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CONASEMS - Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde
2ª Edição
Janeiro de 2020
Copyright © 2018, Associação Brasileira de Profissionais de Epidemiologia de Campo.
A cópia total ou parcial, sem autorização expressa do(s) autor(es) ou com o intuito de lucro,
constitui crime contra a propriedade intelectual, conforme estipulado na Lei nº 9.610/1998 (Lei
de Direitos Autorais), com sanções previstas no Código Penal, artigo 184, parágrafos 1° ao
3°, sem prejuízo das sanções cabíveis à espécie.
Expediente do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de
Saúde - CONASEMS
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Sobre a ferramenta EAD autoinstrutiva em Entomologia Aplicada à
Saúde Pública
As aulas estão cheias de convites para que o profissional reflita sobre sua
realidade local e interaja com seus colegas, além de exercícios que destacam e
promovem a fixação dos conceitos mais fundamentais de cada tema. O objetivo é que
o profissional se sinta preparado para aplicar em seu município as técnicas aprendidas
aqui.
Sucesso!
Sumário
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AULA 11 - Os SIS das estatísticas vitais (nascimentos e
óbitos)
Olá,
1 - Eventos vitais
Os eventos vitais são todos aqueles relacionados com o começo e o fim da vida,
representados pelo nascimento e morte.
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Tanto as estatísticas do Registro Civil quanto aquelas de origem da DO, cujos dados
estão no Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) e a DNV com os dados
no Sistema de Informações sobre Nascido Vivo (Sinasc) são importantes
instrumentos de acompanhamento dos movimentos demográficos no país e
constituem a base de grande número de indicadores epidemiológicos.
Nos últimos anos houve uma redução no sub-registro dos nascimentos em cartórios
em função das campanhas de esclarecimento sobre a gratuidade nacional da
certidão de nascimento e da necessidade desse documento para o cadastro de
programas sociais. Em relação ao SINASC e SIM, é provável que haja falta de
registros para o nascimento e o óbito, pois o acesso a serviços de saúde como
maternidade e hospitais não é igual para todas as regiões. Assim, os índices de sub-
registro variam de acordo com cada estado e município, representando uma grande
preocupação para os gestores da saúde, pois induz a erros nos indicadores que se
originam nesses sistemas.
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Fica a Dica
Você quer saber informações sobre as estatísticas vitais do seu município? Acesse
a página de estatísticas vitais do DATASUS, disponível em bit.ly/estatisticasvitais.
Clique aqui
Saiba Mais
Você sabia que os dados de mortalidade foram os primeiros a serem usados para a
vigilância? Temos registros de estatísticas vitais desde o Egito antigo, porém foi
John Grant no século XVII na Inglaterra quem analisou e publicou estatísticas de
mortalidade, listas de nascimentos e construiu tábuas de vida.
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Uma vez preenchidos, os formulários são digitados pelo setor de vigilância local
(normalmente nos distritos ou regionais municipais ou ainda no nível central da
vigilância no município. Há também situações em que há digitação nos Núcleos de
Epidemiologia Hospitalar) no banco de dados informatizado e enviados por meio
magnético (protocolo de internet próprio do SIM), onde é incorporado aos dados dos
níveis hierárquicos do SUS (município, estado e federal).
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Fluxo da declaração de óbito, de acordo com a portaria n. 23 de 3 de outubro de 2003. Fonte: Brasil, 2009, pg 68
Além de diversas informações referentes à pessoa que foi a óbito como o nome, o
local de moradia, a idade e a raça, a DO traz informações sobre a causa do óbito,
como a causa básica que é a condição que gerou o óbito. A causa de morte pode
ser por doença, lesão ou agravo que produziram ou contribuíram para a morte.
Por exemplo, no caso de morte natural, a causa básica pode ser o “Diabetes mellitus
(E14.9)”. Na DO existem outros registros de causas como: “Parada
cardiorrespiratória R09.2”, “Infarto agudo do miocárdio I21.9”, “Arteriosclerose
I70.9”, “Diabetes mellitus E14.9”.
Para mortes violentas, a causa externa “atropelamento (V09.3)”, pode ser registrada
na declaração de óbito, acompanhada de outras causas como: “Traumatismos
múltiplos não especificados (T07)”, “Pedestre traumatizado em um acidente de
trânsito não especificado (V09.3)”.
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Classificação Internacional de Doenças (CID)
Programa mais médicos, atendimento a em locais vulneráveis. Fonte Brasil 247 Foto: Araquém Alcântara Disponível em:
https://www.brasil247.com/pt/blog/paulomoreiraleite/215874/Em-fotos-a-aventura-do-Mais-M%C3%A9dicos.htm
A diferença entre a qualidade dos registros tem vários motivos, porém a principal
delas é a ausência de profissionais médicos para o preenchimento da Declaração
do Óbito e carência de infraestrutura de saúde. Para a solução deste problema, o
Ministério da Saúde lançou uma campanha de melhoria da qualidade das
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informações dos óbitos em um projeto denominado “Investigação do óbito com
causa mal definida”.
Acesse o Manual para Investigação do Óbito com Causa Mal Definida, disponível
no link abaixo.
Clique aqui
bit.ly/manualobito.
Exercitando
Com base nos dois primeiros tópicos da aula, marque verdadeiro ou falso para as
questões.
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( ) O Sinasc é responsável por informações hospitalares.
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Declaração de Nascidos Vivos Fonte Ministério da Saúde - Secretaria de Vigilância em Saúde
A DNV deve ser preenchida pelas parteiras, médicos e enfermeiros que assistem
ao parto nos hospitais, casas de parto e nos domicílios, no caso de partos
domiciliares. Caso a DNV não tenha sido emitida nos casos de nascimento
domiciliar, é emitida nos Cartórios de Registro Civil. A emissão da DNV, bem como
o seu registro em cartório, é realizada no município de ocorrência do nascimento.
Uma vez preenchidos, os formulários são digitados pelo setor de vigilância local
(normalmente na maternidade, Região Administrativa ou município) no banco de
dados informatizado e enviados por meio magnético (mídia física, e-mail ou
protocolo de internet próprio do SINASC), onde é incorporado aos dados dos níveis
hierárquicos do SUS (município, estado e federal).
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Fluxo das informações e das declarações de nascidos vivos. Fonte: Brasil, 2009, pg 71
Fica a Dica
Para saber mais sobre o SINASC, visite o site do Ministério da Saúde, no endereço
Clique aqui
http://datasus.saude.gov.br/sistemas-e-aplicativos/eventos-v/sinasc-sistema-de-informacoes-de-nascidos-vivos
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Saiba Mais
O Sinasc é tão importante que, foi através das informações das DNV que se
observou um aumento de casos de microcefalia em 2015, você se lembra desse
cenário?
Clique aqui
http://g1.globo.com/bemestar/noticia/2015/11/ministerio-da-saude-investiga-casos-de-microcefalia-no-nordeste.html
Vigilância da microcefalia
O vírus zika foi o responsável pelo grande aumento nos casos de microcefalia a
partir do ano de 2015. Porém, este agravo é apenas uma das possíveis
complicações, os bebês de mães infectadas durante a gravidez devem ter
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acompanhamento após o nascimento para que se avalie possíveis alterações no
sistema nervoso.
Ilustração em visão lateral de um bebê com microcefalia (esquerda) comparado a um bebê com um tamanho típico da
cabeça Fonte: Centros de Controle e Prevenção de Doenças https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Microcephaly-comparison-
500px.jpg
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O RESP - Microcefalia também identifica os casos, orienta a investigação e auxilia
na confirmação de bebês que apresentam alterações típicas sugestivas de infecção
congênita (calcificações, alterações nos ventrículos cerebrais etc.).
Saiba Mais
Clique aqui
bit.ly/microcefaliaMS.
Clique aqui
bit.ly/protocolomicrocefalia.
Exercitando
O ________ foi implantado em 1990 no Brasil e conta com uma série histórica
padronizada desde 1994.
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Vamos relembrar?
Até lá!
23
Ajude o conhecimento a chegar mais longe!
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alcance mais pessoas.
ou acesse proepi.org.br/doacao
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Referências
Roschke, MA; Brito, P; Palacios, MA. Gestão de projetos de educação BRASIL, Manual
para Investigação do Óbito com Causa Mal Definida. Ministério da Saúde Brasília,
2008. 56 p.
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Respostas dos exercícios (em ordem de aparição)
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