Histologia

Estudo dos tecidos do corpo e de como ✓ Necrópsia é retirada do

estes se organizam para constituir os material de interesse com o
órgãos; animal morto.

Histologia
2ª etapa: Fixação:
}
}

Tecido Estudo ❖ Realizada imediatamente após a

coleta/retirada do material.
Tecido: conjuntivo de células
semelhantes e associadas intimamente, ❖ A fixação é um tratamento da peça
adaptadas para funções específicas. histológica para que possamos
observar os componentes teciduais
ao microscópio, mantendo a
morfologia e a composição química
semelhantes as existentes no ser
vivo.

É o conjunto de processos a que se ❖ Objetivos da fixação:

submetem os tecidos, para que assim
possam ser observados, significativamente 1. Impedir a destruição das células
e adequadamente, permitindo o diagnóstico por suas próprias enzimas
histológico ou patológico. (autólise) ou por ação bacteriana;
1ª etapa: Coleta do Material:
2. Preservar, em grande parte, a
❖ Animais de pequeno porte (ratos,
estrutura e a composição
camundongos, coelhos, etc) são
molecular dos tecidos;
utilizados como cobaias para
obtenção de peças histológicas, por
3. Endurecer os tecidos tornando-
meio de biópsia ou necropsia.
os mais resistentes e favoráveis
às etapas subsequentes da rotina
✓ Biópsia é retirado fragmento
histológica.
do tecido/órgão de interesse
com animal vivo (punções);
 ❖ Métodos de fixação:
• Método físico usual: consiste no
congelamento da amostra, para ser
seccionadas em um criostato
(equipamento utilizado para
confeccionar cortes de tecidos que
foram congelados).
• Método químico: baseado em
fixadores, que são substâncias
químicas que mantêm a integridade
do tecido após a morte, sem permitir
alterações de estrutura celular. A
escolha do fixador ideal é
importantíssima, pois dele
dependerá os estudos desejados e,
consequentemente, as técnicas a
serem aplicadas.
✓ Os fixadores químicos mais
utilizados em histologia são:
acetona, álcool, formaldeído a 4%,
formol 10% (formalina
tamponada),glutaraldeído 2,5%,
Bouin, etc.
❖ Particularidade: para fixação de
tecido ósseo deve-se realizar a
descalcificação, isto é, a retirada dos
sais a partir do uso de ácidos.
3ª etapa: Desidratação:
❖ Objetivo: retirar a água do interior da
célula, permitindo a impregnação da
peça com parafina ou resina, tais
substâncias são hidrofóbicas (são
aquelas que não interagem com a
água sendo insolúveis na mesma; são
apolares e solúveis em óleos e
gorduras.). Para isso, a peça é
submetida a banhos sucessivos em
álcoois de teor crescente (70%, 80%,
90% e 100%).
4ª etapa: Diafanização ou Clareamento:
❖ Infiltração dos tecidos por um
solvente orgânico intermediário, que
possa interagir com o álcool e com o
meio escolhido para a inclusão
(parafina ou resina), servindo, ao
mesmo tempo, como desalcoolizante,
pois dilui-se com o álcool.
❖ Xilol ou toluol, são solventes mais
usados, pois retiram toda água
restante, além do álcool do material,
para que a parafina ou resina possa
penetrar eficientemente no tecido.
Após inserido, o tecido torna-se
semi-translúcido, quase
transparente, utilizando de 10 a 20
vezes o volume da peça.
5ª etapa: Inclusão ou Impregnação:
❖ Tem como função eliminar o agente
clareador da peça e promove a
entrada do agente que tornará a peça
rígida. Tendo como exemplo a
parafina, no qual os tecidos são
submetidos a banhos de parafina a
60°C, no interior de uma estufa. Em
estado líquido, a parafina penetra nos
tecidos, dando-lhes uma certa dureza
depois de solidificada.
 Após este processo, retira-se a peça
da estufa e a coloca em temperatura
ambiente para solidificar.
Para promover a inclusão, utiliza-se
formas, que podem ser escolhidas de
acordo com o tamanho do material.
Ao acontecer a solidificação da
substância, o bloco formado pode ser
retirado e submetido aos cortes, por
microtomia.
6ª etapa: Microtomia:
❖ Corte do material em micrótomo,
aparelho que possui, geralmente,
navalha de aço. Há outros materiais
utilizados como navalha,
normalmente a espessura dos cortes
varia de 5 a 10 μm (micrômetros). A
espessura mais utilizada varia de 4 a
6 μm. É imprescindível que haja
transparência de tecido e, assim, uma
boa visualização.
7ª etapa: Colagem dos cortes na lâmina:
❖ Os cortes provenientes da
microtomia ficam “enrugados”, para
desfazer estas rugas, eles devem ser
esticados em um banho de água
aquecida, geralmente com
temperaturas que variam de 50 a
60°C, e precisam ser “pescados” em
uma lâmina. Leva-se então, a estufa a
37°C, por 2 horas, para que se dê a
colagem do corte à lâmina, pela
coagulação da gelatina contida na
água quente ou na lâmina, mas pode
variar fazendo o processo inverso.
8ª etapa: Coloração:
❖ A coloração tem a finalidade de dar
contraste aos componentes dos
tecidos, tornando-os visíveis e
destacados uns dos outros.
❖ O mecanismo das colorações está
relacionado a dois fatores:
✓ Características dos corantes;
✓ Características dos elementos a
corar.
Corante básico Liga-se aos Citoplasmas
(hematoxilina) radicais ácidos
Núcleo
dos tecidos
Corante ácido Liga-se aos
(eosina) radicais básicos
dos tecidos
Etapa Final: Montagem das lâminas:
❖ Consiste na colagem da lamínula
sobre o corte, com bálsamo do
Canadá (para parafina) ou Entrellan
(para resina), que é solúvel em xilol e
insolúvel em água. A lamínula
impede que haja hidratação do corte
pela humidade do ar ambiente,
permitindo então que essas lâminas
se mantenham estáveis por termo
indefinido. As lâminas dever ser
acondicionadas protegidas da luz,
para preservar a qualidade da
❖ Coloração: os componentes que se
coloração, e após a montagem levam-
combinam com corantes ácidos são
se as lâminas à estufa, para secagem.
chamados acidófilos e os
componentes que se combinam com
corantes básicos são chamados
basófilos. Cada coloração possui
algo em particular que a diferencia
das outras, alguma são vantajosas
para certos elementos, mas
desvantajosas para outras.

• Corantes/ Especifidades:
✓ Hematoxilina/Eosina (HE):
morfologia do tecido;
✓ PAS (ácido periódico-Schiff):
polissacarídeos;
✓ Azul de bromofenol:
proteínas;
✓ Sudan Black: lipídios.

É de extrema importância saber
interpretar os diferentes planos de corte
que podem ser estabelecidos durante a
rotina histológica.
Tecido conjuntivo
É responsável pelo estabelecimento e
manutenção da forma do corpo, formando o
tecido de sustentação, servindo além de
suporte, como também um meio de
transporte. Ademais, auxilia na reserva
para hormônios, controlando o crescimento
e diferenciação celular. Forma, além disso,
cápsulas de órgãos que promovem a divisão
em compartimentos.
❖ Substância fundamental:
glicosaminoglicanas, proteoglicanas
e glicoproteínas.
❖ Células: fibroblastos, plasmócitos,
linfócitos, eosinófilo, neutrófilo,
macrófago, mastócito, basófilo.
❖ Fibras: elástica, colágena e
reticular.
Estabelece continuidade com outros
tecidos, mantendo o organismo
funcionalmente integrado. Apresenta
células separadas por grande quantidade de
matriz extracelular (MEC), sintetizado
pelas próprias células. Ademais, contém
uma população celular heterogênea e que
varia de acordo com os diferentes tipos de
tecido conjuntivo presente. Sendo
altamente vascularizado para a nutrição do
tecido epitelial, possui uma capacidade
generativa.
❖ Sustentação estrutural;
❖ Transporte de substâncias;
❖ Defesa e proteção;
❖ Armazenamento de energia;
❖ Hidratação tecidual;
❖ Reconstituição tecidual.

Tecido conjuntivo é muito
vascularizado e mantém a integridade do
epitélio. Sendo assim, o mesmo caracteriza-
se por apresentar diferentes tipos celulares
e grande quantidade de matriz extracelular,
composta de substância fundamental
amorfa e fibras.
A MEC é proveniente de
componentes produzidos e secretados pelas
células que compõem todos os tecidos, onde
são liberados ao seu redor, possibilitando
adesão, comunicação e proteção celular.
❖ Função: dar suporte às células de defesa
que migram por ela, assim como, para
promover o reconhecimento das células
que compõem um tecido.
A matriz secretada não fica livre,
sendo conjugada à célula por proteínas de
membrana integrinas. Já a matriz
extracelular intersticial está presente entre
as células de todos os tecidos, variando em
quantidade e composição de acordo com o
tecido.
❖ Componentes:
• Glicosaminoglicanas: são
dissacarídeos ligados formando
cadeias lineares.
✓ Podem ser sulfatados como o
sulfato de heparan (heparina)
ou não sulfatadas como o ácido
hialurônico, o mesmo retém
água.
• Proteoglicanas: são formadas por
glicosaminoglicanas ligadas à
proteínas por moléculas resistentes
à forças de compressão.
• Glicoproteínas Adesivas: são
formadas por proteínas globulares
ligadas a monossacarídeos
ramificados que promovem a
aderência.
❖ Fibra da Matriz:
As fibras que compõem a matriz podem
ser, basicamente, de três tipos:
• Fibras colágenas;
• Fibras reticulares;
• Fibras elásticas.
Todas essas fibras são proteicas
formadas por aminoácidos. Deste modo, a
distribuição desses três tipos de fibras varia
em diferentes tipos de tecidos conjuntivos.
As fibras do tecido conjuntivo são
responsáveis pela propriedade de
resistência à tensão desse tecido.
❖ Fibras Colágenas:
São formadas pela proteína colágeno,
sendo que o colágeno tipo I representa
90%. Ademais, o mesmo forma feixes de
fibras grossas resistentes à tensão e ao
estiramento. Tal colágeno pode ser
encontrado nos tendões, nos ligamentos,
nas cápsulas de órgãos, na derme, no tecido
conjuntivo frouxo, nos ossos e nos dentes.

Síntese de Colágeno:
O colágeno é uma família de proteínas
classificadas em tipo I, II, III e assim
continuamente. Cada molécula de colágeno Arranjo do colágeno:
é formada por três cadeias alfa dobradas
sobre si mesmas, formando uma tripla α- Várias fibrilas podem se associar
hélice. formando uma fibra e várias dessas podem
formar um feixe (assim, fibrilas ➞ fibras ➞
feixes). Esse nível de organização pode
variar:
A célula campeã na produção de ✓ Colágeno tipo IV: não há clivagem,
colágeno é o fibroblasto: não formando tropocolágeno.
Presente nas membranas basais.
✓ no interior de seu RER são
• Função: arquitetura de
sintetizadas as cadeias α-
estruturas frágeis e filtração.
polipeptídeos, as quais se associam
de três em três, formando o pró-
✓ Colágeno tipo II: forma apenas
colágeno;
fibrila. Presente nas cartilagens.
• Função: resistência à
✓ em vesículas, essas moléculas são
compressão.
transportadas até o Golgi, onde
recebem carboidratos, e são
exocitadas; ✓ Colágeno tipo III: forma fibra.
Presente no músculo liso e no tecido
conjuntivo reticular.
✓ no meio extracelular ocorre uma
clivagem e, os então tropocolágenos, • Função: arquitetura de tecidos
podem se associar formando fibrilas frágeis e deformáveis.
colágenas.
 ✓ Colágeno tipo I: forma fibra (ex.:
ossos). Forma feixes (tendões).
• Função: resistência à trações.

❖ Fibras Elásticas:
São mais delgadas do que as
colágenas, sendo responsáveis pela
elasticidade. As principais proteínas, são
elastina e a fibrilina, encontradas nos
ligamentos elásticos da coluna vertebral e
nas artérias, por exemplo.

❖ Fibras Reticulares:
São compostas por colágeno do tipo III
associado a um alto teor de glicoproteínas e
proteoglicanas. Estas são delicadas, pois
são mais finas e encontram-se dando
sustentação a órgãos, células e vasos no
tecido.
 É a célula mais abundante no tecido
conjuntivo, que consiste numa célula fixa.
A principal célula formadora das fibras e da
substância fundamental amorfa.
Geralmente, apresenta-se alongada e
com algumas expansões citoplasmáticas,
que se estendem da célula. Seu citoplasma
apresenta grande quantidade de retículo
endoplasmático rugoso (RER) e complexo
de Golgi, devido a intensa síntese de São amplamente distribuídos pelo
proteínas que compõem a matriz. corpo, porém são particularmente
abundantes na derme e nos tratos digestivo
e respiratório. Consistindo em uma célula
globosa e grande, contém um citoplasma
repleto de grânulos que se coram
intensamente. A principal função dos
mastócitos é estocar mediadores químicos
da resposta inflamatória (como a histamina,
que promove aumento da permeabilidade
vascular, e os glicosaminoglicanos
sulfatados, como a heparina).

O macrófago é uma célula originada

dos monócitos, que são células do sangue.
Sua principal função está relacionada à
fagocitose de elementos estranhos ao
organismo e de células mortas e realiza o
processo de pinocitose (endocitose). O
mesmo possui uma morfologia muito
variada, movendo-se por emissão de
pseudópodos. No fígado, o macrófago é
conhecido por célula de Kupffer.
São células originadas dos linfócitos
tipo B ativado. Contendo células grandes e
ovoides e citoplasma rico em RER e
complexo de Golgi, produzem anticorpos
(imunoglobulinas), que são formados a
partir de estímulos produzidos por
moléculas estranhas ao organismo.
Estes por sua vez, também podem
atacar uma célula estranha diretamente,
membrana contra membrana, utilizando
uma proteína chamada perfurina, que
destrói vírus, bactérias, células cancerosas
e células de órgãos transplantados. Este
tipo defesa chama-se Imunidade Celular.

No tecido conjuntivo também são

encontradas outras células como:
❖ Células adiposas: armazenam energia
na forma de triglicerídios (gorduras
neutras), que são a principal reserva
energética do organismo.

❖ Células mesenquimais
indiferenciadas: como o próprio nome
diz, conservam-se indiferenciadas para
suprir a regeneração de células desse
tecido, que morrem.

Tecido Epitelial
Essas células migram do sangue para
o tecido conjuntivo, por diapedese (nome
dado ao processo de passagem das células
pelas paredes dos capilares sanguíneos).
Isso ocorre principalmente em casos de
inflamação e, após um determinado tempo,
Reveste as superfícies livres internas
morrem por apoptose (processo natural de
(mucosas e serosas) e externas do corpo
morte celular programada). Esse fenômeno
(superfície livre – epiderme).
ocorre para os neutrófilos e eosinófilos, pois
os linfócitos podem recircular, ou seja, Mucosa: membranas que revestem o
voltar à circulação sanguínea. interior de órgãos/regiões ocos(as).
Ex.: mucosa gástrica (estômago),
intestinal, bucal e nasal.
Serosa: membranas que revestem Alta capacidade regenerativa: divisões
externamente alguns órgãos. mitóticas.
❖ Pleura: envolve os pulmões.
❖ Peritônio: envolve órgãos
abdominais (estômago) e a parede
abdominal.
❖ Pericárdio: envolve o coração.

Outras funções importantes:

❖ Proteção: barreira celular contra
agressões;
❖ Absorção: de íons e de moléculas
(rins e intestinos), percepção de
estímulos (neuroepitélio olfatório e
o gustativo);
❖ Secreção/Excreção: glândulas
unicelulares e multicelulares
(exócrinas e endócrinas);
❖ Recepção sensitiva (neuroepitélio):
são constituídos por células
epiteliais com função sensorial
encontradas nos órgãos da audição,
da olfação e da gustação, geralmente
associado ao epitélio de Membrana basal (MB)= Lâmina
revestimento. Basal + Fibras reticulares ou fusão
de 2 lâminas basais.
Contiguidade (as células vão apresentar
as mesmas características), justapostas Lâmina Basal:
(células muito próximas uma da outra) e
células poliédricas;

Pouca matriz extracelular (MEC);

❖ Lâmina delgada que se localiza entre
o tecido epitelial e o tecido
Células polarizadas;
conjuntivo. Separa e prende o
epitélio ao tecido conjuntivo
Avasculares: difusão de moléculas
adjacente, permitindo a passagem de
através da lâmina basal;
diversas moléculas.
Apoiam-se sobre uma lâmina basal;
 ❖ Constituída por: colágeno (IV),
glicoproteínas (laminina e entactina)
e proteoglicanos (secretados pelas
próprias células).

❖ Função: filtração de moléculas,

regular a diferenciação proliferação
celular, influenciar no metabolismo
celular.

❖ Números de camadas celulares:

• Simples: com uma só camada de
células iguais (ovário, intestino);

• Estratificado: com várias

camadas de células (pele, esôfago);

• Pseudoestratificado: com uma

única camada de células que
tocam a lâmina basal, mas que
possuem núcleos em alturas
diferentes (traqueia).

Nos epitélios de revestimento as

células são organizadas em camadas que
cobrem a superfície externa ou revestem as
cavidades do corpo.
Classificação:

❖ Formas das células:

• Cúbico (de núcleo arredondado e
central): tubo coletor do rim e
útero;

• Cilíndrico ou prismático (com

núcleo ovalado e geralmente
central): intestino delgado;

• Pavimentoso (achatadas):
endotélio (reveste vasos) e
mesotélio (reveste as serosas).

Tecido Epitelial Glandular
Os epitélios glandulares são
constituídos por células especializadas na
atividade de secreção. Moléculas a serem
secretadas são armazenadas em grânulos
de secreção (pequenas vesículas envolvidas
por uma membrana).
Glândulas formadas a partir de
epitélio de revestimento, podem sintetizar,
armazenar e excretar:
❖ Proteínas/enzimas (pâncreas);
❖ Lipídios (sebáceas);
❖ Carboidratos (salivares);
• Glândulas mamárias: secretam os 3 tipos
de substâncias.
As glândulas são formadas a partir
de epitélios de revestimento:
❖ Células proliferam e invadem o
tecido conjuntivo subjacente.
Depois sofrem diferenciação
adicional.
❖ Vida Fetal.
Glândula unicelular: célula glandular
isolada.
Ex.: Célula Caliciforme: presente no
intestino delgado e no trato respiratório.
O muco é formado por grânulos de
mucina que quando liberados, por
exocitose, reage com água e forma um
fluido pouco viscoso.
Glândula multicelular: composta por
mais de uma célula.
Ex.: Glândula sebácea.
As grandes glândulas multicelulares
são envolvidas por uma cápsula de tecido
conjuntivo, assim, prolongamentos da
cápsula chamados septos dividem a
glândula em porções menores chamadas
lóbulos.
 A

B
Glândulas endócrinas: lançam o
produto de secreção em vasos
sanguíneos;

Glândulas exócrinas: lançam o

Glândulas exócrinas: Conexão com
produto de secreção no meio externo;
epitélio do qual se originaram.
Glândulas mistas ou anfícrinas:
❖ Ductos tubulares eliminam
secreção interna e externa. Ex.: ovários,
substâncias que atingem a
testículos e pâncreas.
superfície do corpo ou uma
cavidade. Ex.: sudoríparas,
sebáceas, lacrimais.

Formadas por uma porção secretora e

um ducto.

Glândulas endócrinas: Não têm

ductos. Suas secreções são lançadas no
sangue e transportadas para o seu local
de ação. Ex.: hipófise e tireoide.

Glândulas cordonais (A): células

dispõem-se em cordões maciços Por número de ductos
interligados e separados por capilares
Classificação de acordo com o número de
sanguíneos.
ductos:
❖ Não há armazenamento de
secreção. Ex.: Hipófise, ilhotas de Glândulas simples: um ducto não-
Langerhans do pâncreas. ramificado. Dependendo de sua forma
secretora podem ser:
Glândulas foliculares ou vesiculares • Tubulares;
(B): células formam vesículas ou • Tubulares enoveladas;
folículos preenchidos de material • Tubulares ramificadas ou
secretado. Ex.: Tireoide. acinosas (cacho de uva);
 Forma porção Liberação da secreção
secretora ❖ Holócrinas: secreção eliminada
com toda a célula.
Glândulas compostas: possui ductos • Ex.: sebáceas.
ramificados. Podem ser:

• Tubulares (glândulas tubulosas):

possui a forma de um tubo.
• Ex.: glândulas sudoríparas (pele).

❖ Merócrinas: secreção liberada por

exocitose, sem perda de material
celular.
• Ex.: pâncreas, salivares, lacrimais,
• Acinosas (glândulas acinosas ou sudoríparas.
alveolares): apresentam aspecto
mais arredondado.
• Ex: glândulas sebáceas (pele),
pâncreas glândulas salivares.

❖ Apócrinas: secreção descarregada

• Túbulo-acinosas (Glândulas junto com porções do citoplasma
Túbuloalveolar): possuem os dois apical.
tipos de unidades secretoras, • Ex.: mamárias.
tubulares e acinosas.
• Ex: glândula mamária, glândula
submandibular e gástricas.

Glândulas mucosas: produzem uma
secreção viscosa e escorregadia
(glicoproteica). Não cora com HE
(Hematoxilina-Eosina).
• Ex.: glândula submandibular, que é
mista, predominantemente mucosa.
Glândulas serosas: produzem uma
secreção enzimática aquosa e límpida
(proteica). Cora com HE (Hematoxilina-
Eosina).
• Ex.: ácinos (glândulas
multicelulares) serosos do pâncreas,
glândula parótida.
Glândulas mistas: secretam os dois
tipos de secreção, pois possuem os dois
tipos de ácinos (mucoso e seroso) ou
porque possuem um terceiro tipo, que
contém componente mucoso e mucosas são espessas e viscosas. Células
componente seroso (capacete de
Gianuzzi).
• Ex.: fígado, glândula submandibular
(com predomínio de ácinos serosos)
e glândula sublingual (com
predomínio de ácinos mucosos).
Células Serosas x Células
Mucosas
CÉLULAS SEROSAS: são
especializadas na síntese,
armazenamento e secreção de proteínas
e quantidades razoáveis de
polissacarídeos (podem ser chamadas de
seromucosas). A secreção serosa é fluida
e aquosa. Possuem núcleo esférico,
localizado no terço basal. Seu
citoplasma cora-se fortemente pelo HE.
Retículo endoplasmático rugoso,
aparelho de Golgi e ribossomos
bastante desenvolvidos.
CÉLULAS MUCOSAS: relacionadas
com a síntese, armazenamento e
secreção de glicoproteínas. Seu produto
difere das seromucosas porque tem
pouco conteúdo enzimático e suas
proteínas estão ligadas a grande
quantidade de carboidratos,
constituindo o muco. As secreções
mucosas são piramidais com núcleo
achatado na porção basal. Seu
citoplasma não se cora intensamente
pelo H.E. Apresenta aparelho de Golgi
bem desenvolvido, mitocôndrias e
R.E.G (Reticulo Endoplasmático
Glandular).
 ❖ Absorver choques

Tecido Adiposo físicos/impactos (ex.: planta dos

pés e palmas das mãos);
❖ Atuar como isolante térmico (a
gordura é má condutora de calor);
❖ Preencher espaços entre tecidos;
❖ Secretar (sintetiza diversos tipos
de moléculas). Ex.: Leptina
(hormônio da saciedade).

Tipo especial de Tecido Conjuntivo:

❖ Predominância de células
adiposas: adipócitos;
❖ Há relativamente pouca
quantidade de matriz
extracelular: rica em fibras
reticulares;
❖ Encontradas isoladas ou em
pequenos grupos no tecido
conjuntivo frouxo.
Geralmente:
❖ Correspondem de 20 a 25% da
massa corporal - mulheres;
❖ Correspondem de 15 a 20% da
massa corporal - homens.
Lipoblastos: parecem com o
fibroblasto, mas logo acumulam
lipídios no citoplasma.
Há duas variedades de tecido
adiposo:
❖ TECIDO ADIPOSO COMUM,
AMARELO OU UNILOCULAR:
formado por células que contêm
apenas uma gotícula de gordura que
ocupa quase todo o citoplasma;
❖ TECIDO ADIPOSO PARDO OU
MULTILOCULAR: formado por
células que contêm numerosas
gotículas lipídicas e muitas
mitocôndrias.

Maior depósito de energia para o

organismo: acúmulo de
triglicerídeos;

Funções:
❖ Fornecer energia;
❖ Modelar o corpo (ex.: sob a pele:
diferença entre homens e
mulheres);
 ✓ Origem de fibras reticulares
(colágeno III) que sustentam as
células adiposas.

Muito vascularizado quando se

considera o pequeno volume de
citoplasma funcionante das células;
É também chamado de comum ou
amarelo, porém a cor varia entre
branco e amarelo-escuro (dieta),
local no qual identifica o caroteno
acumulado influencia.

Presente em adultos (local de

acúmulo depende do sexo e idade);

Panículo adiposo (distribuição -

idade e hormônio sexual):
• Camada sob a pele, com espessura
uniforme por todo o corpo do recém-
nascido;
• Com o avanço da idade, desaparece
de algumas áreas e aparece em
outras.
Adipócitos: células grandes;
Forma:
❖ Esférica (quando isoladas);
❖ Poliédrica (no tecido adiposo,
por causa da compressão
recíproca).
Na prática histológica, a gotícula
lipídica é removida pelos solventes
orgânicos, ficando apenas o espaço,
envolto por uma fina camada de
citoplasma, tendo um fácil
rompimento durante o corte.
Atua como órgão secretor:
❖ Sintetiza várias moléculas.
✓ Ex.: leptina, lipase
lipoproteica.
❖ A leptina é um hormônio recebido por
diversas células do cérebro e outros
órgãos:
✓ Regula a quantidade de
tecido adiposo no corpo;
✓ Regula a ingestão de
alimentos;
✓ Atua diminuindo a ingestão
e aumentando o gasto de
energia.

O tecido unilocular apresenta

septos de conjuntivo:
✓ Vasos e nervos;
 É o desequilíbrio dos sistemas
reguladores da massa corpórea que compõe
Também chamado de pardo ou os fatores genéticos, ambientais e
marrom, sua vascularização abundante e comportamentais.
numerosas mitocôndrias nas células.
Decorrente de um distúrbio do
Possui distribuição limitada, as equilíbrio energético, a energia ingerida
quais são localizadas em áreas excede a consumida.
determinadas.
Podemos dizer que existem dois
tipos de obesidade:
❖ Hiperplásica: ocorre em virtude do
aumento excessivo do número de
adipócitos até o início da infância.

❖ Hipertrófica: ocorre pelo aumento

de volume dos adipócitos em virtude
do acúmulo, em excesso, de gordura
Como não cresce, a quantidade é
em seu interior. Essa célula pode
extremamente reduzida no adulto. Assim,
aumentar até dez vezes o seu volume.
comparando-se com o unilocular, suas
células são menores, possuindo:
❖ Forma poligonal;
❖ Diversas gotículas lipídicas de
tamanhos variados;
Tecido Conjuntivo Propriamente
❖ Numerosas mitocôndrias.
❖ Especializado na produção de calor:
Dito
❖ Animais que hibernam;
❖ Humanos: recém-nascido (Função
desse tecido está restrita aos primeiros
meses de vida pós-natal).
 derme profunda, na bainha dos
nervos, etc.
De acordo com a relação existente
entre a quantidade de células e de fibras, o
2. DENSO MODELADO: A
tecido conjuntivo propriamente dito pode
orientação dos feixes apresenta-se
ser classificado em:
paralelos e organizados. O mesmo
possui maior capacidade de resistir à
❖ TECIDO CONJUNTIVO tensão. Encontrado nos tendões,
FROUXO: ligamentos e cápsulas de alguns
órgãos.
Possui basicamente a função de
preenchimento e apoio para diversas
estruturas, principalmente de vasos
sanguíneos, sendo pouco resistente à
tração. Seus componentes principais são os
fibroblastos e os macrófagos. Este
apresenta fibras colágenas e elásticas,
destacando-se as fibras colágenas, pois
estas são abundantes, porém, as células são
predominantes.

❖ TECIDO CONJUNTIVO DENSO:

NÃO-MODELADO
MODELADO
Apresenta mais fibras do que células,
sendo localizado predomínio de fibras
colágenas e elásticas. O arranjo e
orientação das fibras acabam por tornar
este tecido resistente à força de tração.
Obtendo-se 2 tipos, sendo eles:
1. DENSO NÃO-MODELADO: Os
feixes de fibras apresentam
orientação aleatória, assim resistindo
em todas as direções. Localizado na