Você está na página 1de 13

1 - " / 0 % &

1 " 4 5 0 3 " -
žåö´Ă
ڞ°å
+ 6 7 & / * -
% " * ( 3 & + "
/ 0 # 3 " 4 * -
Apresentação
“... eles se levantaram e voltaram para Jerusalém...”

Este Plano Pastoral que lhe apresentamos é fruto do trabalho de muitas mãos e do
1 - " / 0
anseio de partilhar uma linda experiência de fé: a de ter encontrado Jesus no caminho,
sentir o seu amor infinito e assumir a proposta de ter os mesmos sentimentos de Cristo
Jesus (Cf. Fl 2,5).

Ao partir da mística do Evangelho, que narra a experiência dos discípulos de Emaús, este
Plano Pastoral aponta para o ato de caminhar, de insistir, de perseverar, buscar... Evangeli-
zação juvenil é “dar prioridade ao tempo, é ocupar-se mais com iniciar processos do que
possuir espaços” (Evangelii Gaudium, n. 223). Neste sentido, é importante ter presente que
estamos numa linha de continuidade, desde o Documento 85, na qual cabe a inovação, a
criatividade, a encarnação na realidade concreta da juventude neste tempo e lugar.

Este material não é uma “receita de bolo”, mas apresenta eixos que são indicativos que,
a partir da escuta nas diferentes realidades, apontam urgências para Pastoral Juvenil. Ao
mesmo tempo apresenta linhas de ação que indicam onde se quer chegar com cada ação
proposta em cada iniciativa de evangelização de jovens. Cada equipe tem seus próprios
recursos, espaços..., cada lugar tem suas próprias necessidades, cultura... assim, os eixos
e linhas de ação precisam ser refletidos e confrontados com as diferentes realidades para
inspirar atividades concretas que favoreçam o encontro com Jesus, a integração do jovem
na comunidade eclesial e o torne mais humano, mais compassivo e sensível às necessida-
des dos irmãos, sobretudo, os mais fragilizados. Espera-se que, numa perspectiva sinodal,
seja elaborado um plano de ação para cada Setor Diocesano de Juventude abrindo horizon-
tes e possibilidades frente à crescente crise de sentido e sede de Deus que se pode perce-
ber nas juventudes hoje. Também aos planejamentos das expressões juvenis esperamos
que seja este um ponto de referência a inspirar na missão e na elaboração de seus próprios
planejamentos. Para isso, sejam feitos encontros de formação e estudo sobre cada eixo,
confrontados com as realidades locais e aprofundados com base nos documentos e
textos recomendados e que fundamentam a ação evangelizadora com jovens. Alguns
destes, embora conhecidos de muitos, não são tão familiares para todos os jovens. Que
sejam estudados, retomados, reavaliados e que possam instigar novas práticas, mais cria-
tivas e adaptadas às linguagens atuais.

A grande prioridade é o anúncio de Jesus Cristo vivo e a promoção da vida das juventu-
des. Vida plena, com sentido, porque “não é a mesma coisa ter conhecido Jesus ou não O
conhecer, não é a mesma coisa caminhar com Ele ou caminhar tateando, não é a mesma
coisa poder escutá-Lo ou ignorar a sua Palavra, não é a mesma coisa poder contemplá-Lo,
adorá-Lo, descansar n’Ele ou não o poder fazer. não é a mesma coisa procurar construir o
mundo com o seu Evangelho em vez de o fazer unicamente com a própria razão” (Evangelii
Gaudium, n. 266). Que estas palavras do Papa Francisco, e tantas outras dirigidas aos
jovens, possam inspirar- nos a sermos sempre mais discípulos missionários.
discípulos todas as passagens da Escritu-
ra que falavam a respeito dele.
Naquele mesmo dia, o primeiro da
semana, dois dos discípulos de Jesus iam Quando chegaram perto do povoado para
para um povoado chamado Emaús, distan- onde iam, Jesus fez de conta que ia mais
te onze quilômetros de Jerusalém. Conver- adiante. Eles, porém, insistiram com
savam sobre todas as coisas que tinham Jesus, dizendo: “Fica conosco, pois já é
acontecido. tarde e a noite vem chegando!” Jesus
entrou para ficar com eles. Quando se
Enquanto conversavam e discutiam, o sentou à mesa com eles, tomou o pão,
próprio Jesus se aproximou e começou a abençoou-o, partiu-o e lhes distribuía.
caminhar com eles. Os discípulos, porém,
estavam como cegos, e não o reconhece- Nisso os olhos dos discípulos se abriram e
ram. Então Jesus perguntou: “Que ides eles reconheceram Jesus. Jesus, porém,
conversando pelo caminho?” Eles para- desapareceu da frente deles. Então um
ram, com o rosto triste, e um deles chama- disse ao outro: “Não estava ardendo o
do Cléofas, lhe disse: “Tu és o únicopere- nosso coração quando ele nos falava pelo
grino em Jerusalém que não sabe o que lá caminho, e nos explicava as Escrituras?”
aconteceu nestes últimos dias?” Naquela mesma hora, eles se levantaram e
voltaram para Jerusalém onde encontra-
Então Jesus lhes disse: “Como sois sem ram os Onze reunidos com os outros. E
inteligência e lentos para crer em tudo o estes confirmaram: “Realmente, o Senhor
que os profetas falaram! Será que o Cristo ressuscitou e apareceu a Simão!” Então os
não devia sofrer tudo isso para entrar na dois contaram o que tinha acontecido no
sua glória?” E, começando por Moisés e caminho, e como tinham reconhecido
passando pelos Profetas, explicava aos Jesus ao partir o pão.
rio evangélico dos discípulos de Emaús
A CAMINHADA DE EMAÚS como inspiração e fundação bíblica. Como
E A PASTORAL JUVENIL o Senhor Jesus caminhou com os discípu-
los de Emaús (Cf. Lc 24,13-35), somos
O cenário referente aos discípulos de
chamados, como Igreja, aacompanhar
Emaús, inspira a pastoral juvenil à
todos os jovens, sem excluir alguém
novas atitudes pastorais.
nesses tempos difíceis, a exemplo de
Jesus, “o primeiro e maior evangelizador”
Somos uma nova geração imersa numa
(EG 12). Assim a Pastoral juvenil do Brasil
nova cultura. Quem é jovem hoje, vive a
se sente interpelada a sair de sua zona de
sua própria condição num mundo diverso
conforto para encontrar os jovens onde e
da geração dos seus pais e educadores.
como estiverem, reacendendo os seus
Com as transformações econômicas e
corações e caminhando com eles.
sociais mudam, não só o sistema de
relações e oportunidades, mas também os
O Texto de São Lucas, é assumido como
desejos, as necessidades, a sensibilidade,
norteador de nosso Plano Nacional da
o modo de se relacionar com os outros. De
Pastoral Juvenil. Essa passagem bíblica
fato, estamos vivendo não apenas uma
pode ser meditada sob vários aspectos,
época de mudanças, mas uma verdadeira
todos eles de grande riqueza motivadora
mudança de época. As tecnologias digitais
em relação ao percurso a ser percorrido
deram origem a uma cultura com impacto
pela nossa pastoral juvenil. A narração
profundo sobre as noções de tempo e
apresenta-nos uma série de ações e pala-
espaço, a percepção de si, dos outros e do
vras que nos introduzem num belo cami-
mundo, o modo de comunicar, de aprender,
nho espiritual e pastoral, feito de experiên-
de se informar. Acelera-se o ritmo da vida,
cias existenciais. Sublinham o dinamismo
vive-se mais o instante e se vive mais atraí-
da fé, com os seus momentos progressi-
do pelas emoções. Somos levados a dar
vos e sucessivos ao mesmo tempo. É
mais valor à imagem do que à escuta e à
marcado pelo encontro com Cristo
leitura; à relação virtual do que à proximi-
Ressuscitado. A grande experiência foi o
dade pessoal e dialogal. Estas mudanças
momento em que os discípulos e Jesus se
vertiginosas geram um aumento progres-
encontram juntos em Emaús, em casa,
sivo da distância entre gerações, de modo
sentados à mesa. “Fica conosco, Senhor!”
que os adultos têm dificuldade em trans-
– pedem após O reconhecerem ao partir o
mitir aos mais novos os valores sobre os
pão. Ali, vivem de fato uma experiência
quais construíram a sua vida. Enfim,
profunda de comunhão, profundamente
vivemos num mundo plural e pluralista
marcada pela “fração do pão”. Então,
dos pontos de vista cultural, social, político
nesse momento, “abriram-se os seus olhos
e religioso.
e O reconheceram”: é o momento culmi-
nante e prático do reconhecimento de
Uma mudança de época é, naturalmente,
Jesus, do irromper da sua presença: aqui
uma época de crise, no duplo sentido de
está o núcleo central de nossa ação pasto-
novas chances e novos riscos. Tudo isto
ral junto a juventude; que deve conduzir à
influi também no modo de conceber a
descoberta da alegria do encontro do
dimensão religiosa da vida.
jovem com Jesus onde ele estiver. Não
basta saber a história de Jesus. É preciso
O processo do Sínodo de 2018 usa o cená-
senti-Lo vivo, ressuscitado para uma
uma relação viva com Ele. Do contrário missionários, comprometidos em levar a
será reduzido à figura de um grande alegria do Evangelho.
homem, de um herói ou mártir da história
passada. O início deste encontro, à mesa Para que os jovens se sintam membros
com Jesus, é expresso com palavras vivos da comunidade, esta é chamada a
maravilhosas que nos impressionam e olhá-los com o olhar misericordioso e
comovem: “Fica conosco”. Quer dizer: já atento às caraterísticas de cada um; a
nos tornamos amigos, te acolhemos em reconhecer os pequenos passos de
nossa casa, queremos estar juntos. Esta- progresso de cada um, os diversos níveis
mos perante um dos grandes e belos de pertença (uns mais comprometidos,
símbolos da amizade. outros menos), oferecendo a todos respei-
to, amizade, acompanhamento. É impres-
Esse texto interpela as várias expressões cindível valorizar o seu protagonismo na
juvenis a empenhar-se na missão de aque- vida da comunidade através da participa-
cer o coração dos jovens com a luz da fé e ção nos vários âmbitos da liturgia, da cate-
o calor da esperança e do amor, despertan- quese, da ação caritativa, dos conselhos
do nos jovens o desejo de encontrar Jesus paroquiais e outros, porém atentos ao
e caminhar com Ele; de integrá-los na risco de limita-los à vida interna da comu-
comunidade dos seus discípulos, ajudan- nidade. Precisamos dar missão aos
do-o a passar da ideia do cristianismo, jovens, educá- los num estilo de Igreja em
como um conjunto de obrigações religio- saída às periferias do mundo, propor-lhes
sas, à descoberta de um cristianismo experiências de caridade que lhes permi-
como caminho para a luz, para a perfeição, tam lidar e confrontar-se com as fragilida-
para a vida Plena. des humanas; atividades duradouras de
voluntariado com os necessitados, que
Assim, torna-se prioridade de nosso Plano podem levá-los a sair de si mesmos e do
Pastoral Nacional da Pastoral Juvenil, seu mundo virtual para relações diretas e
preparar os agentes para iluminar a noite mais humanas; experiências missionárias.
que envolve os jovens, fazendo-os sair do Precisamos dar-lhes o sentido de missão.
desânimo para a esperança; cativando-os
com a beleza do Evangelho de tal modo Dom Nelson Francelino Ferreira.
que, em vez de se mostrarem fartos,
peçam também como os discípulos de
Emaús: “fica conosco", não Te afas-
tes, temos tantas noites que nos metem
medo, tantas desilusões que nos fecham
em nós mesmos...

A última experiência que o texto bíblico


referente aos discípulos de Emaús nos
aponta é o regresso apressado em missão
à Jerusalém, à comunidade que tinham
abandonado. Aqueles que descobrem
Cristo Ressuscitado não O guardam para
si, mas sentem-se impelidos a comunicá-
-Lo aos demais, tornando-se discípulos
e Prelazia, através do protagonismo do
JUSTIFICATIVA Setor Juventude, estimule a promoção de
outras iniciativas a partir de cada realida-
de. Temos aqui um significativo horizonte
O presente Plano de Pastoral Juvenil da
para onde devemos caminhar em sinodali-
Igreja no Brasil é consequência de um
dade como Pastoral Juvenil da Igreja no
longo processo de escuta das juventudes.
Brasil.
Foram realizados três significativos even-
tos, em lugares, níveis e com sujeitos
Os eixos que emergiram do processo
diferentes, que contribuíram com ricas
avaliativo foram aqueles que estão sendo
reflexões para que chegássemos à defini-
contemplados neste projeto e que também
ção destes eixos e linhas de ação.
nos remetem ao Documento 85 que
norteia a Pastoral Juvenil em nível nacio-
O primeiro evento de escuta aconteceu
nal. Os eixos formação, vocação e missão,
nas bases a partir de um questionário
estruturas de acompanhamento e asses-
online, em os diversos Regionais, envol-
soria, cidadania: casa comum e dignidade
vendo o Setor Juventude das Dioceses e
humana, sintetizam grandes blocos de
Prelazias, avaliaram o projeto anterior (Ide)
subtemas e sensibilidades a serem consi-
incluindo novos desafios para a pastoral
deradas nas bases. Para cada linha de
juvenil, considerando, sobretudo, os refle-
ação, a partir de cada contexto sociocultu-
xos da pandemia da COVID-19. Esse mate-
ral e eclesial, deverá ser traduzida em
rial foi preparado em conjunto com os
múltiplas atividades concretas e estraté-
padres referenciais regionais.
gias adequadas.

O segundo evento de escuta aconteceu em


Considerando que o presente plano pasto-
São Paulo no Instituto Pio XI, no mês de
ral é consequência de um processo avalia-
maio deste ano; esse evento envolveu
tivo. Somos chamados a acolher, escutar,
diversas categorias de sujeitos, os bispos
ler, interpretar e a dialogar com o mundo
referenciais, os assessores regionais, a
juvenil com propostas concretas que
Coordenação Nacional da Pastoral Juvenil
sejam respostas aos desafios contempo-
e a equipe de Comunicação.
râneos mais sentidos pelas juventudes.
Não teremos uma pastoral juvenil efetiva
O terceiro evento foi o Encontro de Revitali-
se não levarmos em conta o contexto exis-
zação que aconteceu no mês de julho na
tencial dos jovens dos quais eles mesmos
cidade de Niterói (RJ). Nesse grande
são os primeiros e mais autênticos porta-
evento as reflexões dos jovens participan-
-vozes. O Papa Francisco nos estimula a
tes sobre o dinamismo da pastoral juvenil
sair do abstrato em relação ao mundo juve-
no Brasil, foram ainda mais concretas,
nil: “A juventude não é algo que se possa
refinadas, críticas, provocantes. Nem
analisar de forma abstrata. Na realidade, ‘a
todas as ideias podem ser traduzidas em
juventude’ não existe; o que há são jovens
linhas de ação, mas é certo que os grandes
com as suas vidas concretas. No mundo
eixos aqui presentes contemplam um
atual, cheio de progresso, muitas destas
vasto universo de possibilidade de ativida-
vidas estão sujeitas ao sofrimento e à
des a serem implementadas em cada reali-
manipulação” (Cristo Vive, n.71). “Exorto
dade. Os eixos e linhas de ações, querem
as comunidades a fazerem, com respeito e
ser um convite para que cada Diocese e
seriedade, um exame da sua realidade agradável ao Senhor” (Ef 5,10). Conscien-
juvenil mais próxima, para poderem discer- tes da nossa missão de pastores do
nir os percursos pastorais mais apropria- povode Deus em seus mais variados níveis
dos” (Cristo Vive, n.103). e contextos, somos chamados a educar os
jovens para saberem “examinar os espíri-
Para salvar a humanidade Deus se encar- tos” para poderem acolher o que vem de
nou na história! “A Palavra se fez carne e Deus (cf. 1Jo 4,1).
habitou entre nós” (Jo 1,14). Guiada por
esse princípio teológico também a pasto- O Espírito Santo que habita o coração de
ral juvenil é chamada a encarnar-se em cada jovem e sempre nos impulsiona na
cada contexto. Esperança, conceda a todos os jovens a
graça da abertura à Palavra de Deus e a
No livro do Êxodo também temos o firmeza de âmino diante dos problemas. A
mesmo dinamismo divino com seu projeto meta de todas as ações da Pastoral Juve-
libertador; para libertar os oprimidos da nil é a promoção do Reino de Deus no cora-
escravidão no Egito Deus se faz presente ção e na Vida de cada jovem. Nesse servi-
na história deles contemplando a realida- ço somos todos instrumentos de Deus! A
de, conhecendo os seus sofrimentos, todos os jovens registramos o nosso
descendo para libertá-los (cf. Ex 3,7-10). A respeito, admiração, incentivo e bençãos!
proposta pastoral de Deus, com dinamis-
mo libertador, está vinculada à realidade
existencial do povo!

Deus liberta o povo porque sabe que a


EIXO 01:
situação existencial dele se chocava com FORMAÇÃO
o seu projeto de vida digna. O mesmo “Se conseguires apreciar com o coração a
acontece atualmente com o mundo juve- beleza deste anúncio e te deixares encon-
nil. Desse modo que um projeto de pasto- trar pelo Senhor; se te deixares amar e
ral juvenil deve ser sempre um instrumento alvar por Ele; se entrares na sua intimidade
inspirador de compromissos para a reali- e começares a conversar com Cristo vivo
zação da vontade de Deus, para que os sobre as coisas concretas da tua vida, esta
jovens tenham vida e a vida em abundân- será a grande experiência, será experiên-
cia (cf. Jo 10,10). Não é bem-vinda uma cia fundamental que sustentará a tua vida
“evangelização” alienante e alienada, uma cristã. Esta será também a ex periência
vez que o ato de evangelizar é a resposta que poderás comunicar a outros jovens”
ao amor de Deus que nos salva libertando (Cristo Vive, n. 129).
de todos os males!

Num mundo grávido de ideologias e


marcado pela “liquidez”, que contestam
profundamente os valores éticos univer-
sais e as propostas da fé cristã, enquanto
educadores-pastores, somos chamados à
reflexão “para saber discernir o que é
LINHAS DE AÇÃO LINHAS DE AÇÃO

1. Promover a leitura, o estudo, o aprofunda- 1. Conscientizar acerca da dimensão voca-


mento dos documentos que fundamentam cional do ser e agir do discípulo missioná-
a identidade da Pastoral Juvenil; rio, estimulando a cultura vocacional nas
diversas ações pastorais;
2. Formar tendo em vista a sinodalidade e a
pastoral de conjunto contemplandoos 2. Estimular a elaboração de projetos de vida,
diversos atores da evangelização juvenil, a a partir da experiência de encontro com o
partir das Diretrizes Gerais da Ação Evan- Senhor, através de oficinas, materiais
gelizadora no Brasil e dos planos diocesa- formativos, encontros, acompanhamento
nos de pastoral; espiritual e outros meios;

3. Estimular processos de formação direcio- 3. Fomentar o protagonismo eclesial e social


nados a grupos específicos: assessores da juventude mediante uma sólida reflexão
adultos e jovens, lideranças juvenis, articu- acerca do papel de cada jovem, discípulo
ladores, acompanhadores, entre outros; missionário, em seus contextos;

4. Investir na formação humana, bíblico-cate- 4. Promover a animação missionária nas


quética e espiritual das juventudes para diversas propostas de ação da Pastoral
um sadio equilíbrio entre fé e vida; Juvenil;

5. Preparar pessoas capazes de dialogar 5. Encorajar os jovens a assumirem ações


com as diferentes linguagens e as realida- voluntárias, rumo às periferias existen-
des juvenis no mundo plural. ciais e sociais, a partir da compaixão para
com os sofredores seguindo o exemplo de
“O discipulado começa com o convite Jesus.
pessoal de Jesus Cristo: “Vem e segue-
-me” (Lc 18,22). Na formação para o disci- “Quando o jovem assimila o Evangelho
pulado é necessário partir de uma forma- como uma Boa Notícia, ele quer partilhá-la
ção integral” (CNBB. Doc. 85, n. 97). com os outros. O discípulo se torna
missionário” (CNBB. Doc 85, n. 176).

EIXO 02: EIXO 03: ESTRUTURAS


VOCAÇÃO E MISSÃO DE ACOMPANHAMENTO
“Quero encorajar-te a assumir este com- E ASSESSORIA
promisso, porque sei que o teu coração, “A proliferação e o crescimento de asso-
coração jovem, quer construir um mundo ciações e movimentos com caraterísticas
melhor... Os jovens nas ruas... são jovens predominantemente juvenis podem ser
que querem ser protagonistas da mudan- interpretados como uma ação do Espírito
ça. Por favor, não deixeis para outros o ser que abre novos caminhos. Mas é necessá-
protagonista da mudança! Vós sois aque- rio um aprofundamento da sua participa-
les que detêm o futuro!... Também a vós, ção na pastoral de conjunto da Igreja, bem
eu peço para serdes protagonistas desta como uma maior comunhão entre eles e
mudança” (Cristo Vive, n. 174).
uma melhor coordenação da atividade. e participação e criando estruturas de
Embora nem sempre seja fácil abordar os coordenação, animação e acompanha-
jovens, estamos a crescer em dois aspe- mento que permitem o intercâmbio entre
tos: a consciência de que é toda a comuni- as experiências que se realizam nos
dade que os evangeliza e a urgência de diferentes níveis da Igreja’”
que os jovens sejam mais protagonistas (CNBB. Doc. 85, n. 189).
nas propostas pastorais”
(Cristo Vive, n. 202). EIXO 04: CIDADANIA:
CASA COMUM E
LINHAS DE AÇÃO DIGNIDADE HUMANA
"A juventude não é algo que se possa anali-
1. Aprofundar a identidade do Setor Diocesa- sar de forma abstrata. Na realidade, ‘a
no de Juventude como ambiente de comu- juventude’ não existe; o que há são jovens
nhão eclesial, integração, partilha, escuta com as suas vidas concretas. No mundo
na dinâmica da sinodalidade, conservando atual, cheio de progresso, muitas destas
vidas estão sujeitas ao sofrimento e à
a memória histórica dos processos já
manipulação” (Cristo Vive, n. 71).
vivenciados;
LINHAS DE AÇÃO
2. Elaborar Projetos Educativos Pastorais em
nível regional e diocesano, em consonân- 1. Conhecer e acolher a realidade juvenil, em
cia com as Diretrizes Gerais da Ação Evan- todos os contextos, tendo como prioridade
gelizadora, que promovam a sinodalidade as juventudes vulneráveis de cada ambien-
e a formação integral, a partir do encontro te, real e virtual;
com Jesus Cristo vivo;
2. Conscientizar sobre a crise socioambien-
tal de forma a motivar ações em defesa da
3. Priorizar processos através de planeja-
mentos, formação e sistematização da vida e da Casa Comum nos diferentes
sucessão de lideranças, considerando os contextos;
documentos sobre a Pastoral Juvenil e o
Setor Diocesano, evitando rupturas; 3. Motivar a atuação das juventudes nas
diversas instâncias governamentais e
organizações civis de reflexão e elabora-
4. Estimular a criação e fortalecimento de
colegiados de assessores e lideranças ção de políticas públicas, tendo em vista a
juvenis em nível regional e diocesano, promoção da vida plena para todos;
considerando a diversidade de expressões
juvenis; 4. Articular processos de conscientização e
atuação para integrar temas e pessoas em
vista de uma sexualidade plena e do valor
5. Fomentar iniciativas criativas de autossus-
tentabilidade financeira do Setor Diocesa- da vida em todas as suas fases;
no de Juventude nos vários contextos,
evitando a passiva dependência. 5. Incentivar iniciativas e parcerias em vista
do cuidado da saúde mental das juventu-
“Como parte fundamental de sua missão, des atuando de forma preventiva com
a pastoral ‘organiza-se a partir da base, relação à dependência química, suicídio e
gerando um processo dinâmico de comu- todo tipo de violências.
“Face à situação de extrema vulnerabilida- ORAÇÃO DO PAPA
de a que está submetida a imensa maioria FRANCISCO PELOS
dos jovens brasileiros, é necessária uma JOVENS
firme atuação de todos os segmentos da
Igreja no sentido de garantir o direito dos
Senhor Jesus, a tua Igreja dirige o olhar a
jovens à vida digna e ao pleno desenvolvi-
mento de suas potencialidades” todos os jovens do mundo. Pedimos-te
(CNBB. Doc. 85, n. 230). que, com coragem, assumam a própria
vida, olhem para as realidades mais boni-
tas e mais profundas e conservem sempre
SUBSÍDIOS DE APOIO um coração livre.
Civilização do Amor
Acompanhados por guias sábios e genero-
Evangelização da Juventude (doc 85)
sos, ajuda-os a responder à chamada que
Christus Viviti Tu diriges a cada um deles, para realizar o
Coleções: Aos jovens com afeto, próprio projeto de vida e alcançar a felici-
Laços Fé e Vida, dade. Mantém aberto o seu coração aos
Coleção: Igreja jovem grandes sonhos tornando-os atentos ao
(Setor Diocesano de Juventude e bem dos irmãos.
Grupo Jovem Paroquial)

Evangelização Juvenil – Como o Discípulo amado, também eles


Desafios e Perspectivas
permaneçam ao pé da Cruz para acolher a
Grupo Jovem Paroquial: jeito jovem tua Mãe, recebendo-a como um dom de ti.
de ser igreja Sejam testemunhas da tua Ressurreição e
Cursos online: Lideranças, Assesso- saibam reconhecer-te vivo ao lado deles
res, Políticas Públicas, Christus Viviti. anunciando com alegria que Tu és o
Pós-graduações: Pastoral Juvenil e
Senhor.
Acompanhamento de Adolescentes e
Jovens.
Amém.
Franciscus.
DoCat

YouCat

Evangelii Gaudium

Fratelli Tutti

Laudato Sì

Gaudete et exsultate

Você também pode gostar