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ELETRICIDADE

AULA 4

Prof. Felipe Neves Souza


CONVERSA INICIAL

Seja bem-vindo à nossa quarta aula de Eletricidade!


Na análise de circuitos elétricos, o conceito fundamento baseia-se na
transferência de carga de um ponto ao outro do circuito. Quando ligamos
diferentes equipamentos em uma tomada, por exemplo, a demanda de carga
exigida ou a corrente elétrica que irá fluir dependerá das especificações do
equipamento. Quando ligamos um micro-ondas em uma tomada, essa tomada
fornecerá uma corrente. Conectando um liquidificador nesta mesma tomada, a
corrente será outra. Por isso, muitas vezes é necessário estudarmos o
comportamento dos circuitos dependendo de suas variáveis.
Existem formas de simplificar circuitos complexos e torná-los simples,
para que uma análise do seu funcionamento com cargas diferentes possa ser
realizada de forma direta.
Nesta aula serão apresentados alguns dos principais teoremas de análise
de circuitos. Estes teoremas complementam todas as leis, regras e métodos de
análises apresentados nas aulas anteriores.
Inicialmente será apresentado o teorema de transformação de fontes; com
ele será possível realizar algumas simplificações nos circuitos, visando à
facilitação da sua análise.
Com o teorema da superposição, será possível simplificar circuitos com
mais de uma fonte independente para circuitos com apenas uma. Além de nos
permitir estudar a influência de cada uma destas fontes nas grandezas elétricas
do circuito.
Por fim, serão apresentados os teoremas de Thévenin e Norton, que
realizam a simplificação de circuitos complexos para um circuito com uma fonte
de tensão (Thévenin) ou corrente (Norton) conectada a um resistor.

TEMA 1 – TEOREMA DE TRANSFORMAÇÃO DE FONTES

Observamos que as combinações em série, paralelo e a transformação


delta-estrela de resistores são procedimentos que nos auxiliam na simplificação
de circuitos.
A transformação de fontes é outro procedimento que pode nos auxiliar
nesta tarefa, em que o conceito de equivalência se aplica.

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Um circuito é equivalente quando a característica 𝑣-𝑖 é idêntica ao circuito
original. Em outras palavras, a transformação de fontes é o processo de substituir
uma fonte de tensão em série com um resistor por uma fonte de corrente em
paralelo com um resistor ou vice-versa. Na figura a seguir podemos observar
uma transformação de fontes.

Figura 1 – Transformação de fontes independentes

Os dois circuitos acima são equivalentes, pois eles possuem a mesma


relação tensão-corrente nos terminais a-b. Entretanto, para que esta
equivalência seja real, é necessário que as relações a seguir sejam obedecidas:

𝑽𝒔
𝑽𝒔 = 𝑹. 𝑰𝒔 ou 𝑰𝒔 = 𝑹

A transformação de fontes também pode ser aplicada às fontes


dependentes, desde que a variável dependente seja cuidadosamente analisada.
Na figura a seguir, podemos transformar uma fonte dependente de tensão em
série com um resistor por uma fonte dependente de corrente em paralelo com
um resistor.

Figura 2 – Transformação de fontes dependentes

Tal como a transformação delta-estrela, a transformação de fontes não


altera a parte restante do circuito. Quando aplicável, a transformação de fontes
é uma ferramenta poderosa que permite a manipulação do circuito para uma

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análise mais simples. Entretanto, devemos considerar os seguintes pontos
quando lidamos com a transformação de fontes:
Nota-se que a seta da fonte de corrente é direcionada para o terminal
positivo da fonte de tensão. A partir das equações de tensão e corrente
mencionadas acima, nota-se que a transformação de fontes não é possível
quando 𝑹 = 𝟎, o que é o caso de uma fonte ideal de tensão. Entretanto, na
prática, as fontes de tensão são ideais (𝑹 ≠ 𝟎). De maneira similar, uma fonte de
corrente ideal, 𝑅 = ∞, não pode ser substituída por uma fonte de tensão finita.
Dado o circuito da figura 3, vamos utilizar a transformação de fontes para
simplificar o circuito e calcular a corrente 𝑖 que circula na fonte de tensão de 30
V.

Figura 3 – Circuito para aplicação da transformação de fontes

Podemos notar que a fonte de corrente de 5 A está em paralelo com o


resistor de 4 Ω. Estes elementos podem ser transformados em uma fonte de
tensão em série com um resistor de 4 Ω. O valor da tensão desta fonte
equivalente é calculado utilizando a lei de Ohm:

V = 𝑅. 𝐼

𝑉 = 5 . 4 = 20 𝑉

Desta forma, o circuito resultante será o seguinte:

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Figura 4 – Circuito para aplicação da transformação de fontes

É possível observar que os resistores de 4 Ω e 1 Ω estão em série e


podem ser simplificados por um resistor equivalente de 5 Ω, conforme o circuito
a seguir.

Figura 5 – Circuito para aplicação da transformação de fontes

No circuito anterior, nota-se que a fonte de tensão de 20 V está em série


com o resistor de 5 Ω, podendo ser transformada em uma fonte de corrente em
paralelo com um resistor de 5 Ω. A corrente desta fonte é calculada da seguinte
forma:

𝑉 20
𝐼= =
𝑅 5

𝐼 =4𝐴

O circuito equivalente desta transformação é mostrado a seguir:

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Figura 6 – Circuito para aplicação da transformação de fontes

Neste circuito, os dois resistores de 5 Ω em paralelo, podendo ser


substituídos por um resistor único equivalente de 2,5 Ω, resultando no circuito a
seguir:

5 .5 25
𝑅𝑒𝑞 = =
5 + 5 10

𝑅𝑒𝑞 = 2,5 Ω

Figura 7 – Circuito para aplicação da transformação de fontes

Neste circuito, podemos realizar outra transformação de fontes, pois há


uma fonte de corrente em paralelo com um resistor, a qual pode ser substituída
por uma fonte de tensão em série com este mesmo resistor. O circuito
equivalente é mostrado a seguir e a forma de cálculo da tensão desta fonte é
realizada da seguinte forma:

𝑉 = 𝑅 . 𝐼 = 2,5 . 4

𝑉 = 10 𝑉

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Figura 8 – Circuito para aplicação da transformação de fontes

Neste circuito, a corrente que flui pela fonte de 20 V passa pelos terminais
do resistor de 2,5 Ω e faz com que uma tensão surja em seus terminais. Desta
forma, a corrente que circula pelo resistor pode ser calculada utilizando a LCK.
Adotando que a corrente flui no sentido anti-horário:

−30 + 𝑉𝑅 + 10 = 0

−30 + 2,5. 𝑖 + 10 = 0

2,5. 𝑖 = 20

20
𝑖= =8𝐴
2,5

Portanto, a corrente que flui pelo resistor de 2,5 Ω é de 8 A.

TEMA 2 – TEOREMA DA SUPERPOSIÇÃO

Conforme já estudado, em um circuito com mais de uma fonte


independente é possível determinar o valor de uma variável específica (tensão
ou corrente) utilizando os métodos de análise nodal ou análise de malha.
Porém, existem outras formas de resolver este problema e um deles é
determinar as contribuições de cada fonte independente à variável e então somar
todas as contribuições individualmente. Esta técnica é denominada de
superposição.
O teorema da superposição estabelece que, em circuitos lineares, a
tensão em um elemento (ou a corrente através dele) é a soma algébrica da
tensão (ou da corrente) do elemento devido a cada fonte independente atuando
sozinha.

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Este teorema nos auxilia na análise de um circuito com mais de uma fonte
independente, calculando a contribuição de cada fonte independente
individualmente.
Para aplicar este princípio, devem ser levadas em consideração:

 Uma fonte independente é analisada por vez, ou seja, as demais são


desligadas. Isto significa que cada fonte de tensão deve ser substituída
por 0 V (curto circuito) e cada fonte de corrente deve ser substituída por
0 A (circuito aberto). Desta forma, obtemos um circuito mais simples e de
fácil manipulação;

 Fontes dependentes são deixadas intactas, pois elas são controladas por
variáveis do circuito.

No circuito a seguir, vamos utilizar o princípio da superposição para


calcular o valor da tensão sobre o resistor de 4 Ω, conforme indicado.

Figura 9 – Circuito elétrico

Neste circuito temos duas fontes independentes, sendo uma de corrente,


cujo valor é de 5 A e outra de tensão, com valor de 30 V. Para solucionarmos
este circuito pelo princípio da superposição, primeiramente devemos selecionar
uma das fontes para desligar e em seguida, utilizar qualquer um dos métodos de
análise já vistos para determinar o valor da tensão desejada.
Primeiramente iremos “desligar” a fonte de corrente, ou seja, o valor da
sua corrente será de 0 A, a qual pode ser considerada um circuito aberto,
conforme a figura a seguir. Note que a tensão que se deseja calcular (𝑣) foi
substituída por 𝑣′.

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Figura 10 – Circuito elétrico com a fonte de corrente substituída por um circuito
aberto

Analisando este circuito, temos uma malha na qual aplicaremos a LTK.


Foi adotada uma corrente no sentido anti-horário para que a polarização dada
inicialmente fique de acordo com o sentido adotado.

−30 + 𝑣1 + 𝑣 ′ = 0

8. 𝑖1 + 4. 𝑖1 = 30

30
𝑖1 = = 2,5 𝐴
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Calculado o valor da corrente i1, podemos calcular o valor de 𝒗’.

𝑣 ′ = 4. 𝑖1

𝑣 ′ = 4 . 2,5 = 10 𝑉

Agora que calculamos o valor da tensão 𝒗′ com a fonte de corrente


desligada, precisamos calcular o valor desta tensão 𝒗′′ com a fonte de tensão
desligada, a qual terá uma tensão de 0 V, ou seja, um curto circuito, conforme a
figura abaixo.

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Figura 11 – Circuito elétrico com a fonte de tensão substituída por um curto-
circuito

Analisando este circuito, temos um nó em que aplicaremos a LCK:

𝑖1 = 𝑖2 + 𝑖3

𝑣′′ 𝑣′′
5= +
8 4

5 = 0,125. 𝑣 ′′ + 0,25. 𝑣′′

5
𝑣 ′′ = 13,33 𝑉
0,375

Logo, pelo método da superposição, a tensão 𝒗 no circuito será a soma


algébrica das contribuições de cada fonte, individualmente:

𝑣 = 𝑣 ′ + 𝑣 ′′

𝑣 = 10 + 13,33

𝑣 = 23,33 𝑉

Dessa forma, a tensão total sobre o resistor de 4 Ω será de 23,33 V.

TEMA 3 – TEOREMA DE THÉVENIN

O Teorema de Thévenin estabelece que qualquer circuito linear de dois


terminais pode ser substituído por um circuito equivalente composto por
uma fonte de tensão (VTh) em série com um resistor (Rth)

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Figura 12 – Circuito equivalente de Thévenin

Considere um circuito elétrico da figura 12 (a) conectado a um resistor


com resistência variável RV entre os terminais a e b. Para cada valor de
resistência do resistor variável, é necessário realizar a análise do circuito
novamente, mas para simplificar, podemos aplicar o Teorema de Thévenin entre
os terminais a e b, no qual o circuito será representado por uma fonte de tensão
em série com um resistor, conforme ilustrado na figura 9(b).

Figura 13 – Circuito elétrico com uma carga variável (a) circuito simplificado
com o equivalente de Thévenin (b)

(a) (b)

Desta forma, para cada valor de resistência do resistor RV, a análise do


circuito pode ser realizada de forma direta, visto que o circuito foi simplificado
para uma fonte conectada a dois resistores em série.
O procedimento para a obtenção do circuito de Thévenin é o seguinte:

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1. Removemos a parte que se deseja realizar o circuito de Thévenin (neste
caso, o resistor de resistência variável entre os terminais a e b);

2. Calculamos o valor de Vth retornando a ligar todas as fontes e


determinamos a tensão entre os terminais a e b do circuito, no qual
removemos o dispositivo desejado;

3. Calculamos o valor da resistência entre os pontos a e b (Rth) desligando


todas as fontes independentes do circuito (as fontes de tensão viram um
curto circuito e as fontes de corrente viram um circuito aberto);

4. Desenhamos o circuito equivalente de Thévenin e recolocamos entre os


terminais a e b do circuito o elemento que foi retirado.

Dado o circuito da figura 10, vamos determinar o circuito equivalente de


Thévenin para o elemento ligado entre os terminais a e b do circuito abaixo para
calcular a corrente 𝒊.

Figura 13 – Circuito para aplicação do Teorema de Thévenin

Primeiramente, removemos temporariamente o elemento conectado entre


os terminais a e b do circuito, resultando no circuito da figura 11, em que a tensão
Vab será a tensão da fonte do circuito de Thévenin (Vth). Para calcularmos o valor
de Vth, podemos utilizar qualquer um dos métodos de análises apresentados.
Neste exemplo será utilizada a análise nodal.

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Figura 14 – Circuito com o componente entre os terminais a e b removidos

Aplicando a LCK temos:

𝑖1 = 𝑖2 + 𝑖3

Mas:

𝑉1 − 12
𝑖2 =
6

𝑉1 𝑉1
𝑖3 = =
6 + 4 10

Substituindo 𝑖2 e 𝑖3 na equação da LCK, teremos:

𝑉1 − 12 𝑉1
2= +
6 10

𝑉1 − 12 𝑉1
2= +
6 10

5. 𝑉1 − 60 + 3. 𝑉1
2=
30

8. 𝑉1 = 120

120
𝑉1 = = 15 𝑉
8

Uma vez calculado o valor de 𝑉1, temos como calcular 𝑖2 e 𝑖3 :

𝑉1 − 12
𝑖2 = = 0,5 𝐴
6

𝑉1
𝑖3 = = 1,5 𝐴
10

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Calculado o valor de 𝑖3 , temos como calcular 𝑉𝑡ℎ :

𝑉𝑡ℎ = 4. 𝑖3

𝑉𝑡ℎ = 6 𝑉

Para calcularmos o valor de RTh, temos que desligar as fontes de tensão


e corrente, as quais serão substituídas por um curto circuito e um circuito aberto,
respectivamente, conforme o circuito da figura a seguir:

Figura 15 – Circuito com as fontes independentes removidas

Com este circuito, percebe-se que os dois resistores de 6 Ω estão em


série e podem ser substituídos por um resistor equivalente de 12 Ω, o qual estará
em paralelo com o resistor de 4 Ω. Desta forma, o cálculo de RTh será o seguinte:

1 1 1 1 1
= + = +
𝑅𝑡ℎ 4 (6 + 6) 4 12

𝑅𝑡ℎ = 3 Ω

Desta forma, o circuito equivalente de Thévenin será dado por uma fonte
de tensão de 6 V em série com um resistor de 3 Ω. Os elementos removidos
devem ser reconectados entre os terminais a e b, resultando:

Figura 16 – Circuito equivalente de Thévenin

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Por fim, a corrente 𝒊 é calculada utilizando a lei de Ohm:

6
𝑖= = 1,5 𝐴
3+1

TEMA 4 – TEOREMA DE NORTON

O Teorema de Norton estabelece que um circuito linear de dois terminais


pode ser substituído por um equivalente. Este equivalente é constituído por uma
fonte de corrente (𝑖𝑁 ) em paralelo com um resistor (𝑅𝑁 ). O valor da fonte de
corrente do equivalente de Norton será a corrente de curto circuito entre os
terminais a e b. Enquanto que a resistência equivalente de Norton será a
resistência de entrada do circuito, ou equivalente aos terminais a e b quando
todas as fontes independentes estiverem desligadas.

Figura 17 – Circuito equivalente de Norton

No circuito abaixo, podemos simplificar e obter o circuito equivalente de


Norton entre os terminais a e b.

Figura 18 – Circuito elétrico com uma fonte variável

A representação simplificada pelo Teorema de Norton será dada pelo


seguinte o circuito:

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Figura 19 – Circuito equivalente de Norton

O procedimento para a obtenção do circuito de Norton é o seguinte:

1. Removemos a parte que se deseja realizar o circuito de Norton (neste


caso, o resistor de resistência variável entre os terminais a e b);

2. Calculamos o valor de iN retornando a ligar todas as fontes e


determinamos a corrente de curto circuito entre os terminais a e b do
circuito, no qual removemos o dispositivo desejado;

3. Calculamos o valor de 𝑅𝑁 desligando todas as fontes independentes do


circuito (as fontes de tensão viram um curto circuito e as fontes de
corrente viram um circuito aberto);

4. Desenhamos o circuito equivalente de Norton e recolocamos entre os


terminais a e b do circuito o elemento que foi retirado.

Considerando o circuito da figura 20, vamos determinar o equivalente de


Norton para o elemento conectado entre a e b.

Figura 20 – Circuito para aplicação do equivalente de Norton

Primeiramente removemos temporariamente o elemento conectado entre


os terminais a e b do circuito, resultando no circuito a seguir.

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Figura 21 – Circuito com os elementos entre a e b removidos

Para calcularmos o valor de 𝑅𝑁 , devemos desligar as fontes


independentes do circuito, substituindo a fonte de tensão por um curto circuito e
a fonte de corrente por um circuito aberto, conforme a figura a seguir.

Figura 22 – Circuito com as fontes independentes removidas

Nota-se que os resistores de 5 e 7 Ω estão em paralelo e podem ser


substituídos por um resistor equivalente, o qual estará em série com os resistores
de 3 e o de 8 Ω, conforme a figura a seguir.

Figura 23 – Associação de resistores para obtenção do RN

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Desta forma, a resistência equivalente de Norton será dada por:

𝑅𝑁 = 3 + 2,917 + 8

𝑅𝑁 = 13,917 Ω

Para calcularmos o valor de 𝑖𝑁 , devemos religar as fontes independentes


e curto circuitar os terminais a e b para calcularmos a corrente que circula neles,
conforme a figura abaixo, em que já se encontram ilustradas as correntes do nó
para aplicarmos a LCK.

Figura 24 – Aplicação do método de análise nodal para determinar iN

Aplicando a LCK no nó, teremos:

𝑖1 + 𝑖2 = 𝑖3 + 𝑖𝑁

Mas:

10 − 𝑉1
𝑖1 =
5

𝑖2 = 2

𝑉1
𝑖3 =
7

𝑉1 𝑉1
𝑖𝑁 = =
3 + 8 11

Substituindo 𝑖1 , 𝑖2 , 𝑖3 e 𝑖𝑁 na equação da LCK, teremos:

10 − 𝑉1 𝑉1 𝑉1
+2= +
5 7 11

2 − 0,2. 𝑉1 + 2 = 0,148. 𝑉1 + 0,091. 𝑉1

0,4338. 𝑉1 = 4

18
4
𝑉1 = = 9,22 𝑉
0,4338

Uma vez calculado o valor de 𝑉1, temos como calcular 𝑖𝑁 :

𝑉1
𝑖𝑁 =
11

𝑖𝑁 = 0,838 𝐴

Desta forma, o circuito equivalente de Norton será o seguinte:

Figura 25 – Aplicação do método de análise nodal para determinar iN

FINALIZANDO

Nesta aula, foram abordadas formas de simplificar circuitos para


realização da sua análise. Na disciplina de eletricidade e em diversas outras
disciplinas de Engenharia Elétrica e Engenharia da Computação, os conceitos
aqui apresentados serão necessários para a continuidade do curso. É muito
importante que você não fique com dúvidas a respeito deste assunto. Continue
estudando e aumentando o seu conhecimento não só com esta aula, mas
praticando exercícios do livro texto.
Para entender melhor esta aplicação, considere que você precise calcular
a corrente elétrica que está sendo fornecida à geladeira da sua casa e que, para
isso, deve considerar todo o sistema de geração, transmissão e distribuição de
energia. Isso incluiria calcular as turbinas hidrelétricas, passando pela
subestação elevadora, linhas de transmissão, subestação abaixadoras,
distribuição dos postes, até a tomada em nossa residência. Realizar esses
cálculos seria muito complexo ou até mesmo inviável.
Por outro lado, este circuito por completo pode ser simplificado por um
circuito equivalente de Thévenin, por exemplo, em que a fonte de tensão possui

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o valor da tensão das tomadas da nossa casa (127 V ou 220 V dependendo da
região) e o valor da resistência RTh possui um valor baixo devido aos materiais
utilizados nas ligações, que não são ideais. Os pontos a e b são os dois pontos
da tomada residencial e desta forma, para qualquer equipamento eletrônico que
ligarmos na tomada, a análise do circuito será de forma simples, diferentemente
caso fossemos considerar todos os elementos do circuito elétrico complexo
desde a usina hidroelétrica até a nossa residência.

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REFERÊNCIAS

ALEXANDER, C. K.; SADIKU, M, N. O. Fundamentos de circuitos elétricos.


5. ed. Porto Alegre: AMGH, 2013.

BOYLESTAD, R. L. Introdução à análise de circuitos. 12. ed. São Paulo:


Pearson Prentice Hall, 2012.

NILSSON J.W.; RIEDEL, S.A. Circuitos elétricos. 10. ed. São Paulo: Pearson
Education do Brasil, 2015.

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