações. É lícito supor, portanto, que se
deva dar tratamento desigual aos desiguais (Bull et al, 2002, p. 13).

A Política Mundial de Segurança e Saúde do Trabalhador diz que o actual sistema de


segurança e saúde do trabalhador carece de mecanismos que incentivem medidas de
prevenção, responsabilizem os empregadores, propiciem o efectivo reconhecimento dos
direitos do segurado, diminuam a existência de conflitos institucionais, tarifem as empresas de
maneira mais adequada e possibilitem um melhor gerenciamento dos factores de riscos
ocupacionais.

Cada empresa, de acordo com o tamanho e ramo de actividade, possui uma forma de tratar
questões relativas à saúde e segurança no ambiente de trabalho. Diante do conhecimento de
que as pequenas e médias empresas diferem-se das grandes em relação à estrutura
organizacional, processos e recursos, é natural que haja diferença entre as acções referentes ao
tema saúde e segurança nestes ambientes. Diversos estudos, provenientes de várias partes do
mundo, centralizam a discussão em torno das queixas quanto à saúde e segurança ocupacional
nas pequenas e médias empresas.

2.3. Acções em Saúde e Segurança

De acordo com Champoux & Brun (2001, p. 261) sustentam que “a gestão de segurança e
saúde no trabalho nas pequenas e médias empresas não é sistemática, a selecção dos
problemas a resolver é feita de maneira arbitrária e a PE tende a utilizar medidas de controlo
pouco elaboradas”. Algumas empresas gerenciam a atenção à saúde ocupacional somente
direccionando acções em segurança destacando-se o uso de equipamentos de protecção
Individual havendo frustração entre muitos empregadores.
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Segundo Rongo et al (2004, p. 16), “considerando as empresas que desenvolvem acções em


saúde e segurança, podem reflectir uma tendência global em manter profissionais de saúde
nas PME actuando em meio-período ou através de serviços de consultoria, quando houver.

2.4. Indicadores de Saúde Publica

Indicadores são medidas-síntese que contêm informação relevante sobre determinados


atributos e de estabelecer medidas por meio de relações, portanto de expressões numéricas
como forma de aproximação da realidade de um dado fenómeno, fato, evento ou condição.

2.4.1. Indicadores que Favorecem a Saúde Pública

 Fornecimento de materiais de higiene;


 Produção de alimentos de consumo humano;
 Existência de programas de reflorestação, favorecendo assim o meio ambiente;
 Existência de empresas de limpeza;
 Empresa de venda de certeza para purificação da água;
 Existência de farmácias veterinárias;
 Na venda de preservativos nas farmácias dos hospitais privados, na luta contra as
doenças sexualmente transmissíveis, e grávidas indesejáveis;
 Existência de uma auditoria nos sectores de saúde;
 Existência de equipamentos favoráveis nos sectores de trabalho;
 Existência de uma legislação nas pequenas e médias empresas que ressalta sobre HST
(Higiene e Segurança no Trabalho).

2.4.2. Indicadores que Não Favorecem a Saúde Pública

 Poluição das águas dos rios por parte das empresas mineiras;
 Venda de produtos nocivos a saúde como no caso de cigarros e bebidas alcoólicas;
 Restrição no abastecimento de água;
 Importação de produtos alimentares não certificadas em Moçambique;
 Fraca capacidade em adquir material de protecção dos trabalhadores (luvas, capacetes
e mascaras);
 Transporte de alimentos sem conservação eficiente;
 Uso excessivos fertilizantes agrícolas na produção de culturas;
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 Poluição atmosférica dos gases e sonora por parte das industrias que são nocivos a
saúde;
 Deficiente gestão dos resíduos sólidos;
 Uso intensivo de políticas poluidoras-pagadoras nas PEM´s.

2.5. Incentivos existentes no Domínio das PME’s a Nível Geral

As PME`s assumem um papel de relevo no desenvolvimento de uma economia saudável, na


promoção do emprego e criação de um mercado interno sólido e sustentável. Para atrair a
criação das empresas numa certa região ou país, são apresentadas as empresas vários tipos de
incentivos e apoios nomeadamente:

 Incentivos fiscais (Isenções tributárias ao lucro);


 Garantias (Protecção de bens e direitos aos investimentos Externos, transferências para
externos de dividendo de lucro abertura da conta bancária de moeda estrangeira);
 Empresas francas (isenção total de quaisquer impostos ou outras imposições sobre os
rendimentos durante um certo período de tempo);
 Incentivos aduaneiros (isenção de direitos aduaneiros e impostos de consumo
aplicáveis às importações de equipamentos e materiais diversos).
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Conclusão

Chegados nesta recta final conclui-se que as pequenas e médias empresas (conhecidas também
pelo acrónimo PME) são firmas com características distintivas, tendo uma dimensão com
determinados limites de empregados e financeiros fixados pelos Estados ou Regiões administrativas.
São agentes com lógicas, culturas, interesses e espírito empreendedor próprios.

Na verdade, 99,2% das PME’s Moçambicanas, empregam cerca de 60% das pessoas
economicamente activas do país, e respondem por 30% do Produto Interno Bruto
moçambicano, geram empregos e rendas para população assim como na melhoria da saúde
pública dos seus trabalhadores essenciais para a economia moçambicana, as  pequenas e
médias empresas (PME’s) têm sido cada vez mais alvo de políticas específicas para facilitar
sua sobrevivência, que prevê a criação de facilidades tributárias para saírem da informalidade.

A estratégia que está sendo bastante utilizada pelas empresas da indústria de seguros é a
ampliação se serviços relacionados a saúde. O produto tem sido cada vez mais vendido a
pequenas e médias empresas que contratam o benefício também como forma de tentar reter o
bom funcionário bom mais tempo na companhia.

As empresas têm investido cada vez mais na saúde de seus funcionários para assegurar
qualidade de trabalho e rendimento de serviço dos empregados. Oferecer planos de saúde e
odontológico também se torna um atractivo para manter e contratar novos funcionários, factor
que motivou as empresas a investirem fortemente nesse segmento
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Bibliografia

Champoux, D e Brun, J. P. (2001). Le Développement de Grilles D'auto-diagnostic dês


Risques pour Lês Petites Enterprises: une approche pragmatique et concertée à la prise en
charge de la santé et de la sécurité du travail.

Chiavenato, Idalberto (2004). Recursos Humanos. Editora Atlas S.A. (8ªed). São Paulo.

Filion, L. J. (1990). Empreendedorismo e Gerenciamento: Processos distintos, porém


complementares. RAE - Revista de Administração de Empresas / EAESP / FGV, São Paulo.

Petty, J. William. (2004). Administração de Pequenas Empresas. Pearson, São Paulo.

Rongo, L. M. B. et al. (2004). Occupational Exposure and Health Problems in Small-scale


Industry Workers in Dar es Salaam, Tanzania: a situation analysis. Occup. Med., London.

Silva, José Carlos Teixeira (1993). Pequenas e Médias Empresas no Contexto da Gestão da
Qualidade Total. UNESP, São Paulo.

Vasconcelos, Ana Maria. (2000). A Prática do Serviço Social: quotidiano, formação e


alternativas na área da saúde. São Paulo: Cortez.

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